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Cognição Social

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Os estudos sobre a cognição dependem da aceitação de uma
premissa básica: o conhecimento sobre o mundo é um elemento
essencial para a sobrevivência (atenção ao ambiente, fuga dos
estímulos aversivos, aproximação daquilo que causa bem-estar).
Esta capacidade de raciocinar sobre as causas e razões de um
determinado evento é um dos elementos mais importantes na
caracterização da natureza humana e uma das premissas básicas
de estudo da cognição social.
A cognição social guarda estreita relação com a psicologia cognitiva,
sendo assim, enfatiza os processos que podem ser explicados mediante
a atuação de uma mente individual (perspectiva intraindividual do
estudo do comportamento social).
A ênfase é atribuída ao sistema de processamento da informação e seu
impacto na percepção e cognição dos grupos humanos.
A psicologia cognitiva e a cognição social
Resumo feito por Giovanna Gebrim
As pessoas exercem de forma intencional uma série de influências no
ambiente em que vivem.
A percepção da pessoa é mútua e ocorre uma negociação entre quem
percebe e quem é percebido, de forma que o eu encontra-se
diretamente envolvido na cognição, sendo ao mesmo tempo sujeito
(enquanto percebe o outro) e objeto (enquanto é percebido pelo outro). 
Premissas da cognição social
Os objetos da cognição não são estáticos e podem sofrer algum tipo de
mudança a partir do momento em que se percebem sendo avaliados e
julgados, de forma que a veracidade ou a precisão das cognições a
respeito das outras pessoas é bem mais difícil de ser estabelecida que
no caso de objetos não-sociais.
Toda e qualquer cognição social envolve alguma forma de explicação
sobre o evento ou as circunstâncias em que a pessoa está envolvida.
Resumo feito por Giovanna Gebrim
A cognição de objetos sociais é mais complexa do que a dos objetos não-
sociais (vai além das informações obtidas pelos órgãos do sentido, vão
além da simples percepção).
Sabe-se que os objetos da cognição, tais como as crenças e os
julgamentos, podem ser modificados através do processamento da
informação (todas as pessoas têm uma determinada experiência com o
mundo e isso estrutura suas crenças, que refletem em seus
comportamentos. Alterando o processamento de determinada
informação, há como alterar crenças).
Toda cognição social é avaliativa nas suas implicações, uma vez que
sempre existe alguma forma de envolvimento afetivo entre quem
percebe e quem é percebido.
Retomada, na corrente principal da psicologia, da preocupação com o
papel da informação que o agente não tem consciência durante o
processamento da informação (automatismo e controle). Há muitos
conteúdos que não são acessíveis à nossa cognição mas exercem
influência sobre o “agir”.
Questões fundamentais para a cognição social
O paradigma do processamento de informações
Há 4 fases distintas no processamento da informação social:
1: A codificação: nesta fase a informação é interpretada e organizada a
partir da utilização de esquemas mentais previamente disponíveis.
Dessa forma, ocorre a transformação das pistas e estímulos externos
em elementos internos, as representações mentais. Nesse processo, a
atenção irá interferir tanto na seleção dos estímulos a serem atendidos
e codificados, como também no esforço destinado para a assimilação do
conteúdo e na consolidação dos conteúdos na memória.
2: O arquivamento e recuperação da informação: ocorre em diferentes
contextos onde a pressão situacional exige a utilização dos conteúdos
para o desempenho das atividades conduzidas na vida cotidiana (por
exemplo: lembrar de alguém que encontramos).
3: O julgamento: nesta fase, o conteúdo codificado, armazenado e
evocado é utilizado nas diferentes tarefas que exigem alguma
modalidade de julgamento social. Ocorre a compreensão das
implicações dos possíveis cursos de ação a partir da combinação das
informações disponíveis nos esquemas mentais armazenados, de modo
que as decisões relativas aos elementos em julgamento possam ser
tomadas.
4: A ação: por fim, a conduta é expressa, e como tal ela deve ser
interpretada como uma interação entre o fluxo atual de acontecimentos
e o conhecimento codificado e recuperado que foi adotado nas decisões
e na formulação dos planos de ação.
Exemplo prático: Uma pessoa chegou na casa de um colega e percebeu
que estava havendo uma festa - a informação foi codificada, foram
identificadas determinadas pistas e, quando foram remetidas ao
esquema mental, a pessoa recuperou informações, concluindo que o
colega estava dando uma festa - Essa situação passará por um
julgamento (o que o sujeito pensa sobre festas, sobre pessoas que fazem
festas, sobre pessoas que vão para festas, sobre as bebidas que estão na
festa, sobre o que está acontecendo nessa festa…), e isso desencadeará
uma ação (por exemplo: “Obrigado, volto aqui em um outro momento”).
Resumo feito por Giovanna Gebrim
Esquemas mentais: uma das formas mais usuais de se conceber a
representação da informação na memória. O esquema pode ser definido
como uma estrutura abstrata que contém o conhecimento geral sobre
um domínio, incluindo os fatores determinantes e as relações entre os
atributos deste domínio, e que oferece os meios e recursos necessários
para a formulação de hipóteses e para a interpretação dos estímulos de
forma compatível com o conjunto da informação disponível (colocar
imagem de exemplo: mapa mental).
O esquema mental que cada pessoa elabora a respeito de si mesma se
refere à avaliação que ela faz de seu comportamento genérico e se
sustenta, sobretudo, no julgamento que cada um faz a respeito dos
traços mais marcantes da própria personalidade.
Os traços estáveis da personalidade nos auxiliam a elaborar esquemas
mentais tanto de nós mesmos, quanto de outras pessoas. Isso nos ajuda
a decidir qual a conduta mais apropriada a ser adotada nos encontros
sociais com diferentes indivíduos.
Igualmente, as pessoas também desenvolvem esquemas mentais
relativos aos papéis sociais e encontram-se relacionados com as normas
e expectativas que são geradas por estes papéis. (médico, mãe etc.).
Distintos grupos sociais também podem ser representados mediante
esquemas de grupo. Um esquema grupal pode ser caracterizado como
um conjunto ordenado de crenças disponíveis que permite definir os
atributos de um grupo social. A presença de um esquema sobre um
grupo social é suficiente para influenciar a percepção que se tem sobre
os membros deste grupo, interferindo sobre processos como o foco de
atenção, a interpretação da ação, assim como sobre o julgamento e o
comportamento a ser adotado em relação aos membros do grupo
percebido.
Da mesma forma, podemos utilizar esquemas mentais para representar
eventos. O conceito de roteiro (script), corresponde a um esquema cujo
objetivo é uma sequência estereotipada de eventos. Na maioria das
vezes não percebemos que estamos seguindo um roteiro.
A questão da organização do conhecimento
Resumo feito por Giovanna Gebrim
Existem pensamentos automáticos e pensamentos controlados (no
primeiro respondemos a estímulos e, no segundo, pensamos com uma
maior atenção naquilo - de forma consciente, mas não necessariamente
correta).
As pessoas têm a necessidade de determinar o grau de intencionalidade
dos processos cognitivos que se desenrolam durante as interações
sociais.
A questão dos automatismos e do controle
Resumo feito por Giovanna Gebrim
Assinala que as condições em que o processamento ocorre é um
elemento decisivo no resultado do processamento. Isso quer dizer que
se existe pressão do tempo, se as pessoas não são importantes para o
observador ou se não possui tantos recursos cognitivos (agente pode
estar dando atenção a mais de uma tarefa ao mesmo tempo), predomina
o pensamento categórico (respostas imediatas), enquanto que se não
existe a pressão do tempo, se as pessoas envolvidas são importantes
para o observador e se existem recursos cognitivos suficientes, o que
predomina é o processamento impelido pelos dados.
Nesta perspectiva, os processos controlados envolvem um gasto maior
de tempo, pois cada informaçãodeve ser processada uma a uma,
enquanto que em processos automáticos, várias unidades de
informação podem ser processadas em paralelo.
Para que o processamento automático ocorra, sua manifestação deve
ocorrer em circunstâncias em que a tarefa não seja muito complexa, ou
quando o agente possui um grande domínio da tarefa, podendo se
desvencilhar dela de uma forma habitual e rotineira.
Teoria do processamento dual
Agente multitarefa: processos controlados e automáticos
a) Paralelo: pensamentos controlados e automáticos acontecem em
paralelo. (conversar e dirigir, cuidar dos filhos e estudar etc.).
b) Delegação: pensamentos controlados e automáticos não simultâneos
(delegação). Na delegação um processo controlado dispara um processo
automático, acontece em geral quando estamos cansados e incapazes de
manter o controle sobre o próprio comportamento e o
automonitoramento contínuo durante a realização de uma
determinada tarefa. Nesses momentos de cansaço, o agente deixa de
julgar de forma cuidadosa, atenta e individualizada, passando a fazer
uso do pensamento categórico.
c) Orientação/Disrupção: quando alguém percebe que está se
relacionando com o meio de forma automática e coloca em ação um
pensamento controlado.
d) Intrusão: pensamentos intrusivos são processos automáticos que
irrompem o pensamento controlado e são involuntários.
e) Regulação: representa uma situação na qual um processo controlado
inibe e se sobrepõe a um processo automático. Isso ocorre quando
processos automáticos tentam se inserir na cognição e o agente se
esforça para inibir tais ideias, impedindo que o agente se entregue ao
devaneio.
f) Automatismo: ocorre sempre que um processo controlado se
automatiza. A prática, o hábito e a rotina fazem com que tarefas antes
executadas sem grande desenvoltura, exigindo grande atenção dos
processos controlados, se automatizem, sendo realizadas sem qualquer
esforço adicional.
Resumo feito por Giovanna Gebrim
A dimensão teórica: o avaro cognitivo e o teoricamente motivado
O avaro cognitivo é considerado como a tendência das pessoas de
resolver os problemas de maneira simples e superficial.
O avaro cognitivo parte do pressuposto que os sujeitos procuram dotar
de sentido o mundo e fundamentam uma certa maneira de interpretar a
interação entre o ser humano e a realidade social. Desta forma, os
sujeitos disporiam de uma maquinaria mental de processamento de
informação que estaria sujeita a determinados limites, tanto na
velocidade, quanto na qualidade de informações que é capaz de tratar
simultaneamente. 
Entrar em um ambiente exigiria o processamento detalhado de todos os
estímulos e informações por parte do sujeito, o que seria uma operação
exaustiva para o sistema cognitivo. Sendo assim, o recurso utilizado
pode ser selecionar uma pequena parcela destes estímulos que podem
ser processados e desconsiderar a imensa maioria dos elementos
presente no ambiente. Isso implica tratar de forma superficial a
informação, elaborando muito rapidamente inferências a respeito dos
estímulos, favorecendo a adoção do pensamento categórico e a
utilização de atalhos mentais durante as operações de processamento
da informação.
Quanto mais automático o pensamento, menor leitura posterior.
Quanto mais controlado o pensamento, mais atividades sendo
processadas para futuras releituras.
A condição de avaro cognitivo está ligada ao estabelecimento de limites:
a) Temporais, quando se tem pouco tempo para tomar uma decisão; 
b) Da quantidade de dados, quando não se pode contar com todas as
informações necessárias para realizar o julgamento; 
c) Em relação à habilidade, quando se é incapaz de tratar
concomitantemente uma grande quantidade de informações em um
curto espaço de tempo.
Isso quer dizer que na maioria das vezes, o ser humano não toma as
melhores decisões possíveis, mas ao contrário, que tome suas decisões
baseada na valorização do comportamento que mais se mostrou eficaz e
que melhor se adapta às diferentes circunstâncias. Ou seja, se as
escolhas humanas não podem ser otimizadas, elas devem ser rápidas,
econômicas e pouco exigentes em termos de mobilização dos limitados
recursos cognitivos disponíveis.
O taticamente motivado se opõe ao avaro cognitivo, nestas situações, as
pessoas se dedicam a pensar de forma cuidadosa e aprofundada sobre
cada uma das peças de informação disponíveis, procurando tratá-las de
forma individualizada e não como membros de uma categoria mais
geral. Isso ocorre quando o agente se encontra motivado ou
afetivamente envolvido em uma situação particular.
 
Resumo feito por Giovanna Gebrim
Quando pensamos na motivação, precisamos levar em consideração
que o agente cognitivo dispõe de constructos mentais (crenças, valores,
atitudes, estereótipos, preconceitos, metas etc.) que dirigem o
processamento das informações, bem como seu comportamento, sendo
assim, quando se está afetivamente envolvido, o agente é capaz de
avaliar a situação de forma mais criteriosa.
Resumo feito por Giovanna Gebrim
Categorização social
Categoria significa a totalidade de informação que a mente possui sobre uma
classe particular de objetos. O processo de categorização social corresponde
a tentativa de relacionar um objeto a uma representação mental (categoria).
Categorizar envolve a aplicação de rótulos verbais a objetos presentes no
mundo físico, mental ou social e consiste em supor que o objeto possui
atributos semelhantes aos membros do grupo no qual ele foi incluído.
As categorias sociais:
- Ocorrem nas circunstâncias em que uma pessoa deixa de ser percebida
individualmente e passa ser qualificada como um elemento de um grupo,
mediante a aplicação de critérios físicos (cor da pele, gênero, idade, etc.) ou
características de natureza distinta (social, econômica, religiosa, etc.). Cria-se
a tendência de se acreditar que todos os membros do grupo são equivalentes.
- A categorização é um componente essencial da cognição, sendo a
necessidade de categorizar uma condição inescapável da condição humana.
Ela está relacionada com a sobrevivência humana em um mundo complexo,
além de estar diretamente envolvida com os processos de adaptação.
- Como contribuições podemos elencar:
a) a redução da complexidade do mundo; 
b) a formulação de inferências que permitem superar a insuficiência de
informação; 
c) permitem o ajuste das experiências com objetos conhecidos a um esquema
mental previamente existente; 
d) permite a assimilação de novos objetos mediante a aplicação de um rótulo
verbal.

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