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Nome: Jennyfer F S dos Anjos RA:8562137 ´Prof. Tatiana Freire de Andrade Diogenes Alves Disciplina: Processo Penal- Infrações e Procedimentos Criminais Especiais 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
No caso desta disciplina será prevista como tal atividade a leitura e resenha do texto A FILOSOFIA DE AGAMBEN, O TERRORISMO DE BIN LADEN E O DIREITO PENAL DO INIMIGO: UM ESTUDO DE FRONTEIRAS ENTRE A PROTEÇÃO E A PUNIÇÃO. 
de Fernando Antônio C. Alves de Souza e José Arlindo de Aguiar Filho.
Vejamos que primeiramente o texto já faz uma pergunta sobre “Quem é o inimigo?” não temos uma resposta definitiva nem ao menos quem seria verdadeiramente o respectivo inimigo. Portanto verifiquemos que o mesmo se impõe ao informar que existe varias definições dentro de toda forma filosófica, sociológica e jurídica , contudo a forma a ser discutida principalmente seria sociologia jurídica na qual se define como o estudo e domina os fatores sociais sobre o direito e as ocorrências deste princípio na sociedade ou seja os elementos de reciprocidade entre o social e o jurídico procedendo um reconhecimento externo no sistema jurídico. 
Podemos frisar a frase colocada no texto para melhor definição no termo de sociojuridica “A importância da Sociologia Jurídica é não só teórica (por estudar o direito como fato social básico), mas implica ainda consequência prática.”
Na forma de ser discutida vejamos o contrapor entre três divisões conceituais na ideia jurídica, “o direito penal do inimigo” de Jakobs frente ao “Homo Sacer” de Agamben e o “terrorismo” de Bin Laden. 
DIREITO PENAL DO INIMIGO – JAKOBS 
Todavia vejamos pela teoria de Jakobs o fundamento na qual determina sua respectiva forma de retratar-se em “o direito penal do inimigo”. 
Os antagonistas perdem o direito e as garantias legais. Tornando -se incapazes de se adaptar-se sob uma norma atribuída a sociedade, devendo em si ser retirado da sociedade ficando sob ao amparo do Estado falhando a título de cidadão. 
Nesse caso, aos cidadãos delinquentes, terão anteparo e o veredito adequado; às desfavoráveis imposições para desarmar suas atitudes e seu potencial afrontoso e improprio. 
A comunidade de uma forma em comum, sobretudo aos que sentiram na pele a ação de delinquentes, aos impacientes, aos que, intimidam, determinam uma solução mais ágil aos problemas dos criminosos, a tese de Jakobs poderá aparentar, à primeira vista, uma forma de resolução perfeita. 
As três colunas que é baseado a Teoria de Jakobs, que são: previsão da punição do adversário; a desigualdade das penas e contingência ou a queda de certas segurança processual e a criação de leis autoritárias direcionadas aos indivíduos dessa individualização do controle social (terroristas, supostos lideres de facções criminosas, traficantes, homens bomba, etc.), poderiam atuar de forma correta em uma sociedade que trouxesse uma categoria e capacidade especiais discernir entre os que faz jus ser chamado de cidadãos e os que deveria ser analisado como os inimigos 
Por ventura para toda teoria deve ter fundamento a qual foi retirado mesmo se por alguma circunstância o tema aborda varias teorias dentro de estudos, Jakobs teve sua teoria baseada e fundamentada pelos grandes filósofos. 
BASES FILOSOFICAS 
A grande base filosófica da teoria de “Jakobs” são os filósofos Rosseau, Fichte, Kant, Hobbes.
Rosseau, assegura que qualquer malfeitor que agride os direitos sociais deixa de ser integrante do Estado, posto que se depara em guerra com este, como aponta a pena expressa contra o malfeitor. A consequência diz assim “... ao culpado se lhe faz morrer mais como inimigo que como cidadão”. (Noções e Criticas, 2008 p. 25). 
Semelhante ao que se argumenta Fichte. Desconsidera o contrato cidadão em um ponto em que no voluntário ou por casualidade, em sentido rigoroso perdendo seus direitos como cidadão e como ser humano, e passa a um estado de distanciamento sobre seus direitos. (Noções e Criticas, 2008 p 260)
A “Fichte atenua tal morte civil, como regra geral mediante a construção de um contrato de penitência, mas não no caso de assassinato intencional e premeditado: neste âmbito, se mantém a privação de direitos” (Noções e Críticas, 2008 p. 27) ao condenado informa-o que é um objeto, uma peça de gado.
Hobbes teve conhecimento dos fatos, e nominalmente, é um teórico do contrato social, porém foi preferencialmente, um filosofo do instituto. Sua concordância ao cumprimento – junto a qual aparece, em igualdade de direito ao cumprimento em meio da violência não deve entender tanto como um contrato, mas como uma representação aos futuros cidadãos não importune o Estado em sua atuação de organização. 
Absolutamente compreensível com isso, Hobbes, o primeiro ponto é manter o criminoso, em sua status de cidadão. O individuo não pode anular, por si sua função. Todavia, a circunstância é ilustre ao se tratar de um motim, isto é, de alto dolo: Pois a propensão desses crimes está na anulação desse cumprimento, o que significa uma reincidência ao estado de natureza. E aqueles que comete malfeitoria não são punidos como sujeitos, mas como adversário. 
Kant, foi quem fez a aplicabilidade ao modelo contratual como convicção dirigente a fundamentação ao uso do poder do Estado, dispõe ao problema na situação do estado de natureza (fictícia) ao estado estatal.
Ao esquema de Kant, todo individuo está concedido a demandar a qualquer outra pessoa e entrar em uma constituição cidadã. Logo, situa-se a seguinte questão: Expôs Kant aqueles que não se deixa coagir. 
Em seu livro “Sobre a paz eterna” , concede uma extensa explicação, ao pé da página, ao problema de quando se pode autenticar de modo hostil contra um ser humano , emitindo o seguinte entretanto, aquele individuo ou o povo que adere ao estado de natureza , priva da segurança indispensável, e fere, já por esse estado, aquele que está ao meu lado, se bem que não é de maneira ativa (ato), mas sim pela ausência de legalidade de seu estado (status injusto), que intimida constantemente; logo; obriga-se que, ou entre comigo em um estado coletivo legal ou abandone a redondeza.
 HOMO SACER – AGAMBEN 
Portanto vejamos o fundamento a qual se conclui para a teoria de Homo Sacer de Agamben, filosofo italiano, conforme a produção centraliza nas relações continuas entre filosofia, ética, estética, logica, literatura, poesia, politica e o meio jurídico, assimilando como áreas envolvidas umas nas outras e imparcialmente. 
Agamben, é conceituado uma importante figura intelectual sobre o raciocínio do mundo contemporâneo e vem sendo usado como referência teórica de diversas pesquisas. É reintegrado a figura do direito romano antigo homo sacer para distinguir o ponto entre o poder soberano e a biopolítica que é realizado pelo meio jurídico e que torna certas vidas, homo sacer, matáveis. O estudo de Agamben trata do ponto oculto entre o molde jurídico-institucional e o molde biopolitico de poder, questão que foi ignorada por Foucault (ENDO 2011). 
Em outros termos o autor reinscreve o poder soberano como dominante, e conceitua que a biopolítica é tão antiga quanto a exceção soberana. No panorama com a política, também se observa a presença da extimidade e do contraditório na constituição do sujeito, basicamente quando pensamos nos indivíduos na guerra do tráfico sendo excluídos e incluídos na política. 
POLITICA PELO ARISTÓTELES 
No conceito política de Aristóteles , o homem, como qualquer outro individuo, é zoé(vida nua – mera existência biológica), mas que em alegação a uma qualidade, que outros indivíduos não têm – a linguagem, também é , uma presença política: é a linguagem que torna possível ao homem passar de zoé a politikón zôon ( animal político), vale dizer, que possibilita uma vida politica ( bios políticos). 
FUNDAMENTO DE AGAMBEN PELO FOUCAULT 
A visto disso – zoé, mas também politikón zôon – que Michel Foucault implementa sua teoria da biopolítica , cujo liminar é o aparecimento da modernidade e a constituição do Estado de População: “ Por milênios , o homem permaneceu o que era para Aristóteles:um animal vivente e, além disso, capaz de existência política; o homem moderno é um animal em cuja politica está em questão a sua vida de ser vivente”(Foucault, 2005/ 134). 
Nota-se, conforme Agamben , que a ideia de biopolítica de Foucault acorda com o que foi desenvolvido por Hannah Arendt em “ A Condição Humana” , decorrente a progressiva importância que o animal laborens percorre em tratar na sociedade o que a vida nua ocupe o vértice das relações na administração , derruindo , com isto , o espaço público. 
Descrevendo aos meios pelos quais a politica se transformou em biopolítica: “por milênios o homem permaneceu o que era para Aristóteles: um animal vivente e, além disso, capaz de existência política; o homem moderno é um animal em cuja política está em questão a sua vida de ser vivente”(AGAMBEN, 2004,p. 11). O termo sobre entendimento da biopolítica é importante para articular os conceitos de “poder soberano e a vida nua”
No entanto que apesar da aproximação entre o pensamento de Foucault e de Arendt, ambos jamais foram desenvolvidos de autodomínio a facilitar uma crítica conjunta e harmônica das relações políticas na modernidade. Este, pois, então, é o fim a que se lançou Agamben ao lançar-se á serie intitulada Homo Sacer.
DEFINIÇÃO DE HOMO SACER 
Homo Sacer, é uma apresentação do direito arcaico romano, dispõem previsão expressa na lei das XII tábuas de 450 a.C (Lex Decemviralis) em inerente tábua VII relativo aos delitos, ao sentenciar quase um patrono a causa dano a seu cliente que seja dito sacer (saceresto), podendo ser morot como vítima devotada aos deuses. 
Dessa forma, homo sacer é o que atuou algum crime, e fez-se “matável”, paralelo para a definição, transforma-se insacrificável segundo as formalidades da punição. Consequentemente, o homo sacer ( homem sacro) seria aquele que tendo praticado um crime não poderia ser sacrificado segundo os ritos da punição e, no caso de ser morto, o seu executante não seria sacrificado segundo os ritos da punição e, no caso de ser morto , o seu executante não seria punido; este ser é paradoxal porque cometeu um crime além de qualquer punição , é indesejado pelos deuses e pelos homens, está fora da “jurisdição” de ambos, é “ insacrificavel”, mas “matavel”. 
Agamben declara-se em duas possibilidades para essa contraposição (impunidade de sua morte e o veto de sacrifício): o homo sacer seria imoral ou seria considerado o direito dos deuses. 
O parecer sobre a vida nua não se declara a uma hipoteticacondição originaria da vida do homem hipoteticacondição originaria de vida do homem (vida como sentido dezoé- vida comum- animal), mas como a vida do homem (vida com o sentido debios) alterada por estipuladas condições sócio-politicas. Todavia, para Agamben (2004, p.14), ao levantamento entre a politica e a vida é sinalizada pelo poder de decisão do soberano sobre o próprio status da vida: “a produção de um corpo biopolitico a contribuição original do poder soberano. A biopolítica é, nesse sentido, pelo menos tão antifa quando a exceção soberana.” Desse modo, a vida nua seria uma “criação artificial” do próprio poder soberano, seria a vida apenas na sua dimensão biológica com um caráter apolítico e destituída de quaisquer direitos. 
Porventura a forma basica desse poder é sinteticamente criadas no âmbito dos Estados gerariam a exclusão da proteção jurídica da vida daquelas pessoas que não se submetem á ordem “do poder soberano.” O soberano é aquele que tem o condão de deliberar em ultima ratio sobre o estado de exceção , e conforme , Agamben retrata-se a verdadeira face da biopolítica: o soberano é tal que tem o poder de legislar sobre o caos , bem como de decretar sobre a normalidade ( ou não) da vida em sociedade ( vida politizada), é o soberano que decreta quem está dentro ou fora do próprio ordenamento jurídico. Há a modificação da totalidade da vida em objeto de gerenciamento pelo estado (estatização do biológico.)
A aptidão do soberano permite que se atordoam elementos como violência e direito, natureza e cultura, justo e injusto, sentimento de pertencimento ou não á determinada comunidade etc., de modo que a vida do individuo se torna também um elemento na relação de poder (a biopolítica). 
Contém por exemplo as condutas realizadas pelo ex-presidente George Bush ( um soberano no sentido apregoado por Agamben) em aura da luta contra o terror que se apresentaram como ações de exceção que atingiram os “não sujeitos”, ou seja, os indivíduos 4 que foram privados de seus direitos em face de instauração do Estado de Exceção que se apresentou como a politica externa dominante do governo norte-americano na atualidade. 
Conforme o mundo a globalizadocontemporâneo sucedem , de dentro das fronteiras imperiais, novos aspectos de indigência generalizada, pessoas “destituídas” de seus direitos que se aparenta ao homo sacer: os judeus nos campos de concentração, os “sem pátria” nas salas de espera dos aeroportos, os imigrantes sem documentos, os emigrados em geral , os presos suspeitos de terrorismo , os desempregados etc. 
Nos campos de aniquilamento de judeus no nazismo, Agamben (2004,p.161-172) encontra o mecanismo jurídico que fundamenta a vida nua: a lei que discernia a vida “digna” da vida “indigna de ser vivida” empenhado aos judeus a partir da abertura legal aos casos de cobaias humanas ou VP (Versuchepersonen) e da eutanásia ( o campo de concentração é a materialização do Estado de exceção). Agamben compreende os elementos para se absorve o que foi proclamado como “nova ordem mundial” sobretudo pelos EUA: a guerra ao terror norte-americana, provocou uma “relativização” da ordem jurídica internacional e constituindo uma soberania mundial sobre não-sujeitos os sujeitos extirpados da cidadania, a vida nua. 
A proposição se mostra emblemático na atualidade porque 11 de setembro de 2001, foi o atentado terrorista contra as Torres Gêmeas em Nova Iorque, consideradas o símbolo do poder econômico dos EUA, e o Pentágono: Esses araques alteraram profundamente as relações internacionais no inicio deste século porque reações de Estados, sob a bandeira da luta contra o terror, promoveram violações aos direitos humanos e abalaram os paradigmas existentes. A guerra ao terror culminou com a execução sumária sem respeito ao devido processo legal, pelos EUA, em 1° de maio de 2011, de Osama Bin Laden, líder de rede terrorista Al- Qaeda, numa operação militar em Abbotabad no Paquistão. 
Para estabilizar sua convicção sobre correlação entre “biopolítica-poder soberano- vida nua” e essas novas figuras de pessoas “destituídas” de seus direitos, Agamben também desenvolve os conceitos de “bando” e “abandono” de modo que os indivíduos possuem inclusão/ exclusão na sociedade politica pelas ações do poder soberano. 
Segundo Agamben (2004, p.117), o vocábulo em italiano “in bando”, “a bandono” significam “a mercê de ...” ou “a seu talante, livremente” e “bandido” significa tanto “excluído, banido” quanto “aberto a todos, livre”. Esses conceitos se aplicam para aqueles que não pertencem a lugar algum, estando “livres”, como também para aqueles que foram abandonados, banidos ou excluídos de determinada comunidade. Agamben (2004, p117) dispõe que o bando é propriamente a força, simultaneamente atrativa e repulsiva, que liga os 5 dois polos da exceção soberana, a vida nua e o poder, o homo sacer e o soberano. [...] É esta estrutura de bando que devemos aprender a reconhecer nas relações políticas e nos espaços públicos em que ainda vivemos. Mas intimo que toda interioridade e mais externo que toda a e extremidade é, na cidade, o banimento da vida sacra.
É determinado a verificação a essa situação de “abandono” dos indivíduos onde não obtém indicações a quais as condições em que eles se encontram, ou seja, uma zona de indeterminação. Para ser abandonado seria necessário, primeiramente, cumpri a algum lugar, o “bando” pela sua exclusão, pois apesar de ter sido posto para fora do “bando”, tendo alguma relação ou laço de pertencimento com este “bando”, porém, estaria á “mercê de quem oabandonou” ou o excluí. Assim, o abandonado jamais será totalmente livre e, ao mesmo tempo, não pertencerá a lugar nenhum, estando numa condição de indeterminação em relação ao seu bando (sua origem), conforme entende Agamben. 
O menosprezado pode estar diretamente pertinente a própria concepção de biopolítica porque, segundo Agamben (2004, p.137-138), uma qualidade essencial da biopolitca moderna é a sua necessidade de redefinir continuamente, na vida, o liminar que articula e separa aquilo que está dentro daquilo que está fora. [...] Nesse contexto, surgem no mundo globalizado as novas figuras de indigência generalizada (pessoas “destituídas” de seus direitos) que se assemelham ao homo sacer, sendo destacado por Agamben os refugiados, as cobaias humanas utilizadas em experimentos científicos, os prisioneiros condenados a morte etc. 
Assim sendo, a obra é considerável para uma compreensão do poder nos atuais Estados penetrados pela globalização econômica de caráter eliminatório ao neoliberal que impõe vários outros questionamentos para o Direito Constitucional e o Direito Internacional. 
O TERRORISMO DE BIN LADEN 
Conforme os relatos e a história marcada em 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque é nítido a forma que após isso o tema de ‘terrorismo’ foi totalmente mais abrangente e discutida a todo momento pelo fato de um ‘mandante’ para o terrorismo que ocorreu naquele dia e até hoje é marcado. 
Porém a forma que foi levada para um segmento de terrorismo , deixa o questionamento sobre quem de fato era o terrorista , com a morte de Osama Bin Laden é deixado questionamento e duvidas sobre a sua morte , se houve resistência ou estava em desvantagem no momento, o texto a qual esta sendo analisado impõe um trecho para melhor clareza sobre este ponto. 
“A respeito do tema Kai Ambos, escreveu, no essencial: Os terroristas, também Osama Bin Laden, são seres humanos. Como tais, eles são detentores de direitos humanos. Entre esses, encontram-se também o direito à vida, a um tratamento humano e a um processo penal justo. Os direitos humanos fundamentais vigem também em um estado de exceção. Somente de forma excepcionalíssima, o direito à vida em tempos de paz é suspenso parcialmente, mais especificamente, em casos de legítima defesa. Se é certo que Bin Laden estava desarmado e foi assassinado intencionalmente, não teria aplicabilidade a legítima defesa, pois ela requer uma agressão injusta atual às forças especiais de intervenção. Teoricamente, ainda, seria possível uma hipótese de erro sobre a situação de legítima defesa. Mas, com isso, objetivamente, o homicídio continuaria sendo um ilícito. Portanto – diferentemente do que se referiu o presidente norte-americano – ele não teria servido à justiça, mas sim a prejudicou. (grifos nossos).”
GUERRAS E ATENTADOS TERRORISTAS 
Osama Bin Laden, entendia que existia a possibilidade, em construir um grande império muçulmano e isto seria alcançado através do aniquilamento dos inimigos Islã. Diante disso, compromete-se em vários conflitos armados e promove atentados terroristas que provocaram mortes e incontáveis perdas matérias. 
OSAMA BIN LADEN X EUA 
Osama tinha uma teoria em um ‘mundo perfeito’ e muitas ocasiões os americanos não estava dentro dos conformes em que o Osama acreditava , os princípios em que ele acreditava. 
Entre 1996 e 1998, Bin Laden articulou duas Fatwa, que são em determinação oficial islâmica declarando guerra aos Estados Unidos. No primeiro, ele requisitava que os americanos deixariam os lugares sagrados do islamismo. Portanto no segundo, ele e outros lideres islâmicos radicais , admitiam a morte de americanos e judeus em qualquer parte do mundo. 
Todavia pelas circunstâncias durante a ‘briga’ entre Bin Laden e os EUA, ocorreu que durante duas décadas, Osama Bin Laden idealiza e patrocina vários atentados terroristas contra os EUA. 
O primeiro atentado, com um carro-bomba, foi cometido contra embaixadas americanas localizadas em Nairóbi (Quênia) e Dar es- Salaam (Tanzânia), em 7 de agosto de 1988.Seguiria outra atividade em 12 de outubro de 2000, logo em uma lancha carregada de explosivos se chocou contra o destroier americano “USS COLE”, em Adem, lêmen. 
Em 11 de Setembro de 2001, Al-Qaeda ataca os Estados Unidos de maneira incomum. Nos anos seguintes, organizações apreciadas ou que se consideravam filiais da Al-Qaeda vão concluir atentados terroristas de grande envergadura. Conforme os inúmeros atentados houve uma explosão de uma discoteca em Bali na Indonésia, em 2002; e a detonação de quatro trens em Madrid, em 11 de março de 2004.
Depois do ocorrido de 11 de setembro na qual marco a história, Osama se refugiou no Afeganistão. Dessa forma o EUA iniciou os ataques contra as bases terroristas de treinamento da Al-Qaeda e instaurações militares do Regime Talibã, no Afeganistão. 
Após dois anos, os EUA ocupam também o Iraque, partindo uma guerra que resultou na saída de Sadam Hussein do poder. Sendo preso em 2006 foi executado. Depois de 10 anos Osama Bin Laden foi morto, no Paquistão. A instrução foi confirmada pelo então presidente dos EUA, Barack Obama, no dia da morte- 02 de maio de 2011
Portanto conforme os pontos abordados entre ao terrorismo de Bin Laden e EUA , para melhor descrever o que esta sendo observado e analisado, o texto em si aponta uma observância do Giorgio Agamben, vejamos:
 
“Explica-se sobre o caso que se lê acima, que Obama, de certa forma, dando continuidade à guerra ao terror, da política de George W. Bush, não se há de negar, estende uma política criminal de exceção como projeto estatal. Segundo Giorgio Agamben: 
É na perspectiva dessa reivindicação dos poderes soberanos do presidente em uma situação de emergência que se deve considerar a decisão do presidente Bush de referirse constantemente a si mesmo, após o 11 de setembro de 2001, como Commander in chief for the army. Se, como vimos, tal título implica uma referência imediata ao estado de exceção, Bush está procurando produzir uma situação em que a emergência se torne a regra e em que a própria distinção entre paz e guerra (e entre guerra externa e guerra civil mundial) se torne impossível.”
É considerável destacar-se que mesmo após a morte do líder, a Al-Qaeda não consumou suas atividades. No momento não dispõem grupos de ação na Somália, Argélia, Libia, Chade, entre outros países, cada região tendo seu líder especifico e as atuações distintas. 
LEGITIMA DEFESA DO ESTADO 
O combate e seu seguimento emergencial do absorvimento jurídico vigente como forma de “legitima defesa” do Estado frente a ameaças imediatas assinala a perigosa escolha de preterir o direito individual humano inalienável em favor do direito de defesa do Estado. 
Conforme o autor sobre o tema , aponto em explicar que a politica criminal adotada pelos EUA, vejamos
O significado imediatamente biopolítico do estado de exceção como estrutura original em que o direito inclui em si o vivente por meio de sua própria suspensão aparece claramente no ‘military orde’, promulgada pelo presidente dos Estados Unidos no dia 13 de novembro de 2001, e que autoriza a ‘indefinitive detention’ e o processo perante as ‘military commissions’ (não confundir com tribunais militares previstos pelo direito de guerra) dos não cidadãos suspeitos de envolvimento em atividades terroristas. Já o USA Patriot Act, promulgado pelo Senado no dia 26 de outubro de 2001, permite ao Attorney general ‘manter preso’ o estrangeiro (alien) suspeito de atividades que ponham em perigo ‘a segurança nacional dos Estados Unidos; mas, no prazo de sete dias o estrangeiro deve ser expulso ou acusado de violação da lei sobre imigração ou de algum outro delito. A novidade da ‘ordem’ do presidente Bush está em anular radicalmente todo estatuto jurídico do indivíduo, produzindo, dessa forma, um ser juridicamente inominável e inclassificável. Os talibãs capturados no Afeganistão, além de não gozarem do estatuto do POW [prisioneiro de guerra] de acordo com a Convenção de Genebra, tampouco gozam daquele de acusado segundo as leis norte-americanas.Nem prisioneiros nem acusados, mas apenas detainees, são objeto de uma pura dominação de fato, de uma detenção indeterminada não só no sentido temporal, mas também quanto à sua própria natureza, porque totalmente fora da lei e do controle judiciário. A única comparação possível é com a situação jurídica dos judeus nos Lager nazistas: juntamente com a cidadania, havendo perdido toda identidade jurídica, mas conservavam pelo menos a identidade de judeus. Como Judith Butler mostrou claramente, no detainee de Guantánamo a vida nua atinge sua máxima indeterminação” (Grifos nossos).
DIREITO PENAL 
Portanto conforme a analise do texto, dentro de cada perspectiva foi analisado o pensamento de cada um em que se retratava sobre o respectivo inimigo. Todavia nos dias atuais há mudanças sobre a penalidade em que cada individuo cometeu o crime. 
Antigamente trazia consigo uma penalidade mais rigorosa, até mesmo pode se descrito como “ser matável”, e ao passar os anos vejamos o terrorismo sobre um pensamento de ter um mundo em uma só natureza , um momento a ser citado e bem doloroso foi a perspectiva em que a Alemanha trazia consigo em meio a um líder para em um só povo com um sangue . E para aqueles que não concordam, havia guerra e quando ocorria a guerra, havia resposta dessa guerra até levar a morte. 
“Todo direito no mundo foi adquirido pela luta; esses princípios de direito que estão hoje em vigor, foi indispensável impô-los pela luta àqueles que não os aceitavam[...] “
(Rudolf Von Jhering)
Dessa forma vejamos que apesar de mudanças e mais mudanças dentro da sociedade vejamos que o mesmo ocorre-se que inconstitucionalidade do criminoso percorre há muitas punições fora do direito do individuo , mesmo em que o individuo esteja cumprindo as normas que até então esta em lei, vejamos que o “garantismo” dessa ocasião não convém a todos, o sistema carcerário esta precário e não esta dando suporte necessário para que o criminoso possa voltar a se socializar com a sociedade. 
Todavia é visto como o criminoso volta para a sociedade sendo discrimanado, não tem pra onde correr nem ao menos o que fazer , “ a solução” em que muitos encontram é para novamente ao crime. 
FERRAJOLI, "a palavra garantismo pode ser compreendida sob três acepções: pela primeira, garantismo designa um modelo normativo de direito, quanto ao Direito Penal, de extrema legalidade, próprio do Estado de Direito. No plano epistemológico se caracteriza como um sistema cognoscitivo ou de poder mínimo, no plano político como uma técnica de tutela capaz de minimizar a violência e de maximizar a liberdade e no plano jurídico, como um sistema de vínculos impostos à potestade punitiva do estado em garantia dos direitos dos cidadãos. Em consequência, é garantista todo o sistema penal que se ajusta normativamente a tal modelo e satisfaz de maneira efetiva".
Portanto mesmo com a definição de Ferrajoli, podemos analisar em que muitas vezes foi pontuado sobre o poder do Estado, na qual para ser mais claro a própria definição do estado de exceção. 
Carl Schmitt e Walter Benjamin. Agamben partiu do mote de Schmitt, para quem “soberano é quem decide sobre o estado de exceção”, contrapondo-o com a tese de Benjamin, no sentido de que “a tradição dos oprimidos nos ensina que o estado de emergência no qual vivemos não é uma exceção, e sim uma regra”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Dessa forma o texto trás consigo reflexões em que hoje em dia , observemos essa repressão que ocorre aos criminosos , mesmo não havendo essa distinção de um “ser matavel” a sociedade por si só faz sua exclusão do individuo que cumpriu sua pena, exclui a qualquer circunstância. 
E pondo em pauta sobre o Estado ser soberano , vejamos que o mesmo não impõe uma explicação a sociedade sobre o individuo e não propõe ao individuo uma “nova vida”, e muitas vezes dentro das penitenciarias ocorre-se um tratar como “animal” aquele que por ventura cometeu o crime por não haver escolha, e ocorre-se que existe pessoas que cometem o crime sim porém todos deve ter seu garantismo dentro da sociedade. 
Não é demais lembrar o que com propriedade doutrina Prittwitz com invulgar clareza: 
O dano que Jakobs causou com suas reflexões e seu conceito de direito penal do inimigo é visível. Regimes autoritários adotarão entusiasmados a legitimação filosoficamente altissonante do direito penal e processual contrário ao Estado de Direito. Mas também na discussão na Alemanha ele pode ser responsabilizado por quebrar o tabu de destruir desnecessariamente os limites pelo menos em tese indiscutíveis entre direito penal e guerra. Vêm à mente paralelos com a discussão havida no ano passado – e que os juristas alemães consideravam quase impossível – sobre a possibilidade de eventualmente empregar até mesmo a tortura em determinados casos excepcionais.
Portanto o texto é tão eficaz ao dias atuais como cada teoria abordada sobre o respectivo inimigo e sua filosofia , seja analisado dessa forma como um forma mais abrangente de ver a sociedade como o capacho do estado de exceção que ao mesmo tempo age como o inimigo do inimigo.

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