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Comércio Eletrônico Aspectos Jurídicos

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COMÉRCIO 
ELETRÔNICO 
ASPECTOS JURÍDICOS
48
A série SAIBA MAIS esclarece as dúvidas mais frequentes 
dos empresários atendidos pelo SEBRAE nas mais diversas 
áreas: organização empresarial, finanças, marketing, produção, 
informática, jurídica, comércio exterior.
DÚVIDAS OU SUGESTÕES, CONSULTE O SEBRAE 0800 570 0800
Conselho Deliberativo
Presidente: Abram Szajman (FEComércio)
ACSP Associação Comercial de São Paulo
ANPEI Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia 
das Empresas Inovadoras
Banco Nossa Caixa S. A.
FAESP Federação da Agricultura do Estado de São Paulo
FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
FEComércio Federação do Comércio do Estado de São Paulo
ParqTec Fundação Parque Alta Tecnologia de São Carlos
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Secretaria de Estado de Desenvolvimento
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SINDIBANCOS Sindicato dos Bancos do Estado de São Paulo
CEF Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal
BB Superintendência Estadual do Banco do Brasil
Diretor - Superintendente
Ricardo Luiz Tortorella
Diretores Operacionais
José Milton Dallari Soares
Paulo Eduardo Stabile de Arruda
Projeto e desenvolvimento - SEBRAE-SP
Autor 
Bóris Hermanson
Diagramação e ilustrações 
Ceolin e Lima Serviços Ltda. / Antonio Eder
Impressão - 
A série SAIBA MAIS esclarece as dúvidas mais frequentes 
dos empresários atendidos pelo SEBRAE nas mais diversas 
áreas: organização empresarial, finanças, marketing, produção, 
informática, jurídica, comércio exterior.
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3
COMÉRCIO ELETRÔNICO 
ASPECTOS JURÍDICOS
O comércio eletrônico tem apresentado uma alta taxa de crescimento mun-
dial. No Brasil o fenômeno não é diferente. Para se ter uma idéia, de acordo 
com o e-bit (http://www.ebitempresa.com.br/home.asp) em 2008 o faturamento 
nominal do comércio eletrônico brasileiro foi de R$ 8,2 bilhões, um valor 30% 
superior ao de 2007. 
Diante dessa grande oportunidade de negócios surgem inúmeras dúvidas, 
especialmente por parte de empreendedores e empresários que atuam no seg-
mento das micros e pequenas empresas. 
4
Neste trabalho analisaremos os aspectos jurídicos que envolvem o comércio 
eletrônico e sua regulamentação.
Inicialmente, para entendermos melhor o assunto, vamos definir o que é 
comércio eletrônico e suas modalidades.
Comércio eletrônico é o nome dado a operações de compra e/ou venda de 
produtos, ou ainda prestação de serviços, realizados através de ambiente virtual 
(internet). Dessa forma, uma empresa e/ou um consumidor podem contratar a 
aquisição de produtos ou ainda a prestação de serviços de outras empresas de 
forma remota, através de um comando de computador. 
Existem também outras operações virtuais (realizadas por meio eletrônico) 
realizadas pelos órgãos governamentais (operações entre governos, governo e con-
tribuinte e governo e empresas), cujo assunto não será abordado nesta obra.
No comércio eletrônico temos negócios realizados “on line” ou “off line”. 
Chamamos de negócios “on line” aqueles em a parte interessada, ou seja, a que 
pretenda adquirir um produto ou tomar um serviço, acessa o site (endereço 
eletrônico) da empresa fornecedora do referido produto/serviço, realizando o 
negócio pretendido de forma direta, simultânea. 
Já na modalidade “off line” os negócios são realizados de forma indireta, 
através do envio de um e-mail (mensagem eletrônica) pela parte interessada na 
aquisição do produto/serviço confirmando com a empresa fornecedora do produ-
to/serviço à realização do negócio. Não há, neste caso, interação simultânea, não 
importando se a empresa fornecedora do produto/serviço tenha site próprio na 
internet. Esta distinção terá efeitos práticos em termos de legislação, conforme 
veremos mais adiante.
Vejamos como a atividade é regulamentada no país.
Regulamentação do Comércio Eletrônico no Brasil.
No Brasil não existem leis específicas sobre operações virtuais, ou seja, 
realizadas pela internet. Assim sendo, o que existe em nosso país é a aplicação das 
normas gerais do Direito, naquilo que houver em comum entre as operações de 
compra, venda e/ou prestação de serviços realizadas fisicamente e as realizadas 
através do comércio eletrônico.
5
Tanto nas operações de compra e 
venda de produtos, como nas de presta-
ção de serviços, ocorre uma espécie de 
contratação prévia entre as partes (com-
prador/vendedor ou ainda prestador de 
serviços/tomador de serviços). Para que tal 
contrato tenha validade, alguns requisitos 
básicos se fazem necessários. Vejamos 
quais são:
1 - Agente capaz. Chama-se agente ca-
paz aquele (pessoa física ou jurídica) 
que pode de fato exercer seus direitos 
e obrigações, ou seja, aquele que pode exercer por si, todos os atos da vida 
civil;
2 - Objeto lícito. Objeto (produto/serviço que se pretenda adquirir) lícito é 
aquele não proibido pela lei. Vale dizer qualquer contrato que viole a lei 
não tem validade jurídica (por exemplo: contratar a compra de mercadorias 
contrabandeadas);
3 - Objeto possível. Também não haveria validade se o objeto do contrato 
for impossível de ser realizado ou então contrário ou ofensivo a moral (por 
exemplo: venda de terrenos na lua, constituição de quadrilha etc);
4 - Forma contratual prevista em lei ou não proibida. Quanto à forma 
estabelecida pela lei vale ressaltar que o contrato não depende de forma 
especial, salvo nos casos previstos pela lei, podendo assim as partes 
utilizar-se de formas particulares escritas ou verbais (no caso de contratos 
particulares aconselhamos sempre a forma escrita).
Mas, como é possível realizar um contrato quando as partes estão distantes 
uma das outras, como é o caso das operações pela internet?
No caso das operações feitas “on-line”, ou seja, as duas partes estão co-
nectadas simultaneamente, a simples aceitação da proposta comercial serve 
para efetivar o negócio. Já nos casos em que as partes não estão conectadas 
simultaneamente, o negócio somente será efetivado quando a proposta houver 
manifestação de aceitação da proposta mediante e-mail confirmatório (estas 
duas condições estão previstas no Novo Código Civil, nos artigos 428, item I, e 
434, respectivamente).
6
Mas o que dizer se o contratante ou tomador dos serviços residir fora do ter-
ritório nacional? Neste caso, valerá a lei do país onde a empresa que apresentou 
a proposta tiver sua sede.
O Comércio Eletrônico e o Código de 
Defesa do Consumidor.
No caso de operações que envolvam consu-
midores finais (pessoas físicas e/ou jurídicas que 
adquiram um produtos ou tomem um serviço 
como destinatários finais), além da legislação 
civil acima mencionada, deverão ser observadas 
as normas do Código de Defesa do Consumidor 
(Lei 8.078/90).
Os principais aspectos a serem observados, 
em relação ao CDC (Código de Defesa do Con-
sumidor) são:
I – direito à informação;
II – proteção contra práticas abusivas e propa-
gandas enganosas;
III – sigilo em relação aos dados cadastrais do 
consumidor;
IV – direito de arrependimento;
V – efeito vinculante da oferta.
Vejamos melhor estes itens:
I – direito à informação: 
 Os consumidores deverão ter total acesso às informações sobre o fabricante 
ou importador do produto ou sobre os dados do prestador de serviços, 
além, é claro, sobre as características do produto ou do serviço oferecido, 
condições de pagamento, manuais/fichas técnicas, entre outros.
II – proteção contra práticas abusivas e propagandas enganosas:
 Qualquer cláusula contratual que seja duvidosa ou de difícil entendimento 
será interpretada sempre de forma mais favorável ao consumidor. Também,7
cláusulas que estabeleçam vantagens excessivas a favor da empresa em 
prejuízo ao consumidor poderão ser desconsideras ou declaradas nulas 
(sem validade) em juízo. 
 Devemos lembrar ainda que a propaganda que leva o consumidor ao 
erro, seja sobre a qualidade/quantidade do produto/serviço, seja sobre 
o fornecedor ou ainda sobre as condições gerais do negócio (prazo de 
pagamento, preço etc), é considerada prática abusiva, podendo resultar 
numa série de sanções contra a empresa ofertante, inclusive com a 
obrigação da reparação dos danos causados aos seus consumidores.
III – sigilo/segurança em relação aos dados cadastrais do consumidor:
 Os dados relativos aos consumidores que estejam à disposição da empresa 
com a qual este realizou um negócio somente poderão ser divulgados a 
terceiros (normalmente para formação de banco de dados) com o expresso 
consentimento do próprio consumidor. Vale lembrar que a segurança das 
informações fornecidas pelo consumidor é de responsabilidade da empresa 
ofertante dos produtos e/ou serviços, respondendo esta por eventuais 
danos causados aos seus consumidores pela violação e mau uso de tais 
dados. 
 A segurança do site é um assunto vital para o sucesso dos negócios na 
internet, sendo um fator essencial, não só para se evitar prejuízos legais, 
mas também para se garantir o sucesso do empreendimento, desta forma 
deve-se preferir a utilização de tecnologias que garantam, no comércio 
eletrônico, segurança aos consumidores.
IV – direito de arrependimento:
 O consumidor tem direito de desfazer o negócio contratado de forma 
virtual (fora do estabelecimento da empresa ofertante), sem que lhe seja 
cobrada quaisquer taxas, multas ou penalidades. O prazo para o con-
sumidor exercer o seu direito de arrependimento é de sete dias após a 
concretização da operação (seja da assinatura do contrato, seja do paga-
mento realizado ou mesmo a contar da data da entrega do produto).
V – efeito vinculante da oferta:
 A empresa que oferecer produtos ou serviços pela internet está obrigada 
a cumprir os exatos termos do que foi divulgado na internet, sob pena 
de cancelamento do negócio além de outras sanções legais, entre elas o 
pagamento das perdas e danos sofridos pelo consumidor.
8
Tributação do Comércio Eletrônico.
No campo tributário será exigido o pagamento de todos os tributos relacionados 
à operação realizada tal como se esta operação tivesse sido feita fisicamente. O 
posicionamento atual dos juristas é que, no caso da comercialização de programa 
de computadores produzidos em série (chamados de softwares de prateleira), o 
imposto devido será o ICMS (que é um tributo estadual). No caso de programas 
de computadores desenvolvidos por encomenda, o imposto devido será o ISS 
(tributo municipal).
Já no caso dos serviços de acesso à internet, prestados por provedores, não 
há ainda um entendimento pacífico (único) sobre o assunto. Alguns juristas (es-
tudiosos do Direito) e alguns Tribunais encaram que não pode haver cobrança 
do ICMS sobre tais serviços, encarando tal atividade como mera prestação de 
serviços. Assim sendo, tais serviços deveriam ser tributados pelo ISS. Entretanto, 
não existe na legislação do ISS previsão para tal cobrança, o que leva muitas 
empresas a questionarem sua exigibilidade.
Cuidados jurídicos na elaboração do site da empresa.
Como vimos, é de extrema importância que o site da empresa fornecedora 
dos produtos/serviços ofereça segurança nas operações realizadas. Para tanto, 
9
aconselhamos a contratação de empresa especializada neste tipo de serviço, que 
tenha uma boa reputação no mercado, e apresente atualização tecnológica.
Caberá ainda à empresa interessada o registro de sua marca (inclusive dos 
seus produtos e/ou serviços) junto ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade 
Industrial, evitando-se, dessa forma, que tais marcas sejam utilizadas por terceiros. 
O interessado poderá encontrar maiores informações sobre o registro da marca 
no site do INPI, a saber, www.inpi.gov.br.
Além do registro da marca junto ao INPI, será necessário também o registro 
do domínio do site na internet (ou seja, a garantia da exclusividade do uso do 
respectivo endereço do site na internet), junto ao Comitê Gestor da Internet no 
Brasil – CGI.br. Isto poderá ser realizado no site http://registro.br
Concluindo, vimos que o comércio eletrônico pode ser uma alternativa de 
negócios viáveis para micro e pequenas empresas, desde que adotado os devidos 
cuidados legais. O interessado poderá encontrar maiores informações sobre o 
assunto no site do SEBRAE/SP (www.sebraesp.com.br). 
Referências Bibliográficas:
- Guia Legal do Investidor Estrangeiro no Brasil, elaborado pelo CESA – Centro 
de Estudos das Sociedades de Advogados – 7ª Edição – 2004 – Imprensa 
Oficial do Estado de São Paulo.

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