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Dermatoviroses: HPV e Verrugas

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Fonte: Aula 
1 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
INTRODUÇÃO 
➢ As dermatoviroses são doenças que cursam com manifestações 
essencialmente cutâneas 
➢ Os vírus estudados serão: 
• Papilomavirus Humano (HPV) → Verrugas 
• Herpesvirus (HSV) → Herpes Simples e Herpes Zoster 
• Vírus do Molusco Contagioso (MCV) 
 
INFECÇÕES PELO HPV 
VERRUGAS E CONDILOMA ACUMINADO 
ETIOLOGIA 
➢ Condiloma acuminado é a verruga genital 
➢ Causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) 
➢ Existem mais de 100 tipos de HPV, mas nem todos são oncogênicos 
(risco de evoluir pra câncer), sendo apenas um pequeno número 
de HPV que possui essa possibilidade de evoluir para um câncer 
➢ Transmissão → de pessoa para pessoa 
• Geralmente, apenas o contato rápido não é suficiente para 
transmitir. É necessário que se tenha um contato mais 
demorado para que o indivíduo seja contaminado 
➢ Cada vírus é responsável por causar um tipo de lesão 
➢ Autoinoculável → o portador do vírus contamina as demais 
partes do seu corpo sozinho 
• Exemplo: paciente com uma verruga no joelho, acaba 
gerando uma lesão dessa verruga por coçadura e, ao 
ficarem partículas do vírus presentes em baixo das unhas, o 
indivíduo acaba transmitindo esse vírus para outros locais 
do corpo 
➢ Período de incubação: 
• Verruga vulgar → 1 a 6 meses 
• Verruga genital → 1 a 20 meses 
PATOLOGIA 
➢ Alteração patológica que o vírus causa: 
• Papilomatose → a camada da derme penetra dentro da 
epiderme e com isso, muitas vezes, acaba levando vasos, por 
isso que em algumas verrugas vê-se pontinhos pretos, que 
correspondem aos vasos da derme trombosados 
• Paraceratose → células com núcleo na camada córnea 
• Hiperceratose → aumento da camada córnea, dando 
aspecto áspero e endurecido à verruga 
FORMAS CLÍNICAS 
➢ VERRUGA VULGAR: 
• É a forma mais comum 
• Descrição da lesão elementar → verrucosidade ou pápula 
de superfície verrucosa 
• Pode ser única ou múltipla 
• Quando se está diante da presença de vasos nessas 
verrugas, praticamente já se tem o diganóstico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Fenômeno de Koebner: 
▪ Tem-se uma doença e o trauma/lesão provoca essa 
doença 
✓ Exemplo → paciente com uma verruga, tem um 
trauma, causando uma escoriação/arranhão, 
 
Verruga Vulgar 
- Parte branca → Ceratose 
- Pontinhos enegrecidos → Vasos 
 
Múltiplas Verrugas Vulgares 
 
 
 
Múltiplas Verrugas Vulgares 
 
 
 
Verrugas Vulgares de cor 
enegrecida 
 
 
 
Verrugas Vulgares 
 
 
 
Verruga Vulgar Subungueal e/ou Periungueal 
- Essas verrugas tem características de serem resistentes ao tratamento, 
pois só se consegue aplicar a medicação em uma parte da verruga, enquanto 
que ainda há partes dessa verruga que ficam em região subengueal 
 
 
Fonte: Aula 
2 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
fazendo com que a verruga acometa o formato 
dessa lesão 
▪ Não é exclusivo de verrugas, podendo ocorrer em 
outras doenças, como Vitiligo 
 
 
➢ VERRUGA FILIFORME: 
• A verruga tem uma base estreita 
• Nessas verrugas vê-se nitidamente a alteração de 
papilomatose 
• Dentro na narina → é uma localização comum de verruga 
filiforme, sendo bastante difícil de tratar, pois o 
procedimento, geralmente, é doloroso 
 
➢ VERRUGA PLANA: 
• São um tipo de verruga bem 
mais difíceis de se fazer o 
diagnóstico, pois são planas, não 
tem o ponto enegrecido e não tem 
a superfície tão verrucosa 
• Geralmente são pequenas e 
múltiplas 
• O local preferencial é a face 
de crianças 
• Às vezes podem ter coloração acastanhada 
• São planas porque tem menos ceratose 
➢ VERRUGA PLANTAR: 
• É uma verruga muito comum e é chamada vulgarmente de 
“olho de peixe” 
• Como é na planta, e o paciente pisa muito, a lesão acaba 
tendo crescimento endofítico. Ao contrário das demais 
verrugas, que tem crescimento exofítico, da epiderme para 
fora 
• Por ter crescimento endofítico, na maioria das vezes, o 
paciente se queixa de dor, às vezes afirmando que é como 
se estivesse pisando em um calo ou em uma pedra 
 
VERRUGA GENITAL OU CONDILOMA ACUMINADO 
➢ É causada pelos tipos 6 e 11 do HPV 
➢ Causas: 
• É quase sempre causada por relação sexual, mas é possível 
ter verrugas na região genital sem ter tido relação sexual. 
Assim, crianças que apresentam verrugas genitais não 
significa necessariamente dizer que ela sofreu abuso sexual 
• Pode ter outras causas, por ser autoinoculável 
• Por ter uma transmissão sexual frequente, é considerada 
também uma IST 
➢ Lesão elementar: 
• Vegentantes e brilhosas → pois regiões mucosas não tem 
camada córnea, vendo-se melhor as células epidérmicas 
• Úmidas 
• Pápulas sésseis e ceratósicas 
➢ Tipos 16 e 18 → são os que tem maior potencial oncogênico. 
Assim, há a possibilidade de, a partir de uma lesão genital, 
desenvolver-se um carcinoma epidermoide 
• É por isso que mulheres fazem anualmente o exame para 
tentar identificar a lesão antes de se formar um câncer 
• Essa lesão começa como uma neoplasia 
intracitoplasmática e depois evolui para um carcinoma 
 
Verrugas Vulgares 
- Fenômeno de Koebner 
 
 
 
Verrugas Filiformes 
 
 
Verruga Digitiforme 
- Um tipo de verruga filiforme que é 
semelhante a um dedo 
 
 
 
Verrugas Planas 
 
 
 
Verrugas Planas 
 
 
 
Verruga Plantar 
 
 
 
Verruga Plantar 
 
 
 
Fonte: Aula 
3 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
➢ Localização → pode ocorrer em qualquer região genital, 
inclusive oral e anal 
• Genital 
• Perigenital 
• Perianal 
• O local mais comum é o colo de útero 
➢ Podem assumir grandes proporções 
 
 
 
TRATAMENTO 
➢ Não existe tratamento de escolha para todos os tipos, devendo-
se individualizar quanto ao tipo e localização da lesão 
➢ Existe a possibilidade de regredir espontaneamente, mas não se 
pode esperar por isso, deve-se iniciar o tratamento 
➢ Objetivos do tratamento: 
• Destruir ou remover as lesões visíveis 
• Induzir citotoxicidade com algumas medicações 
➢ Não existe cura (não há medicação que mate o vírus), pois o HPV 
se incorpora ao DNA do ceratinócito 
➢ Modalidades de tratamento: 
• Tratamento de primeira linha: 
 ÁCIDO SALICÍLICO + ÁCIDO LÁTICO 
✓ Formam uma substância cáustica, que é aplicada 
diretamente sobre a verruga, precisando-se 
proteger a área ao redor com esparadrapo ou 
pomadas de barreira (Hipoglos e Bepantol) 
✓ Provoca uma ceratólise, quebrando a camada 
córnea e as células da epiderme 
✓ Esse tratamento pode durar de semanas a meses 
✓ Evita-se realizar esse tratamento: 
o Na face (mas pode fazer com cuidado) → 
pois pode deixar cicatrizes no local 
o Em regiões mucosas → pelo risco de 
formar uma ulceração maior 
✓ O paciente faz esse tratamento em casa 
• Tratamento para verruga genital: 
▪ Esses medicamentos podem ser usados nas demais 
verrugas, mas não tem boa resposta 
▪ Seu uso tem boa resposta na verruga genital porque 
não há camada córnea, permitindo que a medicação 
penetre mais profundamente 
 PODOFILINA 25% 
✓ É um ácido aplicado pelo médico 
✓ Não funciona para as demais verrugas, apenas 
para verruga genital 
 PODOFILOTOXINA creme 
✓ O paciente pode usar em casa 
✓ É uma excelente medicação para tratar Condiloma 
em homem 
✓ Tem ação semelhante à Podofilina 
✓ Não pode usar em mulheres grávidas → mas 
pode ser usada em mulheres em idade fértil se ela 
estiver fazendo uso de método anticoncepcional, 
pois é uma medicação tópica e não oral, causando 
menor risco de mal formação 
 ÁCIDO TRICLORACÉTICO (ATA) 30 – 90% 
✓ Aplicado pela médica 
 IMIQUIMOD 
✓ Existem estudos que mostram resultados muito 
bons do uso de Imiquimod para verruga 
periungueal, mas ainda estão em fase de estudo, 
fazendo com que a indicação primária ainda seja 
para verruga genital 
 
Condiloma Acuminado 
 
 
 
Condiloma Acuminado 
- Lesão mais plana 
 
 
 
Condiloma Acuminado 
- Na parte que já tem pele,onde se 
tem a camada córnea, se parece 
bastante com verruga vulgar 
- No prepúcio já se tem camada 
córnea 
 
 
Condiloma Acuminado em região 
perianal 
- Nas mulheres, pela anatomia, essa 
região fica sempre em muito contato, 
sendo denominada “Lesão em 
espelho” 
 
 
 
Condiloma Acuminado Gigante 
- Acontece na gestação, pois durante a gestação existem diversos 
hormônios diferentes de fatores de crescimento 
- Paciente com HPV que engravidou e desenvolveu um condiloma gigante 
- Essas mulheres não podem ter parto normal para que não haja 
contaminação do bebê. Assim, ela deve ser tratada e indicada para parto 
cesariano 
 
 
 
Fonte: Aula 
4 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
✓ É um creme que o paciente usa em casa, aplicando 
em cima da lesão em noites alternadas até a 
melhora 
• Laser → procedimento que destrói a verruga 
✓ Tem alto custo 
✓ Não tem no SUS 
• Eletrocirurgia → bisturi elétrico 
✓ Tem a mesma função do laser, mas é bem mais barato 
✓ Eletrocoagula-se a lesão 
✓ Vantagem → faz-se a destruição das verrugas de uma 
vez só 
✓ Há a possibilidade de deixar cicatriz. Assim, deve-se ter 
muito cuidado em região: 
o De face 
o Plantar → pois depois do procedimento forma-se 
uma ulcera no local, e como o paciente pisa muito 
nessa ulcera, a cicatrização é difícil. Assim, não 
se faz eletrocauterização na planta 
• Criocirurgia → congelamento com nitrogênio líquido 
✓ É o melhor tratamento, mas é muito pouco disponível 
✓ Pode tratar qualquer verruga, inclusive genital e 
plantar 
✓ Desvantagem → É necessário fazer mais de uma 
sessão, ao contrário da eletrocirurgia 
✓ Não precisa de anestesia, não sangra, não há 
significativo desconforto doloroso 
➢ Em gestantes só se pode usar: 
• Criocirurgia 
• Eletrocirurgia 
• ATA 
VACINA 
➢ Não se tem vacina para todos os tipos de HPV, faz-se para aqueles 
tipos que tem risco 
➢ Para prevenção da infecção e câncer cervical 
➢ Tipos: 
• Vacina Tetravalente → HPV 6, 11, 16 e 18 
• Vacina Bivalente → HPV 16 e 18 
• Relembrando: 
▪ HPV 6 e 11 → Condiloma 
▪ HPV 16 e 18 → Carcinoma 
➢ Disponível para meninos e meninas a partir dos 9 anos de idade, 
antes do início da vida sexual 
➢ Para crianças de 9 a 14 anos 
➢ São duas doses de vacina, com intervalo de 6 meses 
➢ Proteção em torno de 90% 
➢ Não indicada em grávidas 
 
INFECÇÕES PELO VÍRUS HERPES 
INTRODUÇÃO 
➢ Tem-se várias famílias do vírus → alfa, beta e gama 
➢ Alpha-Herpervirinae (Citolíticos) → tem acometimento 
essencialmente cutâneo 
• Herpes simples 1 → geralmente é perilabial 
• Herpes simples 2 → geralmente é genital 
• Varicela-Zoster → Herpes Zoster 
➢ Beta-herpesviridae (Citomegálicos): 
• Citomegalovirus (CMV) 
• Exantema súbito → é uma virose que surge rapidamente 
após um quadro febril 
➢ Gama-herpesvirinae (oncogênicos): 
• Sarcoma de Kaposi → vê em pacientes com HIV 
• Epstein-Barr → pode causar mononucleose infecciosa 
 
HERPES SIMPLES 
INTRODUÇÃO 
➢ É autolimitada nos imunocompetentes → resolve por si só 
➢ 2 tipos → tem diferenças nos seus antígenos de uma das 
glicoproteínas de superfície 
• Herpes tipo 1 → o mais comum é: 
▪ É a forma mais comum de herpes 
▪ Adquirido na infância 
▪ Causa lesão perioral 
▪ Mais comum → vesículas agrupadas em região 
perioral 
▪ Transmissão → geralmente de criança para criança 
• Herpes tipo 2 → o mais comum é: 
▪ Adquirido na vida adulta, por relação sexual 
▪ Causa acometimento da lesão genital 
➢ Pode ocorrer a contaminação das duas formas → o tipo 1 pode 
ter cometimento genital e o tipo 2 pode ter acometimento perioral 
➢ O fato de o paciente ter o Tipo 1 não impossibilita de ele ter o tipo 
2 
➢ Transmissão: 
• Por contato de pessoa para pessoa por meio de: 
▪ Toque 
▪ Boca 
▪ Região genital 
• Quando a lesão está ativa/aberta, com exulceração e 
vesículas a chance de contaminar é maior, mas um paciente 
 
Fonte: Aula 
5 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
pode contaminar outra pessoa mesmo sem lesão, pois o 
vírus se encontra dentro do gânglio em latência 
➢ Período de incubação → 4 a 5 dias 
CICLO BIOLÓGICO DO HERPES VÍRUS SIMPLES (HSV) 
➢ Na maioria dos casos (80 a 90%) → A replicação do vírus inicia 
na epiderme, após sua ligação com a membrana celular do 
queratinócito. Após um período de replicação intracelular, a 
partir de terminações nervosas livres, ocorre transporte 
retrógrado de vírions em direção aos gânglios sensoriais 
paravertebrais, onde se estabelece a latência 
• O vírus penetra na célula epidérmica, replicando-se dentro 
do núcleo da célula basal e, depois de alguns dias de 
replicação, ele vai, de forma retrógrada, até o gânglio 
nervoso, onde fica em latência. Isso acontece na maioria das 
pessoas (80 a 90%), que tem o vírus, mas não desenvolvem 
a doença. Na infância, às vezes, tem-se lesões parecidas 
com gengivite e aftas, mas após isso o vírus entra em 
latência 
➢ O HSV apresenta tropismo por ceratinócitos e neurônios. Os 
queratinócitos são altamente permissíveis à replicação do vírus, 
mas os neurônios não. Como não sofrem mitoses, o vírus 
consegue ficar quase que escondido, invisível ao sistema 
imunológico. Se acontece uma injúria ou qualquer diferenciação 
celular na célula infectada, a replicação é permitida e ocorre a 
reativação viral e surgimento de lesões no local de entrada do 
vírus 
➢ 10 a 20% dos indivíduos terão recidiva, fazendo com que o 
vírus provoque doença → Assim, o vírus se liga à membrana 
celular do epitélio da célula basal, sofre replicação intracelular no 
local da exposição e o paciente terá a lesão no mesmo local em 
que o vírus entrou. Depois, há o retorno do vírion para o gânglio 
nervoso, onde entra novamente em latência 
• Porém, alguns indivíduos, após alguns fatores 
desencadeantes (exposição solar, queda da imunidade, 
estresse, mulheres no período pré-menstrual), o gânglio 
reativa e o vírus faz o caminho contrário, retornando e 
replicando novamente no ceratinócito epidérmico, causando 
o aparecimento da lesão 
LESÕES 
➢ Vesículas → geralmente no primeiro dia de doença 
 
➢ Exulceração → após o rompimento das vesículas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ PRIMOINFECÇÃO → no momento da infecção 
• O quadro é variável, de acordo com o local em que o vírus 
entrou, ou seja, é no local de contato que o transmissor 
passou para o indivíduo previamente sadio 
➢ HERPES RECIDIVANTE: 
• Sintomática → por surtos 
• Assintomática latente (75 a 90% dos casos) 
FATORES DESENCADEANTES 
➢ Exposição solar prolongada 
➢ Febre, infecções 
➢ Ansiedade, estresse 
➢ Menstruação 
➢ Trauma local 
HERPES SIMPLES NÃO GENITAL – HSV 1 
➢ Locais de primo-infecção: 
• Gengivoestomatite: 
• Vulvovaginite 
• Ceratoconjuntivite 
• Panarício → na mão 
 
 
Vesículas agrupadas em uma base 
de eritema 
 
 
Vesículas agrupadas em uma base 
de eritema 
 
 
Exulceração 
 
Primoinfecção 
- É sempre mais extensa e dolorida 
que a recidiva 
 
Erupção Variceliforme de Kaposi 
- Disseminação do vírus da herpes 
- É raro de ocorrer, mas trata-se de 
uma complicação do HSV em 
crianças com algum grau de 
imunossupressão ou em 
pacientes atópicos, por já terem a 
barreira cutânea defeituosa 
- É necessário internar para que 
seja feita medicação endovenosa 
 
Fonte: Aula 
6 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
➢ GENGIVOESTOMATITE: 
• Geralmente em crianças 
➢ CERATOCONJUNTIVITE: 
• É difícil de se dar o diagnóstico 
 
 
 
 
 
 
 
➢ PANARÍCIO HERPÉTICO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
HERPES SIMPLES RECIDIVANTE 
➢ Pode ocorrer em qualquer área 
➢ Muitas vezes, o paciente sente pródromos (horas ou dias) – nem 
todos os pacientes tem esse pródromo → sentem uma 
sensibilidade diferente no local antes de aparecerem as vesículas 
➢ Hoje tem-se o tratamento abortivo dessas crises quando o 
paciente consegue perceber que terá 
➢ Mais comumem adultos 
➢ Localização mais comum → perilabial 
HERPES SIMPLES GENITAL – HSV 2 
➢ Transmissão: 
• Geralmente é sexual 
• Pode ser através do parto → assim, se a mãe estiver com 
herpes, recomenda-se a cesárea 
➢ Na boca não costuma ser doloroso, porém, em região genital e 
perianal é doloroso 
➢ Locais mais comuns de ocorrer: 
• Pênis 
• Vulva 
• Ânus 
➢ Pacientes imunodeprimidos → podem ter lesões mais 
persistentes e atípicas, com aspecto verrucoso 
➢ Geralmente, em pacientes imunocompetentes, o episódio de 
herpes dura cerca de 7 a 14 dias, melhorando por si só, não sendo 
necessário, obrigatoriamente, tratar o paciente 
imunocompetente 
➢ A indicação de tratamento é: 
• Se for dado o diagnóstico nas primeiras horas → 
prodromos ou nas primeiras 24 a 48h, pois fazendo a 
medicação encurta-se o ciclo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gengivoestomatite 
 
Gengivoestomatite 
 
 
Ceratoconjuntivite 
- Eritema, Exulceração, vesícula 
 
Panarício Herpético 
- Vesículas agrupadas com base de 
eritema 
- Raro de ocorrer 
 
Vesículas em região genital 
 
Exulceração 
 
Vesículas e eritema nas nádegas 
- As nádegas são uma região atípica, 
mas pode ocorrer 
Em região genital feminina 
 
Herpes em paciente imunossuprimido 
- São meses de evolução da doença, com difícil cicatrização 
- Não se vê esse tipo de lesão em pacientes 
imunocompetentes 
 
Fonte: Aula 
7 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
➢ É CLÍNICO! → Exame físico + História do paciente 
➢ Citodiagnóstico de Tzanck: 
• Se tiver dúvida diagnóstica, pode-se lançar mão desse 
exame 
• Colhe-se uma vesícula, faz-se o exame direto e vê-se 
células gigantes multinucleadas 
➢ Histologia 
➢ Sorologia → é útil em algumas situações 
• Faz-se para o tipo 1 e o tipo 2, identificando IgM ou IgG 
• IgG → não significa que o paciente tem a doença, mas sim 
que teve contato com o vírus, provavelmente quando criança 
• IgM → indica infecção aguda 
• Às vezes, pode ser de exclusão → Ex: faz-se a sorologia e 
não positivou IgM nem IgG, assim não é herpes 
• Não é um exame feito de rotina, pois o diagnóstico é, na 
grande maioria dos casos, clínico 
➢ PCR → tem alto custo e é pouco disponível 
TRATAMENTO 
➢ DROGA DE ESCOLHA: 
 ACICLOVIR: 
▪ Duração do tratamento: 
✓ Primoinfecção → por 7 dias 
✓ Recorrência → por 5 dias 
▪ Só faz sentido seu uso se o diagnóstico é feito nos 
pródromos ou já nas primeiras 24 a 48h, para diminuir 
o tempo do ciclo 
▪ É uma medicação extremamente segura, porque se o 
paciente não tiver o vírus da herpes, o aciclovir não vai 
agir, pois ele necessita de uma enzima do vírus 
(timidina quinase viral) para se transformar e 
monofosfato de aciclovir, que é um metabólito 
intermediário. Dentro da célula do hospedeiro, a 
produção de quinases celulares do hospedeiro faz 
com que ele seja convertido em trifosfato de 
aciclovir, que é a droga ativa 
▪ Age somente nas células infectadas, por isso tem 
menos efeitos adversos 
▪ O único cuidado que se deve ter é que se precisa 
corrigir a dose em pacientes com Insuficiência 
renal grave 
▪ Dose padrão → aplicada 5 vezes ao dia (de 4 em 4h, 
mas não toma a dose noturna) 
➢ Outras opções de tratamento: 
 VALACICLOVIR 
 FANCICLOVIR 
• São drogas mais novas que tem melhor comodidade 
posológica (8 em 8h ou de 12 em 12h) 
• São drogas mais caras 
• Quando chegam no fígado e sofrem a metabolização de 
primeira passagem, transformam-se em aciclovir 
➢ Em casos de resistência: 
 FOSCARNET 
HERPES ZOSTER 
INTRODUÇÃO 
➢ É um vírus da família Herpes, Tipo 3, sendo o vírus da catapora 
➢ O ciclo biológico é muito parecido com o do herpes simples, 
diferindo apenas pela doença inicial, que é a catapora (Varicela) 
➢ Patogenia: 
• O paciente teve catapora, o vírus fica em latência no gânglio, 
podendo ficar assim pelo resto da vida. Porém, quando se 
tem um fator desencadeante (neoplasia, 
imunossupressão...), esse vírus se reativa, voltando como 
Herpes Zoster 
➢ Agente → Vírus Varicela-Zoster (VZV ou HHV-3) 
➢ Mais comum em adultos depois da 5ª década 
➢ O paciente se queixa de dor neural, pois é justamente no nervo em 
que ocorre a infecção 
➢ Nervos mais acometidos: 
• Torácico 
• Cervical 
• Trigêmeo (oftálmico, maxilar e mandibular) 
• Lombossacro 
• Cranianos 
➢ Características da lesão: 
• Vesículas sobre base eritematosa 
• Unilateral → pois acomete o nervo 
• Respeita o dermatomo 
• Dor neurálgica 
• Autolimitada (2 semanas) 
 
 
 
 
Herpes em paciente 
imunossuprimido 
- Não se vê esse tipo de lesão em 
pacientes imunocompetentes 
 
Fonte: Aula 
8 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
➢ Neuralgia pós-herpética: 
• Ocorre mais em indivíduos mais velhos (> 60 anos) 
• Tem-se a herpes zoster, faz-se o tratamento, ocorre 
melhora, mas o nervo que foi acometido continua doendo 
• Às vezes é necessário fazer medicação para dor 
➢ Nervo trigêmeo: 
• Sinal de Hutchinson = nervo nasociliar 
➢ Paralisia facial (Paralisia de Bell) → quando se tem 
acometimento do nervo facial 
➢ Síndrome de Ramsay-Hunt: 
• Quando se tem acometimento do nervo facial e do nervo 
auditivo 
• Paralisia facial + Lesões no ouvido externo e tímpano 
• Surdez, tinido e vertigem 
TRATAMENTO 
➢ Se não for realizado o tratamento, o paciente pode evoluir para 
cura, devido ao fato de ser autolimitada. Porém, nesses casos de 
herpes zoster, há maior indicação de tratar do que na herpes 
simples porque esse tratamento ajuda a prevenir as 
complicações, principalmente a neuralgia pós-herpética 
➢ FASE AGUDA: 
• Medicamentos: 
 ACICLOVIR (800mg 5x/dia) → em doses maiores 
que no herpes simples 
✓ Não é tão usado porque o paciente necessita 
ingerir 20 comprimidos por dia, o que dificulta a 
adesão ao tratamento 
 VALACICLOVIR ou FANCICLOVIR → São os mais 
indicados, pela comodidade posológica (menor número 
de tomadas no dia) 
• Analgésico → é necessário, pois o paciente sente muita 
dor 
• Corticoide → seu uso é controverso 
▪ Diminui a inflamação 
▪ Alguns médicos receitam quando há lesão de face 
▪ Lesão ocular (ramo oftálmico do Trigêmeo) → 
geralmente se faz corticoide endovenoso nos primeiros 
dias, para diminuir o processo inflamatório 
➢ NEURALGIA PÓS-HERPÉTICA: 
• Remédios para dor: 
 CARBAMAZEPINA 
 AMITRIPTILINA 
 GABAPENTINA 
 LIDOCAÍNA (intralesional ou tópica) 
 CAPSAICINA 
MOLUSCO CONTAGIOSO 
INTRODUÇÃO 
➢ Etiologia → tem 2 tipos 
• MCV tipo 1 
 
Herpes Zoster acometendo o nervo torácico 
- É unilateral e respeita o dermatomo 
 
Herpes Zoster acometendo o braço 
 
 
Acometimento unilateral 
 
Acometimento do nervo trigêmeo 
- Esses pacientes tem risco de formar Ceratite ou até mesmo desenvolver 
cegueira 
- Paciente que tem acometimento do nervo trigêmeo se queixa de muita dor 
- Geralmente, há necessidade de internação para administração de Aciclovir 
endovenoso 
 
Fonte: Aula 
9 DERMATOVIROSES 
Gizelle Felinto 
• MCV tipo 2 
➢ É o maior vírus conhecido 
➢ Muito mais comum em crianças do que em adultos 
➢ É comum no paciente atópico → às vezes vê-se o paciente com 
dermatite atópica na fossa cubital e dentro é cheio de molusco 
contagioso 
➢ Grande característica clínica: 
• PÁPULA TRANSLUCIDA COM UM ORIFÍCIO, denominada 
umbilicação central 
• Geralmente pequenas (5mm) 
• Pacientes com HIV → lesões maiores e mais numerosas 
• Dentro dessa pápula tem-se um material de inclusão 
citoplasmática 
➢ Pode ser transmitida sexualmente 
➢ É autoinoculável 
➢ Pode regredir espontaneamente 
LESÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRATAMENTO 
➢ Terapia de escolha → CURETAGEM + IODO 
• Curetagem → é um procedimento cirúrgico com o qual se 
retira a pápula 
• Iodo→ deve ser feito para esterilizar o local, matando o 
vírus remanescente no local após a curetagem 
• Crianças muito pequenas são muito agitadas e 
impossibilitam a realização do procedimento 
• Geralmente, principalmente em crianças, coloca-se um 
anestésico na ponta do equipamento de curetagem 
➢ ATA 
➢ CRIOTERAPIA → muito pouco disponível 
➢ IMIQUIMOD 
➢ Quando a criança é muito pequena pode-se orientar a mãe a furar 
a pápula com uma agulha, espremer a lesão e colocar o iodo 
 
Pápula translúcida com umbilicação central 
 
Pápula translúcida com umbilicação central 
 
Pápula translúcida com umbilicação central 
 
- Adultos que tem em região perigenital, 
geralmente é por transmissão sexual

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