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Herpes Simples
Conceito
O herpes vírus são vírus que contêm dupla cadeia de DNA, são envelopados e considerados vírus de tamanho grande. Tem a característica importante de incorporação do DNA viral no genoma dos hospedeiros, o que garante a possibilidade posterior da reativação das doenças. 
Existem centenas de tipos de herpes vírus, contudo unicamente 8 infectam os humanos, sendo responsáveis por afetar uma ampla possibilidade de pontos do organismo.
Hoje falaremos sobre o herpes vírus 1 e 2 que são denominados de herpes simples (HSV-1 e HSV-2), os quais já foram isolados em quase todos os locais viscerais e cutaneomucosos do corpo.
Epidemiologia - HSV-1 e HSV-2 
A infecção pelo HSV-1 ocorre igualmente entre os sexos, não tem variação sazonal e esta presente em todo o mundo, sendo mais presente em países de baixa e média renda. Sua transmissão ocorre quando alguém sem infecção anterior pelo HSV-1 entra em contato com lesões herpéticas, secreções mucosas ou pele que contém HSV-1 ocorre normalmente por meio do contato oral-oral, oral-genital ou genital-genital, bem como a contaminação de abrasões da pele com secreções orais infectadas, logo a transmissão ocorre de maneira mais fácil nos pacientes sintomáticos.
O HSV-2, por outro lado tem menor prevalência, contudo cada vez mais cresce, já que a infecção genital que é o sintoma mais predominante, muitas vezes é subclínica. A maior parte das infecções vai ocorrer por pessoas que desconhecem a infecção ou que estejam assintomáticas (até pq se estiver sintomático doi e não faz sexo). As taxas de aquisição do HSV-2 são mais altas entre as mulheres. 
O uso de camisinha não evita a contaminação, e a transmissão ocorre mesmo na ausência de lesões.
Patogênese
Diante da infecção primaria, após a penetração, o vírus rapidamente sofre replicação em células da epiderme e da derme, podendo ser assintomática inicialmente ou não (depende da resposta imune do indivíduo). O vírus então entra nas terminações nervosas sensórias e migra para os gânglios nervosos sensitivos, a replicação no núcleo e a migração via nervos sensitivos periféricos dos virions levam surgimento de possíveis lesões e de pontos afastados da região de contágio. 
Manifestações Clínicas: 
Os HSVs já foram isolados em quase todos os locais viscerais e cutaneomucosos do corpo. As manifestações clínicas vão depender do local infectado, da idade e do estado imunológico do paciente, com como o tipo antigênico do vírus. As infecções primarias nas quais não existem anticorpos no soro contra o HSV na fase aguda, acompanham-se frequentemente de sinais e sintomas sistêmicos, contudo grande parte das vezes pode ser assintomática (sendo essa a fase de maior possibilidade de infecção de outro individuo). Em comparação com os episódios recorrentes, as infecções primarias que afetam mucosas e locais extra mucosos caracterizam-se por maior duração dos sintomas e isolamento do vírus nas lesões. O período de incubação varia de 1 a 26 dias (mediana de 6-8). Ambos os subtipos podem gerar lesões orais e genitais e não existe diferenciação clínica. 
Todavia a reativação vai depender muito do local anatômico e do tipo de vírus. A infecção genital HSV-2 tem maior probabilidade (2x mais) de reativação, em comparação com a infecção genital HSV-1, e sofre recidivas com frequências 8 a 10 vezes mais. Por outro lado, a infecção orolabial HSV-1 reicidiva mais frequentemente do que a infeção HSV-2 orolabial. 
Infecção Oral 
A gengivomastite e a faringite são as manifestações clínicas mais comuns do primeiro episódio de infecção por HSV-1, enquanto herpes labial recorrente é a manifestação clínica mais comum da reativação.
A gengivomastite e a faringite são mais comuns em crianças e adultos jovens, os sinais que acompanham são febres, dor intensa na região oral, mal estar, mialgia, incapacidade de alimenta-se, irritabilidade e adenopatia cervical os quais podem durar de 3 a 14 dias. Em geral as lesões serão exsudativas ou ulcerativas na porção faríngea posterior e pilares amigdalianos, podendo ocorrer em menor número lesão de língua, mucosa oral e gengiva numa fase mais tardia da doença. 
A reativação HSV oral pode estar associada a excreção assintomática do vírus pela saliva, ao desenvolvimento de ulcerações da mucosa intraoral ou as ulcerações herpéticas na mucosa labial ou na pele próxima a boca, normalmente não está associada a sintomas sistêmicos. 
Nos pacientes imunossupressos, a infecção pode muito grave com extensão por mucosa e camadas cutâneas profundas. Pode ter sangramento, necrose, dor intensa e incapacidade de ingestão alimentar.
O sol está associado como um fator preciptante para quem já tem herpes. O paciente sente antes mesmo de surgir 
Infecção Genital 
Antigamente acreditava-se que apenas o tipo 2 podia causar a herpes genital e a tipo 1 a forma oral, entretanto hoje já se sabe que ambos podem causar a herpes genital. Inclusive a indecência de HSV 1 vem aumentando muito em casos de herpes genital.
É transmitido pelo contato pele a pele, então nem usando camisinha pode afirmar que está seguro.
Muitas vezes (20%) mesmo com o paciente sem lesões pode transmitir. E o normal é a transmitir com lesões não visíveis, pois elas são dolorosas e impede o ato sexual. Diferente da sífilis que precisa da lesao ativa.
O primeiro episódio de herpes genital primário caracteriza-se por febre, cefaleia, mal-estar e mialgias. Os sintomas locais predominantes incluem dor, prurido, disúria secreções vaginais e uretrais e linfadenopatia inguinal dolorasa. As lesões bilaterais bem espaçadas da genitália externa são características. 
As lesões podem estar presentes em vários estados indo de vesículas inicais, partindo para pústulas e úlceras superficiais eritemato dolorosas. As características são semelhantes nos dois tipos virais, mas como dito acima a possibilidade de recidiva é diferente.
Para fazer uma comparação a lesao da sífilis primaria (cancro duro) não doi.
Vale relembrar que muitos casos serão assintomáticos sistemicamente e localmente faciliantado processos de infecção. 
As lesões anais também podem acontecer, principalmente nos indivíduos que realizaram sexo anal, levando a uma proctite, com secreção anorretal, tenesmo, constipação e dor. 
As lesões desaparecem e não deixam cicatrizes.
Vale ressaltar que é imposssivel eliminar a hepes do paciente, o tratamento serve para controlar a replicação viral, portanto episodios recidivos.
Infecção Cutânea
A infecção da pele do dedo é conhecida como ¨whitlow herpético¨ ou ¨panaricio herpético¨ e pode acontecer como complicação do herpes genital ou oral primários, em consequência da inoculação do vírus através de solução de continuidade ou exposição do dedo a região infectada de forma direta. Os sinais e sintomas incluem instalação abrupta de edema, eritema e hipersensibilidade localizada do dedo, com vesículas ou pústulas, podendo estar associado a febre e linfadenite. É essencial o diagnostico pois é um meio fácil de transmissão.
As infecções que acometem rosto, pescoço, braço e chamada de herpes gladiador e pacientes portadores de dermatite atópica mais herpes vírus podem apresentar o eczema herpético principalmente em uso de imunossupressor, as lessoes são vesiculares doloras e o podem se espalha rapidamente podendo evoluir com grave morbimotalidade, principalmente em crianças com perda de calor corpóreo e de volume circulatório
.
Infecção Ocular 
Infecção SNC e SNP
Diagnóstico: 
O diagnóstico do herpes é clínico, através das lesões e história clínica do paciente, mas apesar de poder ser utilizado somente isso, ele pode ficar sendo meio impreciso, assim pode-se confirmar com exames como cultura, PCR, anticorpo direto ou teste sorológicos 
· A cultura vai ser mais bem utilizada se for feita na infecção primaria 
· PCR tem alta acurácia, útil para infecções assintomáticas, e vai demorar de 4 a 48h 
· A sorologia pode identificar infecções presentes ou passada assim como o IgM, não vão ser uteis para diferencias episódios primários. Assim a triagem de rotina não é usada empacientes assintomáticos. 
Tratamento:
Uma vez herpes sempre herpes então o tratamento será sintomático ou em casos de grande recorrência teremos uma terapia supressiva.
· Para o primeiro episódio – o tratamento deve ser o mais precoce possível com: Aciclovir, 200mg VO 5x ao dia, por 7 dias ou 400mg VO, 8/8 horas por 7 dias 
· Na recorrência – Aciclovir 400mg VO, 8/8 horas por 5 dias
· Casos recidivantes (6 ou mais casos ano) – podem se beneficiar de terapia supressiva: Aciclorvir 400mg VO, 12/12 por até 6 anos.

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