Buscar

Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Fonte: Aula e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªEd (2014) 
 
1 OUTRAS IST’s 
Gizelle Felinto 
CANCRO MOLE 
INTRODUÇÃO 
➢ Sinônimos: Cancroide ou Cancro venéreo simples 
➢ É uma ulceração aguda, específica e contagiosa, geralmente 
localizada na genitália externa 
➢ Agente causador → Bacilo gram-negativo Haemophilus ducreyi 
➢ Resulta quase sempre de transmissão direta no ato sexual 
➢ EPIDEMIOLOGIA: 
• Mais comum em homens do que em mulheres 
• Mulheres, geralmente, são portadoras sãs 
• É uma infecção de acometimento global, com maior 
prevalência em regiões menos desenvolvidas 
• A promiscuidade, com ou sem prostituição, e uso de drogas 
são fatores de risco 
• No Brasil, sua incidência está em declínio 
➢ Tem alta infectividade e baixa patogenicidade e virulência 
➢ Não tem envolvimento sistêmico, sendo limitada à pele e às 
mucosas 
➢ Período de Incubação → 3 a 5 dias 
➢ O cancroide é autoinoculável 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ São uma pápula-pústula que se transforma em ulceração 
➢ São lesões dolorosas 
➢ Características clínicas: 
• Ulceração, de bordas solapadas e cortadas a pique, com 
fundo purulento, base mole e raramente é úmida 
 
➢ Tem-se vários tipos clínicos: 
• Herpetiforme 
• Vesicopustuloso 
• Folicular 
• Ragadiforme 
• Ulcerocrostoso 
➢ Localização: 
• Genitália externa → preferencialmente 
• Em torno do ânus → também pode ser encontrada 
➢ Complicação mais frequente → BUBÃO CANCROSO: 
• É a adenite inguinal observada em menos de 1/3 dos casos 
• Trata-se de um processo agudo que evolui rapidamente para 
liquefação e fistulização 
 
 
 
 
 
 
 
➢ O H. ducreyi não penetra na circulação sanguínea, podendo, 
entretanto, produzir ulcerações extensas (Fagedenismo) 
➢ Há linfadenopatia unilateral em 30 a 50% dos casos 
DIAGNÓSTICO 
➢ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
• Cancro Duro → o cancro mole tem caráter ulcerativo, 
multiplicidade, base mole e bordas solapadas 
▪ Cancro Misto → como o tempo de incubação da sífilis 
primária é maior, pode ser observado que uma lesão 
inicialmente tipo cancroide venha a apresentar mais 
tarde, endurecimento de sua base e outras 
características do cancro duro 
• Herpes Simples → tem vesículas agrupadas e também se 
diferencia pela história 
• Linfogranuloma Venéreo → diferencia-se da adenite 
cancroide porque a adenite necessita da presença do 
cancroide, pela evolução aguda, pela dor intensa, pela 
liquefação e pelos fenômenos gerais, ausentes ou discretos 
➢ DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
• Bacterioscopia → é o normalmente utilizado 
▪ Pesquisa do bacilo em esfregaço corado pelo Gram 
▪ O bacilo gram-negativo pode ser encontrado em quase 
todos os casos 
▪ O material para esfregaço deve ser retirado da parte 
solapada da borda da ulceração 
▪ A pesquisa do bacilo de Ducreyi deve ser sempre 
complementada pela pesquisa de treponema em campo 
escuro e, eventualmente, de inclusão viral 
▪ Acusa gram-negativos típicos, agrupados em 
correntes dos tipos “cardume de peixes”, “vias 
férreas” ou “impressões digitais” 
• Histopatologia → sugestiva para diagnóstico provável 
▪ Zona superficial → neutrófilos, fibrina, eritrócitos e 
tecido necrótico 
▪ Zona média → vasos com proliferação do endotélio e 
trombose 
▪ Zona profunda → infiltrado plasmocitário 
▪ Bacilos podem ser raramente demonstrados 
 
Fonte: Aula e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªEd (2014) 
 
2 OUTRAS IST’s 
Gizelle Felinto 
• Cultura → emprega-se o ágar-sangue ou ágar-chocolate 
com Vancomicina. Em 48h, surgem colônias acinzentadas 
características 
• Testes de fixação de complemento → anticorpos 
antibacilares podem surgir após 3 semanas do 
desenvolvimento da lesão 
• Sorologia para Sífilis e HIV → em todo caso de cancroide, é 
aconselhável fazer, 30 dias após a cura, sorologia para sífilis 
e HIV, e também pesquisa de vírus da Hepatite B e C 
TRATAMENTO 
➢ Medicamentoso: 
 AZITROMICINA 500mg → 2 comprimidos (1g), Via oral (VO), 
em dose única 
 CEFTRIAXONA 250mg → Intramuscular, em dose única 
 CIPROFLOXACINO 500mg → 1 comprimido, VO, 2 vezes ao dia 
por 3 dias 
➢ Pode-se fazer também: 
• Tratamento tópico 
• Limpeza local com água boricada 
• Creme antibiótico 
➢ Drenagem da Adenite → é contraindicada, pois prolonga o tempo 
de evolução 
• É preferível esvaziar a Adenite, por punção 
➢ É sempre aconselhável a exclusão de Sífilis → realizar pesquisa 
do T. pallidum em qualquer lesão suspeita da genitália 
• Quando a pesquisa não puder ser feita → fazer reação 
sorológica para sífilis (RSS) 30 dias após o aparecimento do 
cancro 
➢ Eventualmente, aconselha-se a administração simultânea de 
2.400.000 UI de PENICILINA-BENZATINA, que é uma dose suficiente 
para o tratamento da sífilis recente 
 
LINFOGRANULOMA VENÉREO (LV) 
INTRODUÇÃO 
➢ É principalmente transmitida sexualmente, ainda que, 
eventualmente, possa ocorrer inoculação acidental com 
localização extragenital 
➢ Agente causador → coco gram-negativo Chlamydia trachomatis 
(sorotipos L1, L2 e L3) 
➢ EPIDEMIOLOGIA: 
• Mais comum em climas tropicais e subtropicais 
• Tem distribuição universal 
• Forma aguda do LV → mais comum em homens do que em 
mulheres, pois a infecção aguda frequentemente passa 
despercebida na mulher 
• No Brasil → sua ocorrência tem diminuído, sendo, 
atualmente, relativamente raro 
➢ É uma infecção primariamente do tecido linfático 
➢ FISIOPATOLOGIA → se dá a partir de uma trombolinfagite e 
perilinfangite com o processo inflamatório dos linfonodos 
atingindo tecidos vizinhos. Após a inoculação, a bactéria 
dissemina-se pela corrente sanguínea com sintomas gerais, cuja 
intensidade e duração são relacionadas à imunidade do 
hospedeiro. O processo inflamatório dos linfonodos dura semanas 
a meses antes de regredir. Surge fibrose que destrói os 
linfonodos e obstrui os linfáticos, resultando em edema, fibrose e 
aumento das áreas afetadas, que podem evoluir para uma 
elefantíase 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ São diferentes no homem e na mulher 
➢ LESÃO INICIAL: 
• Homem → ocorre comumente no pênis, sob forma de 
pequena vesícula, pápula ou exulceração que, em geral, 
passa despercebida 
• Mulher → pode acontecer em qualquer ponto da genitália e 
quase nunca é notada 
➢ MANIFESTAÇÕES MAIS CARACTERÍSTICAS → ocorrem após 2 a 4 
semanas 
• Adenopatia Inguinal unilateral ou bilateral → em homens e 
mulheres 
▪ Vários linfonodos são comprometidos e a massa 
volumosa é um bubão ou plastrão → apresenta com 
frequência uma ranhura central em virtude do 
ligamento de Poupard 
➢ COM A EVOLUÇÃO DO PROCESSO → podem surgir Fístulas em 
diversos pontos, em que se denomina a doença como Poroadenite 
inguinal 
➢ No intervalo de tempo entre a inoculação e a adenopatia → 
ocorrem sinais e sintomas, geralmente discretos, de uma 
infecção sistêmica (Bacteremia da doença), como: 
• Febre 
• Artralgias 
• Mialgias 
• Anorexias 
➢ Linfoestase crônica → pela fibrose de linfonodos, leva à: 
• Elefantíase dos genitais externos 
 
Fonte: Aula e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªEd (2014) 
 
3 OUTRAS IST’s 
Gizelle Felinto 
 
• Estreitamento retal (Retite estenosante) → em ambos os 
sexos, a retite estenosante pode também resultar da 
implantação direta do agente microbiano na mucosa retal 
pela prática do coito anal 
• Síndrome anogênito-retal → elefantíase da genitália + 
Ulcerações + Fístulas + Anoproctites (Estiomene) 
DIAGNÓSTICO 
➢ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
• Adenopatia do Cancroide → é mais aguda, estando sempre 
presente o cancroide 
▪ Linfogranuloma venéreo → a lesão inicial é efêmera e 
não é encontrada 
• Adenopatia na sífilis → não tem caráter inflamatório agudo 
• Adenopatia da tuberculose, paracoccidioidomicose e doença 
da arranhadura do gato → eventualmente deve ser 
diferenciada 
• Donovanose, doença de Crohn, colite ou retites,hidradenite 
crônica e neoplasias → devem ser diferenciadas da 
Síndrome Anorretal 
➢ DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
• Bacterioscopia → encontra-se as clamídias por coloração 
com anticorpos fluorescentes monoclonais e ELISA em fase 
líquida, que é específica e sensível. O PCR também pode ser 
utilizado 
• Outros exames sorológicos → é importante excluir 
laboratorialmente a sífilis e o HIV nos casos de 
linfogranuloma venéreo, pela possibilidade de infecção 
associada 
TRATAMENTO 
➢ MEDICAMENTOS: 
 DOXICICLINA 100mg → VO, 1 comprimido, 2 vezes ao dia, por 
21 dias 
 AZITROMICINA 500mg → VO, 2 comprimidos, 1 vez por 
semana, por 21 dias 
▪ É o tratamento preferencial em gestantes 
➢ DRENAGEM: 
• Não é indicada a excisão cirúrgica, já que retarda a 
cicatrização e pode determinar estase linfática e, 
consequentemente, elefantíase 
• O pus dos linfonodos deve ser retirado por punção com 
agulha de calibre grosso 
• Estreitamento retal ou vulvar (estiomene) e sequelas após 
o tratamento medicamentos devem ser tratados 
cirurgicamente 
 
DONOVANOSE 
INTRODUÇÃO 
➢ Sinônimos: Granuloma venéreo ou Granuloma tropical 
➢ É uma enfermidade de evolução progressiva e crônica, de 
localização genital, podendo causar lesões granulomatosas e 
destrutivas 
➢ Agente etiológico → Clymatobacterium granulomatis (Klebsiella 
granulomati, Donovania granulomatis) 
• É um parasita intracitoplasmático, encapsulado, gram-
negativo 
• Nas lesões, esses parasitas encontram-se dentro dos 
macrófagos (intracelulares), sob forma de pequenos corpos 
ovais denominados corpúsculos de Donovan 
• São facilmente corados pelos métodos Giemsa, Leishman e 
Wright 
➢ A transmissão sexual é controversa → a hipótese de que sua 
transmissão é sexual se deve ao fato de a maior parte das lesões 
ter localização genital 
➢ EPIDEMIOLOGIA: 
• É uma infecção pouco frequente, sendo mais encontrada 
no(a): 
▪ Índia 
▪ Indonésia 
▪ Sul dos EUA 
▪ Comunidades aborígenes da Austrália 
▪ Nordeste do Brasil 
• Sua ocorrência está relacionada aos fatores 
socioeconômicos e à vida promíscua de grupos 
populacionais 
• Mais frequente em negros → por constituírem grande parte 
da população pobre 
• Mais frequente entre os 20 e 40 anos → o que coincide com 
a fase de maior atividade sexual 
➢ Período de Incubação → 3 a 80 dias 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ Lesão inicial → LESÃO NODULAR, única ou múltiplas, de 
localização subcutânea, cuja erosão produz ulceração bem 
definida, que cresce lentamente e sangra com facilidade 
➢ As demais manifestações clínicas estão relacionadas às 
respostas do organismo do hospedeiro à infecção, podendo 
originar: 
• Formas localizada ou extensas 
• Lesões viscerais → por disseminação hematogênica 
 
Fonte: Aula e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªEd (2014) 
 
4 OUTRAS IST’s 
Gizelle Felinto 
➢ CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA DONOVANOSE: 
• Genitais e perigenitais: 
▪ Ulcerosas → geralmente são as de maior dimensão, 
apresentando abundante secreção, e crescem por 
expansão, por meio de autoinoculação, notadamente 
quando localizadas em dobras cutâneas 
✓ Com bordas hipertróficas → pode assumir, 
algumas vezes, um aspecto carcinomatoide 
✓ Com bordas planas → no mesmo nível dos 
tecidos circunvizinhos 
 
▪ Ulcerovegetantes → abundante tecido de granulação 
no fundo da lesão, o qual ultrapassa o contorno lesional 
e sangra com facilidade 
✓ É a forma clínica mais frequentemente 
encontrada 
 
▪ Vegetantes → quase sem secreção, de pequenas 
dimensões, limitadas e pouco frequentes 
▪ Elefantisíacas → ocorrem, quase sempre, após 
formas ulcerativas, as quais, promovendo alterações 
linfáticas, determinam o fenômeno de estase e 
consequente aparecimento dessas alterações. 
Encontradas principalmente na genitália feminina 
• Extragenitais (6% dos casos) → devido a práticas sexuais 
anormais ou por meio de extensão do foco inicial, por 
autoinoculação. Podem ocorrer em: 
▪ Gengivas 
▪ Axilas 
▪ Parede abdominal 
▪ Couro cabeludo 
• Sistêmicas: 
▪ Podem apresentar manifestações: 
✓ Ósseas 
✓ Articulares 
✓ Hepáticas 
✓ Esplênicas 
✓ Pulmonares... 
▪ Quase sempre se encontram alterações do estado 
geral, como: 
✓ Elevação da temperatura 
✓ Anemia 
✓ Perda de peso 
✓ Manifestações toxêmicas graves 
 
➢ Em portadores do vírus HIV → a donovanose assume uma 
evolução clínica atípica, com aparecimento de novas lesões, 
expansão das preexistentes e persistência da positividade 
bacteriológica, a despeito da utilização de drogas de comprovada 
ação terapêutica na doença 
DIAGNÓSTICO 
➢ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
• Cancro mole → principalmente na sua forma fagedênica 
• Sífilis secundária 
• Condiloma acuminado → principalmente os gigantes e de 
localização vulvar 
• Carcinoma espinocelular → já foram relatados casos de 
associação com donovanose 
• Leishmaniose 
• Paracoccidioidomicose 
• Ulcera fagedênica tropical 
 
Fonte: Aula e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªEd (2014) 
 
5 OUTRAS IST’s 
Gizelle Felinto 
• Em pacientes coinfectados com HIV → fazer diagnóstico 
diferencial com: 
▪ Herpes genital → associado ou não ao 
citomegalovírus, pois, nessas condições, ocorrem 
ulcerações genitais fagedênicas 
➢ DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
• É estabelecido por meio da demonstração dos corpúsculos 
de Donovan em esfregaço de material proveniente de lesões 
suspeitas ou cortes tissulares 
TRATAMENTO 
➢ MEDICAMENTOS: 
 AZITROMICINA 500mg → VO, 2 comprimidos, 1 vez na 
semana, por 3 semanas ou até cicatrização das lesões 
 DOXICICLINA 100mg → VO, 1 comprimido, 2 vezes ao dia, por 
21 dias ou até o desaparecimento completo das lesões 
 CIPROFLOXACINO 500mg → VO, 1 comprimido e meio, 2 
vezes por dia, por 21 dias ou até cicatrização das lesões 
 SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIMA 400/80mg → VO, 2 
comprimidos, 2 vezes ao dia por no mínimo 3 semanas ou 
até a cicatrização das lesões 
➢ Após a cura, muitas vezes são necessários métodos cirúrgicos 
para a correção de lesões cicatriciais ou de estenose 
 
HERPES SIMPLES GENITAL 
CARACTERÍSTICAS 
➢ Sua transmissão sexual se dá, em geral, pelo Herpesvirus 
hominis, tipo II 
➢ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
• Vesículas com prurido e ardor na genitália 
• Uretrite herpética → é rara no homem 
• Mulher → pode apresentar a Herpes como uma 
Vulvovaginite dolorosa, às vezes acompanhada de cistite e 
uretrite, com comprometimento da cérvix na maioria das 
pacientes 
➢ Coinfectados com HIV e com linfócitos CD4 baixos → podem 
apresentar ulceração extensa, fagedênica, que sangra com 
facilidade 
➢ Uma herpes que dura mais de 1 a 2 meses pode ser um marcador 
de HIV 
VERRUGA GENITAL 
IMAGENS 
➢ São os Condilomas Acuminados, que são bastante comuns 
➢ Tem potencial oncogênico 
➢ Necessidade da vacina do HPV → prevenção 
➢ Além de câncer do cérvix, pode causar carcinoma epidemoide no 
pênis 
GONORRÉIA 
CARACTERÍSTICAS 
➢ Agente etiológico → Neisseria gonorhoeae 
• É um diplococo gram-negativo intracelular 
➢ EPIDEMIOLOGIA: 
• Mais comum em homens jovens 
• Risco de transmissão sexual é de 50% 
• 60% das mulheres são assintomáticas 
➢ Período de Incubação → 2 a 5 dias 
➢ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: 
• É uma uretrite de secreção esbranquiçada 
➢ DIAGNÓSTICO: 
• Bacterioscopia 
• Cultura 
• Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular → 
para diferenciar a uretrite por clamídia ou gonococo 
➢ Atualmente, o MELHOR ESQUEMA TERAPÊUTICO é: 
 CEFTRIAXONA 500mg (IM, dose única) + AZITROMICINA 
500mg (VO, 2 comprimidos em dose única) 
▪ Até 2019 utilizava-se a Ciprofloxacina + Azitromicina, 
porém, devido à resistência bacteriana, foi mudada 
para esse esquema acima 
 
URETRITES NÃO GONOCÓCICAS 
CARACTERÍSTICAS 
➢ É uma uretrite sintomática por infecções, como: 
• Chlamydia trachomatis → em 50% dos casos (2º maior 
causa de uretrites) 
• Mycoplasma genitalium• Ureoplasma urealyticum 
 
Fonte: Aula e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªEd (2014) 
 
6 OUTRAS IST’s 
Gizelle Felinto 
• Mycoplasma hominis 
• Trichomonas vaginalis... 
➢ Período de Incubação → 14 a 21 dias 
➢ Transmissão por contato sexual → risco é de 20% 
• Tem menor risco que a gonorreia 
➢ Em mulheres, nem sempre ocorre uretrite, podendo ocorrer 
outras manifestações como: 
• Cervicite 
• Infecções pélvicas... 
ABORDAGEM SINDRÔMICA DAS ISTs 
CARACTERÍSTICAS 
➢ Paciente chega com suspeita de IST e, por meio dessa abordagem 
sindrômica, pode-se iniciar um tratamento mesmo sem realizar 
exames para saber qual a doença específica 
➢ Começou a ser feita, no Brasil, na década de 1993, sendo feita até 
hoje 
➢ Reduz a incidência de HIV em 40% 
➢ Tem boa sensibilidade 
➢ Tem resultados próximos ao da abordagem etiológica 
FLUXOGRAMAS

Continue navegando