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Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

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Fonte: Aula 
1 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) 
Gizelle Felinto 
INTRODUÇÃO 
➢ Vai desde alterações no eixo reprodutivo, podendo levar a 
infertilidade, até alterações no eixo endocrinometabólico, 
levando a problemas como: 
• Dislipidemia 
• Diabetes → pacientes com SOP podem ter quadros mais 
graves de diabetes 
• Obesidade 
• Alterações cardiovasculares 
➢ EPIDEMIOLOGIA: 
• Prevalência de 10% 
CONDIÇÕES MAIS ASSOCIADAS A SOP 
➢ Infertilidade Oligovulatória 
➢ Obesidade 
➢ Diabetes Mellitus → DM1, DM2 ou DM gestacional 
➢ História de Adrenarca prematura → mulheres que tem 
aparecimento de pelos mais precocemente 
➢ Pacientes com parente de 1º grau com SOP 
➢ Determinadas etnias → Mexicanos americanos e Aborígenes 
Australianos 
➢ Drogas: 
• VALPROATO DE SÓDIO, que é um medicamento 
anticonvulsivante e as pacientes que fazem uso tem uma 
maior frequência de SOP, pois ele promove o aumento da 
síntese dos hormônios andrógenos pelo ovário 
(mulheres geneticamente predispostas que fazem uso desse 
medicamento tem maior possibilidade de desenvolver SOP) 
• Testosterona Exógena → para fins estéticos ou até mesmo 
para melhorar libido. Pode predispor ao surgimento de SOP 
FISIOPATOLOGIA 
➢ Os mecanismos da SOP não estão completamente esclarecidos, 
mas sabe-se que há associação entre fatores hereditários e 
fatores ambientais e adquiridos 
➢ FATORES HEREDITÁRIOS: 
• Defeitos no eixo gonadotrófico – relação com o SNC → 
há alteração na relação LH/FSH 
• Defeitos na ação da insulina → levando a resistência à 
insulina 
• Defeitos no metabolismo energético basal → obesidade 
• Defeitos na esteroidogênese ovariana → causando 
dificuldades na formação do folículo e, consequentemente, 
há excesso de hormônios andrógenos e adrenais na mulher 
• Defeitos na foliculogênese → na formação do folículo 
ovariano 
➢ FATORES AMBIENTAIS E ADQUIRIDOS: 
• Dieta inadequada 
• Obesidade 
• Estresse peripuberal 
• Determinadas toxinas ambientais 
• Esses fatores ambientais causam, secundariamente: 
▪ Hiperinsulinemia 
▪ Disfunção do eixo hipotálamo-hipófise 
▪ Excesso de andrógenos ovarianos 
▪ Excesso de andrógenos adrenais 
➢ Essa interação com os fatores ambientais, em uma mulher 
geneticamente suscetível, que tem história familiar de SOP, pode 
levar a uma SOP clinicamente evidente ou a formas 
intermediárias de SOP 
➢ Formas intermediárias de SOP → são pacientes que tem uma 
das seguintes situações, mas não preenchem os critérios para 
SOP. Porém, com o decorrer do tempo, essas pacientes podem 
apresentar mais de uma dessas formas 
• Ovários Polimicrocísticos 
• Hiperandrogenismo isolado 
• Resistência à insulina isolada 
• Hirsutismo isolado 
• Hirsutismo + Hiperandrogenismo 
➢ As formas intermediárias, com o tempo, podem evoluir para um 
quadro clássico de SOP 
➢ SEGUNDO A FISIOPATOLOGIA ATÉ ENTÃO CONHECIDA: 
 
• Há um aumento da pulsatilidade do GnRH, produzido pelo 
hipotálamo, que leva a um aumento da amplitude e 
frequência do LH, aumentando a biossíntese dos andrógenos 
nas células da teca ovariana. Além disso, há uma síntese 
alterada do FSH, fazendo com que haja uma maturação 
inadequada do folículo e levando a uma diminuição relativa 
da aromatase, que é a enzima que converte os andrógenos 
em estrógeno, fazendo com que haja menos estrógeno 
disponível para fazer o feedback negativo a nível de 
hipotálamo. Ainda, o aumento da insulina, que à nível 
periférico causa uma resistência insulínica, faz com que, nos 
ovários, haja o aumento da síntese de androgênios. Ademais, 
essa hiperinsulinemia leva a uma diminuição da SHBG, no 
fígado, que é a proteína que carreia a testosterona no 
sangue, causando um aumento da testosterona livre. Essa 
testosterona age mais no folículo piloso, causando acne, 
alopecia, e hirsutismo, fazendo com que a paciente tenha 
essa sintomatologia maior nesse quadro de SOP 
 
Fonte: Aula 
2 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) 
Gizelle Felinto 
• Ou seja, todos esses mecanismos interagem para aumentar 
a síntese e produção de testosterona na mulher com SOP → 
não é um nível tão alto quanto nos homens, mas é uma 
quantidade alta para uma mulher 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
➢ CRITÉRIO DE ROTTERDAN → é o mais utilizado 
• Presença de 2 dos 3 critérios seguintes: 
▪ Hiperandrogenismo ou Hiperandrogenemia 
✓ Hiperandrogenismo → quadro clínico devido ao 
excesso de andrógenos: 
o Acne 
o Hirsutismo 
o Alopecia androgenética → é uma alopecia de 
padrão masculino, mas que ocorre nas 
mulheres com SOP 
✓ Hiperandrogenemia → excesso de hormônio no 
sangue 
▪ Disfunção menstrual → pode ser caracterizada por: 
✓ Amenorreia (ausência de menstruação) por, no 
mínimo, 3 meses 
✓ Ciclos menstruais mais longos → geralmente 
de 35 dias ou mais por pelo menos 6 meses 
✓ Ciclos menstruais mais curtos → com menos 
de 21 dias por pelo menos 6 meses 
▪ Ovários policísticos → presença de ovários 
policísticos na Ultrassonografia 
➢ AE-PCOS Society (Excesso de Andrógenos e Síndrome dos 
Ovários Policísticos): 
• Presença dos 2 seguintes critérios: 
▪ Hiperandrogenismo ou Hiperandrogenemia 
▪ Disfunção menstrual ou Ovários policísticos 
• Diferença para o critério de Rotterdan → o AE-PCOS coloca 
o Hiperandrogenismo ou Hiperandrogenemia como sendo um 
critério obrigatório para caracterizar a síndrome, associada 
a qualquer um dos outros dois critérios 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➢ Sempre deve-se fazer o diagnóstico diferencial e o 
preenchimento dos critérios diagnósticos 
➢ Faz-se o diagnóstico diferencial com doenças que podem simular 
o quadro clínico da SOP 
➢ Hiperplasia Adrenal Congênita não clássica: 
• Situação em que o paciente teve uma deficiência enzimática 
na produção do cortisol, à nível de adrenal. Assim, há um 
desvio e, ao invés de produzir cortisol, há uma produção de 
andrógenos em excesso, causando excesso de pelos na 
mulher, simulando um quadro de SOP 
• Pode predispor a SOP 
• Diferença para a SOP → nessa hiperplasia, há um grande 
aumento do hormônio 17-hidroxiprogesterona (17OHP), o que 
não ocorre na SOP clássica 
➢ Síndrome de Cushing: 
• Síndrome clássica de hipercortisolismo, causando excesso 
de acne e pelos, podendo simular um quadro de SOP 
• Para o diagnóstico diferencial faz-se exames específicos, 
como o teste de supressão com Dexametasona, que é o mais 
utilizado entre eles, para saber se o indivíduo tem ou não 
excesso de cortisol. Assim, com esse teste: 
▪ Em uma pessoa normal → cortisol fica baixo 
▪ Paciente com Síndrome de Cushing → Cortisol fica 
alto, mesmo ele tendo tomado dexametasona 
➢ Tumores Secretores de Androgênios: 
• São tumores de ovário ou de Adrenal que produzem 
androgênios em excesso 
• Suspeita-se desses tumores quando se tem: 
▪ Hirsutismo excessivo 
▪ Testosterona > 200ng/dL (o normal é < 80ng/dL) 
➢ Hiperprolactinemia: 
• Pois cursa com alterações menstruais 
• É comum em algumas mulheres com SOP, mas em níveis 
discretamente elevados que não chegariam a ser a causa da 
disfunção menstrual 
➢ Doenças da Tireoide: 
• Principalmente o Hipotireoidismo → pode levar a 
alterações menstruais 
• Às vezes, a paciente pode ter SOP e hipotireoidismo 
➢ Hiperandrogenismo Induzido por Fármacos: 
• Principalmente pelo uso de Valproato de Sódio → aumenta 
a síntese de androgênios pelo ovário 
▪ Se a paciente já apresentava sinais de SOP antes de 
iniciar o uso do medicamento, pode-se dizer que o 
valproato pode ter potencializado esses sintomas, mas 
não causou a SOP 
▪ Mas se a paciente já estiver fazendo uso de longa data 
do valproato e começou a apresentar os sinais após o 
início do uso, é muito provável que a causa da SOP seja 
esse medicamento 
▪ É sempre importante se atentar para a história clínica 
da paciente! 
• Uso de medicamentos que contém testosterona 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS 
➢ Estão muito relacionadasao excesso de andrógenos e às 
alterações metabólicas 
➢ QUADRO CLÍNICO DE SOP: 
• Hiperandrogenismo → manifestações cutâneas, como: 
▪ Acne 
▪ Hirsutismo 
▪ Alopecia androgenética 
• Oligoanovulação 
• Hiperplasia endometrial → se a mulher passa muitos 
meses sem menstruar pode ocorrer hiperplasia endometrial 
e induzir a câncer de endométrio 
• Infertilidade 
• Diabetes tipo 2 e Tolerância diminuída a glicose 
• Dislipidemia → muito relacionada à resistência insulínica, 
que vai favorecer a dislipidemias com Hipertrigliceridemia 
e HDL baixo, que é um quadro clássico de resistência a 
insulina e síndrome metabólica 
 
Fonte: Aula 
3 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) 
Gizelle Felinto 
• Apneia do sono → tem uma frequência maior em mulheres 
com SOP, sobretudo naquelas que desenvolvem obesidade 
• Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (DHGNA) 
• Quadros neuropsiquiátricos → Depressão e Ansiedade 
➢ ALTERAÇÕES LABORATORIAIS: 
• As concentrações dos hormônios andrógenos são altas em 
mulheres com SOP 
• O fato dos níveis de andrógenos estarem normais, em alguns 
casos, não exclui o diagnóstico de SOP → É por isso que os 
critérios diagnósticos incluem Hiperandrogenismo 
(manifestações clínicas) ou hiperandrogenemia 
• Há alta concentração de: 
▪ Testosterona → pode ser alta ou normal 
▪ Androstenediona → hormônio produzido 
predominantemente pelo ovário 
▪ Sulfato de DHEA (dehidroepiandrosterona) → mais 
produzido pela Adrenal 
➢ ESCALA DE FERRIMAN E GALLWEY: 
• É responsável por quantificar o Hirsutismo 
• São 9 áreas corpóreas, como: 
▪ Face 
▪ Tórax 
▪ Abdômen 
▪ Região pubiana 
▪ Braços 
▪ Coxas 
▪ Dorso... 
• Muitas vezes, na prática, essa escala é prejudicada em 
pacientes que fazem depilações frequentes 
• A partir de 8 pontos já se caracteriza o Hirsutismo 
 
 
 
 
 
➢ Acantose Nigricans: 
• É uma manifestação cutânea de resistência insulínica, 
decorrendo da ação persistente da insulina em regiões 
cutâneas, sobretudo em pescoço, axila e região inguinal 
• Pacientes que tem Acantose muito intensa podem ter em 
face e sulcos da mão 
• A ação da insulina leva a uma hipertrofia e a uma produção 
acentuada de melanina, causando essa hiperpigmentação da 
pele que, a depender da intensidade, é difícil de sumir por 
completo 
• É comum em mulheres com SOP que tem sobrepeso ou 
obesidade 
➢ Ovários Policísticos → critérios Ultrassonográficos: 
• Para ser definido como ovário policístico é necessário que: 
▪ Número de folículos → no mínimo 12 folículos 
ovarianos que meçam no mínimo 2mm e no máximo 
9mm 
✓ Não precisa ser necessariamente nos dois 
ovários, podendo um ser normal e o outro ter mais 
de 12 folículos entre 2 a 9mm 
ou 
▪ Volume do ovário → Se tiver um ovário com volume 
> 10cm3 ou 10g 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS DOS DIFERENTES FENÓTIPOS DA 
SOP 
➢ SOP CLÁSSICA → quadro em que a paciente apresenta a maior 
parte dos sintomas, sendo a maioria dos casos 
• Hiperandrogenismo e anovulação com ou sem ovários 
policísticos (PCO) 
• Distúrbios menstruais mais intensos e 
Hiperandrogenismo 
Hirsutismo 
 
Acantose Nigricans 
 
Ovário policístico 
 
Fonte: Aula 
4 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) 
Gizelle Felinto 
• Maior prevalência de obesidade (total e abdominal) e 
síndrome metabólica 
➢ SOP OVULATÓRIA → paciente que preenche os critérios para 
SOP, mas ainda ovula 
• Hiperandrogenismo e ovários policísticos (PCO) 
• Menores graus de Hiperandrogenismo 
• Menor prevalência de síndrome metabólica e formas 
mais leves de dislipidemia 
➢ SOP SEM HIPERANDROGENISMO → é um perfil que, às vezes, 
demora para a paciente preencher os critérios da SOP. 
Corresponde a cerca de 10 a 15% das pacientes 
• Anovulação e ovários policísticos (PCO) 
• Irregularidade menstrual mínima → pode até mesmo 
menstruar normalmente 
• Perfil metabólico muitas vezes similar ao das mulheres 
normais 
• Como não tem Hiperandrogenismo → a paciente não tem 
acne, excesso de pelos e nem alopecia 
TRATAMENTO 
➢ O tratamento é bastante individualizado, sempre colocando 
como prioridade os desejos da paciente → Ex: se o problema 
maior que essa paciente se queixa é a infertilidade, deve-se usar 
medidas que ajudem ela a engravidar 
➢ INFERTILIDADE: 
• Deve-se fazer 1 dos seguintes medicamentos: 
 CLOMIFENO (Modulador Seletivo do Receptor de 
Estrogênio - SERM): 
✓ Diminui a ação do estrógeno no ovário, 
promovendo um feedback negativo que faz com 
que os níveis de GnRH e FSH subam bastante, 
fazendo com que se tenha maiores estímulos para 
que o ovário produza folículos 
 INIBIDORES DA AROMATASE (Letrozol): 
✓ Fazem com que o andrógeno que a mulher produz 
não seja convertido em estrógeno, aumentando 
esse feedback negativo que eleva os níveis de 
GnRH e FSH, levando a maiores estímulos sobre o 
ovário para a produção de folículos 
✓ Hoje em dia preconiza-se mais esses inibidores da 
aromatase, mas ainda se utiliza bastante o 
Clomifeno 
• Associados a: 
 METFORMINA → pois a maior parte das mulheres com 
SOP tem resistência insulínica 
• Quando a combinação Clomifeno ou Inibidores da 
Aromatase + Metformina não funciona, lança-se mão de: 
 FSH RECOMBINANTE → hormônio folículo-estimulante 
✓ É um tratamento mais caro 
• Se não resolver com nenhuma das medidas acima, deve-
se fazer: 
 FERTILIZAÇÃO IN VITRO → usado em últimos casos 
quando não se consegue sucesso nos demais 
tratamentos 
 
➢ DISFUNÇÃO MENSTRUAL E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE 
ENDOMÉTRIO: 
• A amenorreia por longo período de tempo faz com que a 
paciente não tenha uma quantidade adequada de estrógeno. 
Além disso, essa disfunção menstrual faz com que o 
endométrio sofra hiperplasia, aumentando o risco de câncer 
de endométrio 
• Medicamentos que podem ser usados: 
▪ AGENTES CONTRACEPTIVOS ORAIS (ACOS) → 
normalmente se usa os associados, como: 
 ETINILESTRADIOL + PROGESTÓGENO → que são: 
o Ciproterona → tem ação anti-androgênica, 
competindo com o receptor de andrógenos 
❖ Nomes comerciais: 
- Diane® 
- Selene® 
o Drosperinona → tem ação mais 
mineralocorticoide, causando menos 
retenção hídrica 
❖ Nomes comerciais: 
- Yaz® 
- Yasmin® 
- Elani ciclo® 
o Gestodeno 
✓ Esses ACOs promovem: 
o Regularidade menstrual adequada 
o Diminuição da acne 
o Diminuição do Hirsutismo... 
• Se a paciente tem intolerância aos ACOs combinados 
(Cefaleia, náusea, mal estar...), pode-se usar: 
 PROGESTÓGENO isolado 
• Também deve-se utilizar associado a essas medicações 
acima: 
 METFORMINA → principalmente se a paciente 
tiver sobrepeso ou obesidade 
▪ Quando não utilizar a metformina → em mulher magra 
com SOP e que tem apenas a disfunção menstrual, 
podendo-se utilizar apenas o ACO. Porém, sabe-se que 
mesmo as mulheres magras com SOP podem ter 
resistência insulínica, sendo adequado fazer o uso da 
Metformina também 
➢ HIPERANDROGENISMO CLÍNICO (ACNE, ALOPECIA, HIRSUTISMO): 
• Anticoncepcionais Orais (ACOs) já citados acima 
• Tratamento cosmético, como: 
Clomifeno ou Inibidor da Aromatase 
+ 
Metformina 
 
FSH Recombinante 
 
Fertilização in vitro 
1ª Opção 
Não funcionou 
Não funcionou 
Última Opção → 
 
Fonte: Aula 
5 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) 
Gizelle Felinto 
▪ Depilação 
▪ Eletrodepilação a laser 
• ANTIANDROGÊNICOS → Quando o Hirsutismo é severo, não 
tendo resposta com o uso dos ACOs, precisando-se associar 
os antiandrogênicos 
 ESPIRONOLACTONA → é o mais utilizado 
o É um diurético poupador de potássio, mas 
também é anti-androgênico e anti-
aldosterônico, competindo com os 
receptores de andrógenos e, com o tempo, 
diminui bastante o excesso de peso 
o Normalmente, utiliza-se em dose maior do 
que aquela utilizada para tratar outras 
patologias como hipertensão e ICC 
o 100 a 200mg para a diminuição do 
Hirsutismo 
o Faz-se aumentogradativo da dose para ver 
a tolerância do paciente 
o Deve-se fazer uso por no mínimo 6 meses 
para se perceber certa melhora 
o Evita apenas o crescimento de novos pelos, 
não agindo sobre os pelos que já nasceram 
o Quando se faz uso da espironolactona deve-
se usar um método anticoncepcional, pois se 
essa mulher engravidar fazendo uso apenas 
de Espironolactona, se o bebê for um menino, 
tem-se problemas de fiminilizar o feto 
 CIPROTERONA → por ter um potencial mais 
hepatotóxico, é preferível o uso da 
Espironolactona 
 FLUTAMIDA → compete/antagoniza com o 
receptor androgênico 
 FINASTERIDA → utiliza-se nos casos em que a 
mulher tem uma alopecia androgenética 
importante 
o Inibe a 5-alfa-redutase, que é responsável 
pela conversão de testosterona em 
diidrotestosterona 
o É a diidrotestosterona quem promove mais 
alopecia na mulher 
o Diminui a perda de pelos do couro cabeludo 
➢ MANEJO DO RISCO CARDIOMETABÓLICO: 
• Mudança no estilo de vida → já auxilia no tratamento dos 
outros problemas (infertilidade, Hiperandrogenismo...) 
▪ Dieta adequada 
▪ Atividade física regular 
▪ Perda de peso 
• Metformina → quando o paciente tem sobrepeso, 
obesidade, diabetes 
▪ Não há relato de teratogenicidade nos casos de 
mulheres que engravidaram em uso de Metformina 
• Medicamentos antiobesidade → como Sibutramina e 
Orlistate 
• Antidiabéticos → Se a paciente já tinha diabetes, deve-se 
fazer o tratamento de sua diabetes com os demais 
medicamentos 
• Se a paciente tem SOP, mas não quer engravidar, pode-se 
utilizar tranquilamente: 
▪ Liraglutida 
▪ Orlistate 
▪ Metformina... 
➢ OBS → se a mulher inicia o tratamento da SOP sem a intenção 
de engravidar e, depois de alguns anos, decide tentar engravidar, 
deve-se adequar o tratamento, mudando-o, sempre de acordo 
com as necessidades da paciente. Assim, se ela estiver 
inicialmente fazendo uso de Espironolactona, deve-se cessar o 
seu uso 
➢ Se a paciente deseja engravidar, primeiramente deve-se ver se 
apenas com o uso da metformina e com as mudanças no estilo de 
vida ela consegue engravidar. Se isso não ocorrer, aí sim inicia-
se o uso do Clomifeno ou do Inibidor da Aromatase

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