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1 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto CONCEITOS ➢ Um Tumor do Sistema Nervoso Central (SNC) é um tumor que pode surgir de células do próprio SNC (lesão primária) ou de Lesões Neoplásicas Sistêmicas (metástases) ➢ Sinais e Sintomas → são causados por um ou mais dos seguintes: • Invasão local • Compressão de estruturas adjacentes • Aumento da PIC ➢ Assim, o quadro clínico é bastante variado, dependendo da localização, do edema e da possibilidade de essa lesão promover Hipertensão Intracraniana ➢ Dessa forma, são necessários: • História clínica detalhada • Exame neurológico abrangente • Exame radiológico apropriado CARCINOGÊNESE ➢ A Carcinogênese corresponde ao processo de surgimento de um tumor ➢ Todo o processo começa com a Transformação Maligna de uma célula, normalmente uma única célula. As células são suscetíveis a mutações e essas mutações são reguladas por genes supressores tumorais e oncogenes. É comum ocorrerem mutações no organismo. Assim, o que diferencia o desenvolvimento ou não de um tumor são esses mecanismos de controle. Dessa forma, existe uma transformação maligna que é influenciada por agentes ambientais que pode se encerrar ou se perpetuar. A perpetuação ocorre devido a falha dos mecanismos reguladores (Ex: os genes supressores tumorais têm a capacidade de sinalizar que a célula é mutada e que ela precisa ser destruída. Se esse gene supressor está suprimido ou se existe mutação desses genes, esse mecanismo de controle não irá existir, fazendo com que essa célula tumoral se multiplique), ocorrendo um Crescimento da célula transformada ➢ Em seguida, ocorre alterações à nível macroscópico, que é uma invasão local (disseminação loco-regional) que envolve tecidos e gânglios adjacentes. Por fim, em último estágio, tem-se lesões à distância, as Metástases, que correspondem a um quadro mais avançado, implicando em um prognóstico muito pior EPIDEMIOLOGIA ➢ As metástases cerebrais são os tumores cerebrais mais comuns, sendo mais comuns do que os tumores cerebrais primários • Isso é questão de provas de residência: Quais os tumores cerebrais mais comuns? → resposta: as metástases ➢ Incidência de Tumores Primários do SNC → 29 casos a cada 100.000 habitantes (segundo dados dos EUA) • Meningiomas e Gliomas → correspondem a 2/3 dos casos • Glioblastoma → é o tumor maligno primário mais comum • Tumores Gliais (Gliomas) → correspondem a 50 – 60% dos tumores primários, sendo os mais comuns • Meningiomas → correspondem a 25% dos tumores primários, sendo os segundos mais comuns • Adenomas Hipofisários → correspondem a 17% dos tumores primários • Schwannomas → correspondem a 10% dos tumores primários ➢ Taxa de Mortalidade dos Tumores Primários do SNC → 6 para cada 100.000 pessoas (segundo dados dos EUA) • Os tumores cerebrais são lesões graves e que tem uma grande capacidade de morbimortalidade ➢ FATORES DE RISCO: • Síndromes Genéticas → a história familiar tem contribuição • Radiação Ionizante → pode induzir ao processo de carcinogênese, principalmente para o SNC • Na grande maioria dos casos não se tem nenhum desse fatores de risco. O que ocorre é uma Mutação de novo ➢ Prevalência Bimodal: • Infância → tem uma maior incidência na infância • Idosos (terceira idade) → voltam a ter grande incidência a partir da 6ª década de vida, principalmente os Gliobastomas, os Tumores Gliais e as metástases MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ São as mais diversas e inespecíficas possíveis ➢ CEFALÉIA → é o sintoma mais comum • Ocorre em 50% dos casos • Padrão mais comum → Cefaléia Tensional (em 40 – 80% dos casos) • Comumente, é bilateral e é pior do lado da lesão, mas isso não é uma regra • Cefaléia com sinais de alarme → pode corresponder a uma irritação meníngea ou a uma Hipertensão Intracraniana (HIC) ▪ É uma cefaléia de forte intensidade, a qual o paciente relata como sendo a pior de sua vida, associada a vômitos sem náuseas, pode ocorrer alteração do nível de consciência ➢ CRISE EPILÉPTICA: • Ocorre em 50 – 80% dos tumores primários → isso se deve ao fato de que esses são tumores do próprio SNC, o que gera uma desorganização elétrica do cérebro com muito mais frequência • Ocorre em 10 – 20% das Metástases → ocorre menos porque a metástase corresponde a células de outro tecido, de um tecido a distância, não fazendo parte do tecido cerebral. Assim, ela só vai provocar crises convulsivas quando houverem lesões grande, com um grande efeito de 2 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto massa ou sinais de hipertensão intracraniana, por exemplo. Porém, a lesão pequena que está bem equilibrada não provoca crise convulsiva • Tem relação também com a localização do tumor no SNC, pois alguns locais do cérebro são mais propensos a causarem crises convulsivas, como o lobo temporal. Assim, lesões no lobo temporal tem maior risco de crises convulsivas • As crises epilépticas são mais comuns em Gliomas de baixo grau (pois são tumores que ainda não foram bem diferenciados) e em pequenos tumores ▪ Quando o Glioma chega a um alto grau de malignidade ele fica muito diferenciado do tecido cerebral, necrosando. Assim, ele tem uma menor capacidade de promover crise convulsiva ➢ DÉFICIT NEUROLÓGICO FOCAL: • Tem progressão subaguda, diferentemente do AVC, que é de aparecimento súbito • Nos tumores esse déficit vai progredindo aos poucos, ao longo de alguns meses ➢ DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS NÃO FOCAIS: • Cefaléia • Demência → ocorre se a lesão for frontal e bilateral • Alteração da personalidade • Distúrbios da Marcha → principalmente se for em tomografia infratentorial, no cerebelo ➢ A depender do local acometido, tem-se um quadro clínico diferenciado: ➢ SINTOMAS SISTÊMICOS: • Quando se tem sintomas sistêmicos deve-se pensar principalmente em um Tumor Metastático • Exemplos: ▪ Mal estar ▪ Perda ponderal → uma Síndrome Consumptiva (perda involuntária de peso > 10% do peso basal) é muito característica de um tumor metastático ▪ Anorexia ▪ Febre... NEUROIMAGEM ➢ Os exames de escolha para a avaliação quando há uma suspeição clínica são a Tomografia e a Ressonância Magnética ➢ TOMOGRAFIA COMPURATORIZADA (TC) e RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) → mostram Efeito de massa associado ou não a Captação de Contraste • Efeito de massa → diz respeito ao volume do tecido neoplásico e edema ▪ Lembrete → na maioria dos casos os sintomas são provocados pelo edema vasogênico (às vezes, a lesão pode ser pequena, mas se o edema ao redor dela é significativo ele pode provocar o quadro clínico) • Captação de contraste pelo tumor → reflete a ruptura da barreira hematoencefálica dentro do tumor, significando um processo mais avançado dessa lesão ▪ Esse é um dos fatores que diferenciam os gliomas de baixo grau para os gliomas de alto grau ✓ Gliomas de baixo grau → não captam contraste ✓ Gliomas de alto grau → captam contraste EXAMES LABORATORIAIS ➢ Geralmente, os Tumores Cerebrais Primários não produzem anormalidade sorológicas ➢ Em algumas situações, o LCR (Líquido cefalorraquidiano - líquor) é importante quando se pensa em Disseminação Leptomeníngea ➢ Quando se ouve falar em tumores cerebrais primários, raramente se ouve falar em metástase a distância. Assim, metástase de um tumor cerebral é extremamente raro → é muito comum o fato de o cérebro receber tumores a distância (inclusiva, é o tumor mais comum). Entretanto, uma metástase cuja origem é o tumor cerebral é extremamenteraro ➢ Existem algumas lesões, como os Meduloblastomas e os Ependimomas, que tem capacidade de se disseminar no líquor → nesses casos, é importante colher o líquor e avaliar se existem células neoplásicas/malignas GRADUAÇÃO DAS NEOPLASIAS INTRACRANIANAS (OMS) ➢ É a avaliação do comportamento biológico do tumor ➢ Avalia o prognóstico dos doentes ➢ Auxilia na escolha do tratamento adequado ➢ Pode-se classificar as neoplasias intracranianas nos seguintes graus (escala gradativa de carcinogênese): Variáveis → Atipias nucleares, mitose, anaplasia, neovascularização e necrose • Grau I → lesão que não apresenta nenhuma dessas variáveis • Grau II → lesão que apresenta atipias nucleares • Grau III → lesão que apresenta atipias nucleares, mitose e anaplasia • Grau IV → lesão apresenta todas as variáveis, incluindo a neovascularização e a necrose, que são características de lesões do tipo IV 3 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto ASPECTOS GENÉTICOS DOS TUMORES CEREBRAIS INTRODUÇÃO ➢ A necessidade de se avaliar a genética dos tumores cerebrais partiu de alguns estudos, entre eles o Estudo Bruner (1997): • O Bruner fazia parte de um centro neuroncológico com um grande número de pacientes • Esse estudo passou a observar que existiam pacientes com o mesmo tipo e grau de tumor cerebral e que apresentavam evoluções completamente diferentes. Assim, isso fez com que Bruner e outros estudiosos pensassem na existência de algo que diferenciasse essas lesões. Ou seja, viram que o diagnóstico anatomopatológico não era suficiente para caracterizar adequadamente as lesões • Assim, Bruner observou que 43% dos casos neuroncológicos apresentavam um desacordo clínico- histopatológico (Ex: é aquele paciente que tinha um tumor maligno e evoluía bem e aquele paciente que apresentava um tumor benigno que evoluía de forma desfavorável) → 9% dessas situações resultaram em sérias consequências clínicas (Situações de subtratamento ou Situações de Supertratamento) ▪ Ex: paciente com tumor cerebral maligno que evoluía bem era submetido a uma situação de supertratamento apenas por ser uma lesão maligna. Assim, ele acabava tendo vários efeitos colaterais relacionados ao tratamento, muito mais do que em relação ao tumor ▪ Ex: paciente com tumor cerebral benigno que evoluía desfavoravelmente era submetido a uma situação de subtratamento e a lesão continuava crescendo e o paciente acabava evoluindo para óbito • Tudo isso levou ao seguinte questionamento: A classificação histopatológica é suficiente para garantir o comportamento do tumor e a escolha do melhor tratamento? ▪ Hoje em dia sabe-se que não e que são necessários mais dados, e esses dados são os dados genéticos BIOMARCADORES GENÉTICOS ➢ Nos últimos 10 anos os seguintes marcadores foram associados aos Gliomas: • Mutação FUBP1 • Mutação CIC • Co-deleção 1p/19q → a mutação FUBP1 e CIC correspondem a essa co-deleção • Mutação IDH 1 / IDH 2 (Isocitrato desidrogenase) → característica dos gliomas • Mutação promotora de TERT (Telomerase reverse transcriptase) → é um dos mecanismos reguladores da transcrição • Mutação ATRX (Alpha talassemia / Mental retardation syndrome X-linked) → gene ligado à α-talassemia e ao retardo mental relacionado a Síndrome do X frágil • Alongamento de Telomerase (ALT) ➢ Tudo isso fez com que, em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revisasse a Classificação para os tumores cerebrais. Assim, em 2016 foi lançado um complemento à classificação dos tumores cerebrais, incluindo a avaliação genética CLASSIFICAÇÃO PARA OS TUMORES DO SNC (2016) ➢ Essa é a classificação mais nova ➢ Hoje em dia, o diagnóstico de apenas um Glioblastoma não é o suficiente para se entender o comportamento dessa lesão. Assim, tem-se, por exemplo: • Glioblastoma IDH-selvagem → é mais grave e tem 3 variantes: ▪ Glioblastoma de células gigantes ▪ Gliossarcoma ▪ Glioblastoma epitelióide • Glioblastoma IDH-mutante → é menos agressivo do que o selvagem ➢ Assim, tem-se: • Classificados como gliomas: ▪ Tumores de linhagem astrocítica e oligodendroglial ▪ Outros tumores astrocíticos ▪ Tumores de linhagem ependimal ▪ Outros gliomas • Tumores do plexo coroide • Tumores de linhagem mista (glial e neuronal) • Tumores da região da pineal • Tumores embrionários • Tumores de nervos paraespinhais ou nervos cranianos • Meningiomas • Tumores mesenquimais não meningoteliais → são mais raros, mas podem acontecer • Tumores melanocíticos • Linfomas → tem um tratamento completamente diferente do tratamento quimioterápico • Tumores Histiocíticos • Tumores de células germinativas • Tumores da região selar • Tumores metastáticos → são os mais comuns ➢ PRINCÍPIOS GERAIS DO ENTENDIMENTO DESSA CLASSIFICAÇÃO: • Integração Genotípica e Fenotípica (hoje em dia, é preciso a integração dessas duas informações para que se possa entender o comportamento desses tumores): ▪ Genótipo → Biomarcadores moleculares e genéticos ▪ Fenótipo → Análise anatomopatológico e imuno- histoquímica da lesão (essa era a classificação anterior) ▪ Antigamente, na classificação antiga, tinha-se um tumor chamado Oligoastrocitoma (de linhagem mista). Hoje em dia, essa nomenclatura não é lhe cabe mais, pois, a partir do estudo genético, conseguiu-se determinar se esse tumor tem um fenótipo astrocitoma ou um fenótipo oligodendroglioma. A importância disso é que um indivíduo com astrocitoma tem uma evolução muito desfavorável com parado ao oligodendroglioma. 4 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto Assim, hoje em dia já se consegue falar com mais precisão sobre o prognóstico adequado dessas lesões ✓ Fenótipo astrocitoma → apresenta: o IDH mutante o Co-deleção 1p/19q ausente o Mutação do ATRX com TERT selvagem ✓ Fenótipo Oligodendroglioma → apresenta: o IDH mutante o Co-deleção 1p/19q presente o TERT mutante com ATRX selvagem • Casos NOS (que não pode ser especificado) → isso acontece quando se tem: ▪ Ausência de diagnóstico molecular → Ex: no SUS o paciente não consegue realizar esse diagnóstico, pois é muito caro ▪ Diagnóstico molecular conflitante → quando o diagnóstico molecular não tem o mesmo resultado que o anatomopatológico ▪ Ex: Glioblastoma NOS • Conflito Genótipo (Biomarcadores) x Fenótipo (Anatomopatológico e Imuno-histoquímica) → pode-se ter em algumas situações ➢ Isso tudo leva ao seguinte questionamento: A classificação pode se basear apenas em critérios moleculares e genéticos? → AINDA NÃO • Ainda é necessária a classificação anterior, para soma-la com a nova e chegar à melhor conclusão do comportamento dessas lesões • As determinações/protocolos das OMS ainda são baseados em critérios histológicos → ainda não se chegou em um ponto de evolução suficiente para basear os tratamentos em critérios genéticos • Em situações de conflito genótipo x fenótipo → a classificação anatomopatológica e imuno-histoquímica ainda é válida DESAFIOS ➢ Dificuldade para realização de ensaios envolvendo genotipagem (ainda é muito caro de se realizar) ➢ Dificuldade para acesso a técnicas moleculares em centros menores ➢ Padronização da classificação GLIOMAS INTRODUÇÃO ➢ São a neoplasia intracraniana primária mais comum ➢ GLIOMAS DE BAIXO GRAU:• Astrocitoma Pilocítico (grau I) • Glioma difuso bem diferenciado (grau II) ➢ GLIOMAS DE ALTO GRAU: • Astrocitoma Anaplásico (grau III) • Glioblastoma Multiforme (grau IV) ➢ Prognóstico → está diretamente relacionado ao grau histológico do tumor (quanto maior o grau histológico, pior é a sobrevida e o prognóstico desse doente) ➢ Astrocitomas Pilocíticos: • São mais comuns no cerebelo e no nervo óptico • Predominam em crianças (principalmente na região do cerebelo) • Grau de malignidade baixo (grau I da OMS) ➢ Gliomas Difusos – Astrocitomas ou Oligodendrogliomas: • Geralmente, aparecem nos hemisférios cerebrais • São mais comuns em adultos • Todos os gliomas difusos são considerados, no mínimo, como grau histológico II ➢ Relembrando → Os graus são atribuídos segundo a presença dos seguintes critérios: atipias nucleares, mitoses, proliferação vascular e necrose: ASTROCITOMAS PILOCÍTICOS (Astrocitoma grau I) ➢ Tem evolução lenta ➢ A cura é alcançada em até 90% dos casos ➢ São mais comuns entre 20 – 30 anos de idade ➢ Ocorrem frequentemente no cerebelo → mais nos hemisférios cerebelares do que no vérmis cerebelar (são mais laterais do que centrais) ➢ São tumores bem delimitados e geralmente císticos → geralmente, são lesões císticas com um nódulo mural (um nódulo pequeno e um grande cisto) ➢ Histologicamente → são bem diferenciados e com baixa celularidade. Podem ter um dos seguintes padrões: • Padrão Pilocítico • Padrão Protoplasmático ➢ NEUROIMAGEM → TOMOGRAFIA ou RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: • Características da lesão → são tipicamente: ▪ Massas arredondadas ou ovais ▪ Bem demarcadas ▪ De bordas lisas ▪ Hipodensas ou isodensas ▪ Geralmente, há impregnação de contraste anular Lesão grau I que está comprimindo o IV ventrículo, levando a um quadro de hidrocefalia com hipertensão intracraniana. Assim, apesar de ser uma lesão de histologia favorável, ela é uma lesão que, pela localização e tamanho, à levando a uma síndrome de hipertensão intracraniana 5 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto • Lembrete → o que determina a gravidade de um tumor cerebral é muito mais a sua localização do que as características histológicas dessa lesão ➢ TRATAMENTO: • Cirúrgico → tem bom prognóstico e é curativo • Radioterapia → não é indicada, exceto em situações muito específicas, como em recidivas ASTROCITOMA DIFUSO ➢ São tumores da substância branca de um dos hemisférios cerebrais ➢ São mal delimitados e parecem com o tecido nervoso normal ➢ Vários padrões podem ocorrer em diferentes áreas do mesmo tumor ➢ Astrocitomas Anaplásicos (grau III) → quando são menos diferenciados ➢ Glioblastoma Multiforme (grau IV) → malignos OLIGODENDROGLIOMA ➢ Representa cerca de 10 – 15% dos gliomas ➢ Localidade predominante → Supratentorial ➢ Convulsão → é o sintoma mais comum ➢ Muitos são acessíveis à ressecção cirúrgica total → a grande maioria desses tumores conseguem ser ressecados cirurgicamente por completo, o que lhes confere um bom prognóstico ➢ Tem um prognóstico melhor do que os astrocitomas ➢ Podem ser grau II ou grau III da OMS ➢ Respondem de maneira ótima à Poliquimioterapia → Procarbazina + Lomustina + PCV (Ventrisina) ou Temozolomida ➢ TRATAMENTO → Cirurgia + Quimioterapia GLIOBLASTOMA – GBM (grau IV) ➢ É a neoplasia glial mais avançada e mais grave ➢ Pode surgir pela malignização de um glioma difuso pré-existente (GBM secundário) ou como um tumor de alto grau desde o princípio (GBM de novo) ➢ A localização e incidência etária é igual aos gliomas difusos de baixo grau ➢ É mal delimitado na substância branca ➢ Necrose é muito comum e pode envolver a maior parte do tumor → o glioblastoma vai necrosando do centro para a sua periferia ➢ Pode apresentar cistos e hemorragias ➢ Edema Peritumoral e desvio da linha média, com hérnias → o edema tumoral geralmente é grande, levando à situação de hipertensão intracraniana ➢ O tumor pode infiltrar o corpo caloso e outras fibras transversais, passando de um hemisfério cerebral para o hemisfério contralateral → Tumor em Asa de Borboleta (é bem característico dos glioblastomas) Astrocitoma Difuso – de baixo grau - São ressonâncias com contraste → o tumor não capta contraste - Corte Sagital (da direita) → hiposinal próximo à ínsula - Corte Coronal (da esquerda) → hiposinal próximo à ínsula À medida em que essa lesão vai se tornando maligna, vai ocorrendo a quebra da barreira hematoencefálica e essa lesão passa a captar contraste - Sequência FLAIR da ressonância → mostra a invasão da lesão Oligodendroglioma - Tem características de ter calcificações - Quadro desse paciente → cefaléia, diplopia e distúrbios da fala há 4 meses IMPORTANTE! - Exames de imagem não fecham diagnóstico de tumor, eles apenas sugerem Nenhuma dessas lesões tumorais tem seu diagnóstico única e exclusivamente por meio de exames de imagem. Algumas características na imagem vão sugerir algum tipo de tumor em detrimento de outro, mas o diagnóstico de confirmação é com o anatomopatológico, a imuno-histoquímica e a análise genética Tumor em Asa de Borboleta - A lesão passa de um hemisfério para o outro através do corpo caloso 6 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto ➢ Histologicamente → apresenta todos os seguintes: • Atipias celulares • Mitoses • Proliferação vascular • Necrose ➢ QUADRO CLÍNICO: • Síndrome de Hipertensão Intracraniana: ▪ Cefaléia ▪ Vômitos “em jato” (sem náusea) ▪ Edema de papila • Sinais de localização conforme a área atingida: ▪ Hemiparesias ▪ Parestesias ▪ Afasias ▪ Hemianopsia • Crises convulsivas em paciente adulto não epiléptico → devem sempre levantar suspeita de tumor intracraniano, principalmente em Glioblastomas ➢ TRATAMENTO: • Cirúrgico → visando a retirada da maior quantidade possível de lesão ▪ Tem muita relação com o prognóstico → quanto maior a retirada da lesão, melhor o prognóstico do paciente ▪ Objetivo → retirar pelo menos 95% da lesão • Tratamento adjuvante (somado à cirurgia): ▪ Radioterapia ▪ Quimioterapia ➢ PROGNÓSTICO: • No geral, é ruim, mesmo sendo realizado todo o tratamento adequado • É variável conforme o perfil genético REVISANDO – TRATAMENTO PARA OS GLIOMAS DE UMA FORMA GERAL ➢ Remoção Cirúrgica o máximo possível ➢ Radioterapia Esterotáxica e Braquiterapia Intersticial → são indicadas em casos muito específicos ➢ Quimioterapia → pode ser utilizada como terapia adjuvante após cirurgia e radioterapia em alguns casos • Quimioterápico mais utilizado → TEMOZOLOMIDA ▪ É um antineoplásico de uso oral, que se converte rapidamente na sua forma ativa e alquila o DNA ▪ É citotóxico ▪ Principal efeito colateral → é sobre as células sanguíneas, podendo levar a: ✓ Plaquetopenia ✓ Leucopenia ✓ Anemia... EPENDIMOMAS INTRODUÇÃO ➢ São neoplasias das células ependimárias (células que revestem os ventrículos e o canal central da medula) ➢ Tem relação topográfica com os ventrículos ➢ Normalmente, são lesões bem delimitadas ➢ Predominantemente são infratentoriais (sendo mais comuns na região do cerebelo) e são implantados no teto do IV ventrículo, principalmente em crianças ➢ Quando são supratentoriais → origina-se na parede dos ventrículos laterais ou III ventrículo EPIDEMIOLOGIA ➢ Ocorrem nas duas primeiras décadas de vida ➢ Correspondem a 5 – 10% dos tumores cerebrais primários ➢ É a 3ª neoplasia primária mais comum (fica atrás dos meningiomas e dos gliomas) ➢ Criança → mais comum no cerebelo ➢ Adulto → mais comum a nível medular QUADRO CLÍNICO ➢ Depende da localização do tumor ➢ Se for Infratentorial (Cerebelo): • Hipertensão intracraniana precoce • Sinais de comprometimento do tronco encefálico • Sinaisde comprometimento do cerebelo (perda de equilíbrio e dificuldade de andar) ➢ Podem levar à disseminação pelo LCR (líquor) → DISSEMINAÇÃO LEPTOMENÍNGEA • Assim, se o paciente tem um Ependimoma no cerebelo, por exemplo, ele precisa de uma ressonância de todo o neuro- eixo (cérebro e coluna), pois pode-se ter metástases por disseminação liquórica TRATAMENTO ➢ Os ependimomas que não são retirados por completo na cirurgia são tratados com radiocirurgia estereotáxica ou com um ciclo de radioterapia com feixe externo ➢ Normalmente, faz-se a cirurgia seguida de radioterapia ➢ Essa radioterapia não é apenas da lesão, mas sim de todo o neuro- eixo → pois, como são tumores que podem se disseminar no líquor, deve-se “matar” essas células antes que elas ganhem o aspecto de tumor NEUROIMAGEM Ependimoma Supratentorial - Origem → corno occipital do ventrículo lateral esquerdo - Lesão heterogênea, com componente sólido e cístico 7 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto ➢ Os ependimomas também podem ocorrer a nível medular ➢ Ependimomas Medulares → a lesão na coluna pode ser: • Extradural • Intradural e extramedular → dentro da dura-máter e fora da medula • Intramedular → pior prognóstico GANGLIOGLIOMA INTRODUÇÃO ➢ Tumor de linhagem mista → células gliais + células neuronais mescladas ➢ A anaplasia ocorre no componente glial ➢ São tumores de crescimento lento e de pequeno volume ➢ Normalmente, ocorre em pacientes jovens ➢ Predominam no lobo temporal QUADRO CLÍNICO ➢ Normalmente, é um paciente com Síndrome Convulsiva → é aquele jovem que nunca teve convulsão e apresenta uma crise. Assim, é preciso investigar essa crise, devido à possibilidade de ser um Ganglioglioma (mas existem outras causas mais simples para uma crise convulsiva, que devem ser investigadas) ➢ Efeito de massa → é muito raro, pois são neoplasias pequenas TRATAMENTO ➢ Remoção Cirúrgica → normalmente, a cirurgia resolve ➢ Radioterapia → é indicada se a ressecção cirúrgica dor subtotal/parcial NEUROIMAGEM MEDULOBLASTOMA INTRODUÇÃO ➢ É o tumor maligno primário mais comum em crianças ➢ É um tumor de origem embrionária ➢ Derivam de neurônios imaturos ➢ É muito comum em crianças → O pico da doença é na 1ª década de vida ➢ Nas crianças, eles ocorrem predominantemente no cerebelo, principalmente no vérmis → por isso que eles têm maior capacidade de impedir a circulação do líquor e gerarem hidrocefalia ➢ É indiferenciado ➢ É altamente maligno ➢ O crescimento é rápido, podendo ocluir o fluxo de líquor, levando a hidrocefalia (extensão para o IV ventrículo) ➢ Normalmente, cursa com uma sintomatologia cerebelar (ataxia da marcha, dismetria, decomposição do movimento) + sinais de hipertensão intracraniana NEUROIMAGEM Ependimoma no interior do III ventrículo - Causando um quadro grave de hidrocefalia Ganglioglioma - Localização → lobo temporal mesial - Lesão circunscrita e homogênea Ganglioglioma - Localização → lobo temporal mesial - Lesão pequena - O problema dessa localização temporal é a capacidade de gerar convulsão, pois o lobo temporal, especialmente o temporal mesial, tem essa capacidade epileptogênica Meduloblastoma - Levando a um quadro de hidrocefalia - É uma lesão que capta contraste, o que significa que há ruptura da barreira hematoencefálica, conferindo, no caso do meduloblastoma, malignidade à lesão 8 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto TRATAMENTO ➢ Ressecção Cirúrgica: • Seguida de Radioterapia em todo do neuro-eixo • Associada ou não à radioterapia convencional • A radioterapia do neuro-eixo e a radioterapia convencional são contraindicadas/proscritas em crianças < 5 anos, pois nessa fase a radioterapia vai atrapalhar o desenvolvimento, principalmente ósseo, dessa criança. Isso se deve pelo fato de a radioterapia promover o fechamento da fise (sítio de crescimento entre os ossos), proporcionando uma falha importante no crescimento dessas crianças → nessas crianças menores de 5 anos faz-se apenas a cirurgia ➢ Após o tratamento → sobrevida de 50% em 5 anos, a depender do grau de ressecção cirúrgica e do acesso à radioterapia MENINGIOMAS INTRODUÇÃO ➢ São tumores mesenquimais ➢ São neoplasias muito comuns e normalmente são benignas ➢ Tumores benignos (maioria dos casos – mais de 95 - 98% dos casos) → mas isso não significa que não sejam lesões graves, pois a gravidade está relacionada mais à localização do tumor ➢ Ocorrem em adultos, por volta dos 45 anos de idade ➢ Origem mesodérmica → são tumores que se originam da aracnóide (fibroblasto aracnóideo), e não da dura-máter, na superfície externa da aracnóide ➢ São bem delimitadas e circunscritas ➢ Aderidos à dura-máter, podem ser esféricos ou achatados ➢ Geralmente, não infiltram o cérebro ➢ Comumente, infiltram a dura-máter e os seios venosos ➢ Também pode infiltrar o osso ➢ Muito raramente, eles podem ser atípicos ou malignos ➢ Onde houver meninge pode existir meningioma → Localizações: • Corticais • Parasagitais • De convexidade • Falcinas • Intraventriculares • Na base do crânio: ▪ Na goteira olfatória ▪ Suprasselares ▪ Do clivo ▪ Na transição craniocervical ▪ Ângulo pontocerebelar... NEUROIMAGEM TUMORES QUE CAPTAM CONTRASTE - A captação de contraste mostra que há ruptura da barreira hematoencefálica - Os tumores que captam contraste são: Glioblastomas Meduloblastomas Metástase Cerebral Meduloblastoma de Vérmis Cerebelar - Com hemorragia perimural espontânea - Oclusão sobre o IV ventrículo Meduloblastoma de vermis cerebelar peritumoral espontâneacom .hemorragia RM : É heterogeneamente hipointenso em relação à substância cinzenta em T1 , com cistos hiperintensos em T2 em 75 a 80% dos casos. A porção sólida da lesão varia de hipo a hiperintenso em T2. O reforço por contraste é variável. Meningioma Parassagitais - Ao lado do seio sagital - São lesões que captam muito bem o contraste → há captação homogênea do contraste - São lesões que chegam a grandes tamanhos. Assim, normalmente, quando apresentam manifestações clínicas já estão com um tamanho bem grande - Captação de contraste não significa malignidade, pois a malignidade também tem relação com outras características do tumor Meningioma da base do crânio – Goteira Olfatória - Leva à Síndrome de Foster-Kennedy → atrofia do nervo óptico de um lado, papiledema contralateral e anosmia 9 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ Depende da localização ➢ Na grande maioria dos casos eles são achados de imagem (Ex: paciente sofre um TCE, faz uma tomografia e descobre um meningioma) ➢ Não causam edema cerebral vasogênico na grande maioria dos casos → mas podem provocar edema por congestão venosa. Assim, quando esse meningioma invade um seio venoso, por exemplo, ele causa um edema por obstrução venosa ➢ Podem atingir volumes consideráveis, provocando pouco ou nenhum sintoma ➢ A sintomatologia pode ser cefaléia, epilepsia e déficits focais, como hemiparesias e hemianopsias TRATAMENTO ➢ Cirúrgico → geralmente, a cirurgia por si só tratar e resolve o caso • Em alguns casos, a depender da localização, não se consegue resseca-los por completo ➢ Radioterapia → normalmente, não é indicada • Só é indicada no contexto do meningioma atípico ou maligno, que corresponde à minoria dos casos ➢ Há recidiva em uma pequena porcentagem dos casos • Quando o tumor não é totalmente retirado a chance de recidiva é maior SCHWANNOMAS INTRODUÇÃO ➢ Acometem as células de Schwann, que são as células que revestem os nervos periféricos (bainha de mielina dos nervos periféricos) ➢ São os principais tumores do Sistema NervosoPeriférico (nervos e raízes nervosas) ➢ São benignos ➢ Tem sua incidência na meia idade, mais comumente na 5ª década de vida ➢ Outras nomenclaturas → Neurinoma ou Neurilemoma ➢ Localização: • Raízes sensitivas • Podem ocorrer no crânio → em nervos cranianos como o nervo vestibulococlear (VIII), chamado de Schwannoma do acústico, aparecendo no: ▪ Ângulo ponto-cerebelar ▪ Meato acústico interno ➢ Tem crescimento lento e em caráter compressivo Meningioma da base do crânio – Plano Esfenoidal - Acima do osso esfenóide, na transição entre a fossa anterior e a fossa média - Sinal da cauda do cometa (seta vermelha) Meningioma do Canal Espinhal - No canal espinhal também se tem meninge. Assim, a lesão pode ocorrer - São intradurais e extramedulares (diferentemente dos ependimomas e dos gliomas da medula, que são intramedulares) - São mais comuns na região torácica Meningioma da base do crânio – Tubérculo da Sela - É mais posterior, quando comparado ao meningioma do plano esfenoidal Meningioma da base do crânio – Clinoidal Meningioma da base do crânio – Asa do Esfenoide - Característica peculiar dos Meningiomas → Sinal da cauda do cometa (seta vermelha), que é a implantação dural dessa lesão Meningioma do ângulo pontocerebelar (infratentorial) - Como a localização é quem confere gravidade à lesão, esse meningioma (comprimindo cerebelo e tronco), apesar de ser benigna, pode conferir gravidade 10 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto ➢ Nunca invadem o cérebro ou a medula, pois os schwannomas são lesões extradurais ➢ Schwannomas espinhais → são intradurais e extramedulares MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ SCHWANNOMA DO ACÚSTUICO (VIII par craniano): • Surdez progressiva • Tonturas • Vertigens • Perda de equilíbrio • Ataxia • Dor retroauricular ➢ SCHWANNOMA DO FACIAL (ou até mesmo um do acústico muito grande): • Paralisia facial • Disfonia → por compressão de outros nervos cranianos • Disfagia → por compressão de outros nervos cranianos ➢ Os sintomas são sempre progressivos, se estabelecendo de meses a anos ➢ Pode ocorrer Hipertensão Intracraniana e Hidrocefalia, por compressão do IV ventrículo → são tardias e raras ➢ SCHWANNOMAS ESPINAIS: • Dor radicular • Compressão medular (Paraplegia, Anestesia abaixo do nível do tumor) • Bloqueio liquórico → levando à hiperproteinorraquia lombar TRATAMENTO ➢ Cirúrgico: • O grande risco associado ao Schwannoma do acústico é o risco de infarto e paralisia facial → isso é muito comum • O desafio cirúrgico e a mortalidade são diretamente proporcionais ao volume tumoral • Quando não é possível ressecção total do tumor → tem-se uma maior chance de recidiva e piora do prognóstico ➢ Esse tipo de tumor não responde à Radioterapia → assim, mesmo que fique um pouco da lesão após a cirurgia ou que haja recidiva não há indicação de radioterapia, pois os schwannomas não respondem a essa terapia, sendo a indicação para esses casos uma nova cirurgia NEUROIMAGEM METÁSTASES CEREBRAIS INTRODUÇÃO ➢ São os tumores cerebrais mais comuns ➢ A via de disseminação é sanguínea (hematogênica) → também pode ser linfática, mas é extremamente raro ➢ Ocorre principalmente em idosos (a partir da meia idade) → é a faixa etária onde o câncer de mama, de pulmão e de intestino começam a aparecer ➢ Origem → é a mais diversa possível • Mama → mais comum em mulheres ▪ Do ponto de vista epidemiológico, o tumor que mais leva a metástases cerebrais é o câncer de mama, pois ele é o tumor mais comum/incidente na população em geral • Carcinomas Broncogênicos → mais comum em homens • Melanomas → são os tumores que mais tem capacidade de levar à metástase cerebral. Os melanomas são bem mais raros do que o câncer de mama, mas quando se analisa vê- se que o melanoma tem mais potencial para causar uma metástase cerebral (mais de 50% dos melanomas evoluem com metástase cerebral) ▪ Uma parcela considerável dos melanomas é diagnosticada a partir de uma metástase cerebral • Muitas vezes, esses tumores são descobertos a partir de sintomas neurológicos (Ex: mulher com 60 anos tem uma crise convulsiva. Assim, inicia-se a investigação e faz-se um exame de imagem que acusa uma lesão cerebral que sugere metástase, A partir daí investiga-se qual a origem dessa lesão e descobre-se que essa mulher tem um câncer de mama) ➢ Normalmente, o tumor metastático se manifesta antes do tumor primário → é o que se chama de Carcinoma Oculto (Ex: o tumor cerebral é descoberto antes do câncer de mama ou do carcinoma broncogênico ou do melanoma) ➢ Metástases no crânio ultrapassam a dura-máter → infiltrando as meninges e podendo levar a Meningite Carcinomatosa (é uma complicação não tão comum de ocorrer) ➢ Habitualmente, as metástases são múltiplas → assim, quando se vê um exame de imagem com várias lesões, com quase total certeza trata-se de uma metástase cerebral ➢ São lesões bem delimitadas, mesmo sendo malignas, pois a metástase é um tecido de fora do SNC ➢ Normalmente tem necrose, que é uma característica das lesões malignas ➢ As vezes podem ter características hemorrágicas ➢ Edema vasogênico desproporcional à lesão → é bem característico das metástases • Às vezes, essas metástases são lesões bem pequenas, mas o entorno dessa lesão (que é o edema) é muito grande e provoca os sintomas Schwannoma do Acústico - Às vezes, são muito parecidos com os Meningiomas e em alguns casos apenas o diagnóstico anatomopatológico irá confirmar Fem. 55 a. Cefaléia intensa bilateral pulsátil há 15 dias, com vômitos e tonturas. Zumbido no ouvido há alguns anos. Operada de schwannoma vestibular Direito. Ficoou com paralisia facial ipsilateral. 11 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Gizelle Felinto NEUROIMAGEM Metástases Cerebrais - Lesão occipital e parietal Metástases Cerebrais - Múltiplas lesões - Quando se encontra 2 ou mais lesões o prognóstico oncológico desses pacientes é muito ruim
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