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TUTORIA - P4M3 - TUMOR DE SNC METÁSTASES (CEREBRAIS E ÓSSEAS) INIBIDORES DE OSTEÓLISE

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Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
TUTORIA 
Problema 4, Módulo 3 – Tumor de SNC, 
Metástases (Cerebrais e Ósseas) e Inibidores 
de Osteólise
Objetivo 01: Estudar os tumores primários 
do SNC (classificação OMS 2016 e as 
principais características dos meningiomas, 
astrocitomas/GBM e meduloblastomas). 
 
Classificação OMS 2016 
Mudança de 2016: Além do 
anatomopatológico (não dá todas as 
informações necessárias), com novos 
conhecimentos, serão utilizadas novas 
possibilidades de tratamento: IDH 1 e 2: tem a 
ver com os prognósticos dos tumores do SNC. 
O IDH mutado é mais frequente em crianças do 
que em adultos e tem prognóstico melhor que 
IDH selvagem (pior prognóstico, é mais 
agressivo). Ou seja, para tumores do SNC, 
quanto mais idade do paciente, pior o 
prognóstico. 
 
De acordo com a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), sua classificação é representada 
por uma escala de malignidade dessas 
neoplasias (Louis et al., 2007): 
 Tumores de grau I representam lesões com 
potencial proliferativo baixo e com 
possibilidade de cura após ressecção 
cirúrgica. 
 Neoplasias de grau II naturalmente se 
infiltram nos tecidos cerebrais adjacentes 
e, apesar de sua baixa atividade 
proliferativa, geralmente retornam após 
ressecção cirúrgica. Alguns desses tumores 
tendem a progredir a graus mais elevados 
de malignidade. 
 A designação grau III é geralmente 
reservada a lesões com evidências 
histológicas de malignidade, incluindo atipia 
nuclear e uma rápida atividade 
proliferativa. 
 Tumores de grau IV são neoplasias 
citologicamente malignas com alta 
atividade mitótica e presença de necrose, 
as quais estão associadas a uma rápida 
evolução da doença pré e pós-operatória 
levando, geralmente, ao óbito. Algumas 
neoplasias de grau IV também se 
caracterizam pela infiltração generalizada 
do tecido circundante, assim como por uma 
propensão à disseminação cranioespinhal. 
 
Fatores de Risco: 
✓ Doença multifatorial, causada pelo 
somatório de várias alterac ̧ões genéticas, 
podendo ser adquiridas durante a vida, por 
predisposição ou por exposição. Outras são 
hereditárias e estão presentes em algumas 
síndromes familiares associadas com 
tumores do SNC, como a neurofibromatose 
tipos 1 e 2, esclerose tuberosa, 
retinoblastoma, síndromes de Li-Fraumeni, 
de Von-Hippel Lindau, Turcot, Gorlin e 
Cowden. 
✓ Exposição à radiac ̧ão. 
✓ Exposição a arse ̂nico, chumbo, mercúrio, 
óleo mineral, combustíveis e trabalhadores 
de indústrias de borracha, plástico, gráfica, 
têxtil, agrotóxicos, refinaria, usina nuclear, 
entre outros. 
✓ Sexo masculino, idade avanc ̧ada. 
✓ Imunodeficiências - hereditárias, primárias, 
adquiridas (AIDS) ou relacionadas ao uso de 
drogas/medicamentos 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
(imunossupressores, quimioterápicos, etc.) e 
por repercussão siste ̂mica da presença de 
outro câncer. 
✓ Infecções virais - alguns vírus aumentam o 
risco de desenvolver câncer do SNC, como 
o HIV, que aumenta o risco de Linfoma 
primário de SNC. 
 
 Meningiomas 
 
- Conceito 
Os meningiomas são tumores benignos das 
meninges que podem comprimir os tecidos 
cerebrais adjacentes. 
 
- Epidemiologia 
Correspondem a cerca de 30% dos tumores 
cerebrais e da medula espinhal. Começam 
nas meninges, as camadas de tecido que 
circundam a parte externa do cérebro e da 
medula espinhal. São os tumores cerebrais 
mais frequentes em adultos. O risco destes 
tumores aumenta com a idade. Acometendo 
cerca de duas vezes mais pessoas do sexo 
feminino. Os meningiomas são muitas vezes 
classificados pelo grau, com base em como as 
células são vistas sob o microscópio. 
 
- Fatores de risco 
• Radioterapia envolvendo a região da 
cabeça e do pescoço; 
• Síndromes neurogenéticas 
predisponentes, como neurofibromatose 
tipo 2 (NF2). 
• Foi também demonstrado ser a radiação 
ionizante um fator de risco definido para o 
futuro desenvolvimento de meningioma. 
• A situação mais comum consiste em 
radioterapia prévia para neoplasia 
maligna extracraniana, como câncer de 
cabeça e pescoço ou leucemia infantil. 
• Esses meningiomas que se desenvolvem 
em consequência de radioterapia prévia 
tendem a ser mais agressivos na sua 
evolução clínica. 
• A latência para o desenvolvimento do 
meningioma é inversamente proporcional 
à dose de radiação administrada. 
 
- Fisiopatologia 
• Os meningiomas são tumores que surgem 
dos revestimentos aracnóideos do 
cérebro. Histologicamente, esses tumores 
exibem várias aparências, dependendo do 
subtipo de meningioma, embora os 
médicos frequentemente lembrem, em sua 
maioria, do padrão em espiral das células 
tumorais que é mais comum e das coleções 
de cálcio, conhecidas como corpos de 
psamoma. 
• A síndrome neurogenética mais comum 
que predispõe o paciente ao 
desenvolvimento de meningiomas é a NF2, 
a forma menos comum de 
neurofibromatose. 
• A NF2 é um distúrbio autossômico 
dominante, de penetrância completa, que 
é causada por uma alteração do gene NF2 
(também conhecido como cromossomo 22), 
que codifica a proteína supressora tumoral, 
a merlina, também denominada 
neurofibromina. Cerca de 80% dos 
meningiomas esporádicos também exibem 
alterações do NF2. 
• Os meningiomas são tumores altamente 
vasculares, com expressão elevada do 
receptor do fator de crescimento 
endotelial vascular (VEGF) e seu ligante, 
VEGF. 
• Outras vias de fatores de crescimento, 
como o fator de crescimento derivado das 
plaquetas (PDGF), o fator de crescimento 
epidérmico (EGF), o fator de crescimento 
semelhante à insulina (IGF), e a 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
somatostatina também são expressas nos 
meningiomas. 
• Recentemente, foram identificadas 
mutações em duas vias em cerca de 20% 
dos meningiomas: AKT e SMO. 
• As mutações de AKT rompem a 
homeostasia que normalmente regula a 
sobrevida, proliferação, angiogênese e 
metabolismo das células cancerosas. 
• As mutações de SMO alteram uma via 
essencial responsável pelo controle da 
autorrenovação das células cancerosas. 
• Esses tumores com mutação tendem a 
ocorrer mais frequentemente em locais na 
base do crânio, que também tendem a ser 
as áreas de maior desafio e mais 
inacessíveis para cirurgia. 
• Pacientes com mutações AKT abrigam a 
mutação E17K, uma mutação oncogênica 
bem caracterizada, presente em vários 
outros tipos de câncer. 
• A mutação E17K resulta em ativação 
constitutiva da AKT, que, por sua vez, 
estimula a atividade de mTOR a jusante, 
resultando em hiperatividade da via P13K. 
• Por sua vez, a ativação da via P13K estimula 
múltiplos processos oncogênicos, incluindo 
proliferação celular e angiogênese. 
• As mutações de SMO incluíram a L412F 
observada em um subgrupo de 
meduloblastomas e a alteração W535L 
observada no carcinoma basocelular. 
 
- Graus 
• Grau I. Tumores com células que se 
parecem mais com as células normais. 
Esses são o tipo mais frequente de 
meningioma. A maioria deles pode ser 
curado com cirurgia, mas alguns crescem 
muito perto de estruturas vitais no 
cérebro ou nos nervos cranianos e não 
podem ser tratados apenas 
cirurgicamente. 
• Grau II. Esses meningiomas (atípicos ou 
invasivos) geralmente têm células que 
parecem um pouco anormais sob o 
microscópio. Eles podem crescer 
diretamente ou nas proximidades do 
tecido cerebral e do osso. São 
propensos a recidivar após a cirurgia. 
• Grau III. São meningiomas anaplásicos ou 
malignos com células mais anormais. São 
o tipo menos frequente. Tendem a 
crescer rapidamente, próximos ao 
tecido cerebral e osso. São os mais 
propensos a recidivar após o 
tratamento. Alguns podem até se 
disseminar para outras partes do corpo. 
 
- Quadro clínico 
• A apresentação clínica dos meningiomas é 
altamente variável, dependendo da 
localização, do tamanho e da forma do 
tumor. 
• Os tumores podem se manifestar na forma 
de distúrbios visuais,disfunção da fala, 
fraqueza, disfunção sensorial, disfunção 
neurocognitiva, alterações da 
personalidade ou crises epilépticas. 
• Por serem tipicamente neoplasias de 
crescimento lento, os meningiomas 
raramente provocam aumentos agudos 
da pressão intracraniana, resultando em 
sintomas como cefaleia, náuseas, vômitos 
ou alteração da consciência. 
• De fato, em virtude de seu crescimento 
lento, esses tumores com frequência 
podem se tornar surpreendentemente 
grandes, sem causar qualquer disfunção 
neurológica clínica. 
• Entretanto, até mesmo um meningioma 
“benigno” pode resultar em disfunção 
neurológica incapacitante se o seu 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
crescimento ultrapassar a capacidade do 
crânio de acomodar o aumento de volume. 
• Raramente, esses tumores podem 
metastatizar fora do sistema nervoso 
central (SNC), habitualmente para o osso. 
 
 Astrocitomas (Glioblastoma) 
 
- Conceito 
Os astrocitomas são tumores cerebrais e da 
medula espinhal que se desenvolvem a partir 
de células em forma de estrela (astrócitos) que 
ajudam no funcionamento de células 
nervosas do cérebro (ou da medula espinhal). 
Esses tumores podem ser cancerosos ou não. 
 
- Epidemiologia 
É o tipo mais comum de glioma e se 
desenvolve a partir de células denominadas 
astrócitos. Cerca de 20% dos tumores 
cerebrais são astrocitomas. 
 
- Fatores de Risco 
A exposição à radiação ionizante, o consumo 
de álcool e a infecção com alguns vírus como 
herpes vírus 6, SV-40 e citomegalovírus 
podem estar associados a aumento da 
incidência destes tumores. Outros fatores de 
risco incluem: 
 Sexo masculino 
 Idade acima de 45 anos 
 Ter um tumor low-grade (astrocitoma 
de baixo grau) 
 Desordens genéticas como: 
Neurofibromatose, Esclerose tuberosa. 
 
- Fisiopatologia 
• Os astrocitomas anaplásicos e os GBM 
surgem preferencialmente na substância 
branca dos hemisférios cerebrais. 
• Acredita-se que os gliomas malignos se 
desenvolvam como consequência 
cumulativa de uma série de alterações 
oncogênicas. 
• É evidente que os tumores que surgem do 
novo apresentam alterações moleculares 
distintas daqueles que evoluem a partir de 
tumores de graus mais baixos. 
• O GBM tem genes significativamente 
amplificados e com deleções e mutações, 
levando a um reconhecimento da alta 
incidência de desregulação da p53, Rb e 
via do receptor tirosinoquinase (RTK). 
 
- Graus (Classificação dos Astrocitomas): 
São neoplasias malignas e que apresentam 
diversos graus de agressividade. São 
classificados em astrocitomas de baixo grau (I 
e II) e astrocitomas de alto grau (III e IV). 
Classificação: Grau IV - alto grau: conhecidos 
como glioblastomas, são os que mais crescem 
e são mais comuns em adultos; correspondem 
a 2/3 dos astrocitomas. 
Grau III - grau intermediário: crescem em um 
ritmo intermediário; também chamado de 
astrocitoma anaplásico. 
Grau II - grau baixo ou difuso: são de 
crescimento lento, mas depois podem se 
tornar mais agressivos se começarem a 
crescer mais rápido. 
Grau I – astrocitomas não infiltrantes: não 
costumam crescer nos tecidos adjacentes e 
têm um prognóstico melhor, incluindo os 
pilocíticos e tumores gliais disembrioplásticos; 
são mais comuns em crianças (único que tem 
chance de cura). 
 
- Quadro clínico 
A maioria dos pacientes apresenta aumento 
da pressão intracraniana (p. ex., cefaleias 
matinais, vômitos, letargia). A localização do 
tumor determina outros sinais e sintomas, por 
exemplo: cerebelo (fraqueza, tremor e ataxia 
- prejuízo da coordenação motora ou 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
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equilíbrio); vias ópticas (perda da visão, 
proptose - protusão do globo ocular ou 
nistagmo) e medula espinhal (dor, fraqueza e 
alteração da marcha). 
A localização mais frequente nos adultos é na 
fossa anterior, e nas crianças metade em 
fossa posterior e metade em anterior. 
 
 Meduloblastomas 
 
- Conceito 
Meduloblastomas são tumores cerebrais de 
crescimento rápido que se desenvolvem a 
partir das células neuroectodérmicas no 
cerebelo (a parte do cérebro que ajuda a 
controlar a coordenação e o equilíbrio). Eles 
são parte de uma classe de tumores 
denominados tumores neuroectodérmicos 
primitivos, que também podem se iniciar em 
outras partes do sistema nervoso central. 
 
- Epidemiologia 
• O meduloblastoma ocorre em todo o 
mundo e não existem evidências de que 
ele predomine em determinada 
subpopulação étnica ou racial. 
• Na infância, o meduloblastoma é a 
neoplasia maligna primária mais comum do 
sistema nervoso central (SNC), 
representando de 20% a 25% dos tumores 
encefálicos e de 30% a 40% dos tumores de 
fossa posterior. 
• Na primeira década de vida, costuma haver 
uma distribuição bimodal, com picos em 
torno dos 3 e 5 anos e entre os 8 e 10 anos 
de idade. 
• Observaram que a incidência do 
meduloblastoma em adultos representa 1% 
do total dos tumores intracranianos e 6% 
dos tumores de fossa posterior. 
• Em geral, a idade mediana dos pacientes 
adultos com meduloblastoma varia dentro 
do intervalo dos 20 aos 39 anos à época 
do diagnóstico, mais frequentemente em 
torno dos 25 anos, mas pode surgir em 
qualquer idade. 
• O meduloblastoma nos adultos, assim como 
nas crianças, predomina no sexo masculino. 
 
- Fatores de risco 
• Idade (criança). 
• Condições herdadas têm maior risco 
quando o paciente apresenta síndrome de 
Turcott, síndrome do nevo em bolha de 
borracha azul, síndrome de Gorlin (nervo de 
células basais) e de Li-Fraumeni, ataxia-
telangiectasia e xeroderma pigmentoso. 
 
- Fisiopatologia 
• O meduloblastoma é uma neoplasia 
maligna primária do sistema nervoso 
central (SNC), de origem embrionária 
neuroepitelial, a partir de células 
pluripotenciais primitivas, que se 
desenvolve no cerebelo. 
• Acredita-se que esses tumores tenham 
origem a partir de células neuroepiteliais 
embrionárias indiferenciadas, presentes 
na camada granular externa do córtex 
cerebelar em desenvolvimento, chamada 
de camada granular fetal de Obersteiner. 
• Essa camada subpial de pequenas células 
está presente ao nascimento e 
gradualmente deve desaparecer durante 
o primeiro ano de vida. 
• A persistência focal dessas células daria 
início ao tumor. 
• Apesar dessa teoria, a célula de origem do 
meduloblastoma nunca foi totalmente 
elucidada. 
 
- Quadro clínico 
• O quadro clínico é insidioso e progressivo, 
com sinais e sintomas dependentes do sítio 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
do tumor e da ocorrência de hipertensão 
intracraniana. 
• Um quadro de início apoplético pode 
ocorrer devido à hemorragia aguda 
intratumoral. Queixas de dor lombar ou 
radicular, crises convulsivas, sintomas 
medulares ou encefálicos focais podem 
surgir. 
• Cefaleia, desequilíbrio, distúrbio da marcha, 
tonturas e/ou náuseas e vômitos são 
relativamente comuns. 
• O exame clínico dos pacientes com 
meduloblastoma revela tipicamente sinais 
cerebelares axiais ou apendiculares e/ou 
de hipertensão intracraniana. 
 
Objetivo 02: Discutir Tumores 
Metastáticos. 
 
Epidemiologia 
• Embora o número de novos casos de 
metástases para o sistema nervoso central 
diagnosticados anualmente seja estimado 
em mais de 200.000, a incidência exata 
permanece desconhecida. 
• Estudos de necropsia relataram a 
presença de metástases intracranianas 
em 10 a 30% de todos os pacientes com 
câncer (15% para o cérebro, 5% para as 
leptomeninges, 5% para a dura-máter), 
bem como ML (metástases 
leptomeníngeas) em média de 20% de 
todos os pacientes com câncer. 
• A incidência de metástases cerebrais 
aumentou continuamente nessas últimas 
décadas, um fenômeno que 
provavelmente é multifatorial. 
• Uma das supostas razões para explicar a 
incidência muito elevada de doença 
metastática para o cérebro é a 
permeabilidade altamente seletiva da 
barreira hematoencefálica, que permite às 
células tumorais refugiar-se no sistema 
nervoso central(SNC), escapando tanto da 
vigilância imune quanto dos efeitos 
citotóxicos da quimioterapia, visto que a 
maioria desses fármacos é incapaz de 
atravessar adequadamente a barreira. 
• Embora o parênquima do cérebro seja o 
local mais provavelmente afetado (80%) 
por doença metastática do sistema 
nervoso, outros locais comuns incluem o 
espaço epidural e as leptomeninges. 
• Os locais menos comuns são 
representados pela dura-máter, medula 
espinal intramedular, sistema óptico e 
nervos cranianos e periféricos. 
Fisiopatologia 
• Sabe-se que o desprendimento de células 
tumorais e a sua passagem para a 
circulação sistêmica constitui um fenômeno 
precoce na história natural da neoplasia 
maligna; entretanto, essas células tumorais 
circulantes nem sempre resultam em 
metástases. 
• Sabe-se também que determinadas 
neoplasias malignas têm uma predileção 
em metastatizar para órgãos específicos. 
• Isso pode ser simplesmente devido, em 
parte, à anatomia e à fisiologia, mas 
também pode depender de características 
moleculares específicas, incluindo a 
secreção de fatores quimiotáticos 
específicos pelo órgão ou local envolvido; 
acredita-se que os fatores de crescimento 
neuro trópicos no SNC possam 
desempenhar esse papel. 
• Outro fator possível é a expressão de 
moléculas de superfície específicas nas 
células tumorais que as tornam capazes de 
se alojar em determinados tecidos. 
• As possíveis vias para a disseminação de 
câncer incluem as vias hematogênica, 
linfática, intratecal e perineural. 
• Embora não sejam tecnicamente 
metastáticos, os tumores podem 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
estender-se diretamente para estruturas 
adjacentes. 
• A intravasão da célula cancerosa exige 
múltiplos sinais entre a célula e seu 
microambiente circundante. 
• Alguns dados sugerem que a 
transformação da célula maligna em 
tecido mesenquimal ou semelhante ao 
tecido conjuntivo é crucial nesse processo, 
um fenômeno designado como 
transformação epitélio-mesenquimal ou 
TEM. 
• Após a intravasão e a entrada das células 
na circulação, os órgãos anatômicos 
normais podem atuar como barreira. 
• Quando as células cancerosas alcançam 
um local distante, elas precisam extravasar 
da circulação e se estabelecer nesse local 
– um processo complexo que exige 
múltiplas interações com o novo 
microambiente. 
• A metástase nascente também deve ter a 
capacidade de angiogênese. 
• Apesar de todas essas etapas necessárias 
para a formação de metástases a 
distância, a doença metastática do câncer 
é um fenômeno bem real e comum, 
indicando que esse processo organizado 
de dissociação, intravasão, circulação, 
escape da vigilância imune, 
extravasamento e crescimento 
metastático é eficientemente coordenado 
por um número significativo de neoplasias 
malignas por meio de uma sofisticada 
interação genética. 
Características clínico radiológicos 
• Os tumores cerebrais metastáticos 
manifestam se com os mesmos sinais 
clínicos dos tumores intracranianos 
primários, distinguindo-se destes por sua 
evolução mais rápida, geralmente 
subaguda, em dias ou poucas semanas. 
• Os sintomas progressivos de aumento da 
pressão intracraniana (cefaleia, alteração 
do nível de consciência), alterações de 
comportamento, sinais neurológicos focais 
e crises epilépticas são as manifestações 
clínicas habituais dos processos 
metastáticos cerebrais. 
• A maioria das metástases cerebrais 
aparece como lesões arredondadas, com 
realce difuso ou anelar, tipicamente 
circundadas por intenso edema 
perilesional, o qual não guarda proporção 
com o tamanho da lesão. O efeito 
expansivo também é variável e, os casos 
de apresentação aguda com hemorragia 
intratumoral, esta pode dificultar o 
diagnóstico de neoplasia subjacente. 
• Os principais métodos de neuroimagem 
para o diagnóstico de metástases 
cerebrais são a tomografia 
computadorizada e a ressonância 
magnética contrastadas. 
 
Objetivo 03: Compreender os tumores 
metastáticos para os ossos. 
 
Epidemiologia 
• A doença óssea metastática é responsável 
por mais de 99% dos tumores malignos que 
acometem o osso. 
• As metástases ósseas surgem com maior 
frequência dos carcinomas de mama (49%), 
pulmão, rim, próstata e tireoide; 
localizando-se mais comumente nas 
vértebras, arcos costais (esqueleto axial 
80%), na pelve e no fêmur. 
• Muitas vezes a localização primária 
permanece desconhecida (3%), chamando 
a atenção para a doença apenas o 
quadro metastático. 
• Os implantes secundários são 
extremamente raros distalmente em 
cotovelo e joelho (0,3%), acometendo de 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
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forma preponderante mulheres acima da 
quarta década de vida. 
Fisiopatologia 
• O processo de disseminação metastática 
parece ser semelhante em todos os tipos 
de tumor, e suas etapas relevantes são a 
oncogênese, a angiogênese, a existência 
de células tumorais com fenótipo invasivo e 
com maior velocidade de crescimento, 
capacidade de sobrevivência à circulação 
sanguínea, adesão da célula tumoral ao 
tecido-alvo, extravasamento e 
crescimento celular na localização 
secundária, angiogênese no foco 
metastático e bloqueio da resposta imune 
hospedeira. 
Características clínico radiológicos 
• Clinicamente a dor é o principal sintoma, 
podendo ser acompanhada de aumento 
de volume local e/ou fratura patológica. 
• A lesão, no entanto, pode evoluir de forma 
assintomática e só se mostrar em vigência 
de fratura patológica ou do edema local, 
muitas vezes confundido com trombose 
venosa. 
• Exames de imagem são primordiais, como 
radiografia, ressonância nuclear 
magnética, cintilografia óssea, tomografia 
computadorizada. 
• A radiografia simples do local acometido, 
pode ter alterações lesões líticas (com 
padrão geográfico, permeativo ou de 
"roído de traça"), lesões osteoblásticas ou 
mistas. 
• É importante estar atento a possíveis 
reações periosteais (ex.: espiculada, 
laminada, triângulo de Codman), que, por 
não serem frequentes, podem ser 
superestimadas simulando diagnóstico de 
tumor ósseo primário. 
 
Objetivo 04: Pesquisar sobre tratamento 
medicamentoso com inibidores de osteólise 
em oncologia (mecanismo de ação, possíveis 
benefícios e efeitos colaterais dos 
bisfosfonatos e denosumabe). 
 
 Bifosfonatos 
São análogos químicos do pirofosfato 
endógeno, resistente a fosfatase alcalina. 
 
Mecanismo de ação. 
• Inibe a reabsorção óssea mediada pelos 
osteoclastos. 
• Isso se dá, porque o bifosfonato se 
combina com os cátions divalentes (Ca2 do 
mineral ósseo) e se incorpora na matriz 
mineralizadora. 
• Logo, são internalizados pelos osteoclásto 
e inibem a prenilação (adição de lipídios a 
proteínas de sinalização intracelular – 
GTPases), levando a apoptose celular e 
perda da função osteoclástica. 
 
Possíveis benefícios 
Além de inibir a ação osteoclástica eles atuam 
em células cancerígenas causando: 
✓ Inibição da proliferação celular e 
indução a apoptose – inibe a 
prenilação. 
✓ Inibição da adesão e invasão celular 
(metástase) – modula expressão de 
moléculas de adesão e atividade 
proteolítica de metaloproteinas. 
✓ Inibição da angiogênese – reduz a 
síntese dos VEGF. 
✓ Potencializam o sistema imune – ativa 
as células T que exerce atividade 
citotóxica natural. 
✓ Fazem sinergismo com drogas 
antineoplásicas. 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
Efeitos colaterais 
• Intolerância gastrointestinal; 
• Úlceras e erosões esofágicas; 
• Falência renal; 
• Mialgia; 
• Pirexia de 1 a 2°C por 24 a 48 horas após a 
administração; 
• Osteonecrose dos maxilares (mandíbula é a 
mais afetada). 
 
 Denosumabe 
É um anticorpo monoclonal humano para o 
tratamento da osteoporose, perda óssea 
induzida pelo tratamento, metástases ósseas 
e tumor de células gigantes do osso. 
 
Mecanismo de ação 
• Interfere na ação de outra proteína 
envolvida no processo de ativação da 
degradação óssea. 
• Consequentemente,o medicamento 
determina a redução do número e da 
função dos osteoclastos, resultando assim 
na redução da reabsorção e da destruição 
ósseas, comumente induzidas pelo câncer. 
 
Eficácia: 
Denosumabe efetivamente reduz o risco de 
eventos secundários e subsequentes 
relacionados ao esqueleto em pacientes com 
metástases ósseas de uma ampla variedade 
de tumores sólidos. Escolha para paciente 
com lesão renal (mais seguro). 
 
Uso clínico: 
Em mulheres na pós-menopausa com risco de 
osteoporose; previne problemas 
relacionados com os ossos em pacientes com 
metástases ósseas de tumores sólidos; além 
de ser especialmente útil quando os 
bifosfonatos não são aconselháveis. 
 
Efeitos adversos 
• dor óssea, articular e/ou muscular 
• dispneia (falta de ar); 
• hipocalcemia; 
• hipofosfatemia (baixa concentração de 
fosfato no sangue); 
• diminuição do apetite; 
• dor persistente ou não cicatrização de 
feridas na boca ou mandíbula; 
• dor nas costas; 
• dor na mandíbula; 
• dor nas extremidades (dor no braço ou na 
perna); 
• cansaço; 
• fraqueza generalizada; 
• febre; 
• enjoo; 
• diarreia; 
• prisão de ventre; 
• vômito;

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