Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • INTRODUÇÃO • O câncer do SNC resulta do crescimento anormal e descontrolado das células do tecido do cérebro, da medula espinhal e das meninges; • Quase 90% desses tumores malignos se desenvolvem no cérebro. • A doença representa cerca de 4% de todos os cânceres em adultos; • E o segundo tipo mais comum em crianças, representando 26% dos cânceres infantis; • A maioria dos tumores cerebrais em crianças se inicia na parte inferior do SNC, como cerebelo e tronco cerebral. TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • INTRODUÇÃO • Tumores primários do SNC – são aqueles que surgem originalmente no SNC e podem se originar a partir de neurônios, células da glia e meninges; • Tumores secundários (metástases) – são os diagnosticados mais frequentemente, ou seja, são aqueles que se originam em outras parte do corpo e migram para o SNC pela via hematogênica. • A incidência de metástases de tumores para o SNC vem aumentando significativamente na última década. Este aumento se deve ao avanço das tecnologias diagnósticas, que permitem maior precisão diagnóstica aos casos reportados. E as fontes mais frequentes em adultos são os: • Pulmões • Cancer de mama • Melanoma • Carcinoma de células renais • Cancer colorretal • Em crianças as fontes mais comuns de metástases para o SNC são leucemias e linfomas. TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • ESTATÍSTICA • Estimativas de novos casos: 11.090, sendo 5.870 homens e 5.220 mulheres (2020 - INCA); • Número de mortes: 9.355, sendo 4.787 homens e 4.567 mulheres (2020 - INCA). TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • TIPOS DE CÂNCER DO SNC • Os tumores primários do SNC são divididos em dois grupos, os de: • Baixo grau (I e II); • Alto grau (III e IV); • Quanto maior o grau, mais agressiva é a doença; • Os tipos mais frequentes são: • Gliomas • Meduloblastoma • Meningeoma • Além desses, há outros tipos de cânceres primários do SNC, entre eles linfoma, tumores hipófise e germinativos, são menos frequentes. TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • GLIOMA • Tumores originados nas células da glia; • Responsáveis por 80% dos casos de cânceres do SNC; • Existem vários tipos diferentes de gliomas que variam em características celulares, localização e severidade; • Os tipos de glioma incluem: • Astrocitomas • Oligodendrogliomas • Glioblastoma multiforme • Ependimomas A expectativa de vida após o diagnóstico é de apenas 15 meses, em média. TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • SINTOMATOLOGIA • Alguns gliomas não apresentam sintomas, mas, quando eles apresentam, é porque já estão pressionando o cérebro ou a medula espinhal. • Os sintomas mais comuns do glioma são: • Dores de cabeça; • Convulsões; • Mudanças de personalidade; • Fraqueza nos braços, na face ou pernas; • Dormência; • Tontura; • Problemas na fala; • Náusea; vômito. São diagnosticados através de uma ressonância magnética ou outro exame com imagem do cérebro, e diagnosticado por meios cirúrgicos para determinar o tipo e o grau. TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • MEDULOBLASTOMA • É um tipo de tumor que se desenvolve na fossa posterior (que contém o tronco encefálico e cerebelo); • Parte do encéfalo que é responsável pelo equilíbrio e controle das atividades motoras, entre outras funções. • Ele é mais comum em crianças e adultos jovens. Apresenta alto risco de disseminação pelas meninges; • Sendo assim, o segundo mais comum de todos os cânceres pediátricos do SNC (cerca de 20% do total). TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • SINTOMATOLOGIA • Os sintomas dependem de vários fatores, incluindo o tamanho e a localização do tumor e a idade e o estágio de desenvolvimento da criança. • Os sintomas incluem: • Dor de cabeça, que é frequentemente pior de manhã ou melhora após vômito • Náusea e vômito • Fadiga ou alterações nos níveis de atividade • Tontura • Perda de equilíbrio, sonolência • Problemas com a escrita à mão • Alteração na visão – visão dupla • As crianças podem se tornar desastradas, andar de maneira oscilante ou ter dificuldades para manter o equilíbrio. TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • MENINGEOMA • É um tumor originário das meninges; • É mais frequente em adultos, responsável por aproximadamente 30% dos tumores cerebrais; • Os de graus menores crescem de maneira lenta e podem ser curados por meio de cirurgia; • Os de maior grau podem exigir tratamento complementar e apresentam maior chance de recidiva, ou seja, de voltarem a ocorrer após o tratamento. • Eles podem crescer lentamente e existir por anos antes de serem detectados. • Às vezes os médicos podem descobrir um meningioma acidentalmente; TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • SINTOMATOLOGIA • Os sintomas dos meningiomas dependem da parte do cérebro que está sendo comprimida e, portanto, da localização do tumor. • Convexidades cerebrais - crises epilépticas focais, déficits cognitivos; pressão intracraniana; • Clivo – Transtornos da marcha, ataxia de membros; • Cerebelar – problemas de equilíbrio; • Sulco olfatório – Anosmia, e as vezes perda de visão; • Parassagital - Paresia espástica ou perda sensorial e déficits cognitivos; • Forame magno - Déficits de pares cranianos (p. ex., disfagia, disartria, nistagmo, diplopia, hipoestesia facial); • Base do crânio – Perda de visão, Paralisias oculomotoras e Exoftalmo. TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • FATORES DE RISCOS • Segundo os especialistas, os tumores do SNC se desenvolvem a partir de uma combinação de fatores. Embora não causem o câncer diretamente, alguns podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, entre eles: • Exposição à radiação, geralmente relacionada com tratamentos radioterápicos. Até o momento, não há evidência de que a radiação associada ao uso de celulares cause a doença • Deficiência do sistema imunológico associada ao uso de medicamentos imunossupressores ou a doenças como a Aids (vírus HIV) • Síndromes genéticas, como neurofibromatose tipo 2, esclerose tuberosa e síndrome de von Hippel-Lindau • Idade – o tumor do SNC ocorre mais em idosos, fazendo dele uma das doenças do envelhecimento • Histórico prévio de cânceres em outras partes do corpo podem gerar tumores secundários (metástases) no sistema nervoso central TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • TRATAMENTO DE TUMORES DO SNC • O tratamento dos SNC – sejam primários ou secundários – é bem específico e individualizado para cada paciente. As modalidades incluem cirurgia, radiocirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo-molecular e imunoterapia. • Para definir a melhor estratégia para o seu caso, seu médico levará em conta fatores como: • Idade • Grau de comprometimento das funções do sistema nervoso central • Tipo de célula a partir da qual o tumor se desenvolveu • Grau do tumor (I, II, III e IV), com base na análise anatomopatológica • Alterações genéticas que podem indicar a velocidade de progressão da doença • Tamanho e localização do tumor • Porcentagem do tumor que pode ser removida • Disseminação ou não da doença pelo líquido cefalorraquidiano ou para outras partes do sistema nervoso central TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • DIAGNÓSTICO POR IMAGEM • A melhor opção é a ressonância nuclear magnética, sendo superior à tomografia computadorizada; • A RM fornece informações mais efetivas, que auxiliam tanto no diagnóstico como no acompanhamento da doença; • O diagnóstico definitivo, porém, depende da análise do tumor em laboratório (análise anatomopatológica) obtido por meio de biópsia ou cirurgia. • GLIOMAS RM ponderada em T2-FLAIR - mostra um sinal branco, que pode indicar uma massa ou edema. O sinal frontal esquerdo está bem demarcado, sugerindo massa. • É um OLIGODENDROGLIOMA de baixo grau (grau II). RM ponderada em T2-FLAIR mostra um sinal branco não tão bem circunscrito no lobo temporal posterior. • É um ASTROCITOMA de alto grau (grau III). RM T2-FLAIR sagital com contraste de um GLIOBLASTOMA MULTIFORME grauIV em um menino com 15 anos de idade. O diagnóstico definitivo do glioblastoma multiforme requer uma biópsia estereotática ou uma craniotomia com ressecção do tumor e confirmação patológica. Os EPENDIMOMAS são derivados de uma transformação neoplásica das células ependimárias que revestem o sistema ventricular. *RM com massa no IV ventrículo hipointensa na ressonância magnética quando ponderada em T1* • ESTRELAS - Massas hiperintensas na RM com ponderação em T2-FLAIR. • SETA - T1 com contraste - O realce com contraste de gadolínio é notável. • MEDULOBLASTOMA • Massas hiperintensas na RM com ponderação em T2-FLAIR • RM craniana onde se pode ver um Meduloblastoma cerebelar em corte sagital e coronal: • Corte sagital – Meduloblastoma na fossa posterior com hipersinal. • O tumor esta comprimindo o IV ventrículo - Existe obstrução ao fluxo do LCR, hidrocefalia marcada e edema. • Corte coronal – Meduloblastoma hiperintenso, que surge do hemisfério cerebelar direito. • MEDULOBLASTOMA Ressonância magnética (RM) em T1, sem contraste, de um meduloblastoma. Perceba que a lesão é heterogênea e bem delimitada. RM em T1, com contraste, de um meduloblastoma. • MENINGEOMAS RM em T1, com saturação de gordura (Fat-sat). Na imagem, é possível observar uma meningeoma de convexidade com massa hiperintensa, formada devido ao espessamento da dura-máter. RM cerebral meningioma de convexidade RM - cortes coronais, ponderação em T1 com contraste – meningeoma de base Meningeoma de Sulco olfatório Meningioma do dorso da sela e clivus FIM
Compartilhar