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Embriologia do Aparelho Faríngeo

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O aparelho faríngeo é formado por arcos, 
bolsas, sulcos e membranas faríngeas. 
Essas estruturas embrionárias iniciais 
contribuem para a formação da face e do 
pescoço. 
→ Arcos Faríngeos: 
Começam a se desenvolver no início da 
quarta semana, quando as células da 
crista neural migram para as futuras 
regiões da cabeça e do pescoço. O 
primeiro par de arcos, as mandíbulas 
primordiais, aparece como elevações 
superficiais laterais à faringe em 
desenvolvimento (Fig. 9-1A e B). Outros 
arcos logo aparecem como cristas em 
cada lado das futuras regiões da cabeça e 
pescoço (Fig. 9-1C e D). Ao final da 
quarta semana, quatro pares de arcos são 
visíveis externamente (Fig. 9-1D). 
Os arcos faríngeos são separados pelos 
sulcos faríngeos (fendas). Como os 
arcos, os sulcos são numerados em uma 
sequência craniocaudal (Fig. 9-1D). O 
primeiro arco separa-se nas 
proeminências maxilar e mandibular 
(Fig. 9-1E). A proeminência maxilar 
forma a maxila, o osso zigomático e uma 
porção do osso vômer. A proeminência 
mandibular forma a mandíbula e o osso 
temporal escamoso. Juntamente com o 
terceiro arco, o segundo arco (arco 
hioide) contribui para a formação do 
osso hioide. 
Os arcos sustentam as paredes laterais da 
faringe primitiva, que se derivam da 
parte cranial do intestino anterior. O 
estomodeu (boca primitiva) inicialmente 
aparece como uma ligeira depressão do 
ectoderma superficial (Fig. 9-1D e G). 
Ele está separado da cavidade da faringe 
primitiva por uma membrana bilaminar, 
a membrana bucofaríngea, que é 
composta externamente por ectoderma e 
internamente por endoderma (Fig. 9-1E 
e F). Essa membrana rompe-se com 
aproximadamente 26 dias, fazendo com 
que a faringe e o intestino anterior se 
comuniquem com a cavidade amniótica. 
O revestimento ectodérmico do primeiro 
arco forma o epitélio oral. 
Os arcos faríngeos contribuem 
extensivamente para a formação da face, 
das cavidades nasais, da boca, da laringe, 
da faringe e do pescoço (Figs. 9-3). 
Durante a quinta semana, o segundo arco 
aumenta e recobre o terceiro e o quarto 
arcos, formando uma depressão 
ectodérmica, o seio cervical. Ao final da 
sétima semana, o segundo até o quarto 
sulcos faríngeos e o seio cervical 
desaparecem, dando ao pescoço um 
contorno liso. 
→ Bolsas Faríngeas: 
A faringe primitiva, que é derivada do 
intestino anterior, alarga-se cranialmente 
conforme se une ao estomodeu (Figs. 9-
3A e B) e estreita-se à medida que se une 
ao esôfago. O endoderma da faringe 
reveste as superfícies internas dos arcos 
e das bolsas faríngeas (Figs. 9-1H-J e 9-
3B e C). As bolsas desenvolvem-se em 
uma sequência craniocaudal entre os 
arcos. O primeiro par de bolsas, por 
exemplo, encontra-se entre o primeiro e 
o segundo arcos. 
O endoderma das bolsas entra em 
contato com o ectoderma dos sulcos 
faríngeos, e eles formam a dupla camada 
de membranas faríngeas, que separa as 
bolsas dos sulcos (Figs. 9-1H e 9-3C). 
→ Sulcos Faríngeos: 
As regiões da cabeça e do pescoço do 
embrião exibem quatro sulcos (fendas 
branquiais), em cada lado, durante a 
quarta e quinta semanas (Figs. 9-1B a D). 
Esses sulcos separam os arcos 
externamente. Apenas um par de sulcos 
contribui para estruturas pós-natais; o 
primeiro par persiste como o meato 
acústico externo (canais auditivos). Os 
outros sulcos situam-se em uma 
depressão do tipo fenda (seios cervicais) 
e são normalmente obliterados com o 
seio conforme o pescoço se desenvolve. 
→ Membranas Faríngeas: 
As membranas faríngeas aparecem nos 
assoalhos dos sulcos faríngeos (Figs. 9-
1H e 9-3C). Essas membranas se formam 
onde os epitélios dos sulcos e das bolsas 
se aproximam. O endoderma das bolsas 
e o ectoderma dos sulcos são logo 
infiltrados e separados pelo 
mesênquima. Apenas um par de 
membranas contribui para a formação de 
estruturas adultas; a primeira membrana 
e a camada interposta de mesênquima 
torna-se a membrana timpânica. 
o Seios Cervicais (branquiais): os seios 
cervicais externos são raros, e muitos 
resultam da falha na obliteração do 
segundo sulco e do seio cervical (Figs. 9-
9D). Tipicamente, o seio abre-se ao 
longo da borda anterior do músculo 
esternocleidomastóideo no terço inferior 
do pescoço. As anomalias de outros 
sulcos faríngeos ocorrem em 
aproximadamente 5% dos neonatos. 
Seios externos são geralmente 
detectados durante a infância em 
consequência da descarga de muco a 
partir deles. Os seios cervicais externos 
são bilaterais em aproximadamente 10% 
dos neonatos afetados e normalmente 
estão associados aos seios auriculares. 
Os seios cervicais internos se abrem nos 
seios tonsilares ou próximo ao arco 
palatofaríngeo (Fig. 9-9D e F). Esses 
seios são raros. A maioria resulta da 
persistência da parte proximal da 
segunda bolsa. Essa bolsa geralmente 
desaparece conforme a tonsila palatina 
se desenvolve; seu remanescente normal 
é o seio tonsilar. 
o Fístula Cervical (branquial): 
Uma fístula cervical é um canal anormal 
que geralmente se abre internamente no 
seio tonsilar e externamente na lateral do 
pescoço. O canal resulta da persistência 
de partes do segundo sulco e da segunda 
bolsa (Figs. 9-9E e F). A fístula ascende 
de sua abertura no pescoço através do 
tecido subcutâneo e do músculo platisma 
para alcançar a bainha da carótida. A 
fístula, em seguida, passa entre as 
artérias carótidas interna e externa e se 
abre no seio tonsilar. 
o Cistos Cervicais (branquiais): 
Remanescentes de partes do seio cervical 
e/ou do segundo sulco podem persistir e 
formar um cisto esférico ou alongado 
(Fig. 9-9F). Embora eles possam estar 
associados aos seios cervicais e drenar 
através deles, os cistos frequentemente 
se situam livres no pescoço, 
imediatamente inferior ao ângulo da 
mandíbula. Entretanto, eles podem se 
desenvolver em qualquer lugar ao longo 
da borda anterior do músculo 
esternocleidomastóideo. Os cistos 
cervicais, geralmente, não se tornam 
aparentes até o final da infância ou o 
início da idade adulta, quando produzem 
uma tumefação de crescimento lento e 
indolor no pescoço. Os cistos aumentam 
devido ao acúmulo de líquido e debris 
celulares derivados da descamação de 
seus revestimentos epiteliais. 
→ Tabela Principais: 
Músculo do 1º 
arco 
Músculos da 
mastigação 
Músculo do 2º 
arco 
Músculos da 
expressão facial 
Ossos do 1º arco 
Ossos do 2º arco 
1ª Bolsa faríngea Tuba auditiva e 
Cavidade 
Timpânica 
2ª Bolsa faríngea Tonsila palatina e 
Fossa tonsilar 
→ Derivados das Cartilagens dos Arcos 
Faríngeos: 
A extremidade dorsal da cartilagem do 
primeiro arco (cartilagem de Meckel) 
está intimamente relacionada com o 
desenvolvimento da orelha. No início do 
desenvolvimento, pequenos nódulos 
soltam-se da parte proximal da 
cartilagem e formam dois dos ossos da 
orelha média, o martelo e a bigorna. 
Uma cartilagem primitiva independente, 
próxima à extremidade dorsal da 
cartilagem do segundo arco (cartilagem 
de Reichert), participa no 
desenvolvimento da orelha. Ela contribui 
para a formação do estribo da orelha 
média e o processo estiloide do osso 
temporal. 
A cartilagem do terceiro arco, localizada 
na porção ventral do arco, ossifica-se 
para formar o corno maior do osso 
hioide. O corpo do osso hioide é formado 
pela eminência hipobranquial. As 
cartilagens do quarto e do sexto arcos 
fundem-se para formar as cartilagens 
laríngeas, exceto a epiglote. 
→ Derivados dos Músculos dos Arcos 
Faríngeos: 
Os componentes musculares dos arcos 
derivam do mesoderma paraxial não 
segmentado e a placa pré-cordal forma 
vários músculos da cabeça e do pescoço. 
A musculatura do primeiro arco forma os 
músculos da mastigação e outros 
músculos (Fig. 9-5). A musculatura do 
segundo arco forma o estapédio, o estilo-
hióideo, o ventre posterior do digástrico, 
o auricular e os músculosda expressão 
facial. A musculatura do terceiro arco 
forma o estilofaríngeo. A musculatura do 
quarto arco forma o cricotireóideo, o 
elevador do véu palatino, e os 
constritores da faringe. A musculatura do 
sexto arco forma os músculos intrínsecos 
da laringe. 
→ Derivados das Bolsas Faríngeas – 1ª 
Bolsa: 
A primeira bolsa expande-se em um 
alongado recesso tubotimpânico. A 
porção distal expandida desse recesso 
entra em contato com o primeiro sulco, 
onde mais tarde contribui para a 
formação da membrana timpânica 
(tímpano). A cavidade do recesso 
tubotimpânico torna-se a cavidade 
timpânica e o antro mastoide. A conexão 
do recesso tubotimpânico com a faringe 
alonga-se gradualmente para formar a 
tuba faringotimpânica (tuba auditiva). 
→ Derivados das Bolsas Faríngeas – 2ª 
Bolsa: 
Embora a segunda bolsa seja em grande 
parte obliterada conforme a tonsila 
palatina se desenvolve, parte da cavidade 
dessa bolsa permanece como o seio 
tonsilar (fossa), a depressão entre os 
arcos palatoglosso e o palatofaríngeo. O 
endoderma da segunda bolsa prolifera e 
cresce penetrando no mesênquima 
subjacente. As partes centrais desses 
brotos se rompem, formando as criptas 
tonsilares (depressões semelhantes a 
fossetas). O endoderma da bolsa forma o 
epitélio superficial e o revestimento das 
criptas tonsilares. Com 
aproximadamente 20 semanas, o 
mesênquima em torno das criptas 
diferencia-se em tecido linfoide, que 
logo se organiza em nódulos linfáticos da 
tonsila palatina. A infiltração inicial de 
células linfoides ocorre 
aproximadamente no sétimo mês, com 
centros germinativos formando-se no 
período neonatal e centros germinativos 
ativos dentro do primeiro ano de vida. 
→ Desenvolvimento da Glândula 
Tireoide: 
A glândula tireoide é a primeira glândula 
endócrina a se desenvolver no embrião. 
Sob a influência de vias de sinalização 
do fator de crescimento do fibroblasto, 
ela começa a se formar 
aproximadamente com 24 dias após a 
fecundação a partir de um espessamento 
endodérmico mediano no assoalho da 
faringe primitiva. Esse espessamento 
rapidamente forma uma pequena 
evaginação, o primórdio da tireoide. 
À medida que o embrião e a língua 
crescem a glândula tireoide em 
desenvolvimento desce pelo pescoço, 
passando ventralmente ao osso hioide a 
as cartilagens laríngeas em 
desenvolvimento. Por um curto tempo, a 
glândula está ligada à língua por um tubo 
estreito, o ducto tireoglosso. A princípio, 
o primórdio da tireoide é oco, mas logo 
se torna uma massa sólida de células. Ele 
se divide em lobos, direito e esquerdo, 
que são ligados pelo istmo da glândula 
tireoide, que se encontra anterior ao 
segundo e terceiro anéis traqueais em 
desenvolvimento. 
o Cistos e Seios do Ducto Tireoglosso: 
Os cistos podem formar-se em qualquer 
lugar ao longo do trajeto do ducto 
tireoglosso. Normalmente, o ducto 
atrofia e desaparece, mas ele pode 
persistir e formar um cisto na língua ou 
na parte anterior do pescoço, geralmente 
imediatamente inferior ao osso hioide. A 
maioria dos cistos é observada na idade 
de 5 anos. A menos que a lesão se torne 
infectada, a maioria delas é 
assintomática. O inchaço produzido pelo 
cisto do ducto tireoglosso geralmente se 
desenvolve como uma massa indolor, de 
crescimento progressivo e móvel. O cisto 
pode conter algum tecido tireoidiano. 
Quando ocorre infecção de um cisto, 
uma perfuração da pele pode se 
desenvolver, formando um seio do ducto 
tireoglosso, que normalmente se abre no 
plano mediano do pescoço, anterior às 
cartilagens laríngeas. 
o Glândula Tireóidea Ectópica: 
O movimento incompleto da tireoide 
resulta no aparecimento da tireoide 
sublingual que surge na parte superior do 
pescoço ou logo abaixo do osso hioide. 
Em 70% dos casos, uma tireoide 
sublingual ectópica é o único tecido 
tireoidiano presente. 
→ Desenvolvimento da Face: 
O desenvolvimento facial necessita de 
todos os seguintes componentes: 
• A proeminência nasal frontal forma a 
testa, dorso e o ápice do nariz. 
• As proeminências nasais laterais 
formam as asas (lados) do nariz. 
• As proeminências nasais mediais 
formam o septo nasal, o osso etmoide e a 
placa cribriforme (aberturas para a 
passagem dos nervos olfatórios). 
• As proeminências maxilares formam as 
regiões das bochechas superiores e o 
lábio superior. 
• As proeminências mandibulares 
formam o queixo, o lábio inferior e as 
regiões das bochechas. 
→ Palato Primário: 
Segmento intermaxilar: fusão profunda 
da proem. maxilares e nasais mediais que 
irão formar: 
(1) Filtro do lábio superior 
(2) 4 dentes incisivos 
(3) Palato primário 
Continuo ao septo nasal. 
→ Palato Secundário: 
O palato secundário (palato definitivo) é 
o primórdio das partes duras e moles do 
palato. O palato começa a se desenvolver 
no início da sexta semana, a partir de 
duas projeções mesenquimais que se 
estendem das faces internas das 
proeminências maxilares. Esses 
processos palatinos laterais (prateleiras 
palatinas) inicialmente projetam-se 
inferomedialmente em cada lado da 
língua. Com o alongamento da 
mandíbula, a língua é puxada de sua raiz, 
e é trazida em uma posição inferior na 
boca. 
→ Fenda Labial e Fenda Palatina: 
São defeitos comuns que acarretam uma 
aparência facial anormal e uma fala 
defeituosa. Apresentam causas 
multifatoriais (fatores genéticos e não 
genéticos) 
o Labial: 
Falta de fusão da proeminência maxilar 
do lado afetado (ou ambos) com as 
proeminências nasais mediais fundidas. 
o Palatina: 
Falta de fusão das prateleiras palatinas. 
o Tipos: 
Unilaterais quando atingem somente um 
lado do lábio ou bilaterais quando há 
fendas dos dois lados do lábio. 
Incompletas quando atingem apenas o 
lábio e completas quando atingem além 
do lábio, o palato. 
Fenda Labial e Palatina Unilateral: 
Fenda Labial e Palatina Unilateral: 
Fenda Labial Bilateral: 
Fenda Bilateral Completa: 
Fenda Palatina (1:2.500): 
 
• Moore Keith L. Embriologia Clínica. 
Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda.; 
2016. 9, Aparelho Faríngeo, Face e 
Pescoço; p. 213 - 266.

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