Buscar

EMBRIOLOGIA - ARCOS FARÍNGEOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EMBRIOLOGIA - ARCOS FARÍNGEOS
Ana Clara Borges e Emilly Peres - Fonoaudiologia 2021/1
- começam a se desenvolver no início da
quarta semana;
- as células da crista neural migram para
as futuras regiões da cabeça e do
pescoço;
sulcos faríngeos: separam os arcos.
proeminência maxilar: forma a maxila, o
osso zigomático e uma porção do vômer.
proeminência mandibular: forma a
mandíbula e o osso temporal escamoso.
estomodeu: boca primitiva; inicialmente
uma depressão do ectoderma superficial.
ARCOS FARÍNGEOS
- contribuem para a formação da face,
cavidades nasais, boca, laringe, faringe e
pescoço.
SEIO CERVICAL
- o segundo arco cresce no terceiro e no
quarto.
- ao final da sétima semana, o segundo
até o quarto sulcos faríngeos e o seio
cervical desaparecem, dando origem a um
pescoço liso.
COMPONENTES DO ARCO
FARÍNGEO
- recoberto externamente por ectoderma e
internamente por endoderma;
- a migração das células da crista neural
para os arcos e sua diferenciação em
mesênquima (tecido conjuntivo
embrionário) produz as proeminências
maxilar e mandibular, além de todo o
tecido conjuntivo, incluindo a derme
(camada da pele) e o músculo liso.
- o endoderma faríngeo desempenha um
papel fundamental na regulação do
desenvolvimento dos arcos.
estruturas do arco faríngeo:
- artérias;
- cartilagem;
- componente muscular: miócitos
(células);
- nervos.
NERVOS CRANIANOS
- cada arco carrega um par de nervos
cranianos;
I arco: 5º par de nervo (trigêmeo).
II arco: 7º par de nervo (nervo facial).
III arco: 9º par de nervo (glossofaríngeo).
IV, V e VI arco: 10º par de nervo (vago).
- pares de nervos sensitivos.
CARTILAGEM DE MECKEL
- é a cartilagem do primeiro arco.
parte dorsal: martelo e bigorna.
parte intermediária: ligamento anterior do
martelo e ligamento esfenomandibular.
parte ventral: sustenta o arco e
desaparece após ossificação
intramembranosa da mandíbula por
apoptose.
CARTILAGEM DE REICHERT
- é a cartilagem do segundo arco.
parte dorsal: estribo e processo estilóide.
parte média: ligamento estilo-hióide.
parte ventral: corno menor e parte
superior do corpo do osso hióide.
CARTILAGEM DO TERCEIRO ARCO
- corno maior e parte inferior do corpo do
osso hióide.
CARTILAGEM DO QUARTO E SEXTO
ARCOS
- formam as cartilagens da laringe, exceto
a epiglote, que deriva da eminência
hipofaríngea.
BOLSAS FARÍNGEAS
- são revestidas pelo endoderma faríngeo,
que se junta com o ectoderma dos sulcos
faríngeos para formar as membranas
faríngeas.
- desenvolvem-se entre os arcos.
- primeira bolsa: recesso tubotimpânico.
- segunda bolsa: seio tonsilar (depressão
entre o palatoglosso e o palatofaríngeo).
- terceira bolsa: glândula paratireóide
inferior; sexta semana: timo (órgão
linfático).
- quarta bolsa:
parte dorsal: paratireóide superior
parte ventral: corpo ultimofaríngeo.
SULCOS FARÍNGEOS
- quatro sulcos (fendas branquiais) em
cada lado da cabeça e do pescoço.
- separam os arcos externamente.
MEMBRANAS FARÍNGEAS
- aparecem nos assoalhos dos sulcos;
- se formam onde os epitélios dos sulcos
e das bolsas se aproximam;
- apenas um par de membranas contribui
para a formação de estruturas adultas, a
primeira, que torna-se a membrana
timpânica.
SÍNDROMES DO PRIMEIRO ARCO
FARÍNGEO
- causadas pela migração insuficiente de
células da crista neural para o primeiro
arco.
síndrome de Treacher Collins: hipoplasia
malar (subdesenvolvimento dos ossos
zigomáticos da face) com fissuras
palpebrais; defeitos das pálpebras
inferiores, orelhas externas deformadas e
alguns defeitos das orelhas média e
interna.
sequência de Pierre Robin: associada à
hipoplasia (subdesenvolvimento) da
mandíbula, fenda palatina e defeito dos
olhos e das orelhas; mandíbula pequena
que resulta em deslocamento posterior da
língua e obstrução ao fechamento total
dos processos palatinos, resultando em
uma fenda palatina bilateral.
síndrome de Digeorge: as crianças
nascem sem o timo e as glândulas
paratireóides e apresentam defeitos no
débito cardíaco; hipoparatireoidismo
congênito, suscetibilidade aumentada às
infecções, defeitos congênitos da boca,
orelhas chanfradas e com implantação
baixa, fendas nasais, hipoplasia da
tireóide e anomalias cardíacas.
tecido tímico acessório: uma massa
isolada de tecido tímico pode persistir no
pescoço e frequentemente encontra-se
perto de uma glândula paratireoide
inferior.
glândulas paratireoides ectópicas: podem
ser encontradas em qualquer lugar perto
ou dentro da glândula tireóide ou do timo;
em outros casos, pode estar no tórax ou
perto da bifurcação da artéria carótida.
número anormal de glândulas
paratireoides: raramente existem mais do
que quatro glândulas paratireoides;
resultam da divisão do primórdio das
glândulas originais.
DESENVOLVIMENTO DA TIREÓIDE
- é a primeira glândula a se desenvolver
no embrião.
ducto tireoglosso: tubo estreito que liga a
glândula à língua.
- o endoderma invagina formando o
primórdio da tireóide no assoalho da
faringe primitiva.
- o ducto tireoglosso persiste como forame
cego na língua.
hipotireoidismo congênito: pode pode
resultar em distúrbios do
neurodesenvolvimento e infertilidade,
quando não tratado; incidência de defeitos
do trato renal e urinário.
cistos e seios do ducto tireoglosso: podem
formar-se em qualquer lugar ao longo do
trajeto do ducto; a maioria é
assintomática; uma massa indolor, de
crescimento progressivo e móvel.
glândula tireóide ectópica: aparecimento
da tireoide sublingual na parte superior do
pescoço ou logo abaixo do osso hióide.
agenesia da glândula tireóide: ausência
ou de um de seus lobos; o lobo esquerdo
é o mais comumente ausente.
DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA
tumefação lingual mediana: primeira
indicação do desenvolvimento lingual.
- rapidamente aumentam em tamanho,
fundem-se e crescem sobre a outra;
- as células da crista neural craniais
migram para para a língua em
desenvolvimento e dão origem ao seu
tecido conjuntivo e vasculatura.
- o nervo hipoglosso acompanha os
mioblastos durante a sua migração e
inerva os músculos da língua à medida
que estes se desenvolvem.
inervação da língua: nervo hipoglosso e
nervo vago.
anomalias congênitas da língua: são
raras, exceto a fissura (uma fenda) e a
hipertrofia (características de crianças
com síndrome de Down).
cistos e fístulas linguais congênitas: os
cistos podem ser derivados de restos do
ducto tireoglosso, podem aumentar de
tamanho e produzir sintomas de
desconforto faríngeo e/ou disfagia; as
fístulas também são derivadas de partes
linguais e se abrem no forame cego
dentro da cavidade oral.
anquiloglossia: o freio lingual conecta-se à
superfície interior da língua ao assoalho
da boca; interfere com o movimento livre
da língua e pode dificultar a
amamentação.
macroglossia: causada pela hipertrofia
generalizada da língua em
desenvolvimento, geralmente resultante
de linfangioma (tumor linfoide) ou
hipertrofia muscular; geralmente
observada em crianças com síndrome de
Down.
microglossia: normalmente está associada
à micrognatia (subdesenvolvimento da
mandíbula e recesso do queixo) e defeitos
dos membros (síndrome de Hanhart).
glossoquise (língua bífida): a fusão
incompleta das tumefações linguais
laterais resulta em um profundo sulco na
linha média da língua; geralmente não se
estende até a ponta da língua.
DESENVOLVIMENTO DAS
GLÂNDULAS SALIVARES
- o tecido conjuntivo das glândulas é
derivado de células da crista neural.
glândulas parótidas: são as primeiras a se
desenvolverem; se desenvolvem no início
da sexta semana, a partir de brotos que
surgem do revestimento ectodérmico oral
próximo aos ângulos do estomodeu.
glândulas submandibulares: aparecem no
final da sexta semana; se desenvolvem
de brotos endodérmicos no assoalho do
estomodeu. Processos celulares sólidos
crescem lateral e posteriormente à língua
em desenvolvimento. Mais tarde, elas se
ramificam e se diferenciam.
glândulas sublinguais: aparecem na
oitava semana; se desenvolvem a partir
de múltiplos brotos epiteliais
endodérmicos que se ramificam e se
canalizam para formar entre 10 e 12
ductos, que se abrem independentemente
no assoalho da boca.
DESENVOLVIMENTODA FACE
-aparece no início da quarta semana.
- seu desenvolvimento depende da
influência indutiva do prosencéfalo.
Os cinco primórdios faciais aparecem
como proeminências em torno do
estomodeu, são elas:
• Uma proeminência frontonasal.
• Um par de proeminências maxilares.
• Um par de proeminências mandibulares.
-as proeminências maxilares e
mandibulares são derivadas do primeiro
par de arcos faríngeos. Essas células são
a principal fonte de componentes de
tecido conjuntivo, incluindo cartilagens,
osso e ligamentos nas regiões
facial e bucal.
-a proeminência frontonasal dá origem às
vesículas ópticas que formam os olhos. A
parte frontal da proeminência frontonasal
forma a testa; a parte nasal forma o limite
rostral do estomodeu e do nariz.
-as proeminências maxilares formam os
limites laterais do estomodeu, e as
proeminências mandibulares constituem o
limite caudal do estomodeu.
-o desenvolvimento facial ocorre
principalmente entre a quarta e oitava
semanas. As proporções faciais
desenvolvem-se durante o período fetal. A
mandíbula inferior e o lábio inferior são as
primeiras partes da face a se formar.
-ao final da quinta semana, os primórdios
das aurículas (parte externa das orelhas)
começaram a se desenvolver.
-ao final da sexta semana, cada
proeminência maxilar começa a se fundir
com a proeminência nasal lateral ao
longo da linha do sulco nasolacrimal. Isso
estabelece a continuidade entre o lado do
nariz, que é formado pela proeminência
nasal lateral e a região da bochecha,
formada pela proeminência maxilar.
-com o aumento do encéfalo, a cavidade
craniana (espaço ocupado pelo encéfalo)
expande-se bilateralmente.
O desenvolvimento facial necessita de
todos os seguintes componentes:
• A proeminência nasal frontal forma a
testa, dorso e o ápice do nariz .
• As proeminências nasais laterais
formam as asas (lados) do nariz.
• As proeminências nasais mediais
formam o septo nasal, o osso etmoide e a
placa cribriforme (aberturas para a
passagem dos nervos olfatórios).
• As proeminências maxilares formam as
regiões das bochechas superiores e o
lábio superior.
• As proeminências mandibulares formam
o queixo, o lábio inferior e as regiões das
bochechas.
DESENVOLVIMENTO DAS
CAVIDADES NASAIS
-a proliferação do mesênquima
circundante forma as proeminências
nasais mediais e laterais, que resultam no
aprofundamento das fossetas nasais e a
formação dos sacos nasais primitivos.
-após o desenvolvimento do palato
secundário, as coanas estão localizadas
na junção da cavidade nasal e faringe.
-a maior parte do lábio superior, maxila e
palato secundário forma-se a partir da
proeminência maxilar.
-neste momento, os músculos da
expressão facial são inervados pelo nervo
facial.
Seios Paranasais
Alguns seios paranasais, como os seios
maxilares, começam a se desenvolver
durante o final da vida fetal; o restante
desenvolvem-se após o nascimento. Eles
se formam a partir de protuberâncias das
paredes das cavidades nasais e se
tornam extensões pneumáticas das
cavidades nasais nos ossos adjacentes,
como os seios maxilares na maxila, e os
seios frontais nos ossos frontais.
DESENVOLVIMENTO DO PALATO
O palato desenvolve-se a partir de dois
primórdios, os palatos primário e
secundário. A palatogênese começa na
sexta semana, mas não é completada até
a 12a semana.
Palato primário
-inicia-se na sexta semana.
-o palato primário forma a face anterior e
da linha média da maxila.
-representa apenas uma pequena parte
do palato duro no adulto.
Palato Secundário
-primórdio das partes duras e moles do
palato.
-durante a sétima e oitava semanas, os
processos palatinos laterais assumem
uma posição horizontal sobre a língua.
Essa alteração na orientação ocorre por
um processo fluente facilitado em parte
pela liberação de ácido hialurônico pelo
mesênquima dos processos palatinos.
-os ossos estendem-se a partir das
maxilas e dos ossos palatinos dentro dos
processos palatinos laterais para formar o
palato duro.
-o septo nasal desenvolve-se como um
crescimento para baixo a partir das partes
internas das proeminências nasais
mediais fundidas.
-a fusão entre o septo nasal e os
processos palatinos começa
anteriormente, durante a nona semana, e
termina posteriormente, na 12a semana,
superior ao primórdio do palato duro.
Fenda labial e fenda palatina
As fendas do lábio superior e do palato
são as anomalias congênitas craniofaciais
mais comuns. Existem dois grupos
principais de fendas do lábio e fenda
palatina:
-Defeitos na fenda anterior incluem fenda
labial com ou sem uma fenda da parte
alveolar da maxila. Em um defeito na
fenda anterior completa, a fenda
estende-se através do lábio superior e
parte alveolar da maxila para a fossa
incisiva, separando as partes anterior e
posterior do palato.
-Defeitos na fenda posterior incluem
fendas do palato secundário que se
estendem através das regiões do palato
mole e duro até a fossa incisiva,
separando as partes anterior e posterior.
Os defeitos das fendas posteriores
resultam de um desenvolvimento
defeituoso do palato secundário e
distorções de crescimento dos processos
palatinos laterais que impedem sua fusão.
As fendas podem ser unilaterais ou
bilaterais:
-uma fenda labial unilateral resulta de
uma falha da proeminência maxilar no
lado afetado de unir-se com as
proeminências nasais mediais.
-uma fenda labial bilateral resulta de uma
falha das massas mesenquimais de
ambas proeminências maxilares em se
encontrar e se fundirem com as
proeminências nasais mediais.
-uma fenda labial mediana é um defeito
raro que resulta de uma deficiência
mesenquimal. Esse defeito causa falha
parcial ou completa das proeminências
nasais mediais em se fundir e formar os
processos palatinos medianos. Uma fenda
labial mediana é um aspecto
característico da síndrome de Mohr, que é
transmitida como um traço recessivo
autossômico.
-fenda do lábio superior é uma anomalia
congênita comum. Embora
frequentemente associada à fenda
palatina, à fenda labial e à fenda palatina
são etiologicamente defeitos distintos, que
envolvem diferentes processos do
desenvolvimento, que ocorrem em tempos
diferentes. A fenda do lábio superior
resulta da falha de massas mesenquimais
de se fundirem nas proeminências nasais
mediais e maxilares, enquanto a fenda
palatina
resulta da falha de massas mesenquimais
nos processos palatinos de se
encontrarem e se fundirem. A maior parte
dos casos de fenda labial, com ou sem
fenda palatina, é causada por uma
combinação de fatores genéticos e
ambientais
OUTROS DEFEITOS FACIAIS
A microstomia congênita (boca pequena)
resulta da fusão excessiva das massas
mesenquimais nas proeminências
maxilares e mandibulares do primeiro arco
faríngeo. Em casos graves, o defeito pode
estar associado ao subdesenvolvimento
(hipoplasia) da mandíbula.
FENDAS FACIAIS
-fendas graves normalmente estão
associadas a defeitos grosseiros da
cabeça. Fendas faciais oblíquas são
frequentemente bilaterais e se estendem
do lábio superior até a margem medial da
órbita (cavidade óssea contendo o globo
ocular). Quando isto ocorre, os ductos
nasolacrimais são sulcos abertos (sulcos
nasolacrimais persistentes). As fendas
faciais oblíquas associadas à fenda labial
resultam da falha das massas
mesenquimais nas proeminências
maxilares de se fundirem com as
proeminências nasais lateral e medial. As
fendas faciais laterais ou transversais
correm da boca em direção à orelha. As
fendas bilaterais resultam em uma boca
muito grande (macrostomia). Em casos
graves, as fendas nas bochechas
estendem-se quase para as orelhas.

Continue navegando