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antropologia resenha 1

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“As tecnologias da comunicação e as fronteiras culturais na sociedade brasileira contemporânea. Estudo etnográfico das redes sociais.”
 O seminário escolhido para a resenha foi o do Grupo 6: “As tecnologias da comunicação e as fronteiras culturais na sociedade brasileira contemporânea. Estudo etnográfico das redes sociais.”
 Inicialmente, é necessário ratificar o pensamento de Geertz de que o "processo de suavização do contraste cultural (supondo-se que seja real) talvez não seja tão pertubador." Baseando-se no trabalho apresentado pelas integrantes do grupo, nos textos e debates em sala de aula e em nossa vivência e inserção em uma sociedade permeada pelas relações sociais é possível afirmar que com o advento da tecnologia, em especial a internet, o mundo em que vivemos tornou-se consideravelmente interligado. Ao meu ver, não é possível afirmar que vivemos em um planeta totalmente conectado e que, portanto, estamos em um nível de intercâmbio cultural- no sentido de troca de informações, capaz de corromper uma cultura. Em contrapartida, está nítido o fato de que atualmente existem culturas dominantes que se disseminam por sobre as demais a fim de manipulá-las. Isso contudo é um fato isolado no que diz respeito à tecnologia da comunicação uma vez que a mesma pode e deve ser utilizada de uma maneira bilateral com o propósito de troca.
 Ainda no que diz respeito ao temor de uma possível dominação ou de um etnocentrismo, temas levantados por Gueertz, o mesmo escolhe Lévi Strauss como contraponto "[a humanidade] terá que aprender mais uma vez que toda criação verdadeira implica uma certa surdez ao apelo de outros valores, chegando até a rejeitá-los, se não negá-los por completo. Pois não podemos desfrutar plenamente do outro, identificarmo-nos com ele e, ao mesmo, tempo continuar diferentes." Dessa maneira, é importante ressaltar a necessidade das mudanças que o outro é capaz de proporcionar e adicionar à nossa cultura, mas também a necessidade de uma introspecção cultural a fim de nos mantermos como indivíduos ativos culturalmente.
 Sobre o assunto cabe citar Mc Luhan e sua teoria sobre a Aldeia Global. Dessa maneira, o mesmo propõe que o funcionamento comunicacional e de troca no planeta, com o advento da tecnologia, passou a ser semelhante ao de uma aldeia sendo possível assim a comunicação com qualquer pessoa que nela viva. Como paradigma de aldeia global, contudo, Mc Luhan elegeu a televisão o que, atualmente seria transposto para a internet , uma vez que a mesma possibilita um contato bidirecional entre dois indivíduos. Pode-se então abordar as redes sociais, principais meios de comunicação na internet nos dias de hoje.
 Saindo de uma esfera global para o Brasil, a questão não muda de foco. Dados divulgados pelo IBGE apontam que 32,1 milhões de brasileiros, cerca de 21,9% da população acima dos 10 anos de idade, utilizaram a rede mundial de computadores, a internet, no país. A partir disso pode-se constatar a dimensão que a internet vem tomando na vida dos indivíduos. Portando-se como um universo livre capaz de promover a interatividade, a internet pode ser retratada a partir de suas redes sociais. Dessa maneira, um indivíduo conectado ao Facebook, Twitter, Orkut ou qualquer outro meio é capaz de interagir com indivíduos localizados em qualquer parte do mundo em tempo real, transpondo barreiras físicas antes inimagináveis.
 Por outro lado, em função de se tratar de um universo virtual e, portanto, não real as relações com a realidade e a verdade podem ficar corrompidas. Os perfis de usuários, comuns nessas mídias sociais, funcionam como um "portfólio" da vida pessoal dos indivíduos destacando assim seus hobbies e preferências. O problema, contudo, é o fato de o meio virtual garantir uma superexposição o que estimula, muitas vezes, um comportamento narcizista e até mesmo mentiroso.

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