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APOSTILA CONFERENTE DE MERCADORIAS

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SUMÁRIO 
1. MERCADO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL CONFERENTE DE MERCADORIAS . 2 
1.1 A ROTINA DO CONFERENTE DE MERCADORIA ......................................................... 2 
2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ATENDIMENTO AO FORNECEDOR ........................... 4 
2.1 ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................................................... 5 
2.2 COMUNICAÇÃO.............................................................................................................. 6 
2.3 ATENDIMENTO AO PÚBLICO ...................................................................................... 10 
3. NOÇÕES DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO .............................................. 12 
3.1 HIGIENE DO TRABALHO .............................................................................................. 12 
3.2 USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (E.P.I) ................................... 14 
4. CONHECENDO O LOCAL DE ESTOQUE ...................................................................... 16 
4.1 EXCESSO DE MERCADORIAS NO ESTOQUE ............................................................ 17 
4.2 ESTOQUE SEM GIRO DE MERCADORIAS ................................................................. 18 
5. RECEBIMENTO DE MERCADORIAS E SUAS ESPECIFICAÇÕES............................... 19 
5.1 POLÍTICA DE RECEBIMENTO DE PRODUTOS PERECÍVEIS ..................................... 20 
5.2 USO ADEQUADO DE TERMÔMETRO NAS MERCADORIAS PERECÍVEIS ................ 22 
5.3 PROCEDIMENTO PARA MERCADORIAS SEM PROCEDÊNCIA ................................ 23 
6. PROCEDIMENTOS PARA TROCAS DE MERCADORIAS AVARIADAS E VENCIDAS 23 
6.1 PROCESSOS E CAUSAS DE MERCADORIAS AVARIADAS ....................................... 23 
6.2 TROCA DE MERCADORIAS VENCIDAS E SEUS DESCARTES ................................. 24 
7. RECEBIMENTOS DE PRODUTOS DE ALTO RISCO (P.A.R) ........................................ 26 
7.1 PROTOCOLO E CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA DE PRODUTOS DE ALTO 
RISCO ................................................................................................................................. 27 
7.2 PREVENÇÃO DE DIVERGÊNCIA DE MERCADORIAS ................................................ 28 
8. DIVERGÊNCIA DE MERCADORIAS QUE NÃO CONSTA EM NOTAS FISCAIS ........... 30 
8.1 FALTA DE MERCADORIAS QUE GERAM DIVERGÊNCIA DE INVENTÁRIO .............. 30 
8.2 PREVENÇÃO E PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS NA FALTA DE MERCADORIAS .... 32 
9. CÁLCULO DE PESOS, TARA E MERCADORIAS FRACIONADAS .............................. 33 
9.1 PESAGEM E TARA SOBRE AS MERCADORIAS ......................................................... 34 
9.2 RECEBIMENTO DE MERCADORIAS FRACIONADAS ................................................. 35 
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 38 
 
2 
 
1.MERCADO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL CONFERENTE DE 
MERCADORIAS 
O mercado de trabalho para o conferente de mercadorias é muito amplo, 
podendo atuar tanto no comércio quanto nas indústrias tendo, ainda, a possibilidade 
da inserção desse profissional no referido mercado de trabalho em todas as regiões 
brasileiras e estrangeiras. 
Por ser uma profissão que exige a interação direta com o consumidor e com 
todos os seguimentos da empresa é preciso que atenda ao perfil necessário e 
algumas qualidades para uma melhor atuação como: simpatia, polidez, postura e 
bom humor, importantes características e valorizadas pelos empregadores. 
As organizações supermercadistas, industriais e boa parte das empresas 
comercias, já enfrentam escassez desses profissionais para atuarem dentro de suas 
áreas de trabalho. 
O trabalho do conferente de mercadoria é muito importante para qualquer 
organização, pois os seus princípios éticos devem constar em seu perfil para uma 
melhor compreensão, comunicação em relação ao atendimento e à postura com o 
intuito de alcançar um excelente resultado no grau de satisfação aos fornecedores. 
 O crescimento do profissional dentro do plano de carreira das empresas 
brasileiras é muito rápido, para isso, exige-se competência e aptidão como também 
qualificação profissional. Como princípio básico para se galgar cargo de liderança é 
necessário conhecer a empresa como um todo e atuar de forma precisa e ágil, bem 
como zelar e cuidar do patrimônio primando pela qualidade dos produtos e serviços 
em busca da excelência e satisfação. 
 
1.1 A ROTINA DO CONFERENTE DE MERCADORIA 
O conferente de mercadorias confere, deslacra, lacra, soma, pesa produtos 
que chegam à doca/recebimento de mercadorias das empresas, comércio varejista e 
atacadista e ou indústrias. No cotidiano, o conferente deve realizar algumas ações 
importantes, tais como: 
 Mantém o recebimento de mercadorias em condições adequadas; 
 Confere e recebe documentos e notas fiscais; 
 Cumpre os procedimentos quanto aos prazos de troca/substituição; 
3 
 
 Realiza conferência das mercadorias que passam pelo setor de 
doca/recebimento; 
 Fiscaliza e confere as operações de cargas e descargas das mercadorias 
(expedição e recepção); 
 Mantém o controle de qualidade no recebimento e expedição das mercadorias; 
 Confere as mercadorias perecíveis por meio de instrumentos específicos; 
 Confere, conta e anota os diferentes tipos de volumes, de embalagens e marcas; 
 Confere e fiscaliza as mercadorias se estão em conformidade com a nota fiscal 
emitida ou recebida; 
 Confere cada tipo de carga, anotando suas características, procedência ou 
destino; 
 Registra, assina e arquiva a documentação tramitada nesse e por esse setor; 
 Elabora relatório das operações relativas às operações de cargas e descargas; 
conferência de sobras e baixas, bonificações e outros em livros e registros próprios; 
 Diagnostica as principais causas de avarias; 
 Leva ao conhecimento de seu líder qualquer volume apresentado para carga que 
não esteja em boa ordem ou em bom estado; 
 Executa a operação, atuando de forma a mantê-la sempre segura e ágil de forma 
a otimizar o menor tempo possível. 
 
Figura 1 - Rotinas do profissional conferente de mercadorias 
 
Fonte1: arquivei.com.br 
 
1Disponível em: https:// arquivei.com.br/blog/o-caminho-ideal-da-nfe-dentro-da-empresa/ 
4 
 
2.RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ATENDIMENTO AO FORNECEDOR 
 Um grande alicerce para vivermos em sociedade sem dúvida são os nossos 
relacionamentos, como nossa família, nossos amigos, colegas de trabalho, colegas 
de curso, vizinhos, conhecidos e outros. 
Assim, para manter um ambiente de trabalho saudável é necessário 
desenvolvermos bons relacionamentos com nossos colegas, clientes, fornecedores 
e chefia, um bom relacionamento interpessoal em nosso trabalho é fundamental. 
O sucesso em se tratando de relacionamentos interpessoais dentre outros 
fatores, pode ser conquistado por meio do respeito, da educação, do 
profissionalismo, da humildade, da empatia e valorização do indivíduo. 
Faz-se necessário entender que cada pessoa possui uma história de vida, 
valores individuais e pontos de vistas diferentes. 
Ninguém é igual a ninguém, cada um dotado de reações e percepções 
diferentes, cada um tem uma história, uma construção social, um nível cultural, uma 
interação social com os demais membros do coletivo, saber se posicionar e lidar 
com essa diversidade com maturidade emocional e profissional é de fundamental 
importância para uma boa relação nas organizações. 
Desta forma, o ambiente empresarial é um espaço onde encontramos toda 
essa diversidade e toda e qualquer empresa, além de oportunizar tal interação com 
todos os seguimentos da organização, espera-se de cada um não apenas uma boa 
interação, mas também a formação de equipes especializadas e específicas, a 
partir de cada é a formação com solidez e profissionalismo de modo a atingiros 
objetivos esperados pela organização, prezando pela eficácia no trabalho e o 
respeito mútuo em todas as relações. 
A prática desses aspectos deve ser algo diário e constante no ambiente de 
trabalho, um a vez que, é no ambiente de trabalho que passamos a maior parte de 
nosso dia. 
Diversas vezes nos deparamos com situações onde temos que tratar 
assuntos com colegas mal humorados, clientes insatisfeitos, fornecedores de difícil 
interação, chefes autoritários, e, na maioria das vezes, não estamos dispostos a 
ouvir o que o outro tem a nos dizer ou temos a maturidade e paciência para 
estabelecer um diálogo. 
5 
 
O profissionalismo não pode ser burlado ou ignorado, é preciso agir sempre 
com paciência, polidez e educação. Não importa se o fornecedor ou chefe está 
gritando no outro lado da linha com você, temos que ouvir o pacientemente e tentar 
buscar a melhor maneira de atender suas necessidades. 
2.1 ÉTICA PROFISSIONAL 
Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa propriedade do 
caráter, ou seja, ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é não prejudicar 
o próximo. Diferentemente dos valores pessoais, a ética é algo global, não é 
baseada no que você enquanto indivíduo, acredita ser ou não correto, mas no que é 
aceitável e louvável dentro da sociedade como um todo. 
A ética em si é referente à teoria da ação justa e moral, tendo frequentemente 
um significado equivalente ao da filosofia moral e tem como função descobrir as 
concepções dominantes da moralidade e sua origem. Neste sentido, vale apreciar a 
ética descritiva, cujo núcleo fundamental é a análise da experiência moral 
(consciência moral, dever, responsabilidade, decisão, entre outros) e dos tipos de 
ação que correspondem aos diversos valores particulares (ética do trabalho, da 
intenção, da responsabilidade, do êxito, entre outros). 
Da mesma forma que a ética estabelece as leis que determinam a conduta 
moral da vida pessoal e coletiva, a ética empresarial determina a conduta moral de 
uma empresa, seja ela pública ou privada. 
 Segundo Aranalde (2005, pp.343-344): 
 
Qualquer relação profissional está fundamentada num conjunto de crenças 
e práticas compartilhadas. [...] O processo de trabalho sustenta a estrutura 
social existente, e as transformações nas formas do trabalho afetaram a 
sociedade como um todo, sendo assim, para uma pessoa ser capaz de 
tomar decisões éticas, ela necessita ter alguns valores fundamentais que 
permitem que o indivíduo tenha uma decisão sensata voltada para o bem 
social, em vez do próprio. 
 
A ética profissional fortalece uma empresa, melhorando a sua reputação, bem 
como um impacto positivo nos seus resultados. Uma empresa que cumpre 
determinados padrões éticos tem mais condições de crescer produtivamente e 
consequentemente, favorecer a sociedade, os seus fornecedores, clientes, 
funcionários, sócios e até mesmo o governo. A ética empresarial é prática essencial 
6 
 
de uma empresa, bem como a responsabilidade social e responsabilidade 
socioambiental. 
Figura 2 - Ética profissional nas organizações 
 
 
 
Fonte2: avnconsulting.com.br 
 
 Um dos grandes benefícios da ética profissional é quando ela é reconhecida e 
valorizada pelo cliente, sendo estabelecida uma relação de confiança. Esta relação, 
baseada na satisfação do cliente, vai originar lucro para a empresa, ajudando-a a 
cumprir e atingir seus objetivos. 
 No entanto, a confiança com o cliente é conquista e, consequentemente, 
processual, ou seja, não acontece de uma hora para outra, e pode ser perdida ou 
quebrada pelo menor erro ou problema de relação e comunicação cometido no 
âmbito empresarial. 
 
2.2 COMUNICAÇÃO 
 
Na era da informação, com diversas redes sociais e maneiras diferentes de 
interagir com a equipe de trabalho, fornecedores e clientes, muitas empresas 
acabam não utilizando esta valiosa e dinâmica ferramenta de comunicação e 
interação que perpassa todos os seguimentos sociais. 
Assim, o cliente não pode ser o único foco de atenção, mas pensar as 
relações internas de uma organização é imprescindível para seu bom andamento. 
 
2 Disponível em: https://avnconsulting.com.br/cursostreinamentos/relacionamento-interpessoal-e-
inteligencia-emocional-no-trabalho/ 
7 
 
Sabe-se que na maioria das vezes, a solução para alcançar melhores 
resultados em um curto prazo está bem em frente ao gestor e os funcionários. 
Eles podem colocar a sua companhia a um nível diferente do atual – 
podendo elevar tanto para cima quanto para baixo. 
 
Figura 3 - Comunicação 
 
 
Fonte3: blogcomunicando.com.br 
 
Desta forma, não basta contratar o melhor time. É preciso fazer uma boa 
gestão. E, em alguns momentos, simples mudanças nos hábitos de comunicação 
geram efeitos positivos. 
A comunicação no mundo corporativo é essencial para a sobrevivência 
profissional e das empresas, estas precisam compreender que a forma de se 
comunicar com os seus colaboradores impacta diretamente em sua imagem. 
A preocupação atualmente não está apenas voltada para a qualidade dos 
produtos e serviços oferecidos, o atendimento aos clientes, estrutura física, entre 
outros, são alguns fatores que ajudam na diferenciação, mas é a comunicação 
interna, em primeiro lugar, que sustenta a imagem da empresa. 
Segundo Freire (2007), a comunicação é uma ferramenta de extrema 
importância e necessidade seja qual for a sua área de atuação, ela é o fator 
 
3 Disponível em: http://blogcomunicando.com.br/comunicando-comunicacao-uma-dinamica-efemera/ 
8 
 
determinante do sucesso ou fracasso da empresa junto ao cliente final, seja ele 
interno ou externo. 
O processo de comunicação consiste na transmissão de informação entre um 
emissor e um receptor que decodifica (interpreta) uma determinada mensagem, a 
mensagem é codificada num sistema de sinais definidos que podem ser gestos, 
sons, indícios, uma língua natural como a língua portuguesa, inglesa, espanhola, 
entre outras. 
 Outros códigos que possuem um significado, por exemplo, as cores do 
semáforo, que transportada o destinatário por meio de um canal de comunicação, o 
meio por onde circula a mensagem, seja por carta, telefone, comunicado na 
televisão ou outros. 
De maneira muito superficial, entende-se por comunicação a capacidade que 
o ser humano tem de interagir com o outro por meio de sinais, verbais ou não-
verbais, recursos midiáticos ou multimodais. 
Cabe mencionar que uma boa comunicação pode ser conseguida com 
treinamentos e técnicas que implicam práticas de comunicação nas modalidades 
oral e escrita. 
A seguir são apresentadas algumas habilidades para ter-se uma boa 
comunicação na modalidade oral. 
Uma boa comunicação na modalidade oral requer do orador: 
 Singeleza no discurso; 
 Emprego mínimo de palavras; 
 Fala concisa e lógica; 
 Força expressiva e 
 Considerar que o que escuta é um ser humano. 
 
Uma comunicação na modalidade oral positiva não só depende do emissor, 
mas também do receptor que, deveria escutar, interpretar e processar o que é 
transmitido em um ato comunicativo. 
Aprendamos a escutar: 
 Deixe falar! 
 Mostre seu interesse ao escutar! 
 Elimine distrações! 
9 
 
 Ponha-se no local do outro! 
 Seja paciente (Não interrompa)! 
 Controle suas emoções! 
 Não caia na tentação da crítica! 
 Pergunte! 
 
Comunicação não verbal: a comunicação ocorre por meio de gestos, sinais, 
códigos sonoros, expressões faciais ou corporais, imagens ou outros códigos 
representativos. 
Essa comunicação pode ser utilizada de forma isolada, a exemplo dos sinais 
de trânsito, da mímica ou da linguagem de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) - 
linguagem de sinais para deficientes auditivos. 
 Comunicação por olhar: As pessoas se fazem entender somente pelo olhar. 
 Comunicaçãopor mímica: São os gestos das mãos, corpo, face e as 
caretas que transmitem determinada informação. 
 Comunicação por gesto: Pode ser de forma voluntária, como um beijo, mas 
também pode ser involuntária, como mãos que não param de rabiscar ou de mexer 
em algo, o que caracteriza tensão e nervosismo. 
 
Figura 4 - Comunicação não verbal 
 
Fonte4: colegioweb.com.br 
 
 
4 Disponível em: http://www.colegioweb.com.br/portugues/linguagem-verbal-e-nao-verbal-2.html 
10 
 
Comunicação pela postura: O modo como sentamos, com o corpo para um 
lado ou para o outro, até mesmo a posição pela qual relaxamos nossos pés. Essas 
posturas, na maioria das vezes, correspondem ao subconsciente transmitindo uma 
mensagem. 
Comunicação assertiva: é comunicar-se adequadamente de maneira direta, 
aberta, sincera, objetiva e efetiva sem provocar constrangimentos em outras 
pessoas. 
Ter comportamento assertivo é ser: 
 Ativo; 
 Direto; 
 Honesto; 
 Transparente; 
 Transmissor respeito aos outros. 
2.3 ATENDIMENTO AO PÚBLICO 
Um bom atendimento pode fazer toda a diferença para um negócio. O público 
contemporâneo é cada vez mais exigente e muitas vezes toma uma decisão de 
compra muito mais pela forma como é tratado do que pelo preço ou mesmo a 
qualidade do produto. É necessário desenvolver na equipe o hábito de atender bem. 
Fazer com que as práticas do bom atendimento se tornem regras e que sejam 
absorvidas como hábitos pela equipe, tais como: sorrir, conversar com os clientes, 
buscar o fortalecimento da relação e etc. 
Estar de mau humor ou preocupado com questões pessoais não dá ao 
atendente o direito de transferir as frustrações de seus problemas para o cliente. É 
preciso cultivar uma postura profissional de bom atendimento, bom humor, 
disponibilidade, e empatia com o outro. 
O “bom atendimento” é aquele que procura verdadeiramente atender às 
expectativas do público. Por isso, é bom ter em mente que ele é, antes de tudo, a 
razão do seu trabalho. Ao atender o público, é necessário informar e esclarecer as 
dúvidas, além de agilizar o atendimento e eventualmente acalmar os ânimos quando 
necessário. 
O atendimento precisa deixar de lado o papel de ser apenas o suporte e 
garantir o pleno sucesso do cliente, do início ao fim da jornada. Obter a excelência 
11 
 
no atendimento é, ainda, um grande desafio a ser superado pelas empresas, 
mas as vantagens são muitas. 
Segundo uma pesquisa do American Express, 93% dos 
consumidores comentam sobre experiências de atendimento positivas pelo 
menos de vez em quando e 46% falam sobre isso com frequência, em média 
para 8 pessoas. 
Analisando as estatísticas citadas acima, podemos concluir que o setor 
responsável pelo atendimento ao cliente é fundamental para a reputação de uma 
empresa, mas muitas vezes é deixado em segundo plano, terceirizado ou até 
mesmo negligenciado. Excelência no atendimento é sinônimo de eficiência. 
Estabeleça um relacionamento com o cliente - Ter excelência no atendimento 
é deixar de lado os scripts e roteiros pré-programados e desenvolver o diálogo com 
o cliente, uma equipe de atendimento precisa buscar entender as necessidades e 
solicitações da pessoa que está sendo atendida. 
Para encantar um cliente é necessário "abraçar a sua causa" - Entender o 
perfil do cliente, suas preferências e dúvidas são essenciais para um atendimento e 
um suporte mais eficiente. Por isso, questionar o cliente sobre suas necessidades é 
fundamental. 
Vale a pena investir em treinamento para a equipe da empresa, a fim de ter 
profissionais dedicados a uma cartela de clientes específica, mantendo 
um relacionamento com o cliente, bem como garantindo que todos façam um bom 
uso da solução oferecida pelo negócio. 
Tenha empatia - São 45% dos consumidores que dizem que o pouco 
interesse na satisfação do cliente é o maior obstáculo que impede as empresas de 
prover uma experiência ideal no atendimento. Dessa forma, deixe de lado o conceito 
de atendimento como telemarketing tradicional que trata o cliente como se fosse um 
robô e comece a ouvir de verdade o seu cliente. 
 
12 
 
Figura 5 – Atendimento ao publico 
 
Fonte5: cersimachado.com.br 
3.NOÇÕES DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO 
3.1 HIGIENE DO TRABALHO 
 
Higiene do trabalho é a área e a arte dedicada à antecipação, ao 
reconhecimento, à avaliação e ao controle de fatores e riscos ambientais originados 
nos postos de trabalho e que podem causar enfermidades, prejuízos para a saúde 
ou bem-estar dos trabalhadores, também tendo em vista o possível impacto nas 
comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral. 
 
 De acordo com Chiavenato: 
 Do ponto de vista da área de RH, a saúde e segurança das pessoas 
constituem uma das principais bases para a preservação da força de 
trabalho adequada. De modo genérico, Higiene e Segurança do Trabalho 
constituem duas atividades intimamente relacionadas no sentido de garantir 
condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter o certo nível 
de saúde de empregados. Segundo o conceito emitido pela Organização 
Mundial de Saúde, a saúde é um estado completo de bem-estar físico, 
mental e social e que não consiste somente na ausência de doença ou de 
enfermidade (CHIAVENATO, 2009, p. 334). 
 
A higiene no trabalho atua no campo de saúde ocupacional aplicando os 
recursos da segurança e medicina para prevenir doenças do trabalho decorrentes 
dos riscos ambientais, que são os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômico 
e de acidente. 
 
 
 
 
5 Disponível em: http://cersimachado.com.br/blog/cinco-passos-para-o-atendimento-nota-10/ 
13 
 
Figura 6 - Higiene no trabalho 
 
Fonte6: higitrain.com 
 
Esta etapa baseada no reconhecimento dos agentes ambientais que 
afetam a saúde do trabalhador, a higiene do trabalho tem a relação principal 
entre o homem e o meio ambiente de trabalho. 
Para garantir a proteção dos colaboradores, o processo de HST deve 
seguir normas e procedimentos de acordo com o local onde serão realizadas 
as tarefas de cada funcionário, contribuindo para evitar acidentes de trabalho 
e também para tentar impedir que algum trabalhador contraia uma doença 
ocupacional. 
A higiene do trabalho tem como objetivo propiciar as melhores 
condições ambientais possíveis para o trabalhador no exercício de suas 
funções e qualidade de vida envolve ainda um bem físico, emocional e 
psicológico, o que implica um bem estar e uma melhor atuação no meio não 
apenas profissional, mas onde o cidadão vive. 
 
 
6 Disponível em: http://higitrain.com/seguranca-e-higiene-no-trabalho/ 
14 
 
Figura 7 - Grau de satisfação dos funcionários com a empresa 
 
Fonte7: revistaespacios.com 
 
É preciso que as empresas tenham por objetivo analisar o grau de satisfação 
de seus empregados em relação ao clima organizacional da empresa. O objetivo é 
avaliar os métodos de análise de Clima Organizacional, relacionar seus fatores 
internos e identificar o perfil dos empregados por área. Analisando o gráfico acima, 
podemos verificar os percentuais de acordo com a cor de cada dimensão. 
 
 
3.2 USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (E.P.I) 
 
O EPI tem o objetivo de proteger os profissionais, individualmente, reduzindo 
qualquer tipo de ameaça ou risco para o trabalhador conforme a NR6 – Normas 
Regulamentadoras, que tratam do uso de Equipamento de Proteção Individual. 
Os Equipamentos de Proteção devem ser mantidos em boas condições de uso e 
precisam ter um certificado de aprovação do órgão competente para garantir que estes 
estejam em conformidade com as determinações do Ministério do Trabalho. Empregados e 
empregadores devem compreender a importância do uso de Equipamento de Proteção 
Individual no cotidiano das organizações. 
 
De acordocom Gonçalves (2000, p. 136): 
 
7 Disponível em: http://www.revistaespacios.com/a15v36n16/15361607.html 
15 
 
 
 Observa-se que, a rigor, o EPI não previne a ocorrência dos acidentes de 
trabalho, mas apenas evita ou atenua a gravidade das lesões, daí por que 
deve procurar, sempre e em primeiro lugar, a proteção coletiva, dada a sua 
melhor eficácia, uma vez que elimina o risco na fonte produtora, além de 
não ficar na dependência da utilização ou não por parte do empregado. Do 
ponto de vista um número de Certificado de Aprovação – CA expedido pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, indicando que os testes 
laboratoriais comprovaram a satisfação dos requisitos e características 
preventivas para as quais se destina. 
 
Com uma média de 700 mil registros de acidentes de trabalho por ano, 
o Brasil ocupa atualmente o 4º lugar no mundo em ocorrência de acidentes de 
trabalho, ficando atrás apenas da China, Índia e Indonésia. 
Os dados do Anuário Estatístico da Previdência Social apontaram em 
2015 um total de 612,6 mil acidentes, dentre os quais 2500 foram ocorrências 
de morte. A região sudeste é a responsável por 53,9% dos registros. 
A área de serviços aparece com 55,69% e a indústria com 41,09%, 
excluídos os dados de atividade ignorada. Porém, se considerado o fato de 
que a Indústria representa apenas 25% dos trabalhadores registrados no 
país, significa que proporcionalmente este setor é onde se dá a maior 
incidência de acidentes de trabalho. 
Já o Anuário Estatístico de 2013 traz um estudo de maior fôlego, 
abrangendo o período entre 2007 e 2013. Neste período, foram registrados 
mais de 5 milhões de casos de acidentes de trabalho no Brasil, sendo 19,4 mil 
mortes. 
O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do 
trabalhador, evitando consequências negativas em casos de acidentes de trabalho. 
Além disso, o EPI é usado para garantir que o profissional não será exposto a 
maioria das doenças ocupacionais, que podem comprometer a capacidade do 
trabalho e de vida dos profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho. 
16 
 
 
Figura 8 - Equipamento de proteção individual-EPI 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte1: blog.inbep.com.br 
 
Todas as atividades profissionais que possam imprimir algum tipo de risco 
físico para o trabalhador devem ser cumpridas com auxílio de EPI – Equipamentos 
de Proteção Individual, que incluem óculos, protetores auriculares, máscaras, 
mangotes, capacetes, luvas, botas, cinto de segurança, protetor solar e outros itens 
de proteção. Esses acessórios são indispensáveis em fábricas e processos 
industriais em geral. 
4.CONHECENDO O LOCAL DE ESTOQUE 
 Em se tratando de estoque, é importante que antes de realizar qualquer 
entrega de mercadorias, verifique o espaçamento do estoque se é favorável a 
quantidade de mercadorias. Fazer uma projeção pela quantidade de paletes 
fechados e verificar se o espaço físico comporta a mercadoria, verificar ainda a nota 
fiscal planeja, analisar e planejar tais orientações antes de executar qualquer 
descarga de mercadoria. Sem o devido controle e monitoração um dos impactos 
será o excesso de estoque no qual as mercadorias, com data de validade muito 
próxima ao vencimento, serão descartadas rapidamente, e se não souber realizar 
uma boa gestão de vendas, acarretará em um grande volume de mercadorias 
perecíveis, causando prejuízos de várias ordens para a empresa. 
Saber gerenciar e atuar neste setor é de vital importância, pois 
frequentemente, absorve parte substancial do orçamento operacional da empresa. 
Quanto menor o nível de estoques com que um sistema produtivo conseguir 
trabalhar, mais eficiente será. 
17 
 
A eficiência na sua administração poderá criar a diferença com os 
concorrentes, melhorando a qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os 
custos entre outros fatores, oferecendo, assim, uma vantagem competitiva 
para a própria empresa. 
É fundamental que as empresas diminuam, ao mínimo, a quantidade 
de estoques na cadeia de suprimentos, a fim de obter uma racionalização nos 
custos de armazenagem e respectiva manutenção. 
 
4.1 EXCESSO DE MERCADORIAS NO ESTOQUE 
As mercadorias chegam nas lojas por meio de um canal logístico, onde 
cada um possui suas particularidades e gerenciamento de processos para 
que os produtos cheguem ao destinatário em conformidade com o 
estabelecido em contrato e sem avarias. 
O processo e constantemente acompanhado pelo sistema logístico das 
empresas diretas ou terceirizadas, parta evitar erros de qualquer ordem, 
desvios ou atrasos das mercadorias. 
 
Figura 9 - Estoque com excesso de mercadoria 
 
Fonte8: economia.ig.com.br 
 
A falta de controle deste setor implica a ausência de gestão e gestão nas 
mercadorias. O mercado está se expandido cada vez mais e a falta de comunicação 
 
8 Disponível em: http://economia.ig.com.br/criseeconomica/2012-08-24/china-e-sufocada-por-
estoques-de-mercadorias.html 
18 
 
entre o físico e a base sistemática para analisar o que tem no estoque físico e no 
sistema causa problemas sérios que impactam em diversos seguimentos da 
empresa. 
Uma atividade muito bem vinda neste setor e que ajuda a evitar despesas e 
tempo é a triagem para entrada da mercadoria, atividade específica na qual o 
conferente é responsável. 
Segundo Ballou (2006), logística é o processo de planejamento, implantação 
e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações 
relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de 
atender às exigências dos clientes. 
Controlar o estoque é a maneira mais eficiente de agir, contando ainda com 
um bom planejamento das ações a serem realizadas. No entanto, com medo de 
enfrentar a escassez dos produtos, alguns gestores ainda têm o hábito de comprar 
mercadorias em excesso, o que pode gerar uma série de problemas, como prejuízos 
no capital de giro, desperdícios, danificação dos itens armazenados, obsolescência, 
entre outros. 
4.2 ESTOQUE SEM GIRO DE MERCADORIAS 
 
O fluxo de entrada e saída de produtos é fundamental para o sucesso do 
negócio. Mas em muitos comércios, o estoque é tratado como um ‘triângulo das 
bermudas’, em que não se sabe quando determinada mercadoria entrou, nem 
porque ela está lá por muito tempo. Isso faz com que gere prejuízo para a empresa, 
que pode levá-la para uma situação financeira bastante difícil. 
Afinal, quando um produto permanece ‘parado’ por muito tempo no estoque, o 
comércio acaba ficando sem capital de giro e a empresa fica impedida de comprar 
novas mercadorias. Neste caso, os conferentes precisam elaborar planos 
estratégicos e repassar para os gestores. 
Uma gestão ineficiente deixa as mercadorias acumulando poeira no estoque, 
enquanto que boas empresas sempre buscam formas de contornar os prejuízos 
causados por produtos que não foram vendidos. Por isso, ao constatar que a 
empresa está com produtos sem giro no estoque, a primeira ação que se deve tomar 
é analisar todos os itens e realizar um levantamento real do estoque e quais as 
19 
 
mercadorias farão parte do quadro de prioridades levando em consideração a 
validade de cada produto, sua natureza, armazenamento e outras atividades 
pertinentes a este setor. 
Dessa forma, classificar a mercadoria por preço, quantidade, espaço 
ocupado no estoque e data, os profissionais da área poderão se reunir em 
equipe e buscar novas maneiras de comercializá-las sem comprometer o 
produto, a marca, a empresa e os demais seguimentos envolvidos em relação 
ao seu público consumidor. Isso certamente evitará que seu comércio perca 
produtos, serviços e clientes. 
 
 
Figura 10 - Estoque sem giro de mercadoria 
 
Fonte9: blog.quantosobra.com.br 
 
5.RECEBIMENTO DE MERCADORIAS E SUAS ESPECIFICAÇÕES 
Um bom recebimento de mercadoriasenvolve vários processos como 
armazenagem e saída de mercadorias. É imprescindível checar a data de validade 
durante o recebimento. O prazo deve ser superior a um terço do total. Da mesma 
forma, convém medir a temperatura dos caminhões refrigerados para verificar se 
está dentro dos parâmetros exigidos. 
A estocagem dos produtos, por sua vez, deve priorizar a exposição Peps 
(primeiro que entra é o primeiro que sai), além de seguir as indicações de 
temperatura do fabricante, para evitar deterioração dos produtos. Na saída das 
 
9 Disponível em: https://blog.quantosobra.com.br/ 
20 
 
mercadorias, é igualmente importante adotar o sistema Peps para evitar que os lotes 
vençam ainda no estoque. 
 
5.1 POLÍTICA DE RECEBIMENTO DE PRODUTOS PERECÍVEIS 
 
Todas as mercadorias perecíveis têm prioridade na entrega, como o nome já 
diz, perecíveis, o cuidado com essas mercadorias tem que ser redobrado, qualquer 
manipulação ou demora na entrega pode comprometer a qualidade. 
Alguns passos operacionais são obrigatórios a serem executados antes de 
conferir qualquer tipo de material ou mercadoria que chega no Recebimento da 
Empresa. 
A seleção e critério adotados no processo de separação e entrega das 
mercadorias ao longo da semana é uma das tarefas e de grande importância na 
hora de receber as mercadorias. Isso pode ser observado durante o processo de 
seu recebimento, principalmente quando se tem torcedores que efetuam as trocas 
de avarias por mercadorias novas. 
Toda mercadoria é obrigada e exigida por Lei ter sua nota fiscal, para que o 
produto possa ser identificado e descriminado em qual item se encontra, quantidade 
ou peso. 
Toda nota fiscal deve ser observada nos seguintes itens: Razão Social, 
CNPJ, Inscrição Estadual, Endereço, Natureza, Operação e Vencimento da 
Nota Fiscal. No pedido conferir sempre: Prazo, Preço, Desconto, Atraso, 
Saldo, Frete e Quantidade. 
Para mercadorias avariadas, é preciso ter um acordo claro com o fornecedor 
sobre o processo de devolução, envolvendo prazos, custeio do frete, custeio de 
embalagens, entre outros detalhes especiais, de preferência registrados em 
contrato. 
É importante evitar o recebimento de produtos com avarias, a não ser que o 
gestor responsável autorize. Por isso, é importante sua identificação o mais breve 
possível e documentado de forma clara para ambas as partes e solicitar que o 
gestor assine o documento no qual se compromete pela referida ação. 
21 
 
Faz-se necessário alimentar planilhas ou sistema com os dados do 
recebimento. Identificando o veículo, os responsáveis pela entrega e 
pelo recebimento, e todas as informações sobre as mercadorias. Outro ponto 
muito importante é que o produto físico deva ser comparado com as 
descrições constantes na nota fiscal tais como: Quantidade, peso e validade 
da mercadoria, bem como ter a embalagem em perfeito estado de 
conservação. 
 
Segue abaixo, quadro com planilhas de controle de veículo: 
 
Quadro 1 – Planilha de controle de veículos 
CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA DE VEÍCULOS 
Item 
Placa do 
Veículo 
Horário de 
entrada 
Horário 
de saída 
Nome do 
motorista 
Observações 
1 PHE - 9080 8h 12h Israel da Silva 
Sem 
alteração 
Fonte: Erik Batista (2017) 
 
Para garantir a qualidade, os alimentos prontos ou produtos para 
recebimento posteriormente à venda, deverão ser manipulados de acordo 
com as recomendações do manual da Portaria da Vigilância Sanitária CVS-15 
de 7/11/91. 
As mercadorias devem ser transportadas em condições que evite 
novas contaminações e que os microrganismos que possam estar presentes 
não tenham condições de se multiplicar. Para isso é fundamental o controle 
da higiene, da temperatura fria e do tempo de transporte. 
22 
 
Segue abaixo, controle de temperatura ao receber produtos perecíveis. 
 
Quadro 2 – Planilha de controle de temperatura de alimentos 
CONTROLE DE TEMPERATURA DE RECEBIMENTO DE MERCADORIA PERECÍVEL 
Item Temperatura 
Temp. 
Ideal 
Temp. 
Recebimento 
Data e hora 
Nome do 
Conferente 
1 Congelados - 18ºC 
2 Resfriados Até 10ºC 
3 Carnes Até 7ºC 
4 Pescados Até 3ºC 
Fonte: Erik Batista (2017) 
 
Os meios de transporte de alimentos destinados ao consumo humano, 
refrigerados ou não, devem garantir a integridade e a qualidade a fim de impedir a 
contaminação e deterioração do produto. 
5.2 USO ADEQUADO DE TERMÔMETRO NAS MERCADORIAS PERECÍVEIS 
A medição da temperatura é um procedimento rotineiro dentro de qualquer 
empresa que trabalha com alimentos perecíveis. A importância de conhecer 
corretamente os processos para exercer as atividades no dia a dia é de suma 
importância para manter a qualidade do produto. 
Para fazer a medição da temperatura de alimentos durante o processo de 
descarga é necessário que esteja dentro de um caminhão ou veículo apropriado 
levando em consideração o tipo/natureza do produto e seu trajeto até seu destino. 
Para tal, há dois tipos de termômetro: o manual e o digital, como demonstrado 
nas figuras abaixo. 
Figura 11 – Termômetro Manual e digital 
 
Fonte10: https: Adaptado de braslu.com.br 
 
10 Disponível em: https://braslu.com.br 
23 
 
Antes de qualquer uso do termômetro manual, não esqueça de higienizá-lo. É 
de grande importância realizar esse procedimento. 
O termômetro manual é fácil manuseá-lo, basta ligar e colocar a ponta do 
ferrinho no produto, no visor digital você verá quanto está dando a temperatura. 
Já termômetro laser, basta apenas ligá-lo, apontar o seu sensor para a 
superfície, onde se pretende medir a temperatura e apertar o botão de leitura. Feito 
isso, a leitura será apresentada imediatamente no ponto digital do equipamento. 
 
5.3 PROCEDIMENTO PARA MERCADORIAS SEM PROCEDÊNCIA 
Toda mercadoria que passa pelo profissional conferente tem que ser 
avaliada se tem procedência ou não. Essa procedência é compreendida como 
as informações do fabricante e nutricionais, que todo produtos deve 
apresentar em suas embalagens e rótulos e em local de fácil acesso e 
visibilidade. 
Quando uma mercadoria é detectada sem nenhum tipo de informação 
ou vencida, ela é devolvida para o fornecedor, imediatamente. É proibida a 
venda de qualquer produto sem sua devida procedência, caracterizando ato 
ilegal, gerando sérios problemas e prejuízos à empresa infratora. 
6.PROCEDIMENTOS PARA TROCAS DE MERCADORIAS AVARIADAS E 
VENCIDAS 
6.1 PROCESSOS E CAUSAS DE MERCADORIAS AVARIADAS 
Os cuidados em relação às mercadorias que passam pelo processo 
logístico devem ser redobrados, caso ocorra algum lapso operacional pode 
levar a um comprometimento de despesas/prejuízos. A conferência deve ser 
rigorosa para evitar o recebimento ou expedição de produtos amassados, 
violados, degustados, entre outras situações. 
Alguns fornecedores de mercadorias do varejo possuem contrato de 
mercadorias exclusivas para que os produtos sejam expostos nos pontos 
estratégicos na loja tais como, pontos de agressão de vendas, ilhas e racks, 
esses fornecedores geralmente fazem acordos com as avarias de seus 
24 
 
clientes como, troca por troca, desconto em pedidos ou inclusão de mercadoria nas 
próximas entregas. 
Dias destaca a importância da administração para evitar esse tipo de 
situação: 
 “A administração de materiais compreende o agrupamento de materiais de 
várias origens e a coordenação dessa atividade com a demanda de 
produtos ou serviços da empresa”. A administração de materiais poderia 
incluir a maioria ou a totalidade das atividades realizadas pelos seguintes 
departamentos: compras, recebimento, planejamento e controle da 
produção, expedição e tráfego de estoques (DIAS, 1993 p. 16). 
 
Há alguns processos rigorosos referentes aos processos de descartes das 
avarias. Assim, para que não sejam aproveitadas pelas pessoas, faz-se necessário 
as os produtos/mercadoriasque apresenta, avarias sejam separados e colocados 
em lugares adequados. 
Todos os produtos perecíveis devem ser sinalizados para que não misture as 
mercadorias que estão em boas condições das que não apresentam as mesmas 
condições. 
6.2 TROCA DE MERCADORIAS VENCIDAS E SEUS DESCARTES 
 
 Segundo a Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política 
Nacional de Resíduos Sólidos, uma série de medidas para garantir o tratamento 
ambientalmente correto do lixo em todo o Brasil. Impõe ao poder público, por 
exemplo, a substituição dos lixões por aterros sanitários, locais preparados para 
evitar a contaminação do solo e dos lençóis freáticos. 
A medida também se aplica a agrotóxicos e seus resíduos e embalagens; 
pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas; 
eletroeletrônicos e componentes; e todas as embalagens plásticas, metálicas ou de 
vidro. 
O controle de estoque de uma empresa também passa pelo descarte de 
produtos. Quando esse trabalho não é feito, os itens que não serão mais vendidos, 
por diversos motivos, ocupam espaço indevidamente. Isso aumenta o custo da 
empresa com estocagem e cria uma falsa sensação de estoque cheio. 
25 
 
E necessário utilizar uma planilha de controle de estoque, conforme planilha 
abaixo. Os itens que entram e saem, bem como sua quantidade para saber quantos 
estarão em divergências de vendas. 
Assim, a empresa poderá avaliar quais produtos estão em estoque há muito 
tempo e decidir se devem ser descartados. 
Quadro 3 – Planilha de controle de descartes de produtos 
CONTROLE DE DESCARTES DE PRODUTOS 
Item Código do produto Descrição do produto Quantidade 
Forma de 
descarte 
 
 
Fonte: Erik Batista (2017) 
 
As empresas adotam procedimentos para troca de mercadorias 
avariadas. Há tempo específico para essas trocas, geralmente variam de 5 a 
20 dias dependendo da mercadoria. Caso seja uma mercadoria perecível é 
preciso que o procedimento de troca seja realizado o mais breve possível, 
dado o fator e preocupação com o odor entre outras situações. 
Há que se levar ainda em consideração a fiscalização da vigilância 
sanitária, podendo gerar notificação e multas para empresa. Caso seja uma 
mercadoria comum, pode ser guardada até o prazo máximo de 20 dias. 
No recebimento de mercadoria das empresas é preciso que se tenha 
uma sinalização com os dias da semana de troca de avarias. Para que as 
trocas sejam efetuadas é necessário que se tenha conhecimento da descrição 
do produto, código de barra, quantidade e outras informações que o 
fornecedor precisa saber para se planejar e organizar as mercadorias 
destinadas a troca. 
Mercadorias com defeito devem ser descartadas. Não se devem 
comercializar produtos que não obedeçam a seus rígidos padrões de 
qualidade. Porém, essa é uma prática muito comum no comércio de roupas e 
de cama, mesa e banho e outros seguimentos. 
As mercadorias vencidas devem ser retiradas imediatamente do 
estoque e da loja. É preciso ter um controle desses produtos e descarta-los 
quando já passaram da data de validade ou estão prestes de seu vencimento. 
26 
 
Para isso, é preciso estabelecer uma rotina de controle e avaliação dos produtos 
estocados. 
7.RECEBIMENTOS DE PRODUTOS DE ALTO RISCO (P.A.R) 
Para uma atuação com eficiência e impacto direto no resultado de redução de 
perdas de inventário, é importante que o profissional conferente saiba como estão 
distribuídas e de que forma elas acontecem. 
Quando as perdas no varejo são analisadas de perto, é possível descobrir 
quais são os produtos que devem ser considerados PAR - Produtos de Alto Risco - e 
dedicar a eles uma atenção especial, já que configuram 80% da perda, em geral, 
nas empresas supermercadistas. Abaixo, segue o gráfico filtrando o percentual das 
perdas, desperdícios, furtos, roubos e quebras operacionais. 
Figura 12 – Demonstrativa de perdas no varejo 
 
 Fonte11: Adaptado de sm.com.br 
 
A partir dessas informações do gráfico, analise para identificar a origem da 
perda – sejam elas furto interno ou externo, erros operacionais ou erros 
administrativos – e a aplicação das ações para redução podem ser direcionadas, 
envolvendo diversas soluções como: 
 Ação de fiscalização intensiva; 
 Etiquetagem antifurto e instalação de soluções EAS; 
 Exposição controlada, mas sem retirar o produto do alcance do cliente; 
 Venda assistida; 
 CFTV nos locais de venda destes produtos, etc.; 
 Controle de protocolos nas mercadorias de alto risco. 
 
11 Disponível em: http://www.sm.com.br/detalhe/combate-ao-furto-responsabilidade-de-todos 
27 
 
Ainda com base nesta lista de produtos, é importante também identificar sua 
localização na área de vendas com objetivo de marcar as chamadas áreas quentes 
de perda. Sabendo quais são estas áreas quentes é possível organizar melhor os 
recursos para inibir o furto e reorganizar sua equipe e soluções: 
 
 Direcione um colaborador fixo para atuar nesta área; 
 Implante um monitoramento por CFTV exclusivo para estas áreas; 
 Tenha as operações de caixa mais controladas; 
 Faça auditorias e controles internos, baseando-se nestes produtos e áreas, etc. 
 
Em uma empresa com milhares de SKUs, (SKU é a sigla para Stock 
Keeping Unit Unidade de Manutenção de Estoque e é uma referência ou 
código identificador atribuído a um item armazenado no seu estoque), atuar 
com foco no PAR – Produtos de Alto Risco – significa atuar focado em 
praticamente 80% das perdas, ou seja, atuar com estratégia e foco. 
Nessa condição, os investimentos são direcionados para os pontos de 
controle que realmente impactam no resultado, aumentando a lucratividade e 
as margens e garantindo um esquema de Prevenção de Perda mais eficiente 
para o varejo. 
 
7.1 PROTOCOLO E CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA DE PRODUTOS DE 
ALTO RISCO 
Por meio dos produtos de alto risco o lançamento de cada mercadoria 
no protocolo gera um controle no estoque de alto risco de mercadorias, dessa 
forma será possível obter u melhor controle sobre o fluxo de produtos que 
entram e saem do estoque, informações de quem entregou e quem recebeu, 
bem como de que maneira o produto foi devolvido e se foi pago ou vendido. 
Dessa forma, esse controle torna a localização das mercadorias muito 
mais rápida, facilitando identificar os produtos que saíram e outros que 
constam, por intermédio do controle que mostram nome, produto, quantidade 
e cor que foi retirado do local. 
Segue abaixo, quadro do controle de entrada e saída das mercadorias 
de alto risco: 
28 
 
Quadro 4 – Quadro de controle de entrada e saída de mercadoria de alto risco 
CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA DAS MERCADORIAS DE ALTO RISCO 
Item Cód. Produto 
Descrição 
do produto 
Data 
entrada 
Data 
Saída 
Horário Visto 
1 
2 
Fonte: Erik Batista (2017) 
 
As boas práticas para se prevenir e controlar os Produtos de Alto Risco – 
PAR: 
Identificação - Identificar qual é sua lista de PAR, através de relatórios de 
inventário que mais geram faltas de mercadorias. 
Recebimento de mercadorias - Todos os produtos da lista PAR devem ser 
conferidos 100% no recebimento de mercadorias, com acompanhamento de um 
colaborador de Prevenção de Perdas, com monitoramento por câmeras de vídeo; 
Estoque - Os PAR são armazenados, obrigatoriamente, em área segregada, 
com proteção antifurto, controle de acesso e monitoramento por câmeras de vídeo; 
Área de vendas - Estabelecer uma Política de Etiquetagem antifurto, onde os 
produtos devem estar obrigatoriamente protegidos antes da exposição na área de 
vendas. Aqueles com alto índice de perdas, mesmo com o uso das etiquetas, devem 
ser confinados. Periodicamente, devem ser contados através do inventário rotativo, 
com objetivo de identificar perdas e atuar preventivamente; 
Checkout (caixa)- Todos os Produtos de Alto Risco devem ser monitoradosnos caixas através de câmeras de vídeo ou soluções de monitoramento de 
operações de caixa – vídeo, cupom e voz. 
 
7.2 PREVENÇÃO DE DIVERGÊNCIA DE MERCADORIAS 
O Estoque físico de mercadorias é aquele que se encontra na loja ou no 
estoque, onde se pode tocar no produto, tê-lo em mãos. É importante saber que o 
Estoque Sistêmico/Contábil é aquele que está no sistema, os dois devem estar 
iguais. 
29 
 
Ex.: se você tem 50 caixas de biscoito de chocolate fisicamente, 
automaticamente, deve ter 50 caixas no sistema. Há vários problemas que 
ocasionam estas divergências e a cada dia nos deparamos com situações 
diferentes. 
O excesso de estoque pode ser ocasionado por conta do sistema, uma vez 
que este informa equivocamente que o produto está com 10 unidades e 
automaticamente você precisará pedir mais 40 unidades, no entanto, o estoque tem 
35 unidades, ou seja, 25 unidades a mais. Assim, o estoque ao invés de ter 50 
unidades terá 75, gerando um excesso em que seriam necessárias apenas 50 
unidades. 
O relatório de Itens sem Movimentação lhe dá um norte com relação à 
(ruptura), faltas de mercadorias no estoque. Muitas vezes há um item no 
sistema com um mil unidades e este item vende diariamente cem unidades, 
porém não tem vendido nenhum há sete dias. 
Esse é um problema recorrente, visto que se o comprador se não for 
sinalizado pelo sistema de que está no momento de uma próxima compra o 
mesmo não poderá realizar a negociação. 
Os itens (produtos) sem movimentação devem ser auditados pela 
equipe de conferentes, ou seja, o profissional deverá contar um por um os 
itens que constam em relatório e logo após, o sistema deve ser ajustado pelo 
gestor ou responsável. 
Em relação ao excesso de estoque, há um relatório chamado Giro de 
Produtos, neste relatório tem as vendas, estoque, última data de compra, 
quantidade prevista para entrada e a principal informação, a quantidade de 
dias de venda. 
Essa última informação é justamente a principal e normalmente um 
estoque deve girar entre 20 e 40 dias dependendo do seu ramo de atuação 
no varejo. 
Os produtos divergentes que mais sofrem pelas empresas comerciais 
são aquelas mercadorias de alto risco. Sabe-se que todo produto tem que ser 
protegido e zelado para que não falte no inventário. 
 
Segue abaixo, quadro de controle de divergência de mercadoria. 
30 
 
 
Quadro 5 – Quadro do controle de Divergência de mercadoria 
CONTROLE DE DIVERGÊNCIA DE MERCADORIA 
Item Descrição do produto 
Estoque 
sistemático 
Estoque 
físico 
Divergência 
1 
2 
Fonte: Erik Batista (2017) 
 
8.DIVERGÊNCIA DE MERCADORIAS QUE NÃO CONSTA EM NOTAS FISCAIS 
8.1 FALTA DE MERCADORIAS QUE GERAM DIVERGÊNCIA DE INVENTÁRIO 
Há vários problemas relacionados ao fluxo de entradas e saídas de 
mercadorias, como omissões de entrada, omissões de saída, itens com saldo 
negativo ou divergências e podem gerar penalidades altíssimas e afetar a saúde 
financeira da empresa. 
Ao detectar falta de mercadoria no momento do recebimento o gestor ou 
responsável deverá ser acionado para realização dos devidos procedimentos, bem 
como registrar tais informações em livros próprios ou ata, relatando o fato ocorrido, 
divergências e outras informações pertinentes. 
Não conferir a mercadoria na entrada é um grande erro, uma vez que o 
fornecedor pode ter enviado produtos e/ou quantidades e/ou preços diferentes do 
pedido efetuado. Além disso, a conferência no ato do recebimento certifica se a 
quantidade constante na nota fiscal é a mesma recebida pelo conferente. Além de 
evitar fraudes, o controle de estoque ficará correto. 
Realizar a conferência com atenção pode significar uma melhoria no processo 
de recebimento de produtos, pois, como é gerada no momento do faturamento do 
produto, esse arquivo pode ser usado para evitar alguns erros antes mesmo do 
produto ser entregue nas empresas. 
Quantidade de produto errada: O fornecedor pode entregar uma quantidade 
errada do que foi pedida e esse erro pode acarretar prejuízos para a loja. Se for 
entregue produtos a mais, o famoso fornecedor “empurrando produto” pode 
31 
 
significar uma sobra do produto no estoque. É preciso estar atento e ter o cuidado 
em equilibrar as informações entre o que consta na conferência e no inventario. 
Se for entregue produtos a menos, certamente o prejuízo já será sinalizado. 
Tendo ainda que comprar produtos de outro fornecedor e o desgaste natural de 
fazer várias vezes a conferência no momento da entrega. 
Produto com EAN novo: Mudanças nos EAN’s de produtos são constantes e 
se não detectadas podem afetar diretamente o controle de estoque da sua loja, 
afetando também o setor de compra e principalmente suas vendas. 
Segue abaixo, figura que mostra a identificação dos produtos com cada 
número: 
Figura 13 – Código de barra dos produtos 
 
Fonte12: arrobalaaahiis.blogspot.com.br 
 
Produto errado: Com a grande quantidade de produtos que existem 
hoje no mercado, erros no envio de mercadorias podem acontecer com 
frequência. Ao Lançar no sistema e realizar o confronto com o pedido é 
possível eliminar a possibilidade desses erros na entrega, eliminando a 
possibilidade de receber um produto diferente do que foi comprado. 
Preço errado: Por fim, também é possível confrontar se o preço que o 
fornecedor lhe cobrará é o acordado no pedido. 
A conferência de mercadorias deve ser feita antes do carregamento do 
produto chegar ao seu destino, tornando-se assim um processo prévio da 
chegada do produto em sua loja. Informações de produtos, seus preços e 
 
12 Disponível em: http://arrobalaaahiis.blogspot.com.br/2012/02/uma-coisa-que-sempre-me-encucou-
foi.html 
32 
 
quantidades, são conferidos nesse momento, ou seja, quaisquer divergências de 
quantidade, preço ou produto, podem ser notificadas ao fornecedor para que seja 
corrigida antes mesmo de despachar o transporte. 
 
8.2 PREVENÇÃO E PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS NA FALTA DE 
MERCADORIAS 
A prevenção serve para que tudo funcione da maneira certa e no tempo certo, 
e está relacionado com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados por 
meio da atividade das pessoas que compõem a organização. 
Certifique-se de que todas as informações contidas na nota fiscal estão de 
acordo com o pedido ou ordem de compra registrada na empresa. Assim, você 
garantirá que o que foi comprado é, realmente, o que foi faturado pelo fornecedor. 
 Segundo Martins: 
 “Os estoques têm a função de funcionar como reguladores do fluxo de 
negócios. Como a velocidade com que as mercadorias são recebidas é 
usualmente diferente da velocidade com que são utilizadas, há necessidade 
de um estoque, funcionando como um amortecedor” (MARTINS, 2003, 
P.134). 
 
A ordem ou pedido de compra contêm todas as especificações negociadas 
durante a compra e que também aparecem na nota: quantidades, descrições, data 
da entrega, local da entrega, valores, entre outras. 
Se a nota fiscal chegar antes do recebimento das mercadorias é possível 
realizar as conferências necessárias e solucionar as inconsistências, de forma que 
dê tempo das mercadorias chegarem já de acordo com as correções feitas. 
Certifique-se de que as informações contidas na nota fiscal estão de acordo 
com as mercadorias que, de fato, chegaram à empresa. 
O objetivo com esse procedimento é garantir que as quantidades, unidades, 
cores, tamanho, número de série ou qualquer outra particularidade do produto 
estejam corretas. Além disso, verifica-se também a qualidade das mercadorias 
entregues. 
Esta conferência evita divergências no estoque e trocas e devoluções 
posteriores. 
33 
 
A maior parte das empresas já estão utilizando leitor de código de barras para 
a conferência dos produtos na entrada. Dessa forma, após a leitura do código de 
todas as mercadorias recebidas, o sistema faz automaticamente o confronto da 
entrada dosprodutos com a nota de compra e aponta as divergências, podendo 
nesse momento, emitir a nota fiscal de devolução dos produtos que constam na nota 
fiscal de compra, porém não estão sendo entregues fisicamente. 
Qualquer tipo de falta de mercadoria deve ser sinalizado e registrado no livro 
de ata para que possa registrar o dia e o fato do ocorrido. É interessante que, 
ponham duas testemunhas para assinar o livro ata, para responsabilidades legais. 
Segue as formas de execução de tarefas e em quais situações elas são 
recomendadas: 
Figura 14– Procedimentos aplicáveis na falta de mercadorias 
 
Fonte13: Adaptado de blog.mahagestao.com.br 
 
9.CÁLCULO DE PESOS, TARA E MERCADORIAS FRACIONADAS 
 
Alguns setores que vendem itens, por quilo, no supermercado, são 
responsáveis por grande parte do faturamento de uma loja. Dessa forma evita 
problemas na pesagem de produtos é fundamental para que o varejista 
consiga aumentar as vendas e melhorar a produtividade da equipe. 
 
13 Disponível em: http://blog.mahagestao.com.br/conferencia-do-recebimento-de-compra/ 
34 
 
Para facilitar a atividade do conferente sobre os principais problemas que 
afetam a pesagem de produtos e comprometem a produtividade da balança, a 
gestão da loja e a venda correta dos itens. 
Segundo Pozo (2008), armazenagem, manuseio e controle dos produtos são 
componentes importantes e essenciais do sistema logístico, pois seus custos 
envolvem elevada porcentagem dos custos totais logísticos de uma empresa. 
Os maiores problemas que acontecem no momento da pesagem de produtos 
estão relacionados à operação da balança, principalmente no momento de digitar os 
códigos dos itens que serão pesados ou a tara da embalagem que deverá ser 
descontada. 
Esses tipos de erros comprometem toda a atividade do varejista, pois as 
informações que são captadas pelo equipamento de pesagem, são referentes ao 
produto indicado pelo operador por meio do código acontecendo o erro na digitação 
os dados serão passados para outro item. 
Esse erro complica o controle de estoque e a tributação das mercadorias, 
além de gerar prejuízos financeiros aos negócios, já que cada mercadoria tem um 
valor diferente e a informação do preço que o consumidor deve pagar é realizada 
durante a pesagem de produtos. 
A melhor forma de impedir que isso aconteça é implantar um processo de 
treinamento eficiente para toda a equipe responsável, garantindo que ela saiba 
operar a balança de forma correta. 
 
9.1 PESAGEM E TARA SOBRE AS MERCADORIAS 
 
Toda mercadoria que entra no setor de Recebimento de uma empresa passa 
por um processo, é um processo serio, rígido e que todas as mercadorias devem ter 
essa atenção, dependendo da mercadoria, algumas são pesadas, conforme o 
acordo e contrato das empresas. Antes de realizar qualquer processo de pesagem 
das mercadorias é necessário que faça o teste na balança com um peso adequado 
informando qual o peso que está sobre a balança. 
35 
 
O processo de pesagem tem que ter atenção redobrada e faz-se necessário 
que anote cada kg no controle “prancheta” que aparece no visor para que o 
conferente não se perca ou embaralhe sua mente nos numerários e nas contagens, 
para que em seguida faça a soma de todas a mercadoria que foi passado pelo 
processo de pesagem, é obrigatório que anote cada grama que se passa pela 
balança, não esquecendo que a empresa paga por cada produto, liquido ou 
embalagens que estiver na mercadoria. 
Muitas das vezes o fato de uma mercadoria ser grande, pesada ou sem 
formato para se equilibrar na balança, é necessário que tenha um suporte que 
aguente e não esqueça de pressionar o botão “tara” para que, o objeto que 
você está pois na balança não seja contabilizado, é necessário que zere o 
visor da balança, antes de iniciar qualquer tipo de atividade no processo de 
pesagem. 
Essa atenção é primordial para que não ocorra desvio ou prejuízo para 
as empresas, esses é um dos fatores que o profissional conferente tem que 
saber utilizar objetos pra esses fins, no ato da mercadoria. 
 
Figura 15 – Modelo de balança 
 
Fonte14: pt.pngtree.com 
 
9.2 RECEBIMENTO DE MERCADORIAS FRACIONADAS 
Toda carga “lotação” ou “carga fechada”, trata-se da modalidade em 
que o caminhão é utilizado exclusivamente por um embarcador, em função de 
uma das seguintes razões: 
 
14 Disponível em: https://pt.pngtree.com/freepng/cargo-material_3180762.html 
 
36 
 
 A quantidade de mercadoria é suficiente para lotar o modal de transporte 
escolhido; 
 A natureza da mercadoria justifica que ela vá sozinha no veículo, ainda que não 
o complete; 
 E necessária a entrega imediata (na carga fracionada o caminhão vai entregar 
diversas mercadorias de clientes distintos e em diversos locais; tratando-se de carga 
completa, a remessa vai direto do remetente ao destino); 
 O manuseio da carga em um entreposto não se justifica — agregar a carga 
àquela de outros embarcadores trará mais custos na descarga, organização e 
embarque do que economias no frete; 
 As diferenças de custo entre carga fracionada e completa variam muito 
dependendo da natureza do produto a ser transportado. 
Para muitas empresas (principalmente no varejo eletrônico), a carga 
fracionada é, aliás, a única forma de fazer a entrega de suas mercadorias. Vamos 
entender melhor do que consiste esse tipo de carga. 
A Carga fracionada é o envio de pequenas quantidades de mercadorias, que 
não ocupam a capacidade total de espaço no veículo selecionado para o transporte. 
Com este modelo é possível agrupar diversos tipos de mercadoria em um único 
meio de transporte. 
Por falta de tecnologia, o mercado consumidor (B2B ou B2C) só era atingido 
com uma longa cadeia de distribuição. Indústrias entregavam para distribuidores, 
que entregavam para atacadistas, que entregavam para varejistas que, por sua vez, 
vendiam para consumidores ou negócios que utilizavam as mercadorias. O alcance 
do consumo era muito mais localizado. 
Com essa nova perspectiva, nas últimas décadas, o trânsito de pequenas 
cargas aumentou consideravelmente; uma saída para atender a essa nova 
necessidade do mercado foi reunir diversas cargas de remetentes distintos e 
consolidá-las. 
Didaticamente falando, carga fracionada é, portanto, quando o embarcador 
paga apenas pelo espaço no caminhão utilizado na remessa e não pelo frete total, o 
que torna seus custos com transporte muito mais uniformes e previsíveis. 
37 
 
O aumento da demanda pela carga fracionada, por outro lado, pode ser 
bastante interessante para as empresas varejistas uma vez que, organizando as 
rotas e compartilhando um mesmo veículo com cargas de diversos clientes, é 
possível minimizar problemas de sub ocupação, mais comuns quando apenas a 
carga completa era opção. 
 Sistematizando as características da carga fracionada para facilitar a 
compreensão: 
 Sistema de remessa em pequenas quantidades de mercadorias, as quais não 
completariam um veículo se fossem enviadas sozinhas; 
 O surgimento do varejo online diversificou o raio de localizações geográficas das 
entregas, o que facilitou a organização de rotas economicamente mais vantajosas 
às transportadoras (barateando os custos ao embarcador); 
38 
 
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ARANALDE, Michel Maya. A questão ética na atuação do profissional bibliotecário. 
Em Questão. Porto Alegre, v. 11, n. 2, pp. 337-368, jul./dez, 2005. 
 
 
CHIAVENATO, I. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 9. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2009. 
 
 
GONÇALVES, E. A. Manual de segurança e saúde no trabalho. São Paulo: LTR, 
2000. 
 
 
Freire, R. (2007). Comunicação Interna como ferramenta estratégica (documento 
online) Mundo do Marketing. Acedido em 07 de Junho de 2009 em: 
http://www.mundodomarketing.com.br/8,1259, comunicacao-interna-como-ferramenta-estrategica.htm 
 
 
POZO, Hamilton. Administração de Recursos materiais e Patrimoniais, uma 
abordagem logística. São Paulo: Editora Atlas, 2008. 
 
 
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e 
distribuição física. 5ª ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2006. 
 
 
DIAS, Marco Aurélio Pereira. Administração de Materiais: Uma Abordagem 
Logística. 4º Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1993. 
 
 
MARTINS, Petrônio Garcia; CAMPOS, Paulo Renato. Administração de Materiais e 
Recursos Patrimoniais. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.

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