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PROPOSTA - ADOÇÃO

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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo
em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Os desafios
para otimizar a adoção de crianças no Brasil", apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista
Texto 1
Texto 2
Texto 3
Dia Nacional da Adoção: número de interessados em
adotar caiu durante a pandemia
São 4.260 crianças e adolescentes disponíveis para adoção no país e 32.863
pessoas interessadas em se tornar tutor legal. Em 2020, o número de
interessados em adotar era de 35.128
● Repórter Laísa Lopes
● Data de publicação: 25 de Maio de 2021, 04:30h
O Dia Nacional da Adoção é celebrado nesta terça-feira (25) e foi instituído no Brasil
por Lei em 2002. A data é um chamado à conscientização e à reflexão sobre a
importância de adotar. De acordo com o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento
são 4.260 crianças e adolescentes disponíveis para adoção no país e 32.863
pessoas interessadas em se tornar tutor legal. Em 2020, o número de interessados
em adotar era de 35.128.
Ainda assim, existem mais pessoas querendo adotar do que crianças e
adolescentes disponíveis para adoção no Brasil. Segundo a especialista em direito
de família Anne Ramos, isso se dá em razão da diferença entre o perfil desejado
pelos adotantes e o perfil dos indivíduos disponíveis para serem adotados. “O perfil
desejado pelos adotantes é que os futuros filhos tenham até três anos de idade.
Assim, quanto mais avançada a idade da criança, menos chances ela tem de ser
adotada. Além disso, a maioria dos adotantes não aceita adotar irmãos.”
Ainda de acordo com a advogada, para solucionar a questão é preciso que haja
uma conscientização pela mudança desse perfil. “A vontade dos adotantes deve ser
sempre respeitada, mas temos que enfatizar sempre que o amor deve estar acima
de balizas etárias ou de número de irmãos, pois essas preferências têm feito com
que muitas vidas permaneçam em instituições”, afirma.
Diante do número de óbitos causados durante a pandemia da Covid-19, o Tribunal
de Justiça de Mato Grosso (TJMT) realizou um seminário que abordou a adoção em
tempos de pandemia. O evento reuniu autoridades do judiciário e atores envolvidos
diretamente nas etapas do processo de adoção. A presidente do Tribunal de Justiça
do Mato Grosso (TJMT), desembargadora Maria Helena Póvoas, destacou o
impacto na pandemia. “Este é um tema tão sensível, que a sociedade clama pela
necessidade de discussão para dar efetividade às normas que permeiam o
assunto.”
Ainda segundo a desembargadora, a adoção é um ato de nobreza. “A adoção não é
apenas uma questão de compaixão pelos semelhantes. A adoção é antes de tudo,
no meu ponto de vista, um ato de amor e por isso é muito mais difícil do que os
outros tipos de sentimento. A nobreza desse sentimento nasce espontaneamente de
uma pessoa para com um ser que ela não gerou e não conviveu.”
https://brasil61.com/noticias/autor/laisa
https://paineisanalytics.cnj.jus.br/single/?appid=ccd72056-8999-4434-b913-f74b5b5b31a2&sheet=4f1d9435-00b1-4c8c-beb7-8ed9dba4e45a&opt=currsel&select=clearall
Neste ano, várias propostas de projetos de lei estão em tramitação e análise para o
aperfeiçoamento do processo de adoção. Em nota enviada à reportagem, o
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) informou que
está “elaborando um plano de ação para promover o instituto da família acolhedora,
com foco nos órfãos da Covid-19 e também pretendem incentivar as políticas de
acolhimento familiar como alternativa à institucionalização de crianças e
adolescentes".
A família acolhedora é um projeto do governo federal que seleciona e capacita
famílias a receberem crianças e adolescentes que seriam levados a abrigos, por
abandono ou situações que as coloquem em risco.
Ainda de acordo com a pasta as propostas em tramitação buscam incentivar e dar
prioridade aos processos de adoção de irmãos, promover e sensibilizar a sociedade
sobre a adoção tardia (adoção de crianças com mais de 4 anos), a adoção especial
(adoção de crianças com deficiência física ou intelectual) e a adoção inter-racial.
Garantir isonomia nos prazos de licença-maternidade ou paternidade para os casos
de adoção de bebês, criar programas que ofereçam apoio psicológico aos adotados
para superação de traumas e conflitos, entre várias outras iniciativas promovidas
com a participação da sociedade civil.
Apoio aos órfãos da pandemia
No início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, um grupo formado por várias
organizações da sociedade civil, profissionais e demais voluntários criaram a Rede
de Apoio e Amigos de Vítimas Fatais da Covid-19 no Brasil.
“Nós temos casos de crianças que perderam os pais e sofreram uma mudança
drástica em suas vidas. Muitas vezes tiveram que ficar com parentes próximos, pela
perda da mãe ou do pai. O efeito disso é devastador”, comenta o membro da
Coordenação da Rede de Apoio, professor Paulo Pedrine.
Ainda segundo o professor, durante o período de pandemia, a Rede oferece
diversos tipos de suporte. “Principalmente através do trabalho de amparo
psicológico. Às vezes, eventualmente, aparece um caso ou outro de um apoio
pontual ou às vezes até material. Mas a maioria dos apoios é de ordem psicológica.”
O estado com o maior número de crianças e adolescentes na fila para adoção é São
Paulo, com 974. Minas Gerais ocupa o segundo lugar com 718 e o Rio Grande do
Sul completa o ranking dos três estados com 644.
Confira no link no final do texto a lista por estado com o número de crianças e
adolescentes na fila para adoção, bem como a quantidade de pessoas que
aguardam para adotar um filho.
Na faixa etária para adoção, as crianças com menos de 3 anos estão em menor
quantidade, são 673. Já a lista com adolescentes com mais de 15 anos soma 1.123
à espera de um lar.
Dificuldades em adotar durante a pandemia
A especialista em direito de família Anne Ramos, explica que o processo de adoção
durante a pandemia do coronavírus passou por adaptações. “As instituições de
acolhimento tiveram que utilizar o meio virtual para realizar as entrevistas e os
procedimentos. Assim, os trabalhos dos psicólogos e assistentes sociais tiveram
que ser reformulados e adaptados, o que gerou uma demora maior e uma
consequente redução nas adoções no último ano.”
Desde a adolescência, a empresária Suênia Dantas, 38, sonhava em adotar uma
criança. Pouco antes da pandemia, ela entrou para a fila de adotantes e se tornou
apta, mas por conta da circulação do coronavírus, o processo se tornou mais lento.
“A gente não podia ter contato físico. Acabou que eu não visitei nenhuma criança,
mas eu já estou com tudo regularizado para que assim que surja a oportunidade,
encontre o meu filho e o processo se viabilize”, explica.
A empresária diz não se importar com o sexo da criança. “Não tenho preferência,
pode ser menino ou menina, o que vier será bem-vindo. Mas gostaria que fosse
uma criança de quatro a nove anos de idade.”
https://brasil61.com/n/dia-nacional-da-adocao-numero-de-interessados-em-adotar-c
aiu-durante-a-pandemia-bras215112.amp
https://brasil61.com/n/dia-nacional-da-adocao-numero-de-interessados-em-adotar-caiu-durante-a-pandemia-bras215112.amp
https://brasil61.com/n/dia-nacional-da-adocao-numero-de-interessados-em-adotar-caiu-durante-a-pandemia-bras215112.amp

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