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THALITA SILVA GABRIEL ARAUJO – RA: 6705440 VICTOR KENZO TOMA – RA: 7134617 “DIREITO ELEITORAL” Trabalho apresentado ao Curso de Direito do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. Orientador: Prof. Sheila. SÃO PAULO – SP 2020 DEFINIÇÃO O Direito Eleitoral é uma das áreas muito importantes do Direito público que está encarregado de regulamentar o sufrágio, os direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral. É composto por normas que sempre buscam democracia livre e se usa especialmente o Código Eleitoral (Lei no 4.737/65) e pela Lei das Eleições (Lei no 9.504/97), também mantém a ordem e a ocupação de cargos políticos, além de, legitimar o exercício do poder estatal. A justiça eleitoral é classificada como justiça especializada ou especial, sendo ela, toda justiça direcionada a uma área exclusiva da vida pública. Ela foi criada em 1932, com o primeiro Código Eleitoral estabelecido durante o governo Vargas, e tornou-se instituição constitucional em 1934 pela Carta Magna, modificando por dar início ao sufrágio feminino (mesmo que ainda fosse limitado apenas para as mulheres em cargos públicos remunerados) e também ao voto secreto (o eleitor teria completa discrição em sua escolha). Abaixo do TSE (última instância), a hierarquia é composta desde sua origem pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs; 2a instância), dos Juízes Eleitorais (1a instância) e das Juntas, órgãos que são constituídos somente em época de eleição. CONSTITUIÇÃO DE 1934 A Constituição de 1934 objetivava a melhoria das condições de vida dos brasileiros, dessa maneira, estabeleceu diversas leis de cunho social, ampliando o direito de cidadania dos brasileiros. No dia seguinte à promulgação da nova Carta, Getúlio Vargas foi eleito presidente do Brasil. As principais características da Constituição de 34 são a manutenção dos princípios básicos da carta anterior, a dissociação dos poderes, assim como, o Código eleitoral formulado para a eleição da Constituinte foi incorporado à Constituição; a criação do Tribunal do Trabalho e respectiva legislação trabalhista, a criação do Tribunal do Trabalho e respectiva legislação trabalhista, as disposições transitórias estabelecendo que o primeiro presidente da República fosse eleito pelo voto indireto da Assembléia Constituinte; entre outras. A Constituição de 1934 representou o início de uma nova fase na vida do país, entretanto vigorou por pouco tempo, até a introdução do Estado Novo, em 10 de novembro de 1937, sendo substituída pela Constituição de 1937. CONSTITUIÇÃO DE 1988 Por ser uma Constituição que é superveniente à época da ditadura militar, ela é considerada a mais importante para muitos estudiosos. Ela marca a volta dos direitos democráticos que foram extintos pelos atos institucionais e pela constituição de 1967, que declarava que a escolha do presidente seria por meio do voto do Colégio Eleitoral enquanto a decisão de escolha de governadores permanecia com a junta militar. Há um processo histórico em relação a decisão de se obter o voto direto. Em 1982, foram retomadas as eleições diretas para governadores. Em 1983 ocorreu a emenda de Dante de Oliveira, um deputado, cuja proposta previa a suspensão do Colégio Eleitoral, que se aprovada, o voto direto ocorreria nas eleições de 1985. A emenda era refletida pela insatisfação do povo brasileiro em relação ao governo militar, inflações, dívidas externas e crises no setor petrolífero assolavam toda a economia do país. Assim nasceu o movimento das Diretas Já, o qual contou com a participação de partidos políticos representantes da sociedade civil, artistas e intelectuais. As pessoas puderam acompanhar o voto da Emenda Dante de Oliveira pelos congressistas, porém a emenda não foi aprovada. Após a derrota da emenda, a partir de governadores do nordeste, Tancredo Neves foi indicado para o cargo de presidente, indiretamente eleito em 1985, e mesmo tendo morrido antes de ocupar o cargo, marcou o final da ditadura militar. Sendo promulgada em 1988 a nova Constituição Cidadã, que assegurou a soberania popular exercida pelo sufrágio universal pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos. Tornou o alistamento eleitoral e voto obrigatório para maiores de 18 anos e facultativo para analfabetos, maiores de 70 anos e maiores de 16 e menores de 18. Proibindo o alistamento de estrangeiros e durante o período de serviço militar obrigatório. JUSTIÇA ELEITORAL E TSE A função da Justiça Eleitoral é especialmente administrar a organização do processo eleitoral (alistamento eleitoral, votação, apuração dos votos, diplomação dos eleitos, etc.). Na atualidade, a existência e regulamentação da Justiça Eleitoral do Brasil estão determinadas nos artigos 118 a 121 da Constituição Federal de 1988, que estabelece que seja competência privativa da União legislar sobre Direito Eleitoral e, ainda, que: "Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais." Já o TSE possui suas principais competências: processar e julgar originariamente o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República; julgar recurso especial e recurso ordinário interpostos contra decisões dos tribunais regionais; aprovar a divisão dos estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos tribunais regionais que a solicitarem, e para garantir a votação e a apuração; e tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral.
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