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N2 - Análise comparativa entre os pensamentos de John Locke e Thomas Hobbes

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Nome: Denise Regina Andrade dos Santos.
RA: 6666646
Turma: 3201D02
Thomas Hobbes, faz parte dos filósofos contratualistas do século XVIII,
partindo do estudo do homem Hobbes revela que este não passa por um
processo de transformação ao longo da história, como outros filósofos
acreditam, e sim sempre estiverem no mesmo estado, porém este desperta
apenas quando há a coerção sobre o ser. A partir do momento em que o ser
humano encontra-se sob uma realidade distinta, são expostas as piores das
ações em situações de discórdia, como citado no livro de WEFFORT, Francisco
(p.46). Clássicos do pensamento político (vol.1). Cap. 3 “Hobbes: o medo e a
esperança”, encontram-se três causas principais dessa discórdia; “Primeiro, a
competição; segundo a desconfiança; e terceiro, a glória. A primeira leva os
homens a atacar os outros tendo em vista o lucro; a segunda a segurança; e a
terceira a reputação. Os primeiros usam da violência para se tornarem
senhores das pessoas, mulheres, filhos, rebanhos dos outros homens; os
segundos, para defende-los; e os terceiros por ninharias, como uma palavra,
sorriso, uma diferença de opinião, e qualquer outro sinal de desprezo, quer seja
diretamente dirigido a suas pessoas, quer indiretamente a seus parentes, seus
amigos, sua nação, sua profissão ou seu nome”.
No estado de natureza não há desigualdades, logo todos se sentem
inseguros, não se trata de uma igualdade absoluta, mas sim perceber que as
pessoas não têm uma garantia de poder triunfar sobre outras. Essa
insegurança leva o ser a se antecipar em todas as suas ações para que sua
vida seja preservada e garantida. O Direito é igual para todos no estado de
natureza, afinal as regras não existem para que haja uma normatização, das
ações, dessa forma até mesmo a força é utilizada para que se possa garantir a
própria vida.
Logo pode-se dizer que o homem é um animal com princípios “ruins”,
mas que só são despertados quando encontra-se em outra realidade, como
exemplo se pode citar o filme: O poço (2019), onde reina o individualismo para
sobreviver, em um lugar que não há regras.
Assim como Hobbes, John Locke analisou as dificuldades de viver em
estado de natureza, o que exigiu a aceitação de um contrato social para
constituir a sociedade civil. De acordo com esta teoria, apenas o pacto torna
legitimo o poder do estado.
Porém diferentemente de Hobbes, Locke não descreve o estado de
natureza como um ambiente de guerra e egoísmo. O estado de natureza é o
estado em que os homens se encontram naturalmente, isto é, por essência.
Esse estado é o de uma perfeita liberdade de agir, de se dispor de sua pessoa
e de suas propriedades, dentro dos limites da lei natural. Locke parece ver nela
a essência da vida: ninguém pode atacar a liberdade do outro. Assim como a
vida a liberdade é inalienável. Desta forma, o estado natural é um estado de
liberdade e de igualdade, onde cada indivíduo, dotado das mesmas faculdades
por Deus, tem tanto poder quanto um outro, e está submetido apenas a lei
natural, que lhe ordena conservar-se e, tanto quanto possível, preservar a
humanidade. Essa preservação implica a subsistência e a propriedade.
Contudo devido ao fato de, no estado natural, cada homem ser seu próprio juiz
e agir em defesa de seus interesses e direitos naturais, torna-se pouco
provável, nesse estado, uma vida social e harmônica.
Em sintonia com o livro de WEFFORT, Francisco. Clássicos do
pensamento político (vol.1). Cap. 4 “O estado de natureza” (pg.68). “O estado
de natureza era, segundo Locke, uma situação real e historicamente
determinada pela qual passara, ainda que em épocas diversas, a maior parte
da humanidade e na qual se encontravam ainda alguns povos, como as tribos
norte-americanas. Esse estado de natureza diferia do estado de guerra
hobbesiano, baseado na insegurança e na violência, por ser um estado de
relativa paz, concórdia e harmonia.” Por isso visando a segurança e a
tranquilidade necessárias ao gozo da propriedade, todos consentem em instituir
o corpo político.
Para Hobbes é necessário que haja uma regulamentação no estado de
natureza, tornando necessário a existência de um contrato social, onde o ser
renuncia seu direito sobre tudo, abre mão de sua liberdade, para que um
soberano com total poder, mas não arbitrário, principalmente da coerção,
forceo a respeitar a lei imposta, para que então ele garanta a vida e a
segurança daqueles que com ele compactuam, assim surgindo a vida em
sociedade.
Para Locke, por necessidade, conveniência prática, inclinação, o homem
é conduzido a procurar a sociedade. Essa é uma obrigação da lei natural. No
estado natural, não existe um juiz público e imparcial; falta um poder que
respalde e de força a uma causa justa. Nesse estado cada homem possui dois
poderes fundamentais: em primeiro lugar, tudo pode fazer para a sua
autopreservação e a do outro; e, em segundo lugar, de poder castigar os
crimes cometidos contra essa lei. Como jusnaturalista, estava convencido de
que os direitos naturais humanos subsistem para limitar o poder do Estado. Em
última instancia, justificava o direito a insurreição, caso o governante traísse a
confiança nele depositada.

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