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Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação Comte Bittencourt Secretário de Estado de Educação Andrea Marinho de Souza Franco Subsecretária de Gestão de Ensino Elizângela Lima Superintendente Pedagógica Maria Claudia Chantre Coordenadoria de Área de conhecimento Assistentes Carla Lopes Fabiano Farias de Souza Roberto Farias Texto e conteúdo Prof. Alexandre Botelho José CIEP 394 Cândido Augusto Ribeiro Neto Prof. Vitor Dantas de Moraes C.E. Irineu José Ferreira Profª. Joana da Costa Macedo C.E. Professora Luiza Marinho Capa Luciano Cunha Revisão de texto Prof.ª Andreia Cristina Jacurú Belletti Prof.ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco Prof.ª Cristiane Ramos da Costa Prof.ª Deolinda da Paz Gadelha Prof.ª Elizabete Costa Malheiros Prof.ª Karla Menezes Lopes Niels Prof.ª Kassia Fernandes da Cunha Prof. Marcos Giacometti Prof. Mário Matias de Andrade Júnior Prof. Paulo Roberto Ferrari Freitas Prof.ª Regina Simões Alves Prof. Sammy Cardozo Dias Prof. Thiago Serpa Gomes da Rocha Este documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma orientação de estudos. © 2021 - Secretaria de Estado de Educação. Todos os direitos reservados. Filosofia – Orientação de Estudos SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6 2. AULA 1: Hora do vídeo! .................................................................................... 7 3. AULA 2: Valores, Moral e Ética? ...................................................................... 7 3.1. Como construímos os nossos valores? ..................................................... 8 3.2. Qual a diferença entre Moral e Ética? ..................................................... 11 4. AULA 3: #Papo de Filósofo: José Ortega y Gasset ........................................ 13 4.1. Política e ética ......................................................................................... 13 4.2. Vamos refletir: ......................................................................................... 14 5. AULA 4: Os impactos da tecnologia ............................................................... 15 5.1. As tecnologias na educação .................................................................... 15 5.2. Inclusão, informação e tecnologia ........................................................... 16 5.3. O que pensar sobre o sujeito nos dias atuais? ........................................ 17 6. AULA 5: O “Enem” sabia disso? ..................................................................... 19 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 21 7.1. Leitura Sugerida: ..................................................................................... 22 8. RESUMO ........................................................................................................ 22 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 23 5 DISCIPLINA: Filosofia. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS PARA FILOSOFIA Módulo III – 2º Bimestre de 2020 – Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio Prof. Alexandre Botelho José e Prof.ª Joana da Costa Macedo META: Apresentar algumas questões trazidas pelo desenvolvimento tecnológico e identificar alguns dilemas éticos surgidos por conta do mundo digital. OBJETIVOS: Ao final destas Orientações de Estudos, você deverá ser capaz de: ● Diferenciar ética e moral; ● Reconhecer as possibilidades abertas pelo mundo tecnológico e os impasses éticos que acompanham essas possibilidades. 6 1. INTRODUÇÃO Caros alunos, Vocês já se perguntaram como nossas vidas mudam e são impactadas pelas tecnologias? Muitas vezes é difícil ter a real noção desse impacto, não é mesmo? Nesta Orientação de Estudos (OE), nós vamos problematizar e compreender como o desenvolvimento da tecnologia e a sua consequente introdução em nossas vidas, mudaram nossa forma de viver e ver o mundo. Até a forma que nos relacionamos foram afetadas. Justamente por causa desses relacionamentos que acabamos por repensar as nossas próprias atitudes e atos morais. E esses atos são fundamentais para nossa vida em sociedade e para o modo como nos orientamos como indivíduos. A autonomia do sujeito moral é fundamental para que vocês comecem a pensar a partir dos seus próprios parâmetros. Tenha em mente que a busca pela felicidade é uma preocupação primordial nas relações humanas e, por isso, a moralidade, a justiça e outros conceitos fazem parte do nosso cotidiano. Dessa forma, sempre que isso ocorre estamos diante de uma decisão que envolve julgamento moral e temos que decidir com base no que consideramos bom, justo ou moralmente correto. Com certeza você já deve ter ouvido as palavras “ética” e “moral”, mas será que elas têm o mesmo significado? Vamos tentar desvendar essa dúvida? Bons estudos! 7 2. AULA 1: Hora do vídeo! No vídeo abaixo o professor Leandro Vieira fala sobre os conceitos éticos e morais, como eles são construídos e como podemos utilizá-los junto aos valores que aprendemos no decorrer da vida. Vamos lá? Acesse: https://youtu.be/T0ZdMP3DVos Agora nesse próximo vídeo, o prof. Silvio Meira e a Prof.ª Viviane Mosé discutem o impacto das tecnologias nas nossas vidas cotidianas. Essa reflexão está inserida em um contexto no qual o desenvolvimento da tecnologia fez com que celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos passassem a fazer parte das nossas vidas. Nesse sentido, precisamos encarar outra realidade, a virtual, que promove outro tipo de relacionamento entre as pessoas, além do instantâneo nas nossas vidas. Vamos assistir? Acesse: https://youtu.be/tpHnyGEqHMw 3. AULA 2: Valores, Moral e Ética? Caro aluno, Como dissemos, os seres humanos agem conscientemente e cada um de nós é responsável pela sua própria vida e, consequentemente, pelas decisões que toma. Mas, como decidimos o que fazer? Você já pensou como tomar as decisões sobre o que fazer em determinada situação? Você age impulsivamente, https://youtu.be/T0ZdMP3DVos https://youtu.be/tpHnyGEqHMw 8 fazendo “o que der na telha” ou analisa cuidadosamente as possibilidades e as consequências, para somente depois decidir o que fazer? Essas são questões filosóficas e a Filosofia pode nos ajudar a pensar sobre a nossa própria vida por meio dessa área que se chama Ética, é ela que se dedica a pensar as ações humanas, os seus fundamentos e faz uma análise das consequências. Um dos primeiros filósofos a pensar a Ética foi nosso amigo Aristóteles, que viveu na Grécia no século IV a.C.; ele ensinava numa escola à qual deu o nome de Liceu e muitas de suas obras são resultado das anotações que os discípulos faziam de suas aulas. As explicações sobre a Ética foram anotadas pelo filho de Aristóteles chamado Nicômaco, por isso esse livro é conhecido por nós com o título de Ética a Nicômaco. Em suas aulas, Aristóteles fez uma análise do agir humano que marcou decisivamente o modo de pensar ocidental, ele ensinava que todo o conhecimento e todo trabalho visa a algum bem, o bem é a finalidade de toda ação, a busca do bem é o diferente, é o que difere a ação humana da de todos os outros animais. E você, tem buscado o “bem” como finalidade de toda ação? Cabe ainda destacar, que para Aristóteles esse “bem” seria o mais precioso e é a maior busca do ser humano, ou seja, a “felicidade”. Mas, o que é felicidade? Essa pergunta não é respondidaigualmente por todos, pois cada um de nós responde de uma forma diferente, de forma singular. Essa singularidade na resposta é partilhada por outros indivíduos com os quais convivemos, portanto, no processo de nossa educação familiar, religiosa e escolar aprendemos a identificar o ser feliz com os valores que sustentam nossas ações. Para entendermos melhor como essas questões funcionam em nossas vidas precisamos compreender como construímos os nossos valores, o que é Ética e como a moral atua em nossas vidas. 3.1. Como construímos os nossos valores? Você já deve ter percebido que desde a infância estamos sujeitos à influência do meio social por intermédio da família, da escola, dos amigos e dos meios de comunicação de massa (principalmente a televisão e a internet). Assim, todos nós vamos adquirindo aos poucos princípios morais. Portanto, ao nascer cada um de nós nos deparamos com um conjunto de normas já estabelecidas e Felipe Máquina de escrever Valores, Moral e Ética? Caro aluno, Como dissemos, os seres humanos agem conscientemente e cada um de nós é responsável pela sua própria vida e, consequentemente, pelas decisões que toma. Mas, como decidimos o que fazer? Você já pensou como tomar as decisões sobre o que fazer em determinada situação? Você age impulsivamente, 9 aceitas pelo meio social. Consegue perceber que já recebemos tudo isso “pronto” e que só mais tarde vamos (re)construindo esses valores? Este é chamado aspecto social da moral. Mas, a moral não se limita ao aspecto social, pois à medida que o indivíduo desenvolve a reflexão crítica, a Filosofia, os valores herdados passam a ser colocados em questão. Você mesmo pode perceber que de muitas das coisas que lhe ensinaram, hoje você já adquiriu outro olhar. A Filosofia ajuda na reflexão sobre as normas e decide aceitá-las ou negá-las, a decisão de acatar uma norma é fruto de uma reflexão pessoal consciente que podemos chamar de “interiorização”. Essa interiorização da norma é que qualifica o ato como moral. Caso não seja interiorizado, o ato não é considerado moral, é apenas um comportamento determinado pelos instintos, pelos hábitos ou pelos costumes. Temos que entender que a maneira como a consciência individual vai reagir diante das normas depende de muitos fatores, alguns são pessoais (formação familiar, caráter, temperamento), mas outros são oriundos de instituições sociais (regime político, organização social, instituição religiosa, sistema econômico, instituições culturais, meios de comunicação em massa) que podem criar possibilidades ou impor obstáculos à criticidade e também à construção da moral. Vamos pegar um exemplo corriqueiro para entendermos como o conceito de interiorização funciona. Imagine um condutor de um veículo, em uma via urbana, ao parar antes da faixa de segurança de maneira espontânea e permitir que os pedestres atravessem a rua, ele estará respeitando as pessoas e o Código de Trânsito Brasileiro, sendo, portanto, um comportamento moralmente correto. Entretanto, se ele parar o veículo pelo simples fato de ter receio em receber uma multa, seu comportamento se limita a um ato mecânico e sem reflexão crítica, ou seja, ele apenas fez pelo cumprimento da lei. Na charge do Arionauro vemos o cúmulo da falta de interiorização, em que, além de 10 parar na faixa de pedestre, em frente a uma escola, o motorista ainda estava utilizando o celular. Por isso, multa nele, seu guarda! Conseguiram compreender a diferença? Para entender melhor, quando falamos de moral temos que ter em mente que a pessoa sabe aquilo que precisa ser feito, pois após o processo de interiorização, a atitude moralmente correta acontece de forma natural, independentemente das vantagens ou prejuízos que possa vir a acontecer, mas não confunda ato moral com um ato acima de contestações. Isso porque quando você pratica um ato moral, também está sujeito a sofrer consequências negativas, pois o que é moral para uns pode ser amoral ou imoral para outros, ou seja, um sujeito amoral é aquele que desconsidera ou não se importa com as regras ou normas morais, já o sujeito imoral é aquele que conhece as regras ou normas, mas é completamente contra elas. Vejamos algumas questões que norteiam o vasto campo da moral, estas são as perguntas fundamentais que nos ajudam a refletir e a interiorizar: ● O que devo fazer para ser justo? ● Quais valores devo escolher para guiar minha vida? ● Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida? ● Que tipo de ser humano devo ser nas minhas relações comigo mesmo, com meus semelhantes e com a natureza? ● Que tipos de atitudes devo praticar como pessoa e cidadão? Valor (lat. valor) Literalmente, em seu sentido original, "valor" significa coragem, bravura, o caráter do homem, daí por extensão significar aquilo que dá a algo um caráter positivo. Do ponto de vista ético, os valores são os fundamentos da moral, das normas e regras que prescrevem a conduta correta. No entanto, a própria definição desses valores varia em diferentes doutrinas filosóficas. Para algumas concepções, é um valor tudo aquilo que traz a felicidade do homem. Mas trata-se igualmente de uma noção difícil de se caracterizar e sujeita a divergências quanto à sua definição. Alguns filósofos consideram também que os valores se caracterizam por relação aos fins que se pretendem obter, a partir dos quais algo se define como bom ou mau. Outros defendem a ideia de que algo é um valor em si mesmo. Discute-se, assim, se os valores podem ser definidos intrínseca ou extrinsecamente. Há ainda várias outras questões envolvidas na discussão filosófica sobre os valores, p. ex., se os valores são relativos ou absolutos, se são inerentes à natureza humana ou se são adquiridos etc. JAPIASSÚ, H. Dicionário Básico de Filosofia. 5 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. 11 3.2. Qual a diferença entre Moral e Ética? A palavra moral deriva das palavras, em latim, moralis e mor que significam “costume” e como você pode perceber, nossa vida é orientada por diversos costumes. Temos costumes que regulam praticamente tudo em nossas vidas, as roupas que vestimos (se vamos a uma igreja, por exemplo, os nossos costumes sociais não nos permitem usar sunga de banho), as palavras que usamos em diversas ocasiões (se estamos conversando com um amigo, não o chamamos de “meritíssimo” ou “meu senhor”), os nossos gestos (muitas pessoas fazem o sinal da cruz quando passam em frente de uma igreja), até nas redes sociais temos nossos costumes e para isso criou-se até uma “netiqueta”, que são as regras de comportamento quando estamos no mundo virtual, além de muitos outros comportamentos que usamos no dia a dia. Mas, para você entender melhor a moral se refere a outro tipo de costume, trata-se de costume que diz respeito aos valores que já comentamos e que estão ligados ao sentido de bem e mal. Esses valores fundamentais estruturam outros, como: justo / injusto, certo / errado, digno / indigno, dentre outros. Costumes morais são aqueles que se relacionam com os modelos de bem e mal da nossa sociedade, ou seja, estão ligados também ao tempo, ao momento, à cultura, a uma época etc., por isso, todos os dias emitimos julgamentos morais em relação aos nossos comportamentos e aos comportamentos dos outros, a partir do nosso ponto de vista, daquilo em que acreditamos. Em outras palavras, estamos sempre avaliando os nossos atos e os atos dos outros segundo os valores de bem e mal da nossa sociedade e de nosso meio. Cabe aqui destacar, que nem sempre nós concordamos com os padrões morais da nossa sociedade, em alguns casos, nem devemos mesmo, pois a crítica deve fazer parte da nossa vida. Por isso, nós confrontamos e criamos valores morais diferentes dos nossos e dos outros e isso mostra que a moral está presente em dois setores da vida humana: no âmbito individual e pessoal,e no âmbito social, isto é, na sociedade. Mais que isso, pode-se dizer que há uma moral individual e uma moral social. Fonte: https://medium.com/@lucasdemelo274/ética-no-dia- a-dia-das-relações-pessoais-e-profissionais-8babeb86598e 12 Mas, como podemos refletir sobre a moral e termos a certeza de que tomamos as decisões mais acertadas? Apesar de todos os indivíduos agirem moralmente, alguns refletem filosoficamente sobre a moral e outros não, assim como os amorais e os imorais, que já vimos. Mas, por que alguns comportamentos são considerados morais e outros não? Quando é que nós podemos dizer que alguém está sendo imoral? E, se nos forçarem a fazer algo que não queremos, estamos agindo moralmente? Quais os valores morais de uma sociedade podem ser preservados e quais devem ser mudados? Quando a Filosofia estuda a moral é que surge a Ética. Vamos deixar uma coisa clara: Ética não é a mesma coisa que a moral. Ética é a reflexão filosófica sobre a moral humana, ela reflete sobre os conceitos de bem e mal, sobre as condições que fazem com que um ato possa ser considerado moral e propõe criticamente normas morais. Como os valores morais são históricos (eles mudam com a história das sociedades), a Ética é também histórica. A Filosofia refletiu de diversas formas a experiência moral do homem ocidental, por isso existem diversas éticas ao longo da história. Por esse motivo, o objetivo da Ética é entender os conflitos existentes entre as pessoas, buscando suas razões como resultado direto de suas crenças e valores e, com base nisso, estabelecer tipos de comportamentos que permitam a convivência em sociedade. # Curiosidade Filosófica: Como um ramo da Filosofia, a Ética a influenciou e foi por ela influenciada. Na ética normativa, distinguem-se dois grupos principais de filósofos: Deontologistas (do grego déontos: “de obrigação”); e Teleologistas (do grego teléios: “no fim”, “final”, causa última). Os deontologistas têm como conceitos básicos o direito e o dever, e assumem que as definições de moral derivam desses conceitos fundamentais. Os teleologistas têm na bondade e valor os conceitos axiológicos básicos que detectam de onde vem a preponderância da bondade intrínseca. Enfatizam o cálculo das consequências de cada ação. Os axiologistas (do grego axíos, “digno”, “’útil”) acham que certas ações são corretas por causa do valor da bondade que eles inerentemente contêm, como a alegria ou prazer. A Ética constitui uma relação social que pode ser visualizada como uma relação de poder. É a razão pela qual não se pode falar unicamente em “ética em geral”, mas de morais específicas, pertencentes a sociedades históricas determinadas. GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Ética e Cidadania Organizacional. Escola Estadual de Educação Profissional – EEEP. Curso Técnico em Comércio. Fortaleza: SEDUC, 2012. 13 4. AULA 3: #Papo de Filósofo: José Ortega y Gasset No seu livro A Desumanização da Arte, o Prof. José Ortega y Gasset reflete o grau de distanciamento e proximidade que temos com os acontecimentos que acontece nas nossas vidas. O fragmente exposto abaixo apresenta uma explicação a respeito da política como ética. Leia o fragmento abaixo e responda as perguntas logo após o texto. 4.1. Política e ética O pesar inevitável desta análise ficaria compensado se nos permitisse falar com clareza de uma escala de distâncias espirituais entre a realidade e nós. Nessa escala os graus de proximidade equivalem a graus de participação sentimental nos acontecimentos; os graus de distanciamento, pelo contrário, significam graus de libertação em que objetivamos o acontecimento real, transformando-o em puro tema de contemplação. Situados num dos extremos, nos encontramos com um aspecto do mundo - pessoas, coisas, situações - que é a realidade "vivida"; do outro extremo, em contrapartida, vemos tudo em seu aspecto de realidade "contemplada". Ao chegarmos aqui, temos que fazer uma advertência essencial para a estética, sem a qual não é fácil penetrar na fisiologia da arte, tanto a velha como a nova. Entre esses diversos aspectos da realidade que correspondem aos vários pontos de vista, há um do qual derivam todos os demais e que em todos os outros está suposto: da realidade vivida. Se não houvesse alguém que vivesse em pura entrega e frenesi a agonia de um homem, o médico não se preocuparia com ela, os leitores não entenderiam os gestos patéticos do jornalista que descreve o fato e o quadro no qual o pintor representa um homem no leito rodeado de figuras condoídas nos seria ininteligível. O mesmo poderíamos dizer de qualquer outro objeto, seja pessoa ou coisa. A forma primitiva de uma maçã é a que esta possui quando nos dispomos a comê-la. Em todas as demais formas possíveis que adote - por exemplo, a que um artista de 1600 lhe deu, combinando-a em um barroco ornamento, a que apresenta uma adega de Cézanne ou na metáfora elementar que faz dela um pomo de mulher - conserva mais ou menos aquele aspecto original. Um quadro, uma poesia onde não restasse nada das formas vividas seriam ininteligíveis, ou seja, não seriam nada, como nada seria um discurso onde de cada palavra se tivesse extirpado a significação habitual. ORTEGA Y GASSET Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/20 14/06/26/opinion/1403792634_8 28231.htmlimportance-of- 14 Quer dizer que na escala das realidades corresponde à realidade vivida uma peculiar primazia que nos obriga a considerá-la como “a” realidade por excelência, em vez de realidade vivida, poderíamos dizer realidade humana. O pintor que presencia impassível a cena da agonia parece “inumano”. Digamos, pois, que o ponto de vista humano é aquele em que “vivemos” as situações, as pessoas, as coisas, e vice-versa, são humanas todas as realidades - mulher, paisagem, peripécias - quando oferecem o aspecto sob o qual costumam ser vividas. Um exemplo, cuja importância observa o leitor mais adiante: entre as realidades que integram o mundo se acham as nossas ideias, utilizamo-las “humanamente” quando com elas pensamos as coisas, ou seja, que ao pensar em Napoleão, o normal é que consideremos exclusivamente o grande homem assim chamado. Ao contrário, o psicólogo, adotando um ponto de vista anormal, “inumano”, desconsidera Napoleão e, vendo seu próprio interesse, procura analisar sua ideia de Napoleão como tal ideia. Trata-se, pois, de uma perspectiva oposta à que usamos na vida espontânea. Em vez de ser a ideia instrumento com que pensamos um objeto, fazemos dela objeto e termo do nosso pensamento, logo, veremos o uso inesperado que a nova arte faz dessa inversão inumana. ORTEGA Y GASSET, J. A desumanização da arte. São Paulo: Ed. Cortez, 2001. 4.2. Vamos refletir: 1. Com base na leitura do texto acima, como podemos entender a realidade pensada pelo autor? 2. Tendo em vista a discussão da realidade acima, como podemos explicar a mensagem da charge abaixo? Fonte: https://domtotal.com/charge.php?chaId=2410 15 5. AULA 4: Os impactos da tecnologia Ao longo das aulas de filosofia do Ensino Médio, estudamos constantemente a questão do conhecimento. Nessa última parte, enfatizaremos alguns dilemas e impasses concernentes às tecnologias na nossa sociedade atual. 5.1. As tecnologias na educação As novas relações virtuais também podem produzir um espaço virtual de complementaridade com as relações do espaço real, além de conectar o aluno com uma nova forma de tempo e de espaço. Isso se dá pelo fato de que o manuseio das máquinas tecnológicas e a forma como sua utilização será realizada, depende do significado e das práticas concernentes às relações sociais. No que concerne à educação, o ponto central é a ênfase dada à questão de tornar o sujeito ativo, e principalmente, crítico e não passivo da ação político- social, em um contexto de desenvolvimento local. Nesse sentido, a tecnologiaseria um instrumento complementar ao processo de aprendizagem, ao tentar formar uma educação relacional, reflexiva e criativa, além de o desenvolvimento social ser formado, não só por condições materiais, como também por imateriais, através da produção de novas subjetividades, tais como a informação e a criatividade. Hoje em dia podemos perceber o quão presente se tornou o ensino remoto, e este ensino só é possível de ser realizado por conta da existência dos dispositivos eletrônicos e da tecnologia. Fonte: http://webquestfacil.com.br/webquest.php?pg=tarefa&wq=11534 16 Isso dá margem para pensar a cidade como um produto social dos atores nela envolvidos, posto que as tecnologias e o computador representam uma nova concepção sobre as práticas sociais. Ao perceber o computador como um espaço de representação no qual a prática espacial se funde com a prática da vivência, este se torna um prolongamento de uma trajetória – trajetória da totalidade do espaço social da humanidade. Sendo assim, um dos caminhos a ser seguido é a inclusão dos cidadãos uma vez que ela pode levar à igualdade de oportunidades. Como a tecnologia na nossa sociedade atual já é considerada um elemento dado e fundamental, essa inclusão deve se dar por meio dela. Assim, a tecnologia seria uma forma de libertação dos meios alienantes e instrumentalizados que impediria que o indivíduo tivesse uma visão crítica dos acontecimentos, ela seria um instrumento de formação da capacidade intelectual e de racionalidade não-instrumental do indivíduo. Dessa forma, a automatização da educação pode propiciar essa formação crítica do sujeito. Entretanto, vale argumentar que construir uma igualdade de condições, ou seja, ter os mesmos meios e os mesmos recursos, não faz com que necessariamente os resultados também sejam os mesmos. Nesse sentido, é interessante a inclusão das tecnologias na educação, pois o que acontece é um processo dual, ou seja, a inclusão deve ser feita dos cidadãos em interação com a tecnologia (inclusão digital) e a inclusão da tecnologia na vida cotidiana dos cidadãos. 5.2. Inclusão, informação e tecnologia Precisamos nos atentar, primeiramente, para o significado da palavra inclusão, especialmente a inclusão digital, ela significa mudar as relações de poder entre as redes dos sujeitos em questão. Se se fala que uma pessoa precisa ser incluída em alguma rede social significa argumentar que ela se encontra dentro de outra rede que não é considerada legítima pela sociedade, ou seja, excluída do sistema socialmente aceito. Portanto, ela precisa ser incluída em uma situação social reconhecidamente legítima. Em outras palavras, se em um sistema globalizado ter acesso ao computador é estar em uma situação socialmente reconhecida, pressupõe-se 17 que quem não está, está à margem desse sistema. Portanto, surge um novo estado de desigualdade, no caso, desigualdade digital. Segundo, o mundo tecnológico é bastante abrangente e isso permite que uma infinidade de informações circulem pelo espaço cibernético. Infelizmente, não se pode controlar como todas as pessoas irão utilizar a internet, de forma correta ou não e quando isso acontece espalha-se a desinformação, as chamadas fake news (falsas notícias) são representantes desse cenário. A tecnologia seria uma ferramenta para o exercício da democracia, em seu sentido mais amplo, uma vez que permitiria a todos os cidadãos ter acesso à informação, e diminuiria a desigualdade digital suscitada por esse novo contexto. A igualdade de informação favoreceria o desenvolvimento humano, compreendendo o econômico, o social, o cultural e o político, já que seria um dos elementos primordiais para, por exemplo, a empregabilidade futura, divulgação de qualquer tipo, busca por informações diversas, bem como permitir que se constitua uma condição na qual os cidadãos possam ter a mesma oportunidade de acesso a esses mesmos conhecimentos. Além disso, o uso das tecnologias precisa ser pautado em um comportamento ético no qual a responsabilidade cívica e o interesse público imperem. Assim, as tecnologias podem ser utilizadas a favor de produção de novos saberes, e saberes que beneficiem a construção de uma sociedade melhor. Da mesma forma, a utilização da tecnologia eticamente orientada permite que os indivíduos se preocupem com o bem viver em coletividade. 5.3. O que pensar sobre o sujeito nos dias atuais? Diante do que estudamos até aqui, também precisamos prestar atenção para o crescimento das cidades e a acentuação da distinção entre campo e cidade. Apesar de herdarmos o termo da Grécia Antiga, a ideia de cidade que temos hoje não é igual àquela, uma vez que a cidade, enquanto locus de formação política do sujeito foi descaracterizada por conta do aumento da quantidade de pessoas que passaram a habitar as partes urbanizadas. Podemos acrescentar que do ponto de vista urbanístico, a cidade é composta por muitos lugares fechados onde a circulação de pessoas é limitada, como em condomínios e nos shoppings centers. 18 Além disso, a complexidade das relações sociais que se formam em torno de determinados valores de status, como por exemplo, a reputação, o dinheiro e o desenvolvimento dessa sociedade deu origem aos tipos de relações sociais que conhecemos hoje. Dentro desse contexto, o conceito de “fluidez” de Zygmunt Bauman (1925-2017) se torna bastante premente, na “sociedade líquida” impera relações sociais mais superficiais e efêmeras. Em um mundo globalizado, no qual as relações entre tempo e espaço mudaram radicalmente, as formas de relacionamentos também passaram por mudanças, portanto essas relações não são sólidas nem duradouras, elas acontecem conforme o interesse e a necessidade do momento - é como se tentasse, analogicamente, pegar com a mão uma ducha de água e esta escorregasse por entre os dedos. Fonte: https://rafadivino.wordpress.com/2010/12/01/tudo-que-e-solido-desmancha-no-ar/ O sujeito na cidade também tem um papel muito importante a desempenhar nas sociedades atuais, mesmo que tenhamos relações sociais que sejam mediadas pela tecnologia, o sujeito moderno ainda possui responsabilidades cívicas e morais para com seus semelhantes. Quando ZYGMUNT-BAUMAN Fonte: https://epoca.globo.com/ideias/notic ia/2014/02/bzygmunt-baumanb- vivemos-o-fim-do-futuro.html 19 estudamos a parte política e a sociedade democrática, pretendemos enfatizar que há necessidade de pensarmos e agirmos em prol do bem da sociedade como um todo e nos engajarmos em atitudes que sejam éticas. De fato, o conceito de sujeito se transformou ao longo do tempo, pois, incluiu os novos valores sociais e morais que foram surgindo ao longo do tempo, bem como foi se adaptando a novos formatos de relações sociais guiadas, principalmente, pelas novas tecnologias e pelas redes sociais. #Parasabermais: https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da- informacao-e-comunicacao/ 6. AULA 5: O “Enem” sabia disso? 1. ENEM 2019 A importância do conhecimento está em seu uso, em nosso domínio ativo sobre ele, quero dizer, reside na sabedoria. É convencional falar em mero conhecimento, separado da sabedoria, como capaz de incutir uma dignidade peculiar a seu possuidor. Não compartilho dessa reverência pelo conhecimento como tal. Tudo depende de quem possui o conhecimento e do uso que faz dele. WHITHEHEAD, A. N. Os fins da educação e outros ensaios. São Paulo: Edusp, 1969. No trecho, o autor considera que o conhecimento traz possibilidades de progresso material e moral quando: a) prioriza o rigor conceitual. b) valoriza seus dogmas. c) avalia sua aplicabilidade. d) busca a inovação tecnológica. e) instaura uma perspectiva científica. 2. ENEM 2013 Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi propostapela primeira vez no início da Modernidade, como https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/ https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/ 20 expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente”. CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico três enfoques. Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4. 2004 (adaptado). Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em: a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes. b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar outrora foi da filosofia. c) ser a expressão da razão e servir de modelos para outras áreas do saber que almejam o progresso. d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos. e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos. 3. (Enem/2010) A ética precisa ser compreendida como um empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e rediscutido, porque é produto da relação interpessoal e social. A ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo-se responsável por todos e que crie condições para o exercício de um pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política é também uma questão de educação e luta pela soberania dos povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza dos valores sociais para organizar também uma nova prática política. CORDI et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado). O Século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como a) instrumento de garantia da cidadania, porque através dela os cidadãos passam a pensar e agir de acordo com valores coletivos. b) mecanismo de criação de direitos humanos, porque é da natureza do homem ser ético e virtuoso. c) meio para resolver os conflitos sociais no cenário da globalização, pois a partir do entendimento do que é efetivamente a ética, a política internacional se realiza. d) parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos interesses e ação privada dos cidadãos. e) aceitação de valores universais implícitos numa sociedade que busca dimensionar sua vinculação à outras sociedades. 4. ENEM 2018 Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma 21 sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela. HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na: a) convicção inata. b) dimensão apriorística. c) elaboração do intelecto. d) percepção dos sentidos. e) realidade transcendental. Fonte: https://www.qconcursos.com/ 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final do ano, pessoal! Como você deve ter percebido, o limiar do ético e moral não é tão simples, e encontra pelo caminho inúmeras dificuldades, principalmente aquelas que são impostas pela própria sociedade e suas regras pré-determinadas, que visam justamente à manutenção do status quo, que é o “estado das coisas”, ou a manutenção do que já está implementado. O que precisamos mudar são as formas que enxergamos o mundo, a vida e nós mesmos, pois a moral pode ser aprendida e modificada, uma vez que somos pessoas que se humanizam na medida em que nos relacionamos, para isso, dois preceitos são básicos: o de educar para a cidadania e o educar eticamente. Por fim, refletimos alguns impasses trazidos por essas tecnologias. Vimos primeiro que a inclusão digital é um fator importante justamente porque precisamos da tecnologia nosso cotidiano, e até na educação com o aparecimento do ensino remoto. Além disso, discutimos que o espaço cibernético, por sua aparente infinitude, deu espaço a práticas de desinformação que precisam ser revistas, assim a tecnologia pode ser capaz de construir uma sociedade democrática que possa ser eticamente orientada. Parabéns! 22 7.1. Leitura Sugerida: - Consumidores e Cidadãos Autor: Nestor Garcia Canclini. Editora: UFRJ. Resumo: O livro do autor Nestor Canclini apresenta uma reflexão aprofundada sobre o desenvolvimento do mundo contemporâneo no que diz respeito ao contexto de surgimento da tecnologia. O autor reflete sobre como as relações sociais mudam com as novas tecnologias, transformando, sobretudo, a perspectiva na qual os indivíduos se inserem no mundo e são por ele interpretados. - Textos básicos de ética: de Platão a Foucault Autor: Danilo Marcondes. Editora: Zahar. Resumo: Essa antologia de textos sobre ética tem como objetivo pôr o estudante em contato direto com as ideias dos grandes pensadores. Em vez de o aluno "ouvir falar" ou "ler sobre" o que os filósofos pensam sobre o tema, terá oportunidade de lidar diretamente com os textos de Platão a Foucault. Elaborado para utilização didática, o volume está organizado com uma introdução para cada filósofo; um comentário que situa cada trecho escolhido no contexto da obra original, destacando sua importância e indicando seu enfoque central; finalizando cada seção, uma série de questões e temas para discussão em sala de aula, e indicação de leituras complementares. Inclui 35 textos comentados dos grandes filósofos: Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Descartes, Spinoza, Hume, Kant, Kierkegaard, Nietzsche, Stuart Mill, Weber, Freud, Foucault. 8. RESUMO Nestas Orientações de Estudos do 2º Bimestre de 2020, Módulo III de Filosofia – EJA, você aprendeu: Por meio dos vídeos propostos podemos ver como a Ética e a moral fazem parte da nossa vida e como construímos os valores que fazem 23 parte de quem somos, bem como ampliamos a discussão sobre o impacto que o desenvolvimento da tecnologia tem nas nossas vidas; O que são valores impostos e adquiridos, como eles chegam para nós e nos fazem decidir sobre as questões mais básicas da vida; A diferença entre moral e ética, entendendo que moral são os atos baseados nos costumes e que precisamos lapidar conforme nos (re)construímos como indivíduos; Que a Ética é uma parte da Filosofia que nos ajuda a pensar sobre a moral, o certo e errado, nos ajudando a refletir sobre as decisões que afetam não só o indivíduo, mas todos ao seu redor; Com o professor Ortega y Gasset que reflete sobre a realidade vivida e a experiência que conseguimos ter na vida; Que alguns impactos da tecnologia na esfera social, especialmente, na educação; Que alguns impasses trazidos pela introdução da tecnologia no mundo como a inclusão digital e as fake news. Por fim, com alguns exercícios do Enem a praticar as questões de Filosofia relacionadas aos temas abordadas ao longo dessa OE. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2016. BAUMAN, Z. Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor; 2004. BOBBIO, N. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. UnB, 2004. BUCKINGHAM, W. Livro da Filosofia. São Paulo: Globo, 2011. BOURDIEU P. Remarques provisoires sur la perception sociale du corps. In: Actes de la recherche en sciences sociales. Vol. 14, Présentation et représentation du corps. pp. 51-54, abril 1977 [Tradução de Sônia Giacomini]. CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2000. 24 COTRIM, G. Fundamentos de filosofia: história e grandes temas. 15. ed. São Paulo, 2002. CYRINO, H.; PENHA, C. Filosofia hoje. 2. ed. Campinas: Papirus, 1992. DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Ética e Cidadania Organizacional. Escola Estadual de Educação Profissional – EEEP. Curso Técnico em Comércio. Fortaleza: SEDUC, 2012. JAPIASSÚ, H. Dicionário Básico de Filosofia. 5 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. KANT, I. Crítica da faculdade do juízo. Trad. Valério Rohden e António Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. Trad. Carlos Irineu da Costa, Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. MARASCHIN, C. Redes de conversão como operadoras de mudanças estruturais na convivência. In: PELLANDA, N. M. C.; SCHLÜNZEN, E. T. M.; SCHLÜNZEN JUNIOR, K. (Orgs.). Inclusão Digital: Tecendo redes afetivas/cognitivas. Rio de Janeiro: Editora DP&A. 2005.
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