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Prévia do material em texto

Governo do Estado do Rio de Janeiro 
Secretaria de Estado de Educação 
 
 
Comte Bittencourt 
Secretário de Estado de Educação 
 
 
Andrea Marinho de Souza Franco 
Subsecretária de Gestão de Ensino 
 
 
Elizângela Lima 
Superintendente Pedagógica 
 
 
Maria Claudia Chantre 
Coordenadoria de Área de conhecimento 
 
Assistentes 
Carla Lopes 
Fabiano Farias de Souza 
Roberto Farias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto e conteúdo 
Prof. Alexandre Botelho José 
CIEP 394 Cândido Augusto Ribeiro Neto 
Prof. Vitor Dantas de Moraes 
C.E. Irineu José Ferreira 
Profª. Joana da Costa Macedo 
C.E. Professora Luiza Marinho 
 
Capa 
Luciano Cunha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão de texto 
 
Prof.ª Andreia Cristina Jacurú Belletti 
Prof.ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco 
Prof.ª Cristiane Ramos da Costa 
Prof.ª Deolinda da Paz Gadelha 
Prof.ª Elizabete Costa Malheiros 
Prof.ª Karla Menezes Lopes Niels 
Prof.ª Kassia Fernandes da Cunha 
Prof. Marcos Giacometti 
Prof. Mário Matias de Andrade Júnior 
Prof. Paulo Roberto Ferrari Freitas 
Prof.ª Regina Simões Alves 
Prof. Sammy Cardozo Dias 
Prof. Thiago Serpa Gomes da Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à 
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma 
orientação de estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
© 2021 - Secretaria de Estado de Educação. Todos os direitos reservados. 
 
 
 
 
 
 
 
Filosofia – Orientação de Estudos 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6 
2. AULA 1: Hora do vídeo! .................................................................................... 7 
3. AULA 2: Valores, Moral e Ética? ...................................................................... 7 
3.1. Como construímos os nossos valores? ..................................................... 8 
3.2. Qual a diferença entre Moral e Ética? ..................................................... 11 
4. AULA 3: #Papo de Filósofo: José Ortega y Gasset ........................................ 13 
4.1. Política e ética ......................................................................................... 13 
4.2. Vamos refletir: ......................................................................................... 14 
5. AULA 4: Os impactos da tecnologia ............................................................... 15 
5.1. As tecnologias na educação .................................................................... 15 
5.2. Inclusão, informação e tecnologia ........................................................... 16 
5.3. O que pensar sobre o sujeito nos dias atuais? ........................................ 17 
6. AULA 5: O “Enem” sabia disso? ..................................................................... 19 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 21 
7.1. Leitura Sugerida: ..................................................................................... 22 
8. RESUMO ........................................................................................................ 22 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 23 
 
5 
 
 
 
DISCIPLINA: Filosofia. 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS PARA FILOSOFIA 
Módulo III – 2º Bimestre de 2020 – Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio 
Prof. Alexandre Botelho José e Prof.ª Joana da Costa Macedo 
 
 
 
META: 
Apresentar algumas questões trazidas pelo desenvolvimento tecnológico e 
identificar alguns dilemas éticos surgidos por conta do mundo digital. 
 
 
 
OBJETIVOS: 
Ao final destas Orientações de Estudos, você deverá ser capaz de: 
● Diferenciar ética e moral; 
● Reconhecer as possibilidades abertas pelo mundo tecnológico e os 
impasses éticos que acompanham essas possibilidades. 
 
6 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Caros alunos, 
Vocês já se perguntaram como nossas vidas mudam e são impactadas 
pelas tecnologias? Muitas vezes é difícil ter a real noção desse impacto, não é 
mesmo? 
Nesta Orientação de Estudos (OE), nós vamos problematizar e 
compreender como o desenvolvimento da tecnologia e a sua consequente 
introdução em nossas vidas, mudaram nossa forma de viver e ver o mundo. Até a 
forma que nos relacionamos foram afetadas. Justamente por causa desses 
relacionamentos que acabamos por repensar as nossas próprias atitudes e atos 
morais. 
E esses atos são fundamentais para nossa vida em sociedade e para o 
modo como nos orientamos como indivíduos. A autonomia do sujeito moral é 
fundamental para que vocês comecem a pensar a partir dos seus próprios 
parâmetros. Tenha em mente que a busca pela felicidade é uma preocupação 
primordial nas relações humanas e, por isso, a moralidade, a justiça e outros 
conceitos fazem parte do nosso cotidiano. 
Dessa forma, sempre que isso ocorre estamos diante de uma decisão 
que envolve julgamento moral e temos que decidir com base no que 
consideramos bom, justo ou moralmente correto. Com certeza você já deve ter 
ouvido as palavras “ética” e “moral”, mas será que elas têm o mesmo significado? 
Vamos tentar desvendar essa dúvida? 
Bons estudos! 
7 
2. AULA 1: Hora do vídeo! 
 
No vídeo abaixo o professor Leandro Vieira fala sobre os conceitos éticos 
e morais, como eles são construídos e como podemos utilizá-los junto aos 
valores que aprendemos no decorrer da vida. Vamos lá? 
 
Acesse: 
https://youtu.be/T0ZdMP3DVos 
 
 
 
Agora nesse próximo vídeo, o prof. Silvio Meira e a Prof.ª Viviane Mosé 
discutem o impacto das tecnologias nas nossas vidas cotidianas. Essa reflexão 
está inserida em um contexto no qual o desenvolvimento da tecnologia fez com 
que celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos passassem a fazer 
parte das nossas vidas. Nesse sentido, precisamos encarar outra realidade, a 
virtual, que promove outro tipo de relacionamento entre as pessoas, além do 
instantâneo nas nossas vidas. 
Vamos assistir? 
 
 
Acesse: 
https://youtu.be/tpHnyGEqHMw 
 
 
 
 
3. AULA 2: Valores, Moral e Ética? 
 
Caro aluno, 
Como dissemos, os seres humanos agem conscientemente e cada um 
de nós é responsável pela sua própria vida e, consequentemente, pelas decisões 
que toma. Mas, como decidimos o que fazer? Você já pensou como tomar as 
decisões sobre o que fazer em determinada situação? Você age impulsivamente, 
https://youtu.be/T0ZdMP3DVos
https://youtu.be/tpHnyGEqHMw
8 
fazendo “o que der na telha” ou analisa cuidadosamente as possibilidades e as 
consequências, para somente depois decidir o que fazer? 
Essas são questões filosóficas e a Filosofia pode nos ajudar a pensar 
sobre a nossa própria vida por meio dessa área que se chama Ética, é ela que se 
dedica a pensar as ações humanas, os seus fundamentos e faz uma análise das 
consequências. Um dos primeiros filósofos a pensar a Ética foi nosso amigo 
Aristóteles, que viveu na Grécia no século IV a.C.; ele ensinava numa escola à 
qual deu o nome de Liceu e muitas de suas obras são resultado das anotações 
que os discípulos faziam de suas aulas. As explicações sobre a Ética foram 
anotadas pelo filho de Aristóteles chamado Nicômaco, por isso esse livro é 
conhecido por nós com o título de Ética a Nicômaco. 
Em suas aulas, Aristóteles fez uma análise do agir humano que marcou 
decisivamente o modo de pensar ocidental, ele ensinava que todo o 
conhecimento e todo trabalho visa a algum bem, o bem é a finalidade de toda 
ação, a busca do bem é o diferente, é o que difere a ação humana da de todos os 
outros animais. E você, tem buscado o “bem” como finalidade de toda ação? 
Cabe ainda destacar, que para Aristóteles esse “bem” seria o mais 
precioso e é a maior busca do ser humano, ou seja, a “felicidade”. Mas, o que é 
felicidade? Essa pergunta não é respondidaigualmente por todos, pois cada um 
de nós responde de uma forma diferente, de forma singular. Essa singularidade 
na resposta é partilhada por outros indivíduos com os quais convivemos, 
portanto, no processo de nossa educação familiar, religiosa e escolar 
aprendemos a identificar o ser feliz com os valores que sustentam nossas ações. 
Para entendermos melhor como essas questões funcionam em nossas 
vidas precisamos compreender como construímos os nossos valores, o que é 
Ética e como a moral atua em nossas vidas. 
 
3.1. Como construímos os nossos valores? 
Você já deve ter percebido que desde a infância estamos sujeitos à 
influência do meio social por intermédio da família, da escola, dos amigos e dos 
meios de comunicação de massa (principalmente a televisão e a internet). Assim, 
todos nós vamos adquirindo aos poucos princípios morais. Portanto, ao nascer 
cada um de nós nos deparamos com um conjunto de normas já estabelecidas e 
Felipe
Máquina de escrever
 Valores, Moral e Ética?
Caro aluno,
Como dissemos, os seres humanos agem conscientemente e cada um
de nós é responsável pela sua própria vida e, consequentemente, pelas decisões
que toma. Mas, como decidimos o que fazer? Você já pensou como tomar as
decisões sobre o que fazer em determinada situação? Você age impulsivamente,
9 
aceitas pelo meio social. Consegue perceber que já recebemos tudo isso “pronto” 
e que só mais tarde vamos (re)construindo esses valores? Este é chamado 
aspecto social da moral. 
Mas, a moral não se limita ao aspecto social, pois à medida que o 
indivíduo desenvolve a reflexão crítica, a Filosofia, os valores herdados passam a 
ser colocados em questão. Você mesmo pode perceber que de muitas das coisas 
que lhe ensinaram, hoje você já adquiriu outro olhar. A Filosofia ajuda na reflexão 
sobre as normas e decide aceitá-las ou negá-las, a decisão de acatar uma norma 
é fruto de uma reflexão pessoal consciente que podemos chamar de 
“interiorização”. Essa interiorização da norma é que qualifica o ato como moral. 
Caso não seja interiorizado, o ato não é considerado moral, é apenas um 
comportamento determinado pelos instintos, pelos hábitos ou pelos costumes. 
Temos que entender que a maneira como a consciência individual vai 
reagir diante das normas depende de muitos fatores, alguns são pessoais 
(formação familiar, caráter, temperamento), mas outros são oriundos de 
instituições sociais (regime político, organização social, instituição religiosa, 
sistema econômico, instituições culturais, meios de comunicação em massa) que 
podem criar possibilidades ou impor obstáculos à criticidade e também à 
construção da moral. 
Vamos pegar um exemplo corriqueiro para entendermos como o conceito 
de interiorização funciona. Imagine um condutor de um veículo, em uma via 
urbana, ao parar antes da faixa de segurança de maneira espontânea e permitir 
que os pedestres atravessem a rua, ele estará respeitando as pessoas e o 
Código de Trânsito Brasileiro, sendo, portanto, um comportamento moralmente 
correto. Entretanto, se ele parar o 
veículo pelo simples fato de ter 
receio em receber uma multa, seu 
comportamento se limita a um ato 
mecânico e sem reflexão crítica, ou 
seja, ele apenas fez pelo 
cumprimento da lei. Na charge do 
Arionauro vemos o cúmulo da falta 
de interiorização, em que, além de 
10 
parar na faixa de pedestre, em frente a uma escola, o motorista ainda estava 
utilizando o celular. Por isso, multa nele, seu guarda! Conseguiram compreender 
a diferença? 
Para entender melhor, quando falamos de moral temos que ter em mente 
que a pessoa sabe aquilo que precisa ser feito, pois após o processo de 
interiorização, a atitude moralmente correta acontece de forma natural, 
independentemente das vantagens ou prejuízos que possa vir a acontecer, mas 
não confunda ato moral com um ato acima de contestações. Isso porque quando 
você pratica um ato moral, também está sujeito a sofrer consequências negativas, 
pois o que é moral para uns pode ser amoral ou imoral para outros, ou seja, um 
sujeito amoral é aquele que desconsidera ou não se importa com as regras ou 
normas morais, já o sujeito imoral é aquele que conhece as regras ou normas, mas 
é completamente contra elas. 
Vejamos algumas questões que norteiam o vasto campo da moral, estas 
são as perguntas fundamentais que nos ajudam a refletir e a interiorizar: 
● O que devo fazer para ser justo? 
● Quais valores devo escolher para guiar minha vida? 
● Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida? 
● Que tipo de ser humano devo ser nas minhas relações comigo 
mesmo, com meus semelhantes e com a natureza? 
● Que tipos de atitudes devo praticar como pessoa e cidadão? 
 
 
Valor (lat. valor) Literalmente, em seu sentido original, "valor" significa coragem, 
bravura, o caráter do homem, daí por extensão significar aquilo que dá a algo um caráter 
positivo. 
Do ponto de vista ético, os valores são os fundamentos da moral, das normas e regras 
que prescrevem a conduta correta. No entanto, a própria definição desses valores varia 
em diferentes doutrinas filosóficas. Para algumas concepções, é um valor tudo aquilo que 
traz a felicidade do homem. Mas trata-se igualmente de uma noção difícil de se 
caracterizar e sujeita a divergências quanto à sua definição. Alguns filósofos consideram 
também que os valores se caracterizam por relação aos fins que se pretendem obter, a 
partir dos quais algo se define como bom ou mau. Outros defendem a ideia de que algo é 
um valor em si mesmo. Discute-se, assim, se os valores podem ser definidos intrínseca 
ou extrinsecamente. Há ainda várias outras questões envolvidas na discussão filosófica 
sobre os valores, p. ex., se os valores são relativos ou absolutos, se são inerentes à 
natureza humana ou se são adquiridos etc. 
JAPIASSÚ, H. Dicionário Básico de Filosofia. 5 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. 
11 
3.2. Qual a diferença entre Moral e Ética? 
A palavra moral deriva das palavras, em latim, moralis e mor que 
significam “costume” e como você pode perceber, nossa vida é orientada por 
diversos costumes. Temos costumes que regulam praticamente tudo em nossas 
vidas, as roupas que vestimos (se vamos a uma igreja, por exemplo, os nossos 
costumes sociais não nos permitem usar sunga de banho), as palavras que 
usamos em diversas ocasiões (se estamos conversando com um amigo, não o 
chamamos de “meritíssimo” ou “meu senhor”), os nossos gestos (muitas pessoas 
fazem o sinal da cruz quando passam em frente de uma igreja), até nas redes 
sociais temos nossos costumes e para isso criou-se até uma “netiqueta”, que são 
as regras de comportamento quando estamos no mundo virtual, além de muitos 
outros comportamentos que usamos no dia a dia. 
Mas, para você entender melhor a 
moral se refere a outro tipo de costume, 
trata-se de costume que diz respeito aos 
valores que já comentamos e que estão 
ligados ao sentido de bem e mal. Esses 
valores fundamentais estruturam outros, 
como: justo / injusto, certo / errado, digno / 
indigno, dentre outros. Costumes morais 
são aqueles que se relacionam com os modelos de bem e mal da nossa 
sociedade, ou seja, estão ligados também ao tempo, ao momento, à cultura, a 
uma época etc., por isso, todos os dias emitimos julgamentos morais em relação 
aos nossos comportamentos e aos comportamentos dos outros, a partir do nosso 
ponto de vista, daquilo em que acreditamos. Em outras palavras, estamos 
sempre avaliando os nossos atos e os atos dos outros segundo os valores de 
bem e mal da nossa sociedade e de nosso meio. Cabe aqui destacar, que nem 
sempre nós concordamos com os padrões morais da nossa sociedade, em 
alguns casos, nem devemos mesmo, pois a crítica deve fazer parte da nossa 
vida. Por isso, nós confrontamos e criamos valores morais diferentes dos nossos 
e dos outros e isso mostra que a moral está presente em dois setores da vida 
humana: no âmbito individual e pessoal,e no âmbito social, isto é, na sociedade. 
Mais que isso, pode-se dizer que há uma moral individual e uma moral social. 
Fonte: https://medium.com/@lucasdemelo274/ética-no-dia-
a-dia-das-relações-pessoais-e-profissionais-8babeb86598e 
12 
Mas, como podemos refletir sobre a moral e termos a certeza de que 
tomamos as decisões mais acertadas? Apesar de todos os indivíduos agirem 
moralmente, alguns refletem filosoficamente sobre a moral e outros não, assim 
como os amorais e os imorais, que já vimos. Mas, por que alguns 
comportamentos são considerados morais e outros não? Quando é que nós 
podemos dizer que alguém está sendo imoral? E, se nos forçarem a fazer algo 
que não queremos, estamos agindo moralmente? Quais os valores morais de 
uma sociedade podem ser preservados e quais devem ser mudados? Quando a 
Filosofia estuda a moral é que surge a Ética. Vamos deixar uma coisa clara: 
Ética não é a mesma coisa que a moral. Ética é a reflexão filosófica sobre a 
moral humana, ela reflete sobre os conceitos de bem e mal, sobre as condições 
que fazem com que um ato possa ser considerado moral e propõe criticamente 
normas morais. Como os valores morais são históricos (eles mudam com a 
história das sociedades), a Ética é também histórica. A Filosofia refletiu de 
diversas formas a experiência moral do homem ocidental, por isso existem 
diversas éticas ao longo da história. Por esse motivo, o objetivo da Ética é 
entender os conflitos existentes entre as pessoas, buscando suas razões como 
resultado direto de suas crenças e valores e, com base nisso, estabelecer tipos 
de comportamentos que permitam a convivência em sociedade. 
 
# Curiosidade Filosófica: 
Como um ramo da Filosofia, a Ética a influenciou e foi por ela influenciada. 
 
Na ética normativa, distinguem-se dois grupos principais de filósofos: 
 Deontologistas (do grego déontos: “de obrigação”); e 
 Teleologistas (do grego teléios: “no fim”, “final”, causa última). 
 
Os deontologistas têm como conceitos básicos o direito e o dever, e assumem que as 
definições de moral derivam desses conceitos fundamentais. 
Os teleologistas têm na bondade e valor os conceitos axiológicos básicos que 
detectam de onde vem a preponderância da bondade intrínseca. Enfatizam o cálculo das 
consequências de cada ação. 
Os axiologistas (do grego axíos, “digno”, “’útil”) acham que certas ações são corretas 
por causa do valor da bondade que eles inerentemente contêm, como a alegria ou prazer. 
A Ética constitui uma relação social que pode ser visualizada como uma relação de 
poder. É a razão pela qual não se pode falar unicamente em “ética em geral”, mas de 
morais específicas, pertencentes a sociedades históricas determinadas. 
 
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Ética e Cidadania Organizacional. Escola Estadual de 
Educação Profissional – EEEP. Curso Técnico em Comércio. Fortaleza: SEDUC, 2012. 
13 
4. AULA 3: #Papo de Filósofo: José Ortega y Gasset 
 
No seu livro A Desumanização da Arte, o Prof. 
José Ortega y Gasset reflete o grau de distanciamento e 
proximidade que temos com os acontecimentos que 
acontece nas nossas vidas. O fragmente exposto abaixo 
apresenta uma explicação a respeito da política como 
ética. Leia o fragmento abaixo e responda as perguntas 
logo após o texto. 
 
4.1. Política e ética 
O pesar inevitável desta análise ficaria compensado se nos permitisse falar com 
clareza de uma escala de distâncias espirituais entre a realidade e nós. Nessa escala os 
graus de proximidade equivalem a graus de participação sentimental nos 
acontecimentos; os graus de distanciamento, pelo contrário, significam graus de 
libertação em que objetivamos o acontecimento real, transformando-o em puro tema de 
contemplação. Situados num dos extremos, nos encontramos com um aspecto do 
mundo - pessoas, coisas, situações - que é a realidade "vivida"; do outro extremo, em 
contrapartida, vemos tudo em seu aspecto de realidade "contemplada". Ao chegarmos 
aqui, temos que fazer uma advertência essencial para a estética, sem a qual não é fácil 
penetrar na fisiologia da arte, tanto a velha como a nova. 
Entre esses diversos aspectos da realidade que correspondem aos vários 
pontos de vista, há um do qual derivam todos os demais e que em todos os outros está 
suposto: da realidade vivida. Se não houvesse alguém que vivesse em pura entrega e 
frenesi a agonia de um homem, o médico não se preocuparia com ela, os leitores não 
entenderiam os gestos patéticos do jornalista que descreve o fato e o quadro no qual o 
pintor representa um homem no leito rodeado de figuras condoídas nos seria ininteligível. 
O mesmo poderíamos dizer de qualquer outro objeto, seja pessoa ou coisa. A forma 
primitiva de uma maçã é a que esta possui quando nos dispomos a comê-la. Em todas 
as demais formas possíveis que adote - por exemplo, a que um artista de 1600 lhe deu, 
combinando-a em um barroco ornamento, a que apresenta uma adega de Cézanne ou 
na metáfora elementar que faz dela um pomo de mulher - conserva mais ou menos 
aquele aspecto original. Um quadro, uma poesia onde não restasse nada das formas 
vividas seriam ininteligíveis, ou seja, não seriam nada, como nada seria um discurso 
onde de cada palavra se tivesse extirpado a significação habitual. 
ORTEGA Y GASSET 
Fonte: 
https://brasil.elpais.com/brasil/20
14/06/26/opinion/1403792634_8
28231.htmlimportance-of-
 
14 
Quer dizer que na escala das realidades corresponde à realidade vivida uma 
peculiar primazia que nos obriga a considerá-la como “a” realidade por excelência, em 
vez de realidade vivida, poderíamos dizer realidade humana. O pintor que presencia 
impassível a cena da agonia parece “inumano”. Digamos, pois, que o ponto de vista 
humano é aquele em que “vivemos” as situações, as pessoas, as coisas, e vice-versa, 
são humanas todas as realidades - mulher, paisagem, peripécias - quando oferecem o 
aspecto sob o qual costumam ser vividas. 
Um exemplo, cuja importância observa o leitor mais adiante: entre as realidades 
que integram o mundo se acham as nossas ideias, utilizamo-las “humanamente” quando 
com elas pensamos as coisas, ou seja, que ao pensar em Napoleão, o normal é que 
consideremos exclusivamente o grande homem assim chamado. Ao contrário, o 
psicólogo, adotando um ponto de vista anormal, “inumano”, desconsidera Napoleão e, 
vendo seu próprio interesse, procura analisar sua ideia de Napoleão como tal ideia. 
Trata-se, pois, de uma perspectiva oposta à que usamos na vida espontânea. Em vez de 
ser a ideia instrumento com que pensamos um objeto, fazemos dela objeto e termo do 
nosso pensamento, logo, veremos o uso inesperado que a nova arte faz dessa inversão 
inumana. 
ORTEGA Y GASSET, J. A desumanização da arte. São Paulo: Ed. Cortez, 2001. 
 
4.2. Vamos refletir: 
1. Com base na leitura do texto acima, como podemos entender a realidade 
pensada pelo autor? 
2. Tendo em vista a discussão da realidade acima, como podemos explicar 
a mensagem da charge abaixo? 
 
Fonte: https://domtotal.com/charge.php?chaId=2410 
15 
5. AULA 4: Os impactos da tecnologia 
 
Ao longo das aulas de filosofia do Ensino Médio, estudamos 
constantemente a questão do conhecimento. Nessa última parte, enfatizaremos 
alguns dilemas e impasses concernentes às tecnologias na nossa sociedade atual. 
 
5.1. As tecnologias na educação 
As novas relações virtuais também podem produzir um espaço virtual de 
complementaridade com as relações do espaço real, além de conectar o aluno 
com uma nova forma de tempo e de espaço. Isso se dá pelo fato de que o 
manuseio das máquinas tecnológicas e a forma como sua utilização será 
realizada, depende do significado e das práticas concernentes às relações 
sociais. 
No que concerne à educação, o ponto central é a ênfase dada à questão 
de tornar o sujeito ativo, e principalmente, crítico e não passivo da ação político-
social, em um contexto de desenvolvimento local. Nesse sentido, a tecnologiaseria um instrumento complementar ao processo de aprendizagem, ao tentar 
formar uma educação relacional, reflexiva e criativa, além de o desenvolvimento 
social ser formado, não só por condições materiais, como também por imateriais, 
através da produção de novas subjetividades, tais como a informação e a 
criatividade. 
Hoje em dia podemos perceber o quão presente se tornou o ensino 
remoto, e este ensino só é possível de ser realizado por conta da existência dos 
dispositivos eletrônicos e da tecnologia. 
 
Fonte: http://webquestfacil.com.br/webquest.php?pg=tarefa&wq=11534 
16 
Isso dá margem para pensar a cidade como um produto social dos atores 
nela envolvidos, posto que as tecnologias e o computador representam uma nova 
concepção sobre as práticas sociais. Ao perceber o computador como um espaço 
de representação no qual a prática espacial se funde com a prática da vivência, 
este se torna um prolongamento de uma trajetória – trajetória da totalidade do 
espaço social da humanidade. 
Sendo assim, um dos caminhos a ser seguido é a inclusão dos cidadãos 
uma vez que ela pode levar à igualdade de oportunidades. Como a tecnologia na 
nossa sociedade atual já é considerada um elemento dado e fundamental, essa 
inclusão deve se dar por meio dela. Assim, a tecnologia seria uma forma de 
libertação dos meios alienantes e instrumentalizados que impediria que o 
indivíduo tivesse uma visão crítica dos acontecimentos, ela seria um instrumento 
de formação da capacidade intelectual e de racionalidade não-instrumental do 
indivíduo. Dessa forma, a automatização da educação pode propiciar essa 
formação crítica do sujeito. 
Entretanto, vale argumentar que construir uma igualdade de condições, 
ou seja, ter os mesmos meios e os mesmos recursos, não faz com que 
necessariamente os resultados também sejam os mesmos. Nesse sentido, é 
interessante a inclusão das tecnologias na educação, pois o que acontece é um 
processo dual, ou seja, a inclusão deve ser feita dos cidadãos em interação com 
a tecnologia (inclusão digital) e a inclusão da tecnologia na vida cotidiana dos 
cidadãos. 
 
5.2. Inclusão, informação e tecnologia 
Precisamos nos atentar, primeiramente, para o significado da palavra 
inclusão, especialmente a inclusão digital, ela significa mudar as relações de 
poder entre as redes dos sujeitos em questão. Se se fala que uma pessoa 
precisa ser incluída em alguma rede social significa argumentar que ela se 
encontra dentro de outra rede que não é considerada legítima pela sociedade, ou 
seja, excluída do sistema socialmente aceito. Portanto, ela precisa ser incluída 
em uma situação social reconhecidamente legítima. 
Em outras palavras, se em um sistema globalizado ter acesso ao 
computador é estar em uma situação socialmente reconhecida, pressupõe-se 
17 
que quem não está, está à margem desse sistema. Portanto, surge um novo 
estado de desigualdade, no caso, desigualdade digital. 
Segundo, o mundo tecnológico é bastante abrangente e isso permite que 
uma infinidade de informações circulem pelo espaço cibernético. Infelizmente, 
não se pode controlar como todas as pessoas irão utilizar a internet, de forma 
correta ou não e quando isso acontece espalha-se a desinformação, as 
chamadas fake news (falsas notícias) são representantes desse cenário. 
A tecnologia seria uma ferramenta para o exercício da democracia, em 
seu sentido mais amplo, uma vez que permitiria a todos os cidadãos ter acesso à 
informação, e diminuiria a desigualdade digital suscitada por esse novo contexto. 
A igualdade de informação favoreceria o desenvolvimento humano, 
compreendendo o econômico, o social, o cultural e o político, já que seria um dos 
elementos primordiais para, por exemplo, a empregabilidade futura, divulgação 
de qualquer tipo, busca por informações diversas, bem como permitir que se 
constitua uma condição na qual os cidadãos possam ter a mesma oportunidade 
de acesso a esses mesmos conhecimentos. 
Além disso, o uso das tecnologias precisa ser pautado em um 
comportamento ético no qual a responsabilidade cívica e o interesse público 
imperem. Assim, as tecnologias podem ser utilizadas a favor de produção de 
novos saberes, e saberes que beneficiem a construção de uma sociedade 
melhor. Da mesma forma, a utilização da tecnologia eticamente orientada permite 
que os indivíduos se preocupem com o bem viver em coletividade. 
 
5.3. O que pensar sobre o sujeito nos dias atuais? 
Diante do que estudamos até aqui, também precisamos prestar atenção 
para o crescimento das cidades e a acentuação da distinção entre campo e 
cidade. Apesar de herdarmos o termo da Grécia Antiga, a ideia de cidade que 
temos hoje não é igual àquela, uma vez que a cidade, enquanto locus de 
formação política do sujeito foi descaracterizada por conta do aumento da 
quantidade de pessoas que passaram a habitar as partes urbanizadas. Podemos 
acrescentar que do ponto de vista urbanístico, a cidade é composta por muitos 
lugares fechados onde a circulação de pessoas é limitada, como em condomínios 
e nos shoppings centers. 
18 
Além disso, a complexidade das relações sociais 
que se formam em torno de determinados valores de 
status, como por exemplo, a reputação, o dinheiro e o 
desenvolvimento dessa sociedade deu origem aos tipos 
de relações sociais que conhecemos hoje. Dentro desse 
contexto, o conceito de “fluidez” de Zygmunt Bauman 
(1925-2017) se torna bastante premente, na “sociedade 
líquida” impera relações sociais mais superficiais e 
efêmeras. 
Em um mundo globalizado, no qual as relações 
entre tempo e espaço mudaram radicalmente, as formas 
de relacionamentos também passaram por mudanças, portanto essas relações 
não são sólidas nem duradouras, elas acontecem conforme o interesse e a 
necessidade do momento - é como se tentasse, analogicamente, pegar com a 
mão uma ducha de água e esta escorregasse por entre os dedos. 
 
Fonte: https://rafadivino.wordpress.com/2010/12/01/tudo-que-e-solido-desmancha-no-ar/ 
 
O sujeito na cidade também tem um papel muito importante a 
desempenhar nas sociedades atuais, mesmo que tenhamos relações sociais que 
sejam mediadas pela tecnologia, o sujeito moderno ainda possui 
responsabilidades cívicas e morais para com seus semelhantes. Quando 
ZYGMUNT-BAUMAN 
Fonte: 
https://epoca.globo.com/ideias/notic
ia/2014/02/bzygmunt-baumanb-
vivemos-o-fim-do-futuro.html 
19 
estudamos a parte política e a sociedade democrática, pretendemos enfatizar 
que há necessidade de pensarmos e agirmos em prol do bem da sociedade 
como um todo e nos engajarmos em atitudes que sejam éticas. 
De fato, o conceito de sujeito se transformou ao longo do tempo, pois, 
incluiu os novos valores sociais e morais que foram surgindo ao longo do tempo, 
bem como foi se adaptando a novos formatos de relações sociais guiadas, 
principalmente, pelas novas tecnologias e pelas redes sociais. 
 
 
#Parasabermais: 
 
 
https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-
informacao-e-comunicacao/ 
 
 
 
 
6. AULA 5: O “Enem” sabia disso? 
 
1. ENEM 2019 
A importância do conhecimento está em seu uso, em nosso domínio ativo sobre ele, 
quero dizer, reside na sabedoria. É convencional falar em mero conhecimento, separado 
da sabedoria, como capaz de incutir uma dignidade peculiar a seu possuidor. Não 
compartilho dessa reverência pelo conhecimento como tal. Tudo depende de quem 
possui o conhecimento e do uso que faz dele. 
WHITHEHEAD, A. N. Os fins da educação e outros ensaios. São Paulo: Edusp, 1969. 
 
No trecho, o autor considera que o conhecimento traz possibilidades de progresso 
material e moral quando: 
 
a) prioriza o rigor conceitual. 
b) valoriza seus dogmas. 
c) avalia sua aplicabilidade. 
d) busca a inovação tecnológica. 
e) instaura uma perspectiva científica. 
 
 
2. ENEM 2013 
Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento 
tecnológico. Essa meta foi propostapela primeira vez no início da Modernidade, como 
https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/
https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/
20 
expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, 
convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e 
impulsionado pelo iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero 
imperialismo humano, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, 
física e culturalmente”. 
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico três enfoques. Scientiae Studia. São 
Paulo, v. 2, n. 4. 2004 (adaptado). 
 
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto 
iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o 
homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica 
consiste em: 
 
a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda 
existentes. 
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar outrora foi 
da filosofia. 
c) ser a expressão da razão e servir de modelos para outras áreas do saber que 
almejam o progresso. 
d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos 
éticos e religiosos. 
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates 
acadêmicos. 
 
 
3. (Enem/2010) 
A ética precisa ser compreendida como um empreendimento coletivo a ser 
constantemente retomado e rediscutido, porque é produto da relação interpessoal e 
social. A ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo-se responsável 
por todos e que crie condições para o exercício de um pensar e agir autônomos. A 
relação entre ética e política é também uma questão de educação e luta pela soberania 
dos povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza dos 
valores sociais para organizar também uma nova prática política. 
CORDI et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado). 
 
O Século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de 
diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob 
esse enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como 
 
a) instrumento de garantia da cidadania, porque através dela os cidadãos passam a 
pensar e agir de acordo com valores coletivos. 
b) mecanismo de criação de direitos humanos, porque é da natureza do homem ser ético 
e virtuoso. 
c) meio para resolver os conflitos sociais no cenário da globalização, pois a partir do 
entendimento do que é efetivamente a ética, a política internacional se realiza. 
d) parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos interesses e ação 
privada dos cidadãos. 
e) aceitação de valores universais implícitos numa sociedade que busca dimensionar sua 
vinculação à outras sociedades. 
 
 
4. ENEM 2018 
Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que 
sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma 
21 
sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais 
afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela. 
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973. 
 
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua 
gênese na: 
a) convicção inata. 
b) dimensão apriorística. 
c) elaboração do intelecto. 
d) percepção dos sentidos. 
e) realidade transcendental. 
 
Fonte: https://www.qconcursos.com/ 
 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Chegamos ao final do ano, pessoal! 
Como você deve ter percebido, o limiar do ético e moral não é tão 
simples, e encontra pelo caminho inúmeras dificuldades, principalmente aquelas 
que são impostas pela própria sociedade e suas regras pré-determinadas, que 
visam justamente à manutenção do status quo, que é o “estado das coisas”, ou a 
manutenção do que já está implementado. 
O que precisamos mudar são as formas que enxergamos o mundo, a 
vida e nós mesmos, pois a moral pode ser aprendida e modificada, uma vez que 
somos pessoas que se humanizam na medida em que nos relacionamos, para 
isso, dois preceitos são básicos: o de educar para a cidadania e o educar 
eticamente. 
Por fim, refletimos alguns impasses trazidos por essas tecnologias. 
Vimos primeiro que a inclusão digital é um fator importante justamente porque 
precisamos da tecnologia nosso cotidiano, e até na educação com o 
aparecimento do ensino remoto. Além disso, discutimos que o espaço 
cibernético, por sua aparente infinitude, deu espaço a práticas de desinformação 
que precisam ser revistas, assim a tecnologia pode ser capaz de construir uma 
sociedade democrática que possa ser eticamente orientada. 
Parabéns! 
 
 
22 
7.1. Leitura Sugerida: 
- Consumidores e Cidadãos 
Autor: Nestor Garcia Canclini. Editora: UFRJ. 
Resumo: O livro do autor Nestor Canclini apresenta uma 
reflexão aprofundada sobre o desenvolvimento do mundo 
contemporâneo no que diz respeito ao contexto de surgimento 
da tecnologia. O autor reflete sobre como as relações sociais 
mudam com as novas tecnologias, transformando, sobretudo, a perspectiva na 
qual os indivíduos se inserem no mundo e são por ele interpretados. 
 
- Textos básicos de ética: de Platão a Foucault 
Autor: Danilo Marcondes. Editora: Zahar. 
Resumo: Essa antologia de textos sobre ética tem como objetivo 
pôr o estudante em contato direto com as ideias dos grandes 
pensadores. Em vez de o aluno "ouvir falar" ou "ler sobre" o que 
os filósofos pensam sobre o tema, terá oportunidade de lidar 
diretamente com os textos de Platão a Foucault. Elaborado para utilização 
didática, o volume está organizado com uma introdução para cada filósofo; um 
comentário que situa cada trecho escolhido no contexto da obra original, 
destacando sua importância e indicando seu enfoque central; finalizando cada 
seção, uma série de questões e temas para discussão em sala de aula, e 
indicação de leituras complementares. Inclui 35 textos comentados dos grandes 
filósofos: Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Descartes, 
Spinoza, Hume, Kant, Kierkegaard, Nietzsche, Stuart Mill, Weber, Freud, 
Foucault. 
 
 
8. RESUMO 
 
Nestas Orientações de Estudos do 2º Bimestre de 2020, Módulo III de 
Filosofia – EJA, você aprendeu: 
 Por meio dos vídeos propostos podemos ver como a Ética e a moral 
fazem parte da nossa vida e como construímos os valores que fazem 
23 
parte de quem somos, bem como ampliamos a discussão sobre o 
impacto que o desenvolvimento da tecnologia tem nas nossas vidas; 
 O que são valores impostos e adquiridos, como eles chegam para nós e 
nos fazem decidir sobre as questões mais básicas da vida; 
 A diferença entre moral e ética, entendendo que moral são os atos 
baseados nos costumes e que precisamos lapidar conforme nos 
(re)construímos como indivíduos; 
 Que a Ética é uma parte da Filosofia que nos ajuda a pensar sobre a 
moral, o certo e errado, nos ajudando a refletir sobre as decisões que 
afetam não só o indivíduo, mas todos ao seu redor; 
 Com o professor Ortega y Gasset que reflete sobre a realidade vivida e a 
experiência que conseguimos ter na vida; 
 Que alguns impactos da tecnologia na esfera social, especialmente, na 
educação; 
 Que alguns impasses trazidos pela introdução da tecnologia no mundo 
como a inclusão digital e as fake news. 
 Por fim, com alguns exercícios do Enem a praticar as questões de 
Filosofia relacionadas aos temas abordadas ao longo dessa OE. 
 
 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. 6 ed. 
São Paulo: Moderna, 2016. 
BAUMAN, Z. Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar Editor; 2004. 
BOBBIO, N. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. UnB, 2004. 
BUCKINGHAM, W. Livro da Filosofia. São Paulo: Globo, 2011. 
BOURDIEU P. Remarques provisoires sur la perception sociale du corps. In: 
Actes de la recherche en sciences sociales. Vol. 14, Présentation et 
représentation du corps. pp. 51-54, abril 1977 [Tradução de Sônia Giacomini]. 
CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2000. 
24 
COTRIM, G. Fundamentos de filosofia: história e grandes temas. 15. ed. São 
Paulo, 2002. 
CYRINO, H.; PENHA, C. Filosofia hoje. 2. ed. Campinas: Papirus, 1992. 
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. 
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Ética e Cidadania Organizacional. 
Escola Estadual de Educação Profissional – EEEP. Curso Técnico em Comércio. 
Fortaleza: SEDUC, 2012. 
JAPIASSÚ, H. Dicionário Básico de Filosofia. 5 ed. Rio de Janeiro: Jorge 
Zahar, 2008. 
KANT, I. Crítica da faculdade do juízo. Trad. Valério Rohden e António 
Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. 
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: O futuro do pensamento na era da 
informática. Trad. Carlos Irineu da Costa, Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. 
MARASCHIN, C. Redes de conversão como operadoras de mudanças estruturais 
na convivência. In: PELLANDA, N. M. C.; SCHLÜNZEN, E. T. M.; SCHLÜNZEN 
JUNIOR, K. (Orgs.). Inclusão Digital: Tecendo redes afetivas/cognitivas. Rio de 
Janeiro: Editora DP&A. 2005.

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