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propedêutica neurológica I

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Intro. à Propedêutica Neurológica I
introdução
A avaliação neurológica busca resposta a duas questões principais:
• Existe lesão neurológica?
• Qual a localização dessa lesão? Quais as prováveis causas do processo mórbido?
Regiões Anátomofuncionais do encéfalo
-No telencéfalo, os lobos frontais representam a região final de processamento das funções cognitivas superiores (raciocínio lógico e abstrato, memória, comportamento social, etc.) 
-Os giros pré-central e pós-central correspondem, respectivamente, às áreas motora e sensitiva primárias.
O cerebelo representa o centro integrador da motricidade, tendo papel essencial na manutenção do equilíbrio, da coordenação e da marcha.
O tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo), é a porção do sistema nervoso central é a porção do sistema nervoso central, situada entre a medula espinhal e o diencéfalo.
 o diencéfalo e o telencéfalo ainda contêm a origem dos 12 pares de nervos cranianos e do sistema nervoso autônomo.
Existem, ainda, regiões especializadas em funções altamente complexas, como as áreas de Wernicke e Broca, responsáveis pelo entendimento e pela expressão da linguagem, respectivamente.
Estrutura Interna da Medula
A periferia é ocupada pela substância branca medular, na qual se encontram os tratos ou vias neuronais descendentes (vias motoras – partem do encéfalo em direção à periferia) e ascendentes (vias sensitivas – partem da periferia em direção ao encéfalo). 
O centro medular, cujo formado lembra a letra “H”, é ocupado pela substância cinzenta (corpos neuronais), suas funções incluem a elaboração de respostas como os reflexos, e a modulação das vias ascendentes e descendentes.
Anamnese Neurológica
-Identificação completa,
-Pesquisar sinais, sintomas e antecedentes (pessoais e familiares).
queixas que merecem uma análise mais apuradas
Cefaleia; Episódios de perda ou rebaixamento do nível de consciência; Amnésia; Convulsões; Náusea e vômito; Disfagia; Dor facial ou de qualquer outro tipo; Distúrbios do sono; Distúrbios motores (plegia e paresia); Distúrbios do movimento (movimentos involuntários – tremores, fasciculações e balismos –dismetrias etc.); Distúrbios de equilíbrio; Distúrbios sensitivos (parestesia e anestesia); Distúrbios visuais (ambliopia, amaurose e diplopia); Distúrbios auditivos (hipoacusia, anacusia e zumbidos); Distúrbios da comunicação (disfasia e disartria); Distúrbios esfincterianos (urgência miccional, incontinência urinária, obstipação, incontinência fecal, etc.)
queixas mais comuns na neurologia
Cefaleia, Tontura ou vertigem, distúrbios do sono, convulsões, alterações de consciência, síncope ou lipotimia, alteração da atenção, orientação, memória, percepção ou julgamento, delirium ou demência, alteração de sensibilidade, anestesia, parestesia, alterações da força muscular, marcha, do movimento, tremores, paresias (diminuição do movimento), alterações de humor, comportamento, alteração de fala, audição, visão, deglutição, náuseas e vômitos (sem correlações na clínica geral).
exame neurológico
Diretrizes para exame neurológico de rastreamento da American Academy of Neurology:
Os estudantes devem ser capes de realizar um breve come teológico de rastreamento que seja suficiente para detectar doença neurológica significativa mesmo em pacientes sem queixas neurológicas. Embora a sequência exata desse rastreamento possa variar, o rastreamento deve incluir pelo menos a avaliação parcial do estado mental, dos nervos cranianos, da força muscular, da marcha e da coordenação, da sensibilidade e dos reflexos. Um exemplo desse tipo de exame de rastreamento e apresentado aqui.
Estado mental: nível de consciência, adequação das respostas a estímulos, orientação em relação ao tempo e ao espaço
Nervos cranianos: acuidade visual, reflexo pupilar a luz, movimentos oculares, audição e força muscular facial-sorriso, fechamento dos olhos.
Sistema motor: Força muscular -abdução de ombro, extensão do cotovelo, extensão do punho, abdução dos dedos da mão, flexão de quadril e joelhos e dorsiflexão do tornozelo.
Marcha - casual, tandem
Coordenação - movimentos finos com os dedos das mãos, teste dedo da mão-nariz
Sistema sensorial: uma modalidade nos dedos dos pés -pode ser tato leve, dor/temperatura ou propriocepção.
Reflexos: reflexos tendinosos profundos - reflexos bicipital, patelar, aquileu e respostas plantares.
Note: se houver motivos para suspeita de doença neurológica com base no relato do paciente ou nos resultados de quaisquer componentes do exame de rastreamento faz-se necessario um exame neurológico mais completo.
Elaboração Completa de Hipóteses Diagnósticas
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO
DIAGNÓSTICO DOS SINAIS E SINTOMAS. Exemplo: Paciente com dor em região lombar.
 DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO: Lombalgia ou Lombociatalgia (se irradiar para MMII).
DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO 
Identifica a região do corpo onde há o problema.
DIAGNÓSTICO ANATÔMICO 
DIAGNÓSTICO DA LOCALIZAÇÃO PRECISA DA LESÃO. Exemplo: Paciente com dor em região lombar.
DIAGNÓSTICO ANATÔMICO: Disco Intervertebral de L4-L5.
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO 
DIAGNÓSTICO DA CAUSA DA LESÃO. Exemplo: Paciente com dor em região lombar.
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: Hérnia Discal L4-L5.
DIAGNÓSTICO NOSOLÓGICO
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA. Exemplo: Paciente com dor em região lombar
DIAGNÓSTICO NOSOLÓGICO: Lombociatalgia por Hérnia Discal L4-L5.
Anamnese em Neurologia
ID: Além de idade, sexo, cor, profissão e procedência, também: Grau de escolaridade e mão de preferência.
QD e HPMA: (Importante):
Há quanto tempo o(s) sintoma(s) começou(aram)? Como o(s) sintoma(s) começaram? Como foi a evolução (ou a ordem de aparecimento) do(s) sintoma(s)? Quanto tempo demorou para o quadro se instalar completamente? Ainda está piorando?
TEMPO de Sintoma Neurológico (central) & Doenças Associadas
TEMPO de Sintoma Neurológico (periférico) & Doenças Associadas
Antecedentes Pessoais: Além de idade, sexo, cor, profissão e procedência, também: Alcoolismo; Tabagismo; Uso de Drogas; Doenças Sistêmicas; Doença do Tecido Conectivo; Doença das Vias Aéreas Superiores / Renais / Intestinais; Doenças Infecciosas Atípicas / Imunodepressão; Neoplasia; Uso de medicamentos.
O tabagismo está associado com: -Isquemias Cerebrais -Doenças Arteriais Sistêmicas (arteriosclerose)
O alcoolismo está associado com: 
Doenças sistêmicas:
O uso de drogas está associado com:
Doenças do tecido conectivo: 
Doenças Vias Aéreas Sup. / Renais / Intestinais:
Doenças Infecciosas Atípicas / Imunodepressão: 
Neoplasias atuais: 
Uso de medicamentos: 
Eventos Adversos (efeitos colaterais) de vários Medicamentos. Diversas alterações de SNC e SNP.
	 
HISTÓRIA
	1. Perguntou idade, profissão, mão de preferência
	2. Perguntou sobre o início da queixa principal
	3. Perguntou a ordem de aparecimento dos sintomas?
	4. Perguntou sobre ocorrência de surtos ou de agressões?
	5. Perguntou sobre ocorrência de desmaios, convulsões, tonturas, vertigens, cefaleia e dores?
	6. Perguntou sobre desordens sensitivas, parestesias, distúrbios esfincterianos, alteração do sono?
	7. Perguntou sobre fatores de melhora/piora e terapêutica utilizada?
	ANTECEDENTES
	1. Perguntou sobre condições de nascimento e desenvolvimento psicomotor?
	2. Perguntou sobre presença de doenças e uso de medicações
	3. Perguntou sobre doenças anteriores e passado venéreo?
	4.Perguntou sobre traumatismo?
	5. Perguntou sobre hábitos alimentares, vícios e uso de drogas?
	6.. Perguntou sobre doenças hereditárias?
Antecedentes Familiares: Predisposições Genéticas; Fatores Poligênicos: Enxaqueca e epilepsia; Caráter hereditário: Doenças Degenerativas e miopatias; Fator de Risco para Doença Vascular Arteriosclerótica: AVC e IAM.
Dor de Cabeça e Tontura
 O QUE DÓI?
Todas as estruturasfaciais superficiais ou profundas; Couro cabeludo; Periósteo craniano; Vasos sanguíneos extracranianos, artérias do círculo de Willis; Seios venosos intracranianos e suas veias tributárias; Parte basal da dura-máter; Nervos sensitivos
POR QUE DÓI?
DESLOCAMENTO, TRAÇÃO, DISTENSÃO, IRRITAÇÃO OU INFLAMAÇÃO DAS ESTRUTURAS SENSÍVEIS À DOR; VASODILATAÇÃO.
Cefaleia 
-Intensidade da cefaleia
-Localização
-Duração 
-Manifestações clínicas associadas (diplopia, alterações visuais, fraqueza muscular ou déficit sensorial) 
-Exacerbação por tosse, espirros ou movimentos abruptos da cabeça, que podem aumentar a pressão intracraniana. 
-Fatores acompanhantes: febre, rigidez de nuca ou um foco parameníngeo como otite, sinusite ou infecção da faringe que sugiram meningite.
Caracterização (Anamnese)
7 atributos
Localização: Onde se situa? Apresenta irradiação?
Qualidade: Quais suas características?
Quantidade ou Gravidade: Quanto incomoda? ( No caso de dor, peça uma classificação em uma escala de 1 a 10)
Cronologia: Já teve essa dor antes – se sim, quando foi a primeira vez? Em que momento se inicia? Quanto tempo dura? Qual a frequência? 
Situação em que ocorre: Inclua fatores ambientais, atividades pessoais, reações emocionais ou outras circunstâncias que possam contribuir para a enfermidade
Fatores de Remissão ou Exacerbação: Existe algo que piora ou melhora o sintoma? 
Manifestações Associadas: Percebeu alguma outra mudança que acompanha o sintoma?
classificação
As cefaleias primárias: enxaqueca; cefaleia tensional; cefalalgia; cefaleia diária crônica.
As cefaleias secundárias: condições estruturais; sistêmicas e infecciosas subjacentes.
Enxaqueca
Cefaleia precedida por uma aura ou pródromo. O diagnóstico de enxaqueca é extremamente provável se a pessoa apresentar três de cinco características: cefaleia pulsátil, duração de 1 dia, ou dura 4 - 72 hs se não for tratada, unilateral, náuseas ou vômitos, incapacitante ou intensidade que comprometa a atividade diária.
cefaleia por tumor cerebral
Cefaleia & Hipertensão Arterial Sistêmica
Associação comum queixas de cefaleia.
Cefaleia causada por drogas exógenas causam aumento muito rápido dos níveis pressóricos.
Feocromocitoma associado às crises adrenérgicas (aumento de catecolaminas).
Hipertensão maligna (incluindo encefalopatia hipertensiva e eclampsia).
	 HISTÓRIA
	1. Identificação: idade, sexo, profissão
	2. Perguntou sobre idade de início?
	3. Perguntou sobre localização da dor?
	4. Perguntou sobre duração da dor?
	5. Perguntou o momento de início da dor ? (período do dia)
	6. Perguntou sobre a característica da dor? (Ex: pulsátil latejante, em facada, em  faixa, em aperto etc....)
	7. Perguntou sobre eventos prodrômicos? (escotomas, aura, hemianopsia etc...)
	8. Perguntou sobre eventos precipitantes e fatores de melhora/piora?
	9. Perguntou a frequência das crises?
	10. Perguntou sobre outros sintomas?
	ANTECEDENTES PESSOAIS
	1. Perguntou sobre doenças prévias?
	2.Perguntou sobre uso de medicamentos?
	3. Perguntou sobre hábitos pessoais e estilo de vida? (Ex: etilismo, tabagismo,  estresse etc...)
	HISTÓRIA FAMILIAR
	1. Perguntou sobre história de sintomas semelhantes na família?
As cefaleias de origem neurológica, tais como hemorragia subaracnóidea, meningite ou lesões expansivas, são especialmente preocupantes.
SINAIS DE ALERTA
 Sempre pesquisar sinais incomuns de cefaleia, como: Instalação abrupta (“como um trovão”); Ocorrência após os 50 anos de idade; Manifestações clínicas associadas, como febre e rigidez de nuca; verificar se há papiledema e sinais neurológicos focais.
Tontura e Vertigem
Tontura é um sintoma comum que o paciente geralmente refere quando ele se sente inseguro em relação a sua movimentação ou posição em relação ao meio ambiente externo. 
Vertigem é uma falsa sensação de movimento próprio ou do ambiente. Normalmente, o movimento percebido é rotatório — sensação de girar ou rodar, mas alguns pacientes simplesmente se sentem puxados para um lado.
Importante diferenciar:
-Síncope : o paciente simplesmente perde a consciência e cai. A duração do período de inconsciência é curta e a recuperação é rápida
-Quase-síncope: o paciente tem a sensação de que vai cair, mas consegue se proteger e acaba não caindo
-Desequilíbrio é quando o paciente se sente desequilibrado (sensação de que não está pisando em terra firme).
ATENÇÃO!
Se houver sintomas ou sinais de localização → diplopia (visão dupla), disartria (dificuldade de formar palavras) ou ataxia (transtorno da marcha ou do equilíbrio), investigue causas centrais de vertigem.
Ataxia, diplopia e disartria → AVC ou ataque isquêmico transitório vertebrobasilar, tumor em fossa posterior e enxaqueca hemicraniana ou vertebrobasilar
	 
HISTÓRIA
	1. Identificação: idade, sexo, profissão
	2. Perguntou sobre o início do quadro: quando foi a primeira crise, se foi abrupto ou  insidioso?
	3. Perguntou se é a primeira crise ou se são crises recorrentes?
	4. Perguntou qual a intensidade do sintoma: leve, moderado ou grave?
	5. Perguntou se o sintoma é constante ou intermitente?
	6. Perguntou sobre a duração do sintoma e sua frequência de aparecimento?
	7. Perguntou quais são os fatores desencadeantes? Perguntou quais são os fatores  agravantes? (ex: ansiedade, esforço) ou de alívio? (ex: alguma posição específica, ou  evitar alguma posição específica)
	8. Perguntou se os sintomas são desencadeados por mudanças de posição na  cabeça? Perguntou qual a sensação ao virar-se na cama, ao virar a cabeça?
	9. Pediu para o paciente descrever os sintomas: movimento de vaivém ou movimento  rotatório? (Ex: o quarto move-se em torno do paciente ou o paciente gira em torno  dele?)
	10. Perguntou sobre falta de firmeza, perda de equilíbrio, queda? Se há tendência de  queda para algum lado?
	11.Perguntou sobre sintomas associados? Ex: náuseas, vômitos, presença ou  ausência de zumbido e perda auditiva, visão dupla (ou outras alterações visuais)?
	12. Perguntou se há fraqueza nos membros associada ao quadro ou quaisquer  outros sintomas que sugiram alterações neurológicas como formigamento, alterações  da fala ou cefaleia?
	ANTECEDENTES PESSOAIS
	1. Perguntou sobre doenças prévias? Perguntou sobre antecedentes prévios de  otites, resfriados, traumatismos cranianos no passado?
	2.Perguntou sobre uso de medicamentos? Principalmente medicações ototóxicas como: aminoglicosídeos, gentamicina, estreptomicina, aspirina, ácido etacrínico,  furosemida
Exame Físico em Neurologia
Principais Áreas de Avaliação:
Funções Mentais: 
Aspecto geral e Comportamento
Discurso (fala) e Linguagem
Humor
Pensamento e Percepções
Cognição
Sistema Motor:
Volume, Tono e Força Musculares
Coordenação
Marcha e Postura
Sistema Sensorial:
Dor e Temperatura
Posição e Vibração
Sensibilidade Superficial e Discriminação
Reflexos Tendinosos:
Profundos
Abdominal 
Plantar
Nervos Cranianos
avaliaçõa das funções mentais
funções Mentais - Anormalidades mais Comuns
-Delirium é uma síndrome: conjunto de sinais e sintomas.
O que é?
É uma síndrome mental orgânica que afeta de 20-50% dos pacientes internados, sendo sua incidência maior entre os idosos
Como acontece?
Há uma desregulação nos sistemas de neurotransmissores( mensageiros ) cerebrais decorrentes de uma série de fatores tais como febre, medicamentos, doenças etc.
Como identificar ?
Tem curta duração, em geral leva de 2 a 5 dias podendo eventualmente prolongar-se por mais de uma semana se não foi identificado e adequadamente tratado
Os sintomas são: Início agudo e flutuação no curso do dia Desatenção; Pensamento desorganizado; Alteração do nível de consciência(quepode variar de vigilante hiperativo, sonolento, estupor (difícil de acordar). Outros sintomas: desorientação, agitação ou apatia e distúrbios do sono
- Delírio é um sintoma: pode estar presente no delirium. 
demência
Prejuízo lento e progressivo da função mental que afeta a memória, o pensamento, o juízo e o aprendizado.
É um termo geral para várias doenças neurodegenerativas que afetam principalmente idosos.
A prevalência de demência aos 60 anos é de 5% e duplica a cada 5 anos, chegando a 30 a 50% nos pacientes com 85 anos ou mais. 
Como acontece
Está relacionada às doenças estruturais do tecido cerebral.
Causas potencialmente reversíveis : Disfunções metabólicas, endócrinas e hidroeletrolíticas, quadros infecciosos, déficits nutricionais e distúrbios psiquiátricos, como a depressão (pseudodemência depressiva)
Causas irreversíveis : Doença de Alzheimer, demência vascular, demência por traumatismo craniano, doença de Pick (demência frontotemporal).
como identificar
Déficit de memória
Dificuldades de executar tarefas domésticas
Problema com o vocabulário
Desorientação no tempo e espaço
Incapacidade de julgar situações
Problemas com o raciocínio abstrato
Colocar objetos em lugares equivocados
Alterações de humor de comportamento
Alterações de personalidade
Perda da iniciativa / passividade
	 
Características
	DELIRIUM
	DEMÊNCIA
	Início
	Agudo
	Insidioso
	Evolução
	Flutuante, com intervalos de nitidez; piora à noite
	Lentamente progressivo
	Duração
	Horas a semanas
	Meses a anos
	Ciclo Sono/Vigília
	Sempre desestruturado
	Sono fragmentado
	Doença clínica ou intoxicação  medicamentosa
	Uma das duas ou ambas presentes
	Frequentemente ausente, principalmente na  doença de Alzheimer
	Nível de consciência
	Perturbado
	Geralmente normal até as fases as tardias  da doença
	Comportamento
	Em geral redução (sonolência) ou aumento  (agitação) anormal da atividade
	Deprimido, apático, desinteressado
	Discurso
	Pode ser hesitante, lento ou rápido
	Dificuldade para encontrar palavras, afasia
	Humor
	Flutuante, lábil, variando de temeroso e  irritável a normal ou deprimido
	Frequentemente embotado ou deprimido
	Processos ideativos
	Desorganizado, pode ser incoerente
	Empobrecidos, o discurso fornece pouca  informação
	Conteúdo ideativo
	São comuns delírios, frequentemente  transitórios
	Podem ocorrer delírios
	Percepções
	Ilusões, alucinações, em geral visuais
	Podem ocorrer alucinações
	Tirocínio ( aprendizagem)
	Prejudicado, frequentemente em graus  variáveis
	Crescentemente prejudicado ao longo da  evolução da doença
	Orientação
	Em geral desorientação, principalmente  para tempo
	Bastante preservada, mas prejudicada nas  fases tardias
	Atenção
	Flutuante. Falta de concentração para  tarefas específicas
	Em geral não é afetada até as fases tardias
	Memória
	Prejuízo da memória recente e imediata
	Prejudicado: memória recente e a  capacidade de aprendizado de dados novos
avaliação do estado mental
O miniexame do estado mental (minimental), representa o principal teste de triagem das funções encefálicas superiores. Todos os testes de triagem cognitiva são influenciados pelo nível de escolaridade (instrução) dos pacientes. O INDICADOR DE ESCOALRIDADE POSSIBILIA A CORREÇÃO DOS ESCORES DOS TESTES. 
Aspecto Geral & Comportamento
Cuidados Pessoais & Linguagem Corporal
Vestuário e Higiene pessoal: Como o paciente está vestido?
As roupas estão limpas, passadas e abotoadas?
Observe cabelo, unhas, dentes, pele e barba. Eles estão limpos e bem cuidados?
Está comparável às pessoas da sua idade, estilo de vida e grupo sócio-econômico-cultural equivalente?
Compare um lado do corpo com o outro.
Deterioração do autocuidado: depressão, esquizofrenia e demência. Detalhismo excessivo: Transtorno obsessivo compulsivo. Descuido em relação a um dos lados do corpo: lesão do córtex parietal oposto
Consciência
O paciente está acordado ou alerta?
Pacientes letárgicos ficam sonolentos, mas abrem os olhos e olham para o examinador, respondem a perguntas e depois voltam a dormir. Já os pacientes obnubilados abrem os olhos e olham para o examinador, mas respondem de forma lenta e confusa.
Parece entender as perguntas e respondê-las?
Se o paciente não responder: Aumente o volume de sua voz, chame o paciente pelo nome, estimule o paciente fisicamente (o “sacuda” com cuidado).
GLASGOW: 
Avaliação de Sedação
 Escala de Ramsay, é uma escala subjetiva utilizada para avaliar o grau de sedação em pacientes, visando evitar a sedação insuficiente (o paciente pode sentir dores) ou demasiadamente excessiva (colocando-o em risco de morte). Tem sido usado principalmente para avaliar pacientes em unidade de terapia intensiva (UTI).
Avaliação de Agitação – escala de RASS
A escala de agitação e sedação de Richmond (ou "RASS", do inglês "Richmond Agitation-Sedation Scale") é uma escala utilizada para avaliar o grau de sedação e agitação de um paciente que necessite de cuidados críticos ou esteja sob agitação psicomotora.
    
Postura e Comportamento Motor
O paciente fica deitado no leito ou prefere andar?
Observe a postura do corpo e a capacidade de relaxamento do paciente . Observe o compasso, a amplitude e as características do movimento. 
Os movimentos parecem estar sob controle voluntário?
Existem movimentos imóveis no corpo?
A postura e a atividade motora mudam de acordo com os assuntos discutidos ou outras atividades ou a presença de pessoas em volta do paciente?
Ansiedade: postura tensa e inquietação.
Episodio maníaco: canta, dança e movimentos expansivos.
Depressão: postura desesperançada e movimentos lentos.
Expressão Facial: Observe o rosto, tanto em repouso quanto durante a interação do paciente com outras pessoas. Verifique as variações na expressão segundo o assunto discutido. As variações são adequadas ou o rosto fica relativamente imóvel o tempo todo?
Status emocional
Modos, Afeto e Relação com Pessoas e Objetos:
-Ocorre uma variação adequada segundo assuntos discutidos ou o afeto é lábil, embotado ou impassível? -Em caso positivo, de que forma? -O paciente aparenta ver ou ouvir coisas que você não? -O paciente parece estar conversando com alguém que não está ali?
Demência: apatia
Paranoia: raiva, hostilidade, desconfiança
Síndrome maníaca: euforia
Esquizofrenia: afeto embotado e afastamento
humor
Explore a percepção que o paciente tem de si.
Pesquise o humor habitual do paciente e como ele varia com os acontecimentos da vida.
Como vem sendo o humor do paciente? 
Quanto tempo dura esse humor?
Ele é adequado à circunstância do paciente?
Em caso de suspeita de depressão:
Você sente falta de ânimo?
Qual a intensidade dessa tristeza? 
O que espera do futuro?
Em algum momento sentiu que não vale a pena viver, ou que melhor seria estar morto?
Você já pensou em tirar a própria vida? De que forma o faria? O que aconteceria se você morresse?
PENSAMENTO E PERCEPÇÃO
Fala & Linguagem
Quantidade; Velocidade; Volume; Articulação das Palavras; Fluência.
AFASIA (logastenia): Alteração da capacidade de compreensão, pensamento e evocação de palavras. Déficit ou perda do poder de captação, de manipulação e, por vezes, de expressão de palavras como símbolos de pensamentos. Decorrente de lesões em SNC. Sem associação com defeitos no mecanismo auditivo ou fonador.
Afasia é uma disfunção de linguagem que pode envolver deficiência na compreensão ou expressão de palavras ou equivalentes não verbais de palavras
Etiologia da Afasia: Afasia geralmente resulta de distúrbios que não causam danos progressivos (p. ex., acidente vascular encefálico, traumatismo craniano, encefalite); nesses casos, a afasia não se agrava.
 Ela às vezes resulta de um distúrbio progressiva (p. ex., tumor cerebral , demência); nesses casos, a afasia piora progressivamente.
Tipos de afasia: 
Afasia de recepção (sensorial ou de Wernicke): os pacientes são incapazesde compreender palavras ou de reconhecer símbolos auditivos, visuais ou táteis. É causada por um distúrbio na parte posterior do giro temporal superior do hemisfério dominante para linguagem. Com frequência, a alexia (perda da capacidade de ler palavras) também está presente.
Afasia de expressão (motora ou de Broca): a capacidade de produzir palavras é prejudicada, mas a compreensão e capacidade de formar um conceito são relativamente preservadas. Esse tipo de afasia resulta de um distúrbio na parte dominante frontal esquerda ou área frontoparietal, incluindo a área de Broca. Frequentemente causa agrafia (perda da capacidade de escrever) e prejudica a leitura oral.
	 
Caracteristica
	Afasia de Broca
	Afasia de  Wernicke
	Afasia global
	Compreensão da  palavra
	De satisfatória a boa
	Pode escutar as  palavras, mas não pode  relacioná-las às  experiências prévias
	Ausente ou reduzida  para nomes próprios de  pessoas, poucas  palavras selecionadas
	Fala espontânea
	Não pode se expressar  usando a  linguagem; poucas  palavras; usa  basicamente nomes e  verbos (ex: comer torta)
	Fluente, fala sem  esforço; as palavras são  malformadas, podendo ser totalmente incompreensíveis
	Ausente ou reduzida a  apenas poucas palavras  e sons
	Compreensão da  leitura
	Intacta
	Comprometida
	Gravemente  comprometida
	Compreensão da  escrita
	Comprometida
	Comprometida
	Gravemente  comprometida
Avaliação da Afasia:
	 
Compreensão das palavras
	Peça ao paciente obedecer a um comando (“aponte  seu nariz”) 
Tente um comando com duas frases
	Repetição
	Solicite ao paciente para repetir uma frase com palavras de uma sílaba ( “sem ti sou só”)
	Designação
	Peça ao paciente que enumere as partes de um  relógio
	Compreensão de Leituras
	Solicite ao paciente para ler um parágrafo em voz  alta
	Escrita
	Peça ao paciente para escrever uma frase
DISARTRIA: Distúrbio da articulação da palavra ; Alterações neurológicas periféricas ou centrais.
Amnésias
Amnésia é a incapacidade parcial ou total de lembrar experiências passadas.
Pode resultar de lesão encefálica traumática, degenerativa, distúrbios metabólicos, convulsivos ou psicológicos.
 O diagnóstico é clínico, geralmente incluindo testes neuropsicológicos e imagens do encéfalo (TC, RM).
Pode ser classificada da seguinte maneira:
-Retrógrada: amnésia para eventos antes da causa.
-Anterógrada: incapacidade de armazenar novas memórias após a causa.

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