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AUMENTO DE CASOS DE MIOPIA DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

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AUMENTO DE CASOS DE MIOPIA DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
PAULI, Rogério1 
 
RESUMO 
A miopia é um problema de saúde pública a nível global em que o número 
estimado de pessoas míopes para o ano de 2020 foi de aproximadamente 26 
milhões de pessoas. O presente manuscrito tem como objetivo analisar na 
literatura científica a associação do aumento do número de casos de miopia 
provocada pela pandemia da COVID-19. Trata-se de uma revisão bibliográfica. 
Os trabalhos foram pesquisados no mês de setembro de 2021 nas fontes de 
dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Periódicos CAPES e Google Scholar 
utilizando o descritor “Miopia” “COVID-19”. Os resultados foram divididos em 
categorias para subsidiar a discussão e responder a questão de pesquisa desse 
trabalho. As categorias foram: A pandemia da covid-19; Manifestações clínicas 
da COVID-19; Miopia; Miopia e a Pandemia da COVID-19; Medidas preventivas 
para Miopia na Pandemia da COVID-19. Conclui-se que a pandemia da COVID-
19 fez com que as pessoas adotassem hábitos que a fizeram usar meios digitais 
luminosos provocando aumento progressivo dos casos de miopia e fadiga ocular 
digital. Sendo assim, faz-se necessário adotar medidas para reduzir ou minimizar 
os impactos da pandemia na acuidade visual. 
Palavras-chave: Miopia. COVID-19. Acuidade Visual 
 
 
 
 
 
 
 
1 Aluno do curso de Técnico em Óptica e Optometria do GRUPO EDUCACIONAL FILADÉLFIA 
INTRODUÇÃO 
 A miopia é um problema de saúde pública a nível global em que o número 
estimado de pessoas míopes para o ano de 2020 foi de aproximadamente 26 
milhões de pessoas (HOFF; MIDELFART, 2021). Esse aspecto fez com que 
vários estudos e ferramentas fossem desenvolvidas para prevenir, reduzir ou 
controlar casos de miopia na população. A pandemia da COVID-19 alterou os 
estilos de vida em todas as faixas etárias trazendo implicações para a saúde 
ocular (HUSSAINDEEN; GOPALAKRISHNAN; SIVARAMAN, 2021). 
 A COVID-19 fez com que os países implementassem medidas para 
restringir e limitar a propagação do vírus na população. Para manter a 
comunicação, dispositivos digitais começaram a ser fortemente utilizados para 
manter as relações sociais. O fechamento das escolas provocou mudanças no 
processo de ensino fazendo com que os alunos assistissem as aulas online de 
suas residências por meio de telas digitais de celulares, tablets e computadores 
(HOFF; MIDELFART, 2021). 
 Justifica-se o desenvolvimento desse manuscrito devido aos profissionais 
especializados em saúde ocular estarem preocupados pelos prováveis casos de 
aumento de doenças oculares não negligenciáveis como a miopia e fadiga ocular 
digital, por causa do aumento de tempo em frente a telas luminosas, provocadas 
pelas medidas restritivas impostas pela quarentena da pandemia, na qual há 
associação entre o maior tempo confinado com o uso de dispositivos digitais 
(DESIDERI; TOVANI-PALONE, 2021). 
 Diante desse contexto, formulou-se a seguinte questionamento de 
pesquisa: houve aumento de casos de miopia durante a pandemia da COVID-
19? Nessa perspectiva, o presente manuscrito tem como objetivo analisar na 
literatura científica a associação do aumento do número de casos de miopia 
provocada pela pandemia da COVID-19. 
 
METODOLOGIA 
Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva sobre o aumento dos 
casos de miopia associados com a pandemia da COVID-19, pesquisados em 
periódicos nacionais e internacionais. A revisão bibliográfica é um método que 
parte do levantamento de produção científica publicada sobre uma temática 
escolhida pelo pesquisador para fundamentar teoricamente o que se pretende 
responder, bem como possibilita a síntese e análise do conhecimento científico 
já produzido na literatura científica de forma sistemática em uma sequência 
lógica (MARCONI; LAKATOS, 2003). 
 Os trabalhos foram pesquisados no mês de setembro de 2021 nas fontes 
de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Periódicos CAPES e Google 
Scholar utilizando o descritor “Miopia” “COVID-19”. A fonte de pesquisa 
envolveu artigos científicos, anais de congresso, livros, trabalhos de conclusão 
de curso, dissertações e teses, entre outros documentos da literatura cinzenta, 
haja vista que existem as publicações sobre a temática abordada tem amplo 
espectro e houve a necessidade de ampliar as fontes de dados para fundamentar 
a discussão. Os trabalhos excluídos foram os que possuíam conteúdos que 
fugiam da temática proposta. 
A seleção dos trabalhos passou por uma análise e interpretação que 
seguiu fortemente os seguintes passos: (1) leitura do título e resumo (se houver), 
(2) leitura do conteúdo na íntegra, (3) identificação e extração da ideia central e 
(4) organização dos trabalhos para fundamentação teórica dividindo em 
categorias. Os estudos selecionados foram organizados em gráficos e quadro 
para melhor compreensão do leitor, como também em categorias para basear a 
importância da optometria na prevenção de problemas visuais. 
 Análise dos trabalhos teve cunho qualitativo, procurando-se interpretar a 
ideia central dos textos. Para isso, apropriou-se da técnica de análise de 
conteúdo de Bardin (1979), em que o tema pode ser interpretado, criando 
significado e apresentado sinteticamente em uma frase ou palavra. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 O presente estudo demonstrou que os casos de miopia é uma 
preocupação de saúde durante o período de pandemia, devido ao isolamento 
social e o aumento de recursos tecnológicos para encurtar as relações sociais. 
 Os trabalhos pesquisados nas fontes de dados estão apresentados 
abaixo, nos quais evidenciaram a progressão da miopia, bem como alternativas 
para prevenir ou potencializar os efeitos de distúrbios visuais. 
 
Figura 1: Resumo da busca em fontes de dados para responder a questão de 
pesquisa. 
 
Fonte: Autoria própria 
Para uma sistematização do conhecimento, os resultados e a discussão 
estão apresentados nas seguintes categorias: A pandemia da covid-19; 
Manifestações clínicas da COVID-19; Miopia; Miopia e a Pandemia da COVID-
19; Medidas preventivas para Miopia na Pandemia da COVID-19. 
 
Quadro 1: Resumo das categorias e ideia central. 
CATEGORIA SÍNTESE DA IDEIA 
A pandemia da covid-19 
Nessa categoria a discussão está embasada 
na origem do vírus e nas medidas restritivas 
para evitar a propagação do vírus. 
Manifestações clínicas da 
COVID-19 
Apresenta-se as principais manifestações 
clínicas provocadas pelo vírus da COVID-19 
Miopia 
Conceituação/Definição da miopia e suas 
características 
Miopia e a Pandemia da 
COVID-19 
Essa categoria visa responder o 
questionamento de pesquisa sobre a 
possibilidade do aumento de casos de miopia 
durante a pandemia da COVID-19. 
Medidas preventivas para 
Miopia na Pandemia da 
COVID-19 
Os trabalhos pesquisados para responder a 
questão de pesquisa trouxeram alternativas 
de medidas preventivas para minimizar os 
efeitos d miopia provocadas pelo isolamento 
da pandemia da COVID-19 
Fonte: Autoria própria 
A pandemia da covid-19 
Em dezembro de 2019, casos de pneumonia de etiologia desconhecidas 
começaram a surgir na cidade de Wuhan, China, onde os pacientes 
apresentaram tosse seca, febre e dispneia. O Centro de Controle e Prevenção 
de Doenças da China iniciou processo para identificar o agente causador através 
de amostras de Swab em pacientes do Mercado Atacadista, onde surgiram os 
primeiros casos. A partir daí, foi identificado um vírus, que em seguida, passou 
a ser nominado de Coronavirus 2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SARS-CoV-2), originando a doença chamada COVID-19 (SOHRABI et. al., 
2020). 
 Os coronavírus podem causar doenças graves em seres humanos e 
animais. Nos seres humanos, os vírus apresentam características semelhantes 
que causam resfriado e as doenças respiratórias graves. Um estudo realizado 
ainda em janeiro de 2020 mostrou que os pacientesinfectados pelo novo 
coronavírus possuíam comorbidades como diabetes, hipertensão arterial 
sistêmica, doenças cardiovasculares (AHMAD et. al., 2020). 
Desde sua origem, vários estudiosos têm discutidos sobre a origem do 
novo coronavírus, desde manipulação em laboratórios até de animais no 
mercado de comercialização chinês. Os pacientes que são infectados pelo vírus 
podem apresentar sintomas leves e até graves, sendo alguns mais comuns 
(CIOTTI et al., 2020). 
Em janeiro de 2020, o vírus se espalhou para outros países e a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública 
de interesse internacional. Em março de 2020, a OMS classificou a doença 
causada pelo novo coronavírus como pandemia. Então, para conter o avanço do 
vírus, autoridades sanitárias de vários países que tinham ligação econômica com 
a China começaram a fechar fronteiras, cancelar transportes para com a Ásia e 
decretar quarentena para quem chegasse de algum país com caso confirmado 
(FAUCI; LANE; REDFIELD, 2020). 
Manifestações clínicas da COVID-19 
As manifestações clínicas provocadas pelo novo coronavírus se 
apresentam como as mais comuns a febre, tosse seca, dispneia, cansaço, em 
sua forma mais grave, desconforto respiratório e podem atingir outros órgãos, 
tais como rins e complicações cardíacas aguda (AHMAD et. al., 2020; HUANG 
et. al., 2020; STRABELLI; UIP, 2020). Problemas gastrointestinais e hepáticos 
não foram relatados em sobreviventes por COVID-19 (NALBANDIAN et al., 
2021). 
Assim como ocorre em outros vírus respiratórios, a transmissão da 
COVID-19 acontece pelas vias respiratórias por meio de gotículas e aerossóis, 
bem como a via fecal-oral também pode ser um potencial meio de transmissão 
do vírus, em que estudos indicaram a presença de material genético do vírus nas 
fezes de pacientes que estavam infectados (CIOTTI et al., 2020; FAUCI; LANE; 
REDFIELD, 2020). 
A manifestação clínica mais grave é a dispneia que pode fazer com que o 
paciente necessite ou não de suporte de oxigênio, em que casos que ocorram 
fibrose pulmonar pode exigir ventilação mecânica e risco de desenvolvimento da 
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) (NALBANDIAN et al., 
2021). 
No sistema hematológico, observa-se eventos de trombo embolia, 
aumento do estado de inflamação provocado pela doença. Reações 
neuropsiquiátricas como cefaleia, fadiga, mialgia, deficiência cognitiva, 
depressão e distúrbios do sono. No sistema endócrino, pode potencializar a 
Diabetes Mellitus, desmineralização dos ossos, problemas na tireoide. 
Problemas demartológicos como alopecia podem acontecer em pacientes 
acometidos pela COVID-19 (NALBANDIAN et al., 2021). 
O coronavírus, responsável pela COVID-19, interfere na resposta 
imunológica normal do sistema, provocando um descontrole da resposta 
inflamatória, apresentando linfopenia, linfócitos ativos, granulócitos e monócitos 
com alterações em suas estruturas, altos níveis de citocina e imunoglobulina G 
e anticorpo totais (YANG et al., 2020). A miocardite pode ser uma consequência 
da infecção pela COVID-19, indicando a fisiopatologia bastante semelhante por 
outros vírus, e casos de síndrome inflamatória multissistêmica (BOEHMER et al., 
2021). 
Pessoas que possuem comorbidades como obesidade, Diabetes e 
Hipertensão Arterial Sistêmica apresentam maior risco de desenvolver a forma 
mais grave e, consequentemente, de internação hospitalar, assim como maior 
chance de irem a óbito. No mais, pessoas idosas, saturação de oxigênio abaixo 
de 90% ou 80% são essenciais para identificar pacientes com um mau 
prognóstico e implementar intervenções que venham a reduzir a mortalidade 
(HUEDA-ZAVALETA et al., 2021). 
Miopia 
 A miopia é uma doença visual multifatorial, tendo etiologia genética ou 
ambiental, e possui alguns fatores importantes para o seu desenvolvimento, 
envolvendo o esforço visual, questões hereditárias e a relação de pressão 
intraocular e debilidade escleral (CUNHA, 2000). 
 A imagem formada em uma pessoa míope ocorre por trás do plano da 
retina, devido ao aumento do comprimento axial, e a doença possui grande 
impacto econômico nos serviços de saúde. Além disso, a miopia está associada 
a outras comorbidades oculares (VILAR et al., 2016). 
Miopia e a Pandemia da COVID-19 
 A pandemia da COVID-19 provocou mudanças drásticas nas atividades 
do cotidiano das pessoas. Um dos pontos foi o fechamento das escolas, em que 
os alunos tiveram que exercer sua aprendizagem nas residências através de 
dispositivos e meios eletrônicos-digitais, gerando mudanças de comportamentos 
e forçando a acuidade visual devido proximidade se tornando um fator de risco 
para a deterioração da visão em jovens em idade escolar (LIU; CHEN; DANG, 
2021). 
 Outros fatores como o isolamento, sedentarismo e o estresse emocional 
levam a redução da acuidade visual. Em crianças tratadas com atropina em 
baixa concentração, houve um aumento na progressão da miopia. A quarentena 
pode ter afetado o quadro de progressão da miopia durante a pandemia, sendo 
necessário controlar os fatores de risco ambientais para miopia, mesmo em 
crianças em tratamento para inibição da miopia em progressão (LIU; CHEN; 
DANG, 2021; YUM; PARK; SHIN, 2021). 
 O uso de celulares, tablets e computadores obteve aumento considerável 
na pandemia, uma vez que o isolamento social foi necessário para reduzir a 
propagação do vírus provocando o consumo desses aparelhos para as 
atividades escolares e a socialização com outras pessoas. O uso excessivo 
desses dispositivos pode provocar diversos problemas visuais e, nos que já 
sofrem com o distúrbio, potencializa seus efeitos (SCHAMACHE et al., 2021). 
 Diante disso, os oftalmologistas começaram a se preocupar sobre essas 
mudanças de estilo de vida provocadas pela pandemia que poderão interferir 
nos problemas visuais e no aumento de incidência de miopia na população, em 
especial nas crianças em idade escolar e adolescentes (HOFF; MIDELFART, 
2021). 
 A pandemia da COVID-19 provocou impactos no cotidiano fazendo com 
que os profissionais de saúde promovam educação para os pais das crianças 
em idade escolar para o controle da miopia. No entanto, a taxa de progressão 
da miopia tem características peculiares e depende da idade de início, história 
familiar e outros fatores ambientais (HUSSAINDEEN; GOPALAKRISHNAN; 
SIVARAMAN, 2021). 
 Na China, por exemplo, em estudo realizado, identificou progressivo 
aumento de casos de miopia devido ao uso excessivo de dispositivos digitais 
(telefones celulares e tablets) utilizados para aprendizagem durante a 
quarentena causada pela pandemia COVID-19 (MA et al., 2021). 
A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria descreveu no 
manual de orientação que fora publicado no ano de 2019 refere que o tempo de 
uso de telas por crianças seja limitado ao máximo em 1 hora por dia, entre 2 e 5 
anos por cerca de 1 a 2 horas por dia 6 e 10 anos no máximo de 2 horas e 3 
horas por dia para os adolescentes entre 11 e 18 anos (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2019). 
 
Medidas preventivas para Miopia na Pandemia da COVID-19 
 O enfrentamento do aumento de número de casos da miopia deve ser 
realizado por representantes da sociedade, profissionais de saúde e familiares 
para incentivar a incorporação de hábitos que causem descanso da acuidade 
visual. Para isso, realizar pausas de trabalhos que são realizados em frente a 
telas, tempo ao ar livre, implantar ações de educação aos familiares para 
exercitar, após leitura atividades escolares, distrações como cuidar da casa, 
cozinhar, fazer exercícios físicos, entre outras (HOFF; MIDELFART, 2021). 
 Além disso, cabe aos gestores a ampliação do acesso aos serviços de 
saúde especializado para o acompanhamento da saúde visual da população e 
evitar o aumento de doenças visuais como a miopia. Além do mais, realizar 
ações educativas devem ser promovidas com intensidadepara gerar mudanças 
de hábitos de longa permanências a frente de telas de computadores, tablets e 
celulares para preservar a saúde ocular (DESIDERI; TOVANI-PALONE, 2021). 
 Evitar que crianças e adolescentes permaneçam isolados em seus 
quartos com uso de televisão, computadores, celulares; desconectar-se dos 
dispositivos durante as refeições; realizar atividades em contato direto com a 
natureza; buscar atividades (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2019). 
 Observar sinais de fadiga ocular é um dos primeiros passos para intervir 
e praticar ações que visem reduzir esses efeitos. O prurido ocular, sensação de 
corpo estranho, lacrimejamento, diplopia, entre outros, já são evidentes para 
possíveis alterações visuais devido ao tempo de exposição acima do tempo 
recomendado em telas de celular, tablets e computadores (SCHAMACHE et al., 
2021). 
Síntese dos resultados e discussão para responder a questão da pesquisa 
 Essa última categoria visa trazer um resumo da discussão para melhor 
compreensão do leitor. Dessa forma, a figura abaixo traz os principais tópicos e 
conceitos, bem como orientações recomendadas pela Sociedade Brasileira de 
Pediatria, já que as crianças e adolescentes são o público mais afetado pela 
quarentena. 
Figura 2: Síntese dos resultados e discussão do trabalho. 
 
Fonte: Autoria própria 
CONCLUSÃO 
 Conclui-se que a pandemia da COVID-19 fez com que as pessoas 
adotassem hábitos que a fizeram usar meios digitais luminosos provocando 
aumento progressivo dos casos de miopia e fadiga ocular digital. As medidas 
restritivas foram potenciais exorbitantes para provocar esforços visuais e, 
consequentemente, a progressão da miopia. 
 Os estudos evidenciam a preocupação da miopia como problema de 
saúde pública e o aumento significativo na população mundial pós-pandemia da 
COVID-19. Dessa forma, os gestores devem ampliar o sistema de saúde visual 
para o rastreamento, prevenção e tratamento da miopia. Além disso, alternativas 
foram citadas para minimizar os efeitos negativos na acuidade visual da 
população. 
Por fim, faz-se necessário adotar medidas para reduzir ou minimizar os 
impactos da pandemia, bem como novos estudos com potenciais evidências 
científicas para comprovação mais sólida dos resultados da pesquisa. No mais, 
estudos estão em elaboração e que não apresentaram seus resultados para 
fundamentar a resposta da questão de pesquisa. 
 
REFERÊNCIAS 
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Diseases. Disponível em: 
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1477893920300740?via%3Di
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BARDIN, L. Análise de conteúdo. Edição 70, Lisboa: 1979. 
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Hospital-Based Administrative Data - United States, March 2020-January 
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https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10408363.2020.1783198. Acesso 
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CUNHA, R.N.P. Miopia na infância. Arquivo Brasileiro de Oftalmologia, v.63, 
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25 de setembro de 2021. 
DESIDERI, L.F.; TOVANI-PALONE, M.R. COVID-19 e o risco aumentado de 
miopia e fadiga ocular digital. Einstein, v.19, 2021. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/eins/a/qd7kyTPBjKh5pRptqK6Dtmc/?lang=pt&format=pdf
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FAUCI, A.S.; LANE, H.C.; REDFIELD, R.R. Covid-19 — Navigating the 
Uncharted. The new england journal of medicine, v.382, n.13, 2020. Disponível 
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