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Uma visão da pandemia

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UMA
VISÃO DA
PANDEMIA
O CORONAVÍRUS E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
P O R A L U N O S 
C O N T R A O C O R O N A
Título: Uma visão da pandemia: o coronavírus e a 
educação em saúde
ISBN: 978-65-86433-29-6
Formato: Livro Digital
Veiculação: Digital
A l i ne de Áv i l a Campos
Gabr i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso
Havy A l exssande r Ab ram i Me i r e l l e s
Kami l l a Zan in V i e i r a 
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i
Yasm in Th i em i Fu j iwara da S i l va
EDITORES
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
O PROJETO
 projeto Alunos Contra o Corona surgiu a
partir da iniciativa de alguns alunos da
Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) da
Universidade Estadual Paulista (UNESP) após a
suspensão das atividades presenciais da
graduação, no final de março de 2020, devido à
pandemia do novo coronavírus. Motivados pela
crença de que por meio da informação, educação
e comunicação em saúde poderiam contribuir na
luta contra o novo coronavírus, esses alunos
reuniram-se e criaram uma página na rede social
Instagram que recebeu o nome
@alunoscontraocorona. Tal iniciativa visava
contribuir no combate à pandemia utilizando uma
ferramenta transformadora: a informação. 
 A página foi criada com o objetivo de reunir
informações confiáveis e de qualidade, a fim de
orientar e atualizar a população em geral em
relação à COVID-19. Também buscava propiciar
um ambiente virtual de acesso fácil e rápido às
condutas e atualizações que surgiam diariamente
sobre a nova doença, podendo, dessa forma,
contribuir com o trabalho dos profissionais de
saúde que atuavam na linha de frente no
combate à COVID-19. 
 Até novembro de 2020, a página Alunos Contra
o Corona no Instagram possuía mais de 16 mil
seguidores, sendo que as principais localizações
desses eram as cidades de São Paulo (16%), Rio
de Janeiro (5,9%) e Botucatu (5,6%). A principal
faixa etária do público, cerca de 37%, situava-se
entre 25 e 34 anos. Além disso, até o período em
questão, a página havia realizado 211 publicações
O
aproximadamente, que contemplavam casos
clínicos, tanto para a população leiga, quanto
para profissionais e estudantes da área da
saúde, postagens com enfoque na
desmistificação de fake news, vídeos
informativos e conteúdos didáticos sobre os
mais diversos temas relacionado à pandemia da
COVID-19.
 Uma das formas de analisar o impacto do
projeto na rede social Instagram é a partir de
dados das publicações feitas na página, como
alcance, impressões e interações. Na análise
dessas informações, tomaremos como exemplo
os dados obtidos entre os dias 4 e 10 de
novembro. Nesse período, o alcance das
publicações era de 10242 contas, número que
representa a quantidade de contas únicas no
Instagram que visualizaram as publicações
realizadas. Já o dado de impressão revela o
número total de vezes que todas as publicações
foram vistas e, nesse período, as impressões
foram 32139. Já a interação com o público da
página pode ser quantificada a partir do número
de “curtidas”, comentários, salvamentos e
compartilhamentos que as publicações tiveram.
No período em questão, as interações com todo
o conteúdo da página, o que inclui publicações,
stories e vídeos no formato IGTV, foram de 1750.
 O projeto mostra o valor do corpo discente na
promoção de saúde dentro e fora da
Universidade. Mesmo em isolamento, os alunos
conseguiram unir-se ao redor da crença na
capacidade que a educação tem de promover 
O PROJETO
saúde. Incontáveis foram os ganhos atingidos
por esse projeto. Inicialmente, podemos citar os
ganhos para a população. Por meio da página
@alunoscontraocorona, pessoas distantes do
conhecimento científico da área de saúde
tiveram a oportunidade de acesso a conteúdos
que, muito provavelmente, não teriam de maneira
espontânea. Isso porque grande parte do
trabalho desses alunos foi a tradução de artigos
científicos e pesquisas de difícil compreensão
para textos com linguagem mais acessível
acompanhados de um trabalho artístico
extremamente atrativo. Além disso, a página
criou um canal de informação muito dinâmico,
uma vez que permite à população uma
participação ativa na construção desse ambiente
virtual.
 Através de postagens interativas, mensagens
diretas e comentários era possível ao público
esclarecer dúvidas e apresentar suas principais
demandas. Por fim, podemos citar a importância
que o projeto teve na construção de um ambiente
virtual com fontes seguras para a aquisição de
conhecimento, principalmente quando pensamos
na realidade contaminada pelas fake news na
qual vivemos. 
 
 Não podemos deixar de citar os ganhos que o
projeto trouxe aos alunos que dele participaram.
Foi uma experiência única de educação em
saúde dentro de toda a graduação, não apenas
pelo contexto de pandemia, que por si só já é
uma experiência única, mas também pela
abrangência conseguida com o projeto que
O PROJETO
ultrapassa os limites da região de Botucatu que
se impõe a outros projetos de extensão da FMB-
UNESP. Com o projeto os alunos também
puderam manter-se diariamente atualizados em
relação à pandemia no Brasil e no mundo e
aprenderam a selecionar informações de
qualidade, bem como buscar ativamente por elas.
Além disso, através do Alunos Contra o Corona,
os alunos tiveram a oportunidade de atuar no
combate à COVID-19 no Brasil mesmo com a
suspensão das atividades presenciais da
graduação. 
 Por meio da dedicação desses alunos, o projeto
foi ganhando cada vez mais espaço nas redes
sociais e angariando mais alunos voluntários da
FMB-UNESP que enxergavam nessa iniciativa a
possibilidade de promoverem saúde ainda que
distantes da Universidade. Desse modo, com
grande apoio de professores da instituição, o
projeto Alunos Contra o Corona tornou-se um
dos projetos do voluntariado da Faculdade de
Medicina de Botucatu (FMB-UNESP) no combate
à COVID-19.
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA PÁGINA ALUNOS
CONTRA O CORONA NO FACEBOOK
 A ampliação da página Alunos contra o Corona
para a plataforma do Facebook se deu devido a
uma demanda proveniente da população geral, a
quem os conteúdos eram direcionados.
 Através da realização de outras atividades,
como transmissões de vídeo ao vivo para o
O PROJETO
esclarecimento de dúvidas da comunidade, os
participantes do projeto já existente puderam
perceber que uma parcela da população com
faixa etária mais avançada não fazia uso da
rede social Instagram e, portanto, não tinha
acesso aos conteúdos que eram publicados pela
página em suas postagens. 
 
 Diante da solicitação para que o Alunos contra
o Corona também fizesse parte do Facebook,
novos participantes ingressaram no projeto para
a criação do conteúdo que seria postado nessa
rede social. As temáticas das publicações nas
duas redes sociais se mantiveram bastante
semelhantes, entretanto, era necessário que o
conteúdo fosse reformulado e adaptado de
acordo com as características da plataforma e
desse novo público-alvo, sendo apresentado,
portanto, de forma mais objetiva, concisa e
simplificada.
 Juntamente com tais publicações, outras foram
sendo produzidas e postadas com o objetivo de
informar o público a respeito das fake news,
esclarecendo quais das notícias veiculadas pelas
mídias sociais eram falsas e, dessa forma,
explicando qual seria a verdadeira informação a
respeito do tema ou acontecimento tratado pela
notícia. Posteriormente, também se deu início à
publicação de vídeos sobre temas de grande
relevância que ainda não haviam sido abordados
pelas demais postagens
 Desde o início da página, foram criadas 125
publicações, considerando postagens sobre as
O PROJETO
temáticas estabelecidas, esclarecimentos sobre
fake news e vídeos. Com relação aos vídeos, que
foram incorporados mais recentemente à página,
o número de vezes que qualquer um dos vídeos
foi reproduzido por pelo menos 3 segundos foi
de 4.631.
 Como resultados gerais dessa iniciativa, até a
primeira quinzena de novembro de 2020, pôde-
se constatar que a página recebeu um total de
1.910 “curtidas”e 1.946 seguidores. Dentre as
publicações realizadas, aquela que teve maior
alcance isoladamente foi visualizada por 6.343
pessoas (intitulada “COVID-19 e as crianças na
pandemia”) e, em conjunto, as publicações da
página obtiveram um alcance de 48.091 pessoas
e receberam 11.981 “engajamentos”, ou seja,
interações que representam o número de vezes
que as pessoas se envolveram com as
publicações da página por meio de “curtidas”,
reações, comentários, compartilhamentos e
cliques.
 A criação da página e a divulgação de
informações permitiu que os estudantes, mesmo
nesse contexto de isolamento social, pudessem
estudar sobre temas extremamente relevantes e
fundamentar conhecimentos, contribuindo para a
disseminação de informações de qualidade para
a comunidade. Essa atuação ganha ainda mais
importância devido ao fato de que, devido ao
grande volume de informações e à intensa
velocidade de mudança de conhecimentos sobre
um tema tão novo, parte considerável da
população fica impossibilitada de distinguir em 
O PROJETO
que meios acessar dados verdadeiros e
confiáveis.
 Informar de maneira correta, adequada e
simples de compreender é essencial para a
conscientização da população geral e torna
possível, mesmo em tempos de pandemia, a
retomada do papel social das Universidades e de
seus graduandos: a produção de conhecimento
sendo traduzida em benefício – que é direito – à
comunidade.
Autores:
Kamilla Zanin Vieira
Luiza Teixeira Soares
Vinícius Hattori Rodrigues Mira 
João Marcos Bernardes
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
O PROJETO
O OBJETIVO 
 sse e-book foi criado com o objetivo de
promover um registro indireto do trabalho
desenvolvido pelo projeto Alunos Contra o
Corona na página da rede social Instragram
(@alunoscontraocorona), visando reunir em um
só livro as diversas informações científicas e
confiáveis publicadas na página durante a
pandemia da COVID-19. Dessa forma, um dos
objetivos desse e-book é a promoção de
educação em saúde à população para além das
redes sociais. Soma-se a esse objetivo a vontade
de expor como a Faculdade de Medicina de
Botucatu (FMB-UNESP), na condição de
Universidade pública, atuou no cenário da
pandemia, mais especificamente no setor de
comunicação, e como tais ações foram capazes
de auxiliar no combate à COVID-19. 
 Acreditamos que o conhecimento e a educação,
quando desenvolvidos com responsabilidade e
qualidade, são capazes de promover grandes
transformações sociais, permitindo o cuidar do
outro de maneira distinta, mas também muito
importante, do conceito tradicional de cuidado
atrelado à figura dos profissionais de saúde. Por
meio desse livro eletrônico, almejamos tornar o
conhecimento científico existente até o momento
de sua publicação em relação à COVID-19 e ao
novo coronavírus acessível à população, indo,
assim, ao encontro do nosso objetivo final, que é
a promoção da informação, educação e
comunicação em saúde.
Ressaltamos que as informações contidas nesse
e-book dizem respeito aos dados disponíveis até
a data de fechamento de cada capítulo.
E
ÍNDICE
O QUE É UMA PANDEMIA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Kami l l a Zan in V i e i r a e Len i c e do Rosár i o de Souza .
SARS-COV-2 , O NOVO CORONAVÍRUS . . . . . . . . .
Kami l l a Zan in V i e i r a , A l i ne de Áv i l a Campos , Yasmin Th i em i
Fu j iwara da S i l va e Len i c e do Rosár i o de Souza .
1
2
EPIDEMIOLOGIA DA COVID- 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Kami l l a Zan in V i e i r a , A l i ne de Áv i l a Campos , Amanda Moraes
Tambur r i no , Bea t r i z Gomes Rodr i gues , B runa O l i v e i r a da
S i l va , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso , He l ena R ibe i r o
A i e l l o Ama t , I s abe l a Novaes Ab rahão de L ima , N i cho l as
F ra i demberge de Souza , S i l v i a He l ena Fe r raz P l ana rd ,
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i e J onas A t i que Sawazak i .
3
F IS IOPATOLOGIA DA COVID- 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Kami l l a Zan in V i e i r a , A l i ne de Áv i l a Campos , Bea t r i z Gomes
Rodr i gues , B runa O l i v e i r a da S i l va , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va
Ca rdoso , N i cho l as F ra i demberge de Souza , S i l v i a He l ena
Fe r raz P l ana rd , Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i e A l exandre
Na ime Ba rbosa .
4
ENTRADA E AÇÃO DO SARS-COV-2 NO ORGANISMO
HUMANO
COMO O SARS-COV-2 É TRANSMIT IDO?
EXISTE A POSSIB IL IDADE DE RE INFECÇÃO OU REAT IVAÇÃO
DO VÍRUS?
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
A EVOLUÇÃO DA COVID- 19 NO BRASIL
2 0
2 5
2 9
4 4
QUAIS OS S INAIS E S INTOMAS DA COVID-
19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Kami l l a Zan in V i e i r a , A l i ne de Áv i l a Campos , He l ena R ibe i r o
A i e l l o Ama t , I s abe l a Novaes Ab rahão de L ima , J u l i a L i sbôa
Guedes , Yasm in Th i em i Fu j iwara da S i l va e A l exandre Na ime
Barbosa .
DIAGNÓST ICO LABORATORIAL DA COVID- 19
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Havy A l exssande r Ab ram i Me i r e l l e s , B runa O l i v e i r a da S i l va ,
Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso , N i cho l as F ra i demberge de
Souza e A l exandre Na ime Ba rbosa .
5
6
TRATAMENTOS DA COVID- 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
ORIENTAÇÕES PARA OS PORTADORES DA
COVID- 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
8
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
DIAGNÓST ICO CL ÍNICO-EP IDEMIOLÓGICO
SUBDIAGNÓST ICO
Kami l l a Zan in V i e i r a , A l i ne de Áv i l a Campos , Bea t r i z Gomes
Rodr i gues , He l ena R ibe i r o A i e l l o Ama t , I s abe l a Novaes
Abrahão de L ima , J u l i a L i sbôa Guedes , N i co l as F ra i demberge
de Souza , S i l v i a He l ena Fe r raz P l ana rd , Tha iná O l i v e i r a
Fe l i c i o O l i va t t i e A l exandre Na ime Ba rbosa .
RAC IONAL DO MANE JO TERAPÊUT ICO DA COVID- 19
POR QUE VENT ILADORES MECÂNICOS SÃO NECESSÁRIOS?
D IAGNÓST ICO LABORATORIAL
COMO COMPROVAR A EF I CÁC IA DE UM MEDICAMENTO?
ORIENTAÇÕES SOBRE O ISOLAMENTO DO PAC IENTE COM
COVID- 19
ISOLAMENTO DOMIC I L IAR DO PAC IENTE COM COVID- 19
6 0
6 6
7 6
9 1
ORIENTAÇÕES PARA POPULAÇÃO GERAL
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Yasmin Th i em i Fu j iwara da S i l va , A l i ne de Áv i l a Campos ,
Bea t r i z Gomes Rodr i gues , B runa O l i v e i r a da S i l va , Gab r i e l a
M i l o ch da S i l va Ca rdoso , He l ena R ibe i r o A i e l l o Ama t , J ú l i a
L i sbôa Guedes , S i l v i a He l ena Fe r raz P l ana rd e J oão Mar cos
Be rna rdes .
Yasm in Th i em i Fu j iwara da S i l va , Bea t r i z Gomes Rodr i gues ,
Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso , Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o
O l i va t t i , N i cho l as F ra i demberge de Souza e J oão Mar cos
Be rna rdes .
ISOLAMENTO SOC IAL E QUARENTENA . . . . . . . . . 
9
10
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
RECUPERAÇÃO DA COVID- 19
CU IDADOS APÓS ALTA
CONTRIBU IÇÕES DO RECUPERADO
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i , A l i ne de Áv i l a Campos ,
Amanda Moraes Tambur r i no , He l ena R ibe i r o A i e l l o Ama t ,
S i l v i a He l ena Fe r raz P l ana rd e Len i c e do Rosár i o de Souza .
COMO EV ITAR A PROPAGAÇÃODA COVID- 19
USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIV IDUAL (EP I )
USO DE MÁSCARAS DE PANO
COMO IR AO MERCADO DE FORMA SEGURA?
CU IDADOS COM DEL IVERY
CUIDADOS NO AMBIENTE DE TRABALHO
VIS I TAS A HOSPITA IS E INST I TU IÇÕES DE LONGA
PERMANÊNC IA DE IDOSOS NO CONTEXTO DA COVID- 19
ISOLAMENTO SOC IAL NO BRASIL
A IMPORTÂNC IA DO D ISTANC IAMENTO SOC IAL
1 0 2
1 3 1
Havy A l exssande r Ab ram i Me i r e l l e s , F e l i pe J o sé San tae l l a ,
Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso , N i cho l as F ra i demberge de
Souza , Tha iná O l i va t t i e J onas A t i que Sawazak i .
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va
Ca rdoso , Yasm in Th i em i Fu j iwara da S i l va e Ra fae l Thomaz i .
DECLARAÇÃO DE ÓBITO E COVID- 19 . . . . . . . . . . . . 12
OS IDOSOS E A COVID- 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
COMO UMA VAC INA É FE I TA?
VAC INAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
ORIGEM DAS VAC INAS
CAMPANHA NAC IONAL DE VAC INAÇÃO CONTRA A
INFLUENZA DURANTE A PANDEMIA DE COVID- 19
ANDAMENTO DA VAC INA PARA COVID- 19
SUBDIAGNÓST ICO DOS ÓB I TOS PELA COVID- 19
OR IENTAÇÕES PARA A COVID- 19
Yasmin Th i em i Fu j iwara da S i l va , A l i ne de Áv i l a Campos ,
S i l v i a He l ena Fe r raz P l ana rd e J onas A t i que Sawazak i .
FLUXO DE ATENDIMENTO DO IDOSO E PLANE JAMENTO DE
CU IDADOS
IDOSOS EM INST I TU IÇÕES DE LONGA PERMANÊNC IA
( I LP IS )
RELAÇÃO MATERNO-PERINATAL COM A
COVID- 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
14
REPERCUSSÕES MATERNAS
REPERCUSSÕES PER INATA IS
ASSISTÊNC IA PRÉ-NATAL
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
1 4 0
1 5 1
1 5 9
1 7 2
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i , Kam i l l a Zan in V i e ra , Gab r i e l a
M i l o ch da S i l va Ca rdoso e J o sé Ca r l os Pe raço l i .
COVID- 19 E A IMUNOSUPRESSÃO . . . . . . . . . . . . . .
Yasmin Th i em i Fu j iwara da S i l va , Amanda Moraes
Tambur r i no , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso e Len i c e do
Rosár i o de Souza .
15
O PARTO E CU IDADOS AO RECÉM-NASC IDO
A AMAMENTAÇÃO E OS CU IDADOS NECESSÁRIOS
IMUNOSSUPRIMIDOS E A COVID- 19
DROGAS IMUNOSSUPRESSORAS
USO DE MÁSCARAS 
OUTRAS MEDIDAS
ORIENTAÇÕES PARA FAMIL IARES E CU IDADORES
TRATAMENTO PARA CÂNCER DURANTE A PANDEMIA
PESSOAS V IVENDO COM H IV/A IDS : CU IDADOS NA
PANDEMIA
ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS E COVID- 19 . . . . .16
DIABETES MELL I TUS E OBESIDADE
DOENÇAS DA T IREO IDE
VITAMINA D E IMUNIDADE
Kami l l a Zan in V i e i r a , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso ,
He l ena R ibe i r o A i e l l o Ama t , J ú l i a L i sbôa Guedes , S i l v i a
He l ena Fe r raz P l ana rd e Fe rnanda Bo l f i .
COVID- 19 E H IPERTENSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
RECOMENDAÇÕES PARA OS PAC IENTES H IPERTENSOS NO
CONTEXTO DA PANDEMIA
OS BLOQUEADORES DO S ISTEMA RENINA-
ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA E O R ISCO PARA COVID- 19
2 1 1
1 9 5
1 8 5
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
CU IDADOS COM CR IANÇAS E ADOLESCENTES
DURANTE A PANDEMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Kami l l a Zan in V i e i r a , A l i ne de Áv i l a Campos , I s abe l a Novaes
Abrahão de L ima e J o e lma Gonça l ves Mar t i n .
19
COVID-19 E OS ANIMAIS DE COMPANHIA . . . . . .
Kami l l a Zan in V i e i r a , Amanda Moraes Tambur r i no , Gab r i e l a
M i l o ch da S i l va Ca rdoso e J oão Mar cos Be rna rdes .
20
Yasmin Th i em i Fu j iwara da S i l va , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va
Ca rdoso , J ú l i a L i sbôa Guedes e Vanessa dos San tos S i l va .
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS E A
COVID- 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i , N i cho l as F ra i demberge de
Souza e L i ana Sousa Coe lho .
18
COMO A COVID- 19 MANIFESTA-SE NA FA IXA ETÁR IA
PEDIÁTR ICA?
SAÚDE MENTAL DAS CR IANÇAS E ADOLESCENTES EM
TEMPOS DE PANDEMIA
CASOS CLÍNICOS INTERAT IVOS . . . . . . . . . . . . . . . . .
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i , A l i ne de Áv i l a Campos ,
Amanda Moraes Tambur r i no , Bea t r i z Gomes Rodr i gues , B runa
O l i v e i r a da S i l va , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso , Havy
A l exssande r Ab ram i Me i r e l l e s , He l ena R ibe i r o A i e l l o Ama t ,
J u l i a L i sbôa Guedes , Kam i l l a Zan in V i e i r a , N i cho l as
F ra i demberge de Souza , S i l v i a He l ena Fe r raz P l ana rd ,
Yasmin Th i em i Fu j iwara da S i l va Wa l t e r V i t t i J un i o r .
CU IDADOS VOLTADOS PARA OS
PROF ISSIONAIS DA SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
21
22
2 4 3
2 3 6
2 2 4
2 1 7
2 5 0
Havy A l exssande r Ab ram i Me i r e l l e s , B runa O l i v e i r a da S i l va ,
Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso , I s abe l a Novaes Ab rahão de
L ima , Mor i ê Le t i c i a Da l e ra de Ca r l i e J onas A t i que Sawazak i .
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i , A l b ina Rod r i gues To r r es ,
Bea t r i z Gomes Rodr i gues , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso ,
N i cho l as F ra i demberge de Souza e E l en i c e Be r t anha
Consonn i .
1 2 SUGESTÕES PARA CU IDAR DA SAÚDE MENTAL DURANTE
A PANDEMIA E A QUARENTENA
SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE 
 PANDEMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
SAÚDE MENTAL DOS PROF ISS IONAIS DA SAÚDE : A
IMPORTÂNC IA DA AUTOCOMPAIXÃO
PERDA E LUTO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Yasmin Th i em i Fu j iwara da S i l va , A l i ne de Áv i l a Campos ,
Tha iná O l i v e i r a Fe l i c i o O l i va t t i e Wa l t e r V i t t i J un i o r .
A IMPORTÂNCIA DO S ISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
24
23
SAÚDE MENTAL DOS IDOSOS DURANTE O ISOLAMENTO
SOC IAL
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E EP IS
RECOMENDAÇÕES GERAIS
COMO PODEMOS TE A JUDAR?
OS SETE INGREDIENTES D IÁR IOS PARA A SAÚDE MENTAL ,
BEM-ESTAR F ÍS ICO E EMOC IONAL
O PAPEL DOS ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO
EM SAÚDE FRENTE À PANDEMIA . . . . . . . . . . . . . . . 
25
2 8 9
2 8 3
2 6 1
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
Fe l i pe J o sé San tae l l a , Amanda Moraes Tambur r i no , Bea t r i z
Ave i r o San tos , Bea t r i z Gomes Rodr i gues , Ca ro l i na V i t o r
V ida l , Gab r i e l a M i l o ch da S i l va Ca rdoso , Maryan Bo r cs i k
Marum e Wa l t e r V i t t i J un i o r .
AGRADECIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
RELATOS DOS PRO JETOS DESENVOLVIDOS PELA FRENTE
DE COMUNICAÇÃO EM SAÚDE DO VOLUNTARIADO DA
FACULDADE DE MEDIC INA DE BOTUCATU ( FMB-UNESP) NO
COMBATE À PANDEMIA
3 0 0
O QUE É UMA
PANDEMIA?
1 .
AS INFORMAÇÕES CONT IDAS NESTE CAPÍTULO
T IVERAM SUA ÚLT IMA ATUAL IZAÇÃO EM
OUTUBRO DE 2020 .
 andemia não é uma palavra para ser usada
à toa ou sem cuidado. É uma palavra que, se
usada incorretamente, pode causar um medo
irracional ou uma noção injustificada de que a
luta terminou, o que leva a sofrimento e mortes
desnecessários". Foi com essaspalavras que, no
dia 11 de março de 2020, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, Diretor-geral da Organização
Mundial da Saúde (OMS), declarou que estava em
curso uma pandemia do SARS-CoV-2, o novo
coronavírus. Mas afinal, o que é uma pandemia?
21
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
"P
 Pandemia é o termo utilizado para descrever
uma situação na qual uma doença infecciosa
ameaça a vida de muitas pessoas no mundo todo
e de maneira simultânea. Não se associa,
necessariamente, com a gravidade de uma
doença, mas sim com o fator geográfico. Portanto,
considera-se pandemia quando o mundo todo
está correndo o risco de conviver com a doença
em seu território, seja essa muito grave ou não. O
conceito de pandemia comumente confunde-se
com outros dois conceitos epidemiológicos: a
endemia e a epidemia.
 A etimologia da palavra endemia vem do grego
clássico, em que “endemos” significa "originário
de um país", "referente a um país", "encontrado
entre os habitantes de um mesmo país". Assim, o
termo endemia é utilizado para se referir a uma
doença que está presente constantemente em uma
determinada área durante um longo período de
tempo. Uma doença endêmica traduz-se pelo
aparecimento de um menor número de casos ao
longo do tempo. Isso significa que, apesar do
número de casos ser relevante na caracterização
de uma doença como endêmica, há associação
muito maior com o fato de a doença ser
característica em determinada região do que com
a quantidade de casos existentes.
endemia
Pandemia
 Ao longo da história, a humanidade já vivenciou
muitas pandemias. Pode-se citar como exemplo a
peste bubônica, doença provocada pela bactéria
Yersinia pestis que é transmitida ao homem por
meio de pulgas de roedores, principalmente ratos
contaminados. Essa pandemia ocorreu no século
14 e resultou na morte de, aproximadamente, um
terço da população europeia. Um outro exemplo
importante de pandemia foi a gripe espanhola,
doença causada pelo vírus Influenza e que
ocorreu nos anos de 1918 e 1919. Essa pandemia
resultou na morte de cerca de 20 milhões de
pessoas. Embora possuam suas particularidades,
o que todas as pandemias da história da
humanidade possuem em comum é o fato de que
foram motivo de grande impacto tanto nas
relações interpessoais, quanto nas relações entre
o ser humano e o ambiente que o cerca.
22
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 Entretanto, aprofundando-se para além dos
conceitos teóricos de uma pandemia, sabe-se que
essa palavra atingiu definições mais amplas para
a população mundial a partir de março de 2020.
Caso essa pergunta “o que é uma pandemia?” fos-"o que é uma pandemia?"
 A palavra epidemia, por sua vez, é atribuída às
doenças que apresentam um grande número de
casos em um curto período de tempo. Essa
palavra também possui origem grega, significando
“disseminação de uma doença contagiosa”. A
principal característica de uma epidemia é a
elevação do número de casos novos e a rápida
difusão desses, alcançando um pico e,
posteriormente, o número de casos começa a
reduzir. Nesse sentido, percebe-se que a
pandemia e a epidemia possuem as mesmas
características de apresentação, com a diferença
de que a pandemia não se restringe a uma área
específica, disseminando-se em escala mundial.
epidemia
23
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
se feita a qualquer indivíduo nesse período,
provavelmente muitas palavras viriam em mente,
tendo essas significados que ultrapassam as
explicações geográficas abordadas. Uma
pandemia também define-se como um momento
permeado por medo, insegurança, morte,
isolamento e dúvidas.
 Como uma flor que nasce na rua, adotando a
perspectiva de Carlos Drummond de Andrade, o
projeto “Alunos Contra o Corona” floresceu em
meio a esse medo, insegurança, morte, isolamento
e dúvidas, buscando levar à população
informações confiáveis e de qualidade. Assim,
inicia-se agora neste e-book a reunião dos
melhores conteúdos divulgados pela página
“Alunos Contra o Corona” durante a pandemia do
SARS-CoV-2 .
 “Alunos Contra o Corona” 
24
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
REFERÊNCIAS
. 1- OMS Brasil - OMS afirma que COVID-19 é agora
caracterizada como pandemia. OPAS/OMS [Internet].
Pan American Health Organization / World Health
Organization, 2020 [citado 2 de setembro de 2020].
Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?
option=com_content&view=article&id=6120:oms-afirma-
que-covid-19-e-agora-caracterizada-como-pandemia&
Itemid=812
 
.2- Princípios de Epidemiologia | Lição 1 - Seção 11
[Internet]. 2020 [citado 2 de setembro de 2020].
Disponível em: https://www.cdc.gov/csels/dsepd/
ss1978/lesson1/section11.html
.3- AKIN L, GÖZEL MG. Understanding dynamics of
pandemics. Turk J Med Sci. 21 de abril de
2020;50(3):515–9.
..4- Pitlik SD. COVID-19 Compared to Other Pandemic
Diseases. Rambam Maimonides Med J [Internet]. 31 de
julho de 2020 [citado 3 de setembro de 2020];11(3). Dis-
ponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles
/PMC7426550/
SARS-COV-2 , 
O NOVO
CORONAVÍRUS
2 .
AS INFORMAÇÕES CONT IDAS NESTE CAPÍTULO
T IVERAM SUA ÚLT IMA ATUAL IZAÇÃO EM 
AGOSTO DE 2020 .
 uando se chama o SARS-CoV-2 de “o novo
coronavírus” significa que já existiam outros
coronavírus antes dele? Sim, é isso mesmo!
Coronavírus é o nome dado a uma família de
vírus que possui material genético do tipo RNA e
que apresentam glicoproteínas na superfície
assemelhando-se a espículas. Essas espículas
concedem a eles o aspecto microscópico de uma
coroa, que em latim denomina-se corona. Os vírus
que fazem parte dessa família são capazes de
causar infecções respiratórias em seres humanos
e em animais, sendo que, na grande maioria das
vezes, essas infecções são leves ou moderadas à
semelhança de um resfriado comum.
26
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
Q
 Ao longo da vida, a maioria dos seres humanos
é infectada por coronavírus comuns, tais como, o
alpha coronavírus 229E e NL63 e o beta
coronavírus OC43 e HKU1, tipos mais comuns nas
infecções em seres humanos e responsáveis por
um quadro clínico semelhante a um resfriado
comum. As crianças são o grupo etário mais
propenso a se infectarem por esses tipos mais
comuns de coronavírus, assim como ocorre em
outras infecções respiratórias. Porém, existem
membros da família coronavírus que podem
causar doenças mais graves, como é o caso do
SARS-CoV e do MERS-CoV que já foram
responsáveis por surtos no passado.
 O SARS-CoV é o vírus responsável pela SARS,
Síndrome Respiratória Aguda Grave, doença que
teve seus primeiros relatos em 2002 na China.
Essa doença se espalhou rapidamente para mais
de 12 países, atingindo vários continentes e foi
controlada em 2003. A SARS provocou,
aproximadamente, 700 mortes e 8000 casos de
infectados. Já o MERS-CoV é o vírus causador da
MERS, Síndrome Respiratória do Oriente Médio, 
que foi descoberta em 2012 na Arábia Saudita de
onde se espalhou para o Oriente Médio e,
posteriormente, para a Europa e a África. A MERS
provocou 400 mortes e 1100 infectados, o que
mostra que possui mortalidade muito maior do
que a SARS, porém a transmissibilidade é menor.
Ambas epidemias possuem origem associada a
animais selvagens, que, provavelmente, foram
infectados por morcegos.
 Já o novo coronavírus, o SARS-CoV-2, teve seus
primeiros casos reportados na cidade de Wuhan,
na China, em dezembro de 2019. Esses primeiros
casos acometeram cerca de 27 pessoas que
desenvolveram pneumonia. Todas elas
apresentavam em comum história de terem
frequentado um mercado de frutos do mar em
Wuhan. Em poucos dias identificaram o causador
desses quadros de pneumonia, o novo
coronavírus. Rapidamente mais casos foram
surgindo em Wuhan até que, em 20 de janeiro de
2020, foi reportada oficialmente a transmissão do
SARS-CoV-2 entre humanos. Em 11 de fevereiro de
2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
denominou a nova doença como COVID-19 (do
inglês, Corona Vírus Disease e 19, referente ao
ano de 2019). Os casos espalharam-se com
grande velocidade ao redor do mundo até que em
11 de março de 2020 foi declaradapela OMS a
pandemia do novo coronavírus. Apesar de estar
se mostrando menos letal do que o SARS-CoV e o
MERS-CoV, o SARS-CoV-2 dissemina-se muito
mais facilmente do que os outros dois,
impactando pelo número de casos infectados e a
dificuldade de contenção da sua propagação.
27
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
28
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
REFERÊNCIAS
1- CALLAWAY, Ewen; CYRANOSKI, David; MALLAPATY,
Smriti; STOYE, Emma; TOLLEFSON,Jeff. The coronavirus
pandemic in five powerful charts. Nature, [s.l.], v. 579,
n. 7800, p. 482-483, mar.2020. Springer Science and
Business Media LLC. 
 
2- Jeannette Guarner, MD, Three Emerging
Coronaviruses in Two Decades: The Story of SARS,
MERS, and Now COVID-19, American Journal of Clinical
Pathology, Volume 153, Issue 4, April 2020, Pages 420-
421.
.3- Noah C Peeri, Nistha Shresthe, Md Siddikur
Rahman, Rafdzah Zaki, Zhengqi Tan, Saana Bibi,
Mahdi Baghbanzadeh, Nasrin Aghamohammadi, Wenyi
Zhang, Ubydul Haque, The SARS, MERS and novel
coronavirus (COVID-19) epidemics, the newest and
biggest global health threats: what lessons we lerned?,
International Journal of Epidemiology.
EPIDEMIOLOGIA
DA COVID-19
3 .
AS INFORMAÇÕES CONT IDAS NESTE CAPÍTULO
T IVERAM SUA ÚLT IMA ATUAL IZAÇÃO EM
OUTUBRO DE 2020 .
30
 epidemiologia na área da saúde é o campo
responsável pelo estudo das doenças a nível
populacional. Isso significa que ela não analisa o
impacto da doença no indivíduo, mas sim em uma
população, visando compreender como uma
doença se comporta em determinados grupos de
indivíduos, bem como os impactos dessa na
coletividade. Para fazer essa análise, a
epidemiologia considera questões estatísticas,
biológicas e sociais, já que todos esses fatores
em conjunto contribuem para a existência de
diferentes comportamentos e consequências das
doenças em populações distintas. Dessa forma,
diante de uma pandemia como a da COVID-19,
alguns cálculos epidemiológicos permitem estimar
o impacto da doença, para que seja possível
compreender melhor o comportamento dessa,
orientando as medidas preventivas e os estudos
científicos.
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
A
 Um conceito epidemiológico importante a ser
conhecido sobre determinada doença é o quão
contagiosa ela é, o que diz respeito a sua
capacidade de disseminação em determinada
população. Para quantificar essa capacidade
pode-se utilizar o que se conhece por R0, que é a
abreviação do termo "número básico de
reprodução”. Esse número significa quantos casos
novos de uma doença originam-se, em média, a
partir de um único indivíduo infectado. Por
exemplo, se o R0 de uma doença é igual a 3, isso
significa que um único indivíduo infectado é
capaz de transmitir a doença para outros 3
indivíduos e, por sua vez, esses 3 novos
indivíduos infectados podem, cada um deles,
transmitir a doença para mais outros 3 indivíduos
e assim sucessivamente. É importante dizer que o
valor do R0 é apenas uma aproximação, visto que
o
número básico de
reprodução
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
o comportamento adotado pelo indivíduo
infectado pode fazer com que ele transmita a
doença para mais ou menos pessoas do que a
média calculada. O esquema a seguir ilustra o
contágio médio de uma doença que apresenta o
valor de R0 igual a 3:
31
 A importância de conhecer o valor do R0 de
uma doença reside no fato de que se a doença
possui um valor de R0 maior do que 1, ela possui
potencial para se espalhar mais facilmente, uma
vez que, em média, cada pessoa infectada irá
infectar, pelo menos, uma ou mais pessoas. Já
quando a doença possui o valor de R0 menor do
que 1, não são todos os indivíduos infectados que
irão transmitir a doença para outras pessoas,
chegando um momento em que a doença irá
desaparecer, porque não haverá mais
transmissão. Como o R0 sofre influência de uma
variedade de fatores humanos e ambientais, esse
valor é muito variável de uma região para outra,
sendo difícil, por exemplo, estimar um R0 único
para a COVID-19. Um estudo publicado no dia 31
de julho de 2020 estima que o valor do R0 da
COVID-19 no Brasil é 3,1 , o que significa que cada
i
3
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
indivíduo infectado pelo SARS-CoV-2 no Brasil
transmite o vírus para, aproximadamente, 3,1
pessoas.
32
 Outro dado interessante de uma doença é o
intervalo serial (IS), que considera o tempo que
demora, em média, para que um indivíduo que
acabou de ser infectado comece a manifestar os
sinais e sintomas da doença em relação ao
momento do início dos sintomas do indivíduo que
o infectou. Uma vez que o início da manifestação
de sintomas está associado com o tempo que o
agente invasor, a exemplo um vírus, leva para se
multiplicar no organismo do indivíduo, conclui-se
que uma doença que possui um IS menor
espalha-se mais rápido, já que o vírus leva
menos tempo para começar a se multiplicar e
infectar uma nova pessoa. Ao passo que, uma
doença com IS maior se dissemina mais
lentamente, porque o vírus demora para começar
a se multiplicar e, portanto, o intervalo de tempo
entre a contaminação de um indivíduo e sua
capacidade de contaminar outros indivíduos é
mais longo.
intervalo serial
 Dessa forma, unindo os valores do R0 e do IS
de uma doença pode-se ter noção de quantas
infecções surgiriam, em média, em um
determinado intervalo de tempo, se nenhuma
medida de contenção da disseminação da doença
fosse adotada pela população e se não houvesse
o desenvolvimento de imunidade para a doença
em estudo. Ao analisar o valor do R0 faz-se
necessário considerar que esse sofre influência
do comportamento humano. Assim, caso medidas
de contenção da disseminação da doença sejam
adotadas por uma determinada população, o R0
dessa doença nessa população será menor
quanto
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
quando comparado ao R0 de uma outra população
que não adota as medidas de contenção. O
mesmo não ocorre para o valor de IS, já que esse
depende apenas de fatores biológicos da doença,
não sofrendo nenhuma influência de intervenções
humanas.
33
 Um indicador relevante a ser avaliado é a taxa
de letalidade (TL), que se refere à porcentagem de
pessoas, dentre as que possuem confirmação de
diagnóstico da doença estudada, que morrem pela
doença. Com esse valor torna-se possível
dimensionar a gravidade da doença em estudo, já
que ele informará, aproximadamente, o número
de pessoas que poderiam morrer. Entretanto, esse
número sofre influência de uma série de fatores e
pode não refletir precisamente a letalidade de
uma doença. Um fator que impacta muito nesse
resultado é o subdiagnóstico, evento muito
comentado durante a pandemia da COVID-19. O
subdiagnóstico acontece quando são diagnos-
ticados menos casos de uma doença do que
realmente existem, o que pode ocorre pela falta
de disponibilidade de testes diagnósticos. Nesses
casos, a TL não forneceria um valor real, uma vez
que muitos casos e óbitos existentes podem não
ter sido notificados e, portanto, não entrarão no
cálculo.
 Uma outra falha que a análise isolada da taxa
de letalidade pode acarretar é que o valor dessa
razão considera toda a população, não fazendo
nenhum tipo de distinção entre grupos
específicos. O problema é que uma doença pode
ser mais intensa em determinados grupos do que
em outros, como ocorre com a COVID-19, que vem
se mostrando mais grave em indivíduos com
idade mais avançada e com comorbidades quando 
taxa
de letalidade
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
em comparação com indivíduos jovens e
saudáveis. Assim, a letalidade de uma doença
pode ser maior em um grupo de indivíduos do
que em outro. Tomando como exemplo a COVID-
19, a letalidade dela nos idosos portadores de
comorbidades é maior do que a letalidade nos
jovens saudáveis. Portanto, se o cálculo da taxa
de letalidade para cada um desses dois grupos
citados fosse realizado, essa seria maior nos
idosos portadores de comorbidades do que nos
jovens saudáveis. O mapa mundial a seguir
evidencia as regiões do globo que apresentam os
maiores valoresde letalidade da COVID-19 até o
dia 22 de outubro de 2020, data na qual o mapa
foi analisado.
34
FIGURA 1
Fonte: COVID-19 Map [Internet]. Johns Hopkins Coronavirus
Resource Center. [Acesso em 22 de outubro de 2020]. Disponível
em: https://coronavirus.jhu.edu/map.html
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 O Brasil, até outubro de 2020, encontrava-se
entre os 20 países mais afetados pela COVID-19
no mundo. O gráfico a seguir mostra a letalidade
nesses 20 países considerando o dia 22 de
outubro de 2020. As porcentagens presentes no
gráfico revelam o número de óbitos que ocorrem
pela COVID-19 a cada 100 casos confirmados da
doença em cada um dos países.
 Até o dia 22 de outubro de 2020, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), existiam,
no mundo, 41.104.946 casos confirmados de
COVID-19 e 1.128.325 mortes pela COVID-19, sendo
esses números referente apenas aos casos que
foram notificados à OMS. No mesmo período de
22 de outubro de 2020, dos 41.104.946 casos
confirmados no mundo 8.184.788 encontravam-se
nos Estados Unidos da América (EUA), 7.706.946
na Índia e 5.273.954 no Brasil. Das 1.128.325
mortes
35
FIGURA 2
Fonte: Mortality Analyses [Internet]. Johns Hopkins Coronavirus
Resource Center. [Acesso em 22 de outubro de 2020]. Disponível
em: https://coronavirus.jhu.edu/data/mortality
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
mortes, 219.497 ocorreram nos EUA, 154.837, no
Brasil e 116.616, na Índia.
36
FIGURA 3
Fonte: WHO Coronavirus Disease (COVID-19) Dashboard [Internet].
[Acesso em 22 de outubro de 2020]. Disponível em:
https://covid19.who.int
 Já segundo Universidade Jonhs Hopkins , o
número global de casos na mesma data já era
41.552.371 e o número global de mortes era
1.135.229. Do total de casos, 8.398.267 encontram-
se nos EUA, 7.706.946, na Índia e 5.298.772, no
Brasil. Em relação ao total de mortes pela COVID-
19 no mundo, 222.940 ocorreram nos EUA, 155.403,
no Brasil e 116.616, na Índia. O mapa mundial a
seguir, elaborado pela Universidade Jonhs
Hopkins , evidência os casos cumulativos de
COVID-19 no mundo considerado a data de 22 de
outubro de 2020. Quanto maior a concentração de
círculos vermelhos no mapa, maior é a
quantidade de casos cumulativos existentes nessa
região do globo.
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 O primeiro caso de COVID-19 no Brasil foi
confirmado no dia 26 de fevereiro de 2020, tendo
acometido um homem de 61 anos que acabava de
retornar ao Brasil de uma viagem para a Itália, o
que sugeriu ser um caso importado, ou seja, que o
homem adquiriu o SARS-CoV-2 na Itália e não no
Brasil. Esse caso foi diagnosticado no Hospital
Albert Einstein , na cidade de São Paulo, e o
paciente teve alta no dia 13 de março de 2020.
Depois desse primeiro caso, houve um segundo
caso diagnosticado no mesmo hospital no dia 29
D
37
A EVOLUÇÃO DA COVID-19 
NO BRASIL
FIGURA 4
Fonte: COVID-19 Map [Internet]. Johns Hopkins Coronavirus
Resource Center. [Acesso em 22 de outubro de 2020]. Disponível
em: https://coronavirus.jhu.edu/map.html
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
de fevereiro de 2020. Já o terceiro caso no Brasil
ocorreu no dia 4 de março de 2020, também no
estado de São Paulo. Esses três primeiros casos
de COVID-19 registrados no país eram todos em
indivíduos do sexo masculino e que haviam
retornado recentemente da Itália.
38
 Outros marcos importantes da evolução da
COVID-19 no Brasil foram as detecções dos
primeiros casos de transmissão interna e de
transmissão comunitária. Entende-se por
transmissão interna aqueles casos nos quais o
indivíduo adquiriu o vírus dentro do próprio país
e é possível saber quem transmitiu o vírus para
esse indivíduo. O primeiro caso registrado de
transmissão interna no Brasil ocorreu no dia 5 de
março de 2020 no estado de São Paulo. Já o
conceito de transmissão comunitária é diferente.
Embora esse tipo de transmissão também ocorra
dentro do país, não é possível mais detectar
quem foi o transmissor da doença. Ou seja, na
transmissão comunitária não é mais possível
traçar a rota de transmissão do vírus para
identificar quem transmitiu a doença para o
indivíduo infectado que está sendo analisado. O
primeiro caso de transmissão comunitária no
Brasil foi registrado em 16 de março de 2020.
 OSeguindo a linha do tempo brasileira, o
primeiro óbito pela COVID-19 registrado no país
ocorreu no dia 17 de março de 2020, quando um
homem de 62 anos, diabético e hipertenso faleceu
no Hospital Sancta Maggiore , da rede Prevent
Senior , em São Paulo. Atualmente, embora exis-
tam variações entre os diversos estados brasi-
leiros, todos eles apresentam casos de COVID-19.
Até o dia 22 de outubro de 2020, o total de casos
confirmados acumulados de COVID-19 no Brasil
erA
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 Quanto ao número óbitos por COVID-19, até o
dia 22 de outubro de 2020 o Brasil registrava
155.900 óbitos, também segundo o Painel
Coronavírus disponibilizado pelo Ministério da
Saúde. O gráfico a seguir representa a evolução
do número total de mortes por COVID-19 no Brasil
de fevereiro a outubro de 2020.
era 5.323.630, segundo o Painel Coronavírus
disponibilizado pelo Ministério da Saúde. No
gráfico a seguir tem-se a evolução do número
total de casos de COVID-19 no Brasil de fevereiro
a outubro de 2020.
39
FIGURA 5
Fonte: Brasil Coronavirus: 5.332.634 Casos e 155.962 Mortes Worldometer
[Internet]. [Acesso em 22 de outubro de 2020]. Disponível em:
https://www.worldometers.info/coronavirus/country/brazil/
FIGURA 6
Fonte: Brasil Coronavirus: 5.332.634 Casos e 155.962 Mortes - Worldometer
[Internet]. [Acesso em 22 de outubro de 2020]. Disponível em:
https://www.worldometers.info/coronavirus/country/brazil/
40
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 Um estudo brasileiro coordenado pelo Centro
de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade
Federal de Pelotas, financiado pelo Ministério da
Saúde e apoiado por outras instituições, o
EPICOVID19-BR , traz algumas informações
preocupantes em relação à COVID-19 no Brasil.
 A primeira fase do estudo foi feita entre os
dias 14 e 21 de maio de 2020 envolvendo 133
cidades de diversos estados do Brasil, o que
resultou em 25.025 entrevistas e testes para o
SARS-CoV-2. Em 90 dessas cidades foi possível a
realização de, pelo menos, 200 testes em
indivíduos sorteados. Considerando as 90
cidades, estima-se que 1,4% (com uma variação de
1,3% a 1,6%) da população possuía anticorpos
contra o SARS-CoV-2. O fato de possuir tais
anticorpos significa que o indivíduo tem ou já
teve a infecção pelo SARS-CoV-2. Como a
população dessas 90 cidades soma 54,2 milhões
de pessoas, esse resultado permite estimar que
760.000 pessoas (com uma margem de erro de
705 mil a 867 mil pessoas) estariam ou já
estiverem infectadas pelo SARS-CoV-2. Porém, no
mesmo período em que essa pesquisa foi
realizada, os dados oficiais apontavam que essas
90 cidades envolvidas no estudos somavam
apenas 104.782 casos, evidenciando uma grande
subestimativa do número de infectados pelo
SARS-CoV-2.
 Dessa forma, os dados do estudo EPICOVID19-
BR permitem estimar que para cada caso de
COVID-19 confirmado nessas cidades existem, na
verdade, 7 casos reais na população em questão.
Entretanto, faz-se necessário ressaltar que os
resultados obtidos nesse estudo não podem ser
utilizados para estimar o número total de casos
ut
8
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 A tabela a seguir permite comparar o número
de testes para a COVID-19 realizados nos
seguintes países: China, Itália, Espanha, Reino
Unido, Rússia, Argentina, EUA e Brasil. Os valores
apresentados na tabela referem-se à quantidade
de testes por milhão de habitantes. Essa análise
por milhão de habitantes permite uma melhor
comparação entre países que apresentam
números de habitantes distintos. Observando os
dados, percebe-se a baixa testagem brasileira
quando comparada à testagem realizada nos
demais países, o que corrobora com o problema
do subdiagnóstico da COVID-19 no Brasil. Além
disso, a tabela permite uma comparação entre os
países emrelação ao número de casos confirma-
do Brasil, nem mesmo para qualquer outra cidade
do país que não sejam essas envolvidas no
estudo. Tal restrição justifica-se pelo fato de que
essas 90 cidades analisadas no EPICOVID19-BR
são muito populosas (dentre elas encontram-se 21
capitais das 27 capitais brasileiras) e, portanto,
apresentam uma dinâmica peculiar como, por
exemplo, uma intensa circulação de pessoas e
uma concentração de serviços de saúde. Em
outras cidades do Brasil o comportamento da
COVID-19 pode ser diferente, a exemplo, quando
analisamos cidades menores ou áreas rurais.
Mesmo assim, o estudo alerta para a grande
subestimativa brasileira de casos de COVID-19,
que está fortemente atrelada à baixa testagem da
população brasileira. Como ocorre uma baixa
testagem, consequentemente há subdiagnóstico da
doença e, portanto, há subnotificação dos casos,
o que demonstra que os números de casos e
óbitos da COVID-19 no Brasil, possivelmente,
seriam muito maiores se 100% da população
brasileira fosse testada.
41
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
dos de COVID-19 por milhão de habitantes e o
número de óbitos pela doença, também por
milhão de habitantes. Todos os valores
apresentados na tabela são referentes aos dados
existentes até o dia 22 de outubro de 2020.
42
SintomaSintoma, %
China
Perda de olfato
Astenia
Ítália
Mialgia
Espanha
Disfunção de paladar
Rússia
Países
Reino Unido
Total de casos/ 1 
milhão habitantes
Óbitos/ 1 milhão 
habitantes
Argentina
EUA
Brasil
Testes/ 1 milhão 
habitantes
3
 612
738
652
173
617
688
732
60
7.706
23.321
11.919
10.026
23.248
26.098
25.033
111.163
233.848
331.545
453.103
381.517
60.486
391.210
84.028
FIGURA 7
Fonte: Coronavirus Update (Live): 41,959,047 Cases and 1,142,057 Deaths from
COVID-19 Virus Pandemic -Worldometer [Internet]. [Acesso em 22 de outubro de
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A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
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brasil-varias-epidemias-num-so-pais/
FISIOPATOLOGIA
DA COVID-19
4 .
AS INFORMAÇÕES CONT IDAS NESTE CAPÍTULO
T IVERAM SUA ÚLT IMA ATUAL IZAÇÃO EM 
DEZEMBRO DE 2020 .
 ma infecção viral depende fundamentalmente
da entrada do patógeno nas células do
hospedeiro, sendo que, no caso da doença COVID-
19, o vírus é o SARS-CoV-2 (novo coronavírus) e
o hospedeiro principal é o ser humano. Essa
invasão nas células humanas é possibilitada pela
presença de estruturas existentes na superfície do
SARS-CoV-2 denominadas Spike ou proteínas S.
Essas estruturas são glicoproteínas de superfície
que se assemelham a “espinhos” e são capazes
de ligarem-se a receptores presentes na
superfície das células humanas, mais
especificamente os receptores da enzima
conversora de angiotensina 2 (ECA2). Esse
mecanismo de entrada na célula humana pode ser
melhor compreendido se pensarmos no
funcionamento de um sistema chave e fechadura. 
ENTRADA E AÇÃO DO SARS-COV-2
NO ORGANISMO HUMANO
45
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
U 
Adaptado de: JM Parks, JC Smith. N Engl J Med 2020. DOI: 10.1056/NEJMcibr2007042
1
FIGURA 1
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 Nessa analogia a proteína S do vírus
funcionaria como uma chave e o receptor de ECA2
da célula humana assumiria o papel de uma
fechadura. O encaixe correto da chave na
fechadura é capaz de abrir uma “porta” na célula,
o que permite a entrada do vírus. Na imagem
anterior, está destacado esse encaixe entre a
glicoproteína Spike do vírus SARS-CoV-2 e o
receptor humano da ECA2.
 Desse modo, a partir da ligação ao receptor da
ECA2, o SARS-CoV-2 consegue adentrar nas
células humanas. A protease celular TMPRSS2
também parece ter importância fundamental para
a entrada do SARS-COV-2. A imagem a seguir
ilustra os eventos pelos quais o vírus passa a
partir do momento em que está no ambiente
intracelular.
46
Imagem original de: Du, L., He, Y., Zhou, Y. et al. The spike protein of SARS-CoV — a target for
vaccine and therapeutic development. Nat Rev Microbiol 7, 226–236 (2009).
https://doi.org/10.1038/nrmicro2090
2
FIGURA 2
 Portanto, após entrar na célula humana, o vírus
encontra-se dentro de um compartimento
chamado endossomo1. Dentro desse
compartimento as proteínas Spike são separadas
do vírus por enzimas que existem dentro do
endossomo, denominadas proteases.
Posteriormente, a membrana viral funde-se à
membrana do endossomo, o que resulta na
liberação do material genético do vírus para o
ambiente intracelular. 
 O material genético viral liberado dentro da
célula passa por uma série de processos que têm
como objetivo a formação de cópias das
proteínas virais . Dessa forma, o vírus utiliza toda
a maquinaria celular para a formação de novos
vírus, consolidando, assim, o processo de
replicação ou multiplicação viral. Ao final desse
processo, os novos vírus formados sairão da
célula por exocitose, evento no qual a membrana
do endossomo que contém o novo vírus funde-se
à membrana da célula humana, como visto na
imagem anterior, o que permite a liberação do
vírus para o ambiente extracelular, onde estará
pronto para infectar novas células. 
 Uma vez infectado o organismo humano, ainda
não está bem esclarecida toda a fisiopatologia do
vírus, ou seja, como ele age dentro do organismo
provocando a doença COVID-19. Porém, alguns
estudos estão esclarecendo aos pouco como
ocorre esse processo. Já é possível reconhecer
que os sinais e sintomas provocados pelo SARS-
CoV-2 não se restringem a atuação direta do
vírus nas células, mas também são resultantes de
eventos desencadeados pelo próprio organismo
humano. Isso porque o organismo humano possui
um sistema responsável por toda a sua defesa, o
chamado de sistema imune (ou imunológico), que 
47
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
1
1
1
1
1
possui diversos mecanismos para tentar
neutralizar agentes infecciosos ou parasitários,
como por exemplo, o aumento da temperatura
corporal que se manifesta na forma de febre e a
liberação de fatores inflamatórios. 
 Partindo dos dados atuais, podemos observar
duas formas de comportamento do vírus no corpo
humano, com três fases distintas. A primeira
forma diz respeito à ação do vírus em indivíduos
que não manifestam sintomas ou que
desenvolvem formas leves da doença (COVID
Leve). Nesses casos, após o SARS-CoV-2 infectar
as células do trato respiratório alto (mucosa
nasal e orofaringe), ocorrerá a multiplicação
desse vírus nesse local, mas o sistema imune
desses indivíduos é capaz de controlar a
replicaçãoviral e inativar o patógeno, limitando
os efeitos a uma infecção respiratória semelhante
a um resfriado ou gripe . Cerca de 85% dos casos
de COVID-19 se comportam dessa forma, chamada
de Fase 1, não evoluindo para as etapas seguintes
por conta de efetiva ação do sistema imune com
resposta celular mediada por linfócitos T. 
 Já nos pacientes que desenvolvem formas
subsequentes da doença, o sistema imune falha
ao inibir precocemente a replicação viral no trato
respiratório alto, e o SARS-CoV-2 avança para os
pulmões (Fase 2), afetando os pneumócitos, o que
leva à uma pneumonia viral, ou seja, inflamação
no tecido pulmonar, dificultando a absorção de
oxigênio, e causando a sensação de falta de ar
(dispneia) . Esse comportamento é classificado
como COVID-19 Grave, e exige hospitalização
principalmente para corrigir a hipóxia (falta de
oxigênio), e ocorre em cerca de 10% dos
pacientes.
48
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
3
4
4
49
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 Na etapa final há sistematização generalizada
da infecção viral para além do trato expiratório
alto e baixo e, na tentativa de combater o vírus
em diversos órgãos e tecidos, o sistema imune
propaga uma resposta de mediadores químicos
muito intensa, chamada de tempestade de
citocinas, envolvendo a liberação de muitos
fatores inflamatórios de alta intensidade . Embora
esses mediadores sejam liberados na tentativa de
proteger o organismo contra o agente invasor,
quando presentes em quantidades exageradas
podem causar danos aos órgãos do próprio
organismo (como rins, fígado e sistema
cardiovascular) e desencadear fenômenos de
coagulação intensa, capazes de levar o paciente
ao óbito . Esse comportamento é denominado
COVID-19 Crítico, e os pacientes nessa fase
demandam invariavelmente de cuidados de
terapia intensiva de suporte à vida, e ocorre em
cerca de 5% dos pacientes. 
 
 Assim, fica cada vez mais evidente que a
COVID-19 não é uma doença que compromete
exclusivamente o trato respiratório, e sim uma
patologia sistêmica e complexa. Na verdade, o
que vem sendo observado é que, além do
comprometimento das mucosas respiratórias e do
pulmão, também há acometimento do rim (já que
alguns pacientes evoluem com insuficiência
renal), intestinal (diarreia é achado frequente) e
do sistema cardiovascular (devido a ocorrência de
eventos tromboembólicos) . Alguns casos também
correlacionam à COVID-19 com comprometimento
do sistema nervoso central (confusão mental e
acidente vascular encefálico), de mucosas
oculares (conjuntivite), comprometimento do
paladar (ageusia) e do olfato (anosmia) .
 A imagem a seguir extraída do artigo 
4
4
4
4
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
Pathophysiology, Transmission, Diagnosis, and
Treatment of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19),
ilustra a fisiopatologia da doença em suas três
fases: (A) fase respiratória virológica, ou fase 1,
(B) fase pulmonar, ou fase 2, e (C) fase
inflamatória, ou fase 3.
50
Imagem original de: Wiersinga WJ, Rhodes A, Cheng AC, Peacock SJ, Prescott HC.
Pathophysiology, Transmission, Diagnosis, and Treatment of Coronavirus Disease 2019 (COVID-
19): A Review. JAMA. 2020;324(8):782–793. DOI:10.1001/jama.2020.12839
FIGURA 3
51
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 transmissão do SARS-CoV-2 ocorre,
principalmente, por meio de gotículas. Quando
falamos, tossimos ou espirramos pequenas
micropartículas de saliva ou outras secreções são
expelidas na forma de gotículas (partículas
maiores do que 5µm) e essas podem atingir
diretamente nariz, boca ou olhos de pessoas a
uma distância de 1 a 2 metros, aproximadamente.
Outra forma possível de contrair o vírus presente
nessas gotículas é o contato direto com pessoas
infectadas, por meio de beijos, abraços e apertos
de mãos, ou com superfícies e objetos infectados,
como maçanetas, chaves, bancadas e celulares,
uma vez que as gotículas expelidas podem cair
sobre os objetos, contaminando-os. Depois
desses contatos diretos, o indivíduo pode
contaminar as suas mãos, por exemplo, e,
posteriormente, tocar as mucosas do nariz, da
boca ou dos olhos, possibilitando a infecção. Até
o momento, não há evidências de que o vírus
possa ser transmitido por água, nem por
alimentos contaminados. 
 Apesar da transmissão por gotículas ser
atualmente considerada a principal, é possível a
transmissão do SARS-CoV-2 por aerossol
(partículas com tamanho igual ou inferior a 5µm).
A principal preocupação em relação a essa
possibilidade é que os aerossóis são muito
menores e mais leves do que as gotículas, o que
permite que essas partículas fiquem suspensas no
ar por horas, ao contrário das gotículas que
rapidamente caem no chão com a força da 
COMO O SARS-COV-2 É
TRANSMITIDO?
A 
gravidade. Essa forma de transmissão acontece
de forma restrita para situações onde há a
geração de grandes quantidades de aerossóis,
como alguns procedimentos médicos (intubação e
massagem cardíaca, por exemplo). Entretanto,
evidências da presença do vírus no ar levantaram
a preocupação para a existência da transmissão
por aerossol para além desses procedimentos.
Uma consideração importante sobre esse fato é
que detectar a presença do vírus no ar não é
suficiente para confirmar a transmissão do
SARS-CoV-2 pelo ar, visto que essa depende de
muitos outros fatores para ocorrer.
 Existem quatro tipos possíveis de transmissão
do SARS-CoV-2: transmissão por sintomáticos,
transmissão por pré-sintomáticos, transmissão
por assintomáticos e transmissão ambiental. A
transmissão por sintomáticos é aquela na qual os
indivíduos portadores da COVID-19 transmitem o
o vírus enquanto estão manifestando sintomas da
doença. 
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
52
Imagem original de: Manual do Cremesp de melhores práticas clínicas na Covid-19.
FIGURA 4
53
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 Essa é a forma mais fácil de ser compreendida,
uma vez que indivíduos sintomáticos espirram e
tossem, liberando gotículas contaminadas no
ambiente. A segunda possibilidade é a
transmissão por pré-sintomáticos, que são
indivíduos que já estão infectados pelo SARS-
CoV-2, mas que ainda não começaram a
manifestar sintomas da doença. Assim, essa
transmissão ocorre na fase de incubação do
vírus, que corresponde ao período de tempo
desde a aquisição do vírus até o início da
apresentação dos sintomas e que pode variar de
2 a 14 dias.
 Já a transmissão por assintomáticos, embora
menos frequente, também é possível. O indivíduo
assintomático é aquele que possui confirmação
laboratorial da doença COVID-19, mas não
manifesta nenhum sintoma. Aqui é importante
enfatizar a diferença que existe entre o indivíduo
pré-sintomático e o indivíduo assintomático. O
assintomático é aquele que se infecta com o vírus
e que em nenhum momento durante a infecção
apresentará sintomas da doença, nem mesmo
sintomas leves. Já o indivíduo pré-sintomático é
aquele que está infectado pelo vírus e não
manifesta sintomas ainda, porém irá manifestá-
los e esses poderão variar de leves a graves. Por
fim, há a transmissão ambiental, na qual as
gotículas expelidas por indivíduos infectados
contaminam objetos e superfícies que, assim,
tornam-se fontes de infecção. 
 Desse modo, fica evidente que indivíduos podem
estar infectados pelo SARS-CoV-2 sem manifestar
nenhum sintoma da COVID-19, ou por estarem em
fase pré-sintomática da doença ou por
apresentarem a forma assintomática Ainda
devemos considerar aqueles casos nos quais o
54
o indivíduo apresenta sintomas tão leves que não
suspeita da possibilidade de estar com a doença
COVID-19. Considerando que em todos esses
casos, em maior ou menor grau, os indivíduos
podem estar transmitindo o vírus para outras
pessoas e contaminando ambientes, conseguimos
compreender o alto poder de transmissão que o
SARS-CoV-2 possui e por que todas as orientação
de contenção da propagação do vírus, como o uso
de máscaras, a higienização frequente das mãos
e o distanciamento social, são importantes e
devem ser corretamente adotadas.
EXISTEA POSSIBILIDADE DE
REINFECÇÃO OU REATIVAÇÃO DO
VÍRUS?
 reinfecção diz respeito a uma segunda
infecção viral após ter sido recuperado de uma
primeira infecção, ou ainda uma nova infecção
que se sobrepõe a uma infecção já existente,
sendo essas do mesmo tipo. Já a reativação seria
a possibilidade do vírus permanecer no
organismo de forma latente (ou seja, sem
atividade) e, após um período de tempo, ativar-se
e voltar a provocar agressões. A discussão sobre
essas possiblidades iniciou-se após alguns
relatos da Coreia do Sul, China e Japão de
pacientes que, depois de terem sido considerados
curados da doença COVID-19, voltaram a
apresentar testes com resultados positivos para a
infecção pelo SARS-CoV-2. Porém, a maioria
desses casos revelaram, posteriormente, que
ocorreram falhas nos testes.
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
A 
55
 Todavia, no mês de agosto de 2020 ocorreram
alguns registros de casos de reinfecção pelo
SARS-CoV-2 em Hong Kong e nos Estados
Unidos da América , nos quais foram realizados
os sequenciamentos genéticos dos vírus
envolvidos em cada uma das infecções,
comprovando que se tratavam de cepas virais
geneticamente distintas. Embora esses casos de
reinfecção possam ser raros, chama a atenção
para a possibilidade de que uma exposição inicial
ao SARS-CoV-2 pode não garantir uma imunidade
completa a todos os indivíduos, além dos
impactos que essa descoberta pode ter no
desenvolvimento de vacinas eficazes. No Brasil,
até o momento já existem vários casos
documentados de reinfecção pelo SARS-CoV-2.
 
 Por se tratar de um vírus novo, ainda há muito
para ser descoberto em relação ao SARS-CoV-2.
O reconhecimento da capacidade de mutação de
um vírus é um passo importante para a
determinação da possibilidade de reinfecção que
esse possui. Entende-se por mutação a
capacidade do vírus de alterar o seu material
genético. Quanto menor a capacidade de mutação
do vírus (quanto mais estável o vírus for), menor 
é chance de reinfecção, pois o organismo humano
reconhece o vírus em um segundo contato com
ele e, rapidamente, ativa o sistema imune, que se
recorda de como o destruiu na primeira infecção.
Já os vírus com maior taxa de mutação são
capazes de alterar suas características com muita
facilidade, sendo mais propensos a reinfectar um
organismo. Isso é explicado porque um vírus com
alto poder de mutação é capaz de modificar tanto
as suas características ao ponto de parecer um
invasor totalmente novo e desconhecido para o
organismo humano. Dessa forma, o sistema 
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
8
9
56
imune não reconhecerá esse vírus modificado e
não terá lembranças de como destruí-lo de forma
rápida.
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
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COMO O NOVO CORONAVÍRUS É TRANSMITIDO?
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59
could not occur in SARS-CoV-2 infected rhesus
macaques doi: https://doi.org/10.1101/2020.03.13.990226
8- COVID-19 re-infection by a phylogenetically distinct
SARS-coronavirus-2 strain confirmed by whole
genome sequencing - Kelvin Kai-Wang To et al. Clinical
Infectious Diseases [25 August 2020]. DOI:
https://doi.org/10.1093/cid/ciaa1275
9- Tillett R, Sevinsky J, Hartley P, Kerwin H, Crawford
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Reinfection with SARS-CoV-2 [Internet]. Rochester, NY:
Social Science Research Network; 2020 ago [citado 1o
de setembro de 2020]. Report No.: ID 3681489.
Disponível em:
https://papers.ssrn.com/abstract=3681489
10- Teste positivo para covid-19 em quem já teve a
doença leva cientistas a investigarem se é possível
reinfecção – Jornal da USP [Internet]. [citado 1o de
setembro de 2020]. Disponível em:
https://jornal.usp.br/ciencias/teste-positivo-para-
covid-19-em-quem-ja-teve-a-doenca-leva-cientistas-
a-investigarem-se-e-possivel-reinfeccao/
A L U N O S C O N T R A O C O R ON A
QUAIS OS
SINAIS E
SINTOMAS
DA COVID-19?
5 .
AS INFORMAÇÕES CONT IDAS NESTE CAPÍTULO
T IVERAM SUA ÚLT IMA ATUAL IZAÇÃO EM
FEVERE IRO DE 202 1 .
OOOOquadro clínico da COVID-19 é bastante vari-
ável, existindo casos assintomáticos (sem sinto-
mas), ou ainda com manifestações respiratórias
classificadas como formas Leve, Moderada, Grave
e Crítica, além de formas atípicas (exclusivamente
com achados gastrointestinais, ou cardíacos, ou
neurológicos, por exemplo), sendo globalmente
considerada uma doença com espectro multifa-
cetado.
61
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
O
 A maioria dos casos de COVID-19, aproxima-
damente 85%, pode ser manejado ambulatorial-
mente, sem necessidade de internação, apenas
com tratamento sintomático. Nessa categoria
estão os assintomáticos ou pré-sintomáticos
(30%) e os com a forma leve 55%.
 Já uma minoria, cerca de 15%, podem necessitar
de internação hospitalar por apresentarem
dificuldade respiratória, se dividindo em COVID
Moderada, Grave e Crítica. Na COVID Moderada e
Grave (10% dos casos), há necessidade de suple-
mentação de oxigênio em leitos de enfermaria,
sem necessidade de ventilação mecânica (VM).
Porém, na COVID Crítica (5% dos casos), é
necessário internação em leitos de Unidade
Terapia Intensiva (UTI), e na maioria das vezes
intubação oro-traqueal (IOT) para realizar a VM. A
Figura 1 ilustra as formas clínicas da COVID-19 e
sua distribuição estimada nos infectados pelo
SARS-COV-2.
 Na COVID Leve os sintomas mais comuns são
semelhantes à resfriado comum ou síndrome
gripal, e estão detalhados na figura 2. Os
sintomas iniciam-se entre 2 a 14 dias após a
infecção pelo SARS-CoV-2 (período de incubação)
e existe grande variação da intensidade desses
sintomas entre os indivíduos infectados.
1,2,3
4
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
COVID Mod. 
e Grave 10%COVID Leve 55%30%
COVIDCOVID
CríticaCrítica
5%5%
Assintomáticos/
Pré-sintomáticos
Oligossintomáticos
Respiratórios
Síndrome 
Gripal
Resfriado 
Comum
Pneumonia 
Leve
Formas Atípicas
Não Respiratórias
Pneumonia 
Moderada
(Fase 2a)
Pneumonia 
Grave
(Fase 2b)
SRAG em UTI
IOT/VM
(fase 3)
COVID 
Moderada
COVID
Grave
62
COVID Leve: Estabilidade Respiratória, hemodinâmica e neurológica; Saturação >94% em ar ambiente; FR <30; SpO2/FiO2 >300
COVID Moderada:
(F2a)
COVID Grave: 
(F2b)
COVID Crítica: 
(F3)
SRAG: Sat. <94% em ar ambiente, FR>30; SpO2/FiO2 235 a 200
Estabilidade Hemodinâmica e Neurológica.
SRAG: SpO2/FiO2 150 a 235; 
Estabilidade Hemodinâmica e Neurológica
SRAG: SPO2/FiO2 < 150, necessidade de IOT/VM em UTI e/ou
instabilidade hemodinâmica e neurológica.
FIGURA 1 Formas Clínicas da COVID-19 e Distribuição Estimada nos Infectados pelo SARS-COV-2 (Elaborada pelo Prof. Dr. Alexandre Naime Barbosa). 1,2,3
SintomaSintoma, % N=1420
Dor de cabeça
Perda de olfato
Obstrução nasal
Astenia
Tosse
Mialgia
Rinorreia
Disfunção de paladar
Dor de garganta
Febre (>38ºC]
70,3
70,2
67,8
63,3
63,2
62,5
60,1
54,2
52,9
45,4
FIGURA 2
Frequência dos
sintomas na
COVID Leve. 
Traduzido e
adaptado..
4
63
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 A orientação para indivíduos que iniciem
sintomatologia compatível com COVID Leve é
procurar atendimento médico em Unidades
Básicas de Saúde ou serviços ambulatoriais
correlatos o mais precoce possível, ressaltando
que a busca de um Pronto-Socorro ou Unidade de
Urgência e Emergência deve ser feito somente na
suspeita de formas mais graves de COVID. A
avaliação ambulatorial é essencial para que sejam
realizadas três medidas médicas fundamentais :
Diagnóstico Clínico: avaliação médica que
levará em conta a probabilidade dos
sintomas serem compatíveis com COVID, e
necessidade de indicação de isolamento e
testagem;
Testagem Laboratorial: realização de exame
laboratorial confirmatório, sendo os mais
indicados os de swab nasal e orofaringe
(RT-PCR ou Antígenos);
Avaliação de Risco para formas graves da
COVID: leva em conta a presença de
sintomas como dispneia e taquipenia,
oximetria digital (detecção da hipóxia
silenciosa) e a presença de comorbidades,
entre outros.
 Adicionalmente, em casos suspeitos de COVID
Leve, deve-se evitar o contato com outras
pessoas (isolamento voluntário), principalmente
aquelas que pertencem aos grupos de risco de
formas graves de COVID-19, como idosos,
hipertensos, diabéticos, obesos e portadores de
doenças pulmonares crônicas.
5,6
64
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
 oQuando existe a suspeita de formas mais
graves da COVID, o indivíduo deve procurar
imediatamente o Pronto-Socorro ou Unidade de
Urgência e Emergência, pois a intervenção mé-
dica rápida nesses casos pode interromper a
progressão da doença. Se destacam como sinais
de alerta para formas graves da COVID: falta de
ar, dificuldade para respirar, desconforto ou dor
intensos ao inspirar, febre frequentemente maior
que 38,5ºC e desmaios ou perda da consciência.4,5,6
REFERÊNCIAS
1 . Wu Z, McGoogan JM. Characteristics of and Important
Lessons From the Coronavirus Disease 2019 (COVID-19)
Outbreak in China: Summary of a Report of 72 314
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Prevention. JAMA. 2020;323(13):1239-1242.
2. UptoDate. Coronavirus disease 2019 (COVID-19):
Clinical features. Last updated Dec 17, 2020. [acesso em
31/01/2021] Disponível em https://www.uptodate.com/
contents/coronavirus-disease-2019-covid-19-clinical-
features
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of SARS-CoV-2 Infection. Last updated October 9, 2020.
[acesso em 31/01/2021] Disponível em
https://www.covid19treatmentguidelines.nih.gov/overvie
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4. Lechien JR, Chiesa-Estomba CM, Place S, et al.
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65
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
5. Sociedade Brasileira de Infectologia - Atualizações e
recomendações sobre a Covid-19 – Atualização de
09/12/2020 [acesso em 31/01/2021] Disponível em
https://infectologia.org.br/2020/12/09/atualizacoes-e-
recomendacoes-sobre-a-covid-19/
6. World Health Organization - COVID-19 Clinical
management: Living Guidance - Last updated January
25, 2021. [acesso em 31/01/2021] Disponível em
https://www.who.int/publications/i/item/WHO-2019-
nCoV-clinical-2021-1
DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
DA COVID-19
6 .
AS INFORMAÇÕES CONT IDAS NESTE CAPÍTULO
T IVERAM SUA ÚLT IMA ATUAL IZAÇÃO EM
DEZEMBRO DE 2020 .
67
 diagnóstico laboratorial da COVID-19
precisamente estabelecido tem um impacto
importante não apenas no combate à pandemia
interrompendo a cadeia de transmissão, mas
também no prognóstico do paciente ao permitir o
pronto fornecimento de cuidados de suporte
específico.
A L U N O S C O N T R A O C O R O N A
O
INTRODUÇÃO
DIAGNÓSTICO CLÍNICO -
EPIDEMIOLÓGICO
 ssim como descrito no capítulo anterior, o
quadro clínico na Covid-19 pode variar desde
quadros oligo/assintomáticos a pneumonia grave,
incluindo Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG) e Síndrome Inflamatória Sistêmica. Dessa
forma, conforme recomendações do Ministério da
Saúde, o médico atendente deverá levantar a
suspeita clínica ao se deparar com pacientes que
apresentem Síndrome Gripal (SG), SRAG ou
outros sintomas individualmente presentes e
consistentes como mialgia (dores musculares),
distúrbios gastrointestinais (diarreia, náusea ou
vômito) e perda ou diminuição do olfato ou do
paladar. 
A SG se trata de um quadro respiratório agudo de
trato respiratório alto caracterizado por sensação
febril ou febre, mesmo que relatada,
acompanhada de tosse e/ou dor de garganta e/ou
coriza. Nas crianças, na ausência de outro 
A
diagnóstico, a obstrução nasal é considerada. Nos
idosos a febre pode estar ausente, sendo
importante considerar síncope (perda súbita ou
transitória da consciência), confusão mental
sonolência em excesso, irritabilidade e perda de
apetite.
 A SRAG se trata de uma SG que apresente
dispneia/desconforto

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