Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
parasitologia 6 tricomoníase Trichomonas vaginalis • É uma célula polimorfa ⇾ protozoário muito plástico, tendo a capacidade de formar pseudópodes • Não forma cistos, apresentando somente o estágio de trofozoíto • Possui 4 flagelos anteriores livres, membrana ondulante e a costa, que se origina no complexo citossomal • O axóstilo é uma estrutura rígida e hialina que se projeta através do centro do organismo, conectando- se anteriormente a uma pequena estutura em forma crescente, a pelta • É desprovido de mitocôndrias ⇾ apresenta hidrogenossomos • Habita o trato genitourinário do homem e da mulher, onde produz infecção • Reprodução por divisão binária longitudinal • Organismo anaeróbio facultativo, faixa de pH entre 5 e 7,5, em temperaturas de 20º a 40º, usa glicose, frutose, maltose, glicogênio e amido • Hidrogenossomos possuem a enzima PFOR, capaz de transformar piruvato em acetato e liberar ATP e H2 • A tricomoníase é uma IST (única por protozoário), transmitido sexualmente • O estabelecimento de T. vaginalis inicia com o aumento do pH ⇾ redução concomitante de Lactobacillus acidophilus e um aumento na proporção de bactérias anaeróbias • Cisteína proteases são secretadas pelo parasito ⇾ efeito citotóxico e hemolítico e capacidade de degradar a porção C3 do complemento e anticorpos IgG, IgM e IgA presentes na vagina • Transmissão do HIV o tricomoníase faz surgir uma agressiva resposta imune celular local com inflamação o essa resposta inflamatória induz uma grande infiltração de leucócitos, incluindo células-alvo do HIV como linfócitos T CD4+ e macrófagos, aos quais o HIV se liga e ganha acesso o pontos hemorrágicos e inflamação aumentam os níveis de vírus nos fluidos o probabilidade 8x maior de exposição e transmissão de parceiro sexual não infectado o T. vaginalis ainda degrada o inibidor de protease leucocitária secretória, produto que bloqueia o ataque do HIV às células Sintomas e sinais • Infecta principalmente o epitélio do trato genital ⇾ nas mulheres, a exocérvice é suscetível • Vaginite caracterizada por corrimento vaginal amarelo-esverdeado, bolhoso, de odor fétido, mais frequente no período pós-menstrual • Acompanhado de prurido ou irritação vulvovaginal de intensidade variável e dores no baixo ventre • Dispareunia, desconforto nos genitais externos, disúria e poliúria • Erosão e pontos hemorrágicos na parede cervical ⇾ colpitis macularis ⇾ aspecto de framboesa • No homem, é assintomático ou apresenta-se como uma uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de prurido na uretra • Pela manhã ⇾ corrimento claro, viscoso e pouco abundante, com ardência miccional e por vezes hiperemia Imunologia • Presença de anticorpos locais e sistêmicos revelada • Resposta imune inata ⇾ ativação do complemento pela via alternativa, resposta de neutrófilos, macrófagos e anticorpos inespecíficos • Neutrófilos predominantes ⇾ produção de IL-8 induzida pelos parasitos pelas vias NF-kB e MAP cinase • Parasitos induzem apoptose de neutrófilos ⇾ ativação de caspase-3 e redução de Mcl-1 (proteína antiapoptótica de neutrófilos) • Esses neutrófilos induzidos a apoptose, interagindo com macrófagos, aumentam IL-10 e diminuem citocinas pró-inflamatórias (IL-6 e TNF) ⇾ reduz resposta inflamatória • Imunoglobulinas antitricomonas IgG encontradas no soro, IgA antitricomonas detectados na secreção vaginal e IgM em todas as pacientes Diagnóstico • Não pode ser baseado apenas na clínica ⇾ pode ser confundido com outras ISTs • A vagina é o local mais facilmente infectado e os tricomonas são mais abundantes durante os primeiros dias após a menstruação ⇾ material coletado na vagina com swab • Diagnóstico tradicionalmente depende da observação microscópica do protozoário móvel, por meio do exame direto de esfregaços a fresco • Imunodiagnóstico por meio de reações de aglutinação, métodos de imunofluorescência (direta e indireta*) e técnicas imunoenzimáticas (ELISA) aumentam o índice de certeza Profilaxia e tratamento • O controle é constituído de medidas preventivas no combate às ISTs • Na abordagem ⇾ dados do último contato sexual, número de parceiros, hábitos e preferências sexuais, uso recente de antibióticos, métodos anticoncepcionais e história pregressa de ISTs • Tratamento com metronidazol e tinidazol • Em gestantes, não usar medicamentos via oral, apenas aplicação local de cremes e géis
Compartilhar