Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Página | 1 Caso clínico e apresentação tema doença das biliares e pancreática Doenças das vias biliares e pancreáticas: A bile sai do fígado pelo ducto hepático D e E, os quais se juntam e formam o ducto hepático comum, sendo armazenada na vesícula biliar. O que liga a vesícula é o ducto cístico, o qual se liga no ducto hepático comum e da o colédoco (a pedra também pode estar no colédoco e dar a coledolitiase). O ducto colédoco junto com o pancreático se liga no duodeno e despeja a bile. Tipos de cálculos biliares: · 80% é o amarelo (por colesterol) · Radiotransparente (não parece no RX, somente USG) · Fator de Risco: sexo feminino, estrogenioterapia, idade avançada, obesidade, drogas como Clofibrato, doença ileal (Chron – diminui reabsorção e sal biliar). · 20% são os pigmentados (bilirrubinato de cálcio) radiopaco, portanto aparecem no RX, mas é somente 20%. · Pretos – 15% (formados dentro das vesículas) / Fator de Risco: hemólise crônica, cirrose hepática. · Castanhos – 5% (formados no colédoco) – o colédoco pode ter calculo por 2 motivo: ele forma ou sai da vesícula e para lá. / Fator de Risco: infecção por E. Coli, obstrução. · Bile acumulada é meio de cultura Colelitíase: · Causa da Colecistite crônica calculosa · Cálculo na vesícula biliar · 80% pacientes são assintomáticos · Clínica: dor (< 6 h, geralmente se resolve dentro desse tempo) Hipocôndrio Direito após alimentação gordurosa, dispepsia, mal estar. · Sem icterícia · Diagnóstico: USG abdominal sombra acústica. · Tratamento: colecistectomia laparoscópica · Se assintomático operar se associação de pólipo e calculo, calculo > 3 cm, vesícula em porcelana. Tudo isso é fator de risco para CA de vesícula. · Se sintomático operar! / Tratamento clínico Ácido ursodesoxicólico, se cálculo de colesterol e menor que 1 cm. Colecistite aguda: · Implantação do calculo no ducto cístico (aquele que se liga no hepático comum e da o colédoco) · Obstrução por mais de 6 horas, gerando inflamação da vesícula biliar. · Clínica: dor abdominal (> 6 horas) + febre + Murphy, sem icterícia. · Laboratório: aumento discreto de leucócitos, bilirrubinas, TGO, FA, Amilase. · Diagnóstico: USG abdominal / cintilografia biliar (padrão ouro porem pouco disponível). · Cálculo impactado, parede espessada, Murphy sonográfico mostra no USG esses achados. · Tratamento: ATB – gram negativo (Cefalosporina) – tem que ser de 3ª geração + colecistectomia laparoscópica em até 72 horas. · Complicações: empiema e gangrena o qual gera perfuração. Colédoco Litíase: · Cálculo no colédoco · Primária cálculo formado no próprio colédoco (que é o castanho) · Secundária cálculo formado na vesícula e que migrou para o colédoco. · Clínica: dor biliar, icterícia intermitente, vesículas não palpáveis. · Diagnóstico: USG abdominal / ColangioRM / Colangiopancreatografia retrograda endoscópica (CPRE) PADRÃO OURO (usar se disponível). · Tratamento: CPRE (papilotomia endoscópica – ela é diagnóstica e terapêutica) / Exploração cirúrgica se descoberta durante uma colecistectomia / ATB (sempre põe ATB, pois bile represada é meio de cultura). · Complicações: colaginte (infecção + obstrução). Obstrui – represa bile – infecta. Complicação da Colangite: · Tríade de Chacort febre, icterícia, dor abdominal ano grave. · Pêntade de Reynolds febre, ictérica, dor abdominal, redução do sensório, hipotensão. · Tratamento: ATB + drenagem biliar (CPRE) – colangiopancreatografia retrograda endoscópica. Em toda colecistectomia por cálculo... · Qual o risco do colédoco também já ter cálculos? · Solicitar USG abdominal e hepatograma · Risco alto icterícia, bilirrubina > 4, USG com calculo no colédoco. · Risco intermediário colédoco > 6mm, bilirrubina 1,8 a 4, idade > 55 anos · Risco baixo sem coledolitiase só colecistectomia! Pancreatite Aguda: · Obstrução da saída de secreção pancreática por cálculo (mais comum!). · Leve 80-90% dos casos mortalidade < 1% · Grave mais rara mortalidade 10 a 30% · Causa de morte: sepse · Etiologia: litíase biliar (60%) / álcool (30%) / drogas (acido Valproico, estrogênio, AZA) / idiopática. · OBS: na crônica causa mais comum alcoólica. Clínica: · Dor continua em faixa, náusea, vômito, icterícia, abd agudo, sinais semiológicos (Cullen – periumbilical, Grey-Turner – flancos) indicam hemorragia peritoneal, · Diagnóstico: leucocitose, hiperglicemia, aumento TGO, TGP, amilase > 3x, lipase > 3x. · Exame de imagem: USG para avaliar litíase biliar (pesquisar causa, o calculo no caso) e depois pedir uma TC abdominal com contraste em 48-72h, para ver se é uma pancreatite complicada ou não complicada. · Edematosa captação homogênea do contraste (é a mais tranquila). · Necrosante captação heterogênea do contraste (+ grave, + complicada). Conduta: · Definir a causa: biliar (+ comum) avalia CPRE / Se for alcoólica exacerbação de quadro crônico / medicamento suspender o álcool ou a droga responsável. · Definir a gravidade Avaliação prognóstica: Critérios de RANSON: Critérios de RANSON > ou =3 *A Amilase e Lipase não entram aqui, não sendo indicativos de gravidade e sim de diagnóstico! Se feito a tomografia 48 a 72h após, fazer o Critério de Balthazar: Tratamento da Pancreatite Aguda: · Repouso pancreático dieta zero, hidratação EV, analgesia com opióide, controle DHE e acido básico. · Reiniciando dieta nutrição enteral em 24h (é aquela que chega direto no intestino, sem estimulo de secreção). · ATB (Imipenem) somente se infecção, pancreatite necrosante. Não faz profilático! · Cirurgia necrosectomia ultima alternativa. · Se causa biliar colecistectomia por vídeo antes da alta, nos casos de pancreatite leve. Casos graves Paciente se recupera primeiro e após 6 meses faz a colecistectomia. Resumindo: Suspeitou de pancreatite descobre causa faz USG viu que é calculosa amilase/lipase estouradas faz dieta, hidratação, corrige distúrbios faz CPRE para tirar calculo. 48 – 72h após faz Tomo para avaliar se é complicada ou não. Se for leve, edematosa continua mesmo tratamento, se vier complicada, com necrose, coloca ATB. Complicação: · Necrose infectada, coleção liquida aguda, pseudocisto, abscesso pancreático. CASO CLÍNICO Identificação: JP, 55 anos, casado, natural e procedente de PP, comerciante, católico. Queixa e duração: “dor no abdômen há 2 dias”. HPMA: paciente refere dor no abdome superior há 2 dias. Dor em pontada, de forte intensidade (8/10), que irradia para o dorso. Refere náuseas e vomito associado. Nega alteração do hábito intestinal e urinário. Nega febre. Fatores de melhora e piora? ISDA: paciente refere cólica abdominal esporádica e episódios de indigestão frequente, principalmente após alimentação muito gordurosa. Antecedentes pessoais: · Negas HAS, DM e DLP. · Nega cirurgias prévias · Ex-tabagista. Parou há 5 anos · Etilista (3 garras de 600ml de cerveja/dia). · Medicação em uso: nega. · Vacinas? Alergias? Alimentação? Atividade física? Ingesta hídrica? Antecedente familiar: · Pai hipertenso e com boa saúde. · Mae diabética e hipertensa. Exame físico: · BEG, descorado +1/+4, desidratado +2/+4, afebril, ictérico +1/+4, acianótico. · PA: 110/70 · FC: 88 · FR: 20 · Temp.: 36,5 · Peso: 95 · Altura: 1,78 · IMC: 30 Pulmonar: · MV+ e normodistribuído, sem RA. · 2 BRNF, sem sopros. · Abdominal: abdome globoso, tenso, RHA diminuído, doloroso e palpação superficial e profunda, principalmente nos quadrantes superiores, percussão timpânica. Murphy positivo. · Apresenta equimose periumbilical (Sinal de Cullen). Hipóteses diagnósticas: 1. Colelitíase = pedra na vesícula 2. Colecistite = inflamação da vesícula 3. Pancreatite = inflamação do pâncreas Causas: · Colelitíase pode ser uma causa da pancreatite. A pedra na vesícula fica presa no ducto e ao invés do pâncreas conseguir liberar as enzimas, ele não consegue, gerando danos nele mesmos e acarretando na pancreatite. · Álcool · Dieta gordurosa (sobrepeso e obesidade) – Esteatose Hepática. · Cirrose – dieta inadequada e álcool. Conduta: · PedirFA, GGT, TGO, TGP, Amilase, Lipase, Bilirrubinas, PTN total, Colesterol total e frações, TG, Hemograma, USG, Tempo de protrombina, Albumina (função hepática). · Internar o paciente. · Deixar o paciente em jejum para o pâncreas descansar e voltar ao normal, além de analgesia (Tramal, Cetoprofeno). Exames laboratoriais: · HMG Hb, 12 Ht: 46 / Plaq: 180 mil / Leucócitos: 18000, com predomínio de neutrófilos. · TGO: 150 · TGP: 135 · FA: 240 · GGT: 180 · Amilase: 640 · Lipase: 860 · BT: 3,0 Provavelmente o paciente tem uma pancreatite por conta da pedra na vesícula ou por conta de origem alcoólica. USG deu pedra na vesícula. VOLTANDO AO CASO CLÍNICO... Diagnóstico e condutas do caso??? Diagnóstico: · Pancreatite aguda por causa biliar, provavelmente por uma Coledocolitiase. · Colecistite que pode ter evoluído para uma coledocolitiase. · Causas: etilismo, obesidade. Conduta: · Mudança do estilo de vida para a obesidade e parar de beber para o etilismo. · Sinais de gravidade da pancreatite: sinal de Cullen, icterícia. · Internar + dieta zero + analgesia + hidratação + corrigir distúrbios de ácido-base. Se na USG vir que tem cálculo no colédoco, fazer a CPRE (a qual tira o cálculo). Depois de 48 horas fazer a Tomo, se ela vier com necrose, fazer ATB (Imipenem). Após 6 meses, fazer a Colecistectomia, pois o paciente é de um caso grave. Página | 1 Caso clínico e apresentação tema doença das biliares e pancreática Doenças das vias biliares e pancreáticas: A bile sai do fígado pelo ducto hepático D e E, os quais se juntam e formam o ducto hepático comum, sendo armazenada na vesícula biliar. O que liga a vesícula é o ducto cístico, o qual se liga no ducto hepático comum e da o colédoco (a pedra também pode es tar no colédoco e dar a coledolitiase). O ducto colédoco junto com o pancreático se liga no duodeno e despeja a bile. Tipos de cálculos biliares: · 80% é o amarelo (por colesterol) · Radiotransparente (não parece no RX, somente USG) · Fator de Risco: sexo fe minino, estrogenioterapia, idade avançada, obesidade, drogas como Clofibrato, doença ileal (Chron – diminui reabsorção e sal biliar). · 20% são os pigmentados (bilirrubinato de cálcio) à radiopaco, portanto aparecem no RX, mas é somente 20%. · Pretos – 15% (f ormados dentro das vesículas) / Fator de Risco: hemólise crônica, cirrose hepática. · Castanhos – 5% (formados no colédoco) – o colédoco pode ter calculo por 2 motivo: ele forma ou sai da vesícula e para lá. / Fator de Risco: infecção por E. Coli, obstrução . · Bile acumulada é meio de cultura Colelitíase : · Causa da Colecistite crônica calculosa · Cálculo na vesícula biliar · 80% pacientes são assintomáticos · Clínica : dor (< 6 h, geralmente se resolve dentro desse tempo) Hipocôndrio Direito após alimentação gordurosa, dispepsia, mal estar. · Sem icterícia · Diagnóstico: USG abdominal à sombra acústica. · Tratamento: colecistectomia laparoscópica § Se assintomático à operar se associação de pólipo e calculo, calculo > 3 cm, vesícula em porcelana. Tudo isso é fator de risco para CA de vesícula. § Se sintomático à operar! / Tratamento clínico à Ácido ursodesoxicólico, se cá lculo de colesterol e menor que 1 cm. Colecistite aguda: · Implantação do calculo no ducto cístico (a quele que se liga no hepático comum e da o colédoco) Página | 1 Caso clínico e apresentação tema doença das biliares e pancreática Doenças das vias biliares e pancreáticas: A bile sai do fígado pelo ducto hepático D e E, os quais se juntam e formam o ducto hepático comum, sendo armazenada na vesícula biliar. O que liga a vesícula é o ducto cístico, o qual se liga no ducto hepático comum e da o colédoco (a pedra também pode estar no colédoco e dar a coledolitiase). O ducto colédoco junto com o pancreático se liga no duodeno e despeja a bile. Tipos de cálculos biliares: 80% é o amarelo (por colesterol) Radiotransparente (não parece no RX, somente USG) Fator de Risco: sexo feminino, estrogenioterapia, idade avançada, obesidade, drogas como Clofibrato, doença ileal (Chron – diminui reabsorção e sal biliar). 20% são os pigmentados (bilirrubinato de cálcio) radiopaco, portanto aparecem no RX, mas é somente 20%. Pretos – 15% (formados dentro das vesículas) / Fator de Risco: hemólise crônica, cirrose hepática. Castanhos – 5% (formados no colédoco) – o colédoco pode ter calculo por 2 motivo: ele forma ou sai da vesícula e para lá. / Fator de Risco: infecção por E. Coli, obstrução. Bile acumulada é meio de cultura Colelitíase: Causa da Colecistite crônica calculosa Cálculo na vesícula biliar 80% pacientes são assintomáticos Clínica: dor (< 6 h, geralmente se resolve dentro desse tempo) Hipocôndrio Direito após alimentação gordurosa, dispepsia, mal estar. Sem icterícia Diagnóstico: USG abdominal sombra acústica. Tratamento: colecistectomia laparoscópica Se assintomático operar se associação de pólipo e calculo, calculo > 3 cm, vesícula em porcelana. Tudo isso é fator de risco para CA de vesícula. Se sintomático operar! / Tratamento clínico Ácido ursodesoxicólico, se cálculo de colesterol e menor que 1 cm. Colecistite aguda: Implantação do calculo no ducto cístico (aquele que se liga no hepático comum e da o colédoco)
Compartilhar