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História do Pensamento Criminológico

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História do Pensamento Criminológico
Definição da disciplina
Porque não se chama História da Criminologia?
Uma vez que a criminologia é uma ciência (ciência que estuda o crime) que existe relativamente á pouco tempo.
Porque não se chama História do Direito Penal?
O código penal já existe desde o séc. II a.C.
Porque não se chama História do Crime?
O crime existe desde o aparecimento da Humanidade.
A forma como se pensa no crime está diretamente ligada com o que é crime e não, sendo o importante saber como ao longo do tempo o pensamento em relação ao crime foi evoluindo.
Épocas da criminologia VS Épocas Históricas
	Épocas da criminologia
	Épocas Históricas
	Época Pré-Científica
	Idade Média
	Época Clássica
	Época Moderna
	Época Científica
	Idade Contemporânea
Étapa Pré-científica da Criminologia 
· Idade Média
· Feudalismo (o clero é o único detentor neste sistema hierárquico, uma vez que são os únicos que sabem ler e escrever.
· Arbitrariedade na aplicação da justiça (que por sua vez é desproporcional)
· Crime = pecado
· Ignorância e superstição
· O delinquente como Homem levado pelas paixões, o ser humano é visto como um animal, não sendo racional mas tendo um comportamento levado pelos instintos.
Sistema de Justiça na Idade Média
· Arbitrário- a decisão de uma pena variava consoante a disposição do monarca (juiz), devido a não existir um sistema lógico e definido de penas.
· Desproporcionado- não existia um sistema que definia que para delitos leves as penas seriam leves por a atribuição de penas era desproporcional.
· Bem jurídico- interesse legal que é importante proteger
· Vida- é o primeiro bem jurídico mais importante
· Liberdade é o segundo bem jurídico mais importante.
Na Idade média os indivíduos cometiam crimes por forças externas (tentação e possessão) e não por vontade própria (não há nada de racional).
Perspetiva de Tentação
Isto tornava o ser humano irracional, uma vez que era motivado por algo extrínseco embora o responsabilizava desses mesmos atos-
Perspetiva da Possessão
Assumia que qualquer comportamento humano é produto de possessão (ideia de que o ser humano não é racional o suficiente para agir com responsabilidade pelos seus atos).
O que fazer com os criminosos?
A humilhação publica e o exílio eram utilizados como formas de controlo das populações desviantes. A tortura era amplamente aplicada. O exorcismo era ás vezes a única cura possível. Para comportamentos mais sérios, a pena capital era a solução.
Criminologia Clássica
Antecedentes: Iluminismo- o século das luzes.
Movimento cultural e intelectual que:
· Luta contra a intolerância da igreja e do estado
· Luta a favor da reforma social
· Luta pelo conhecimento e pelo poder da razão
Este movimento permitia o questionamento das leis da cultura, do conhecimento e da sociedade.
Grandes mudanças sociais e POLíTICAS
· Declaração de independência dos EUA (1776)
· Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
Na época científica surgem duas escolas que tentam explicar as causas que levam o individuo a cometer um delito.
· Escola Italiana- Causas biológicas e psicológicas
· Escola Americana- Causas sociológicas
Sociedade Medieval
· Sociedade feudal, muito bem estruturada com 3 classes: Monarquia (poder absoluto), nobreza, plebe (povo), dominados pelo clero, dado que eram os únicos que sabiam ler e escrever.
· Sociedade muito ignorante, com uma mentalidade supersticiosa.
· Os castigos eram aplicados de uma forma arbitrária e totalmente desproporcional.
· O ser humano é visto como um ser instintivo, dominado pelas paixões ou sentimentos. Não se reconhece no ser humano a capacidade racional para tomar decisões.
· As pessoas com algum distúrbio mental não podem ser julgadas pelos seus atos. As duas explicações que se utilizam é a perspetiva da tentação e da possessão, ou seja, partindo do princípio que o individuo é possuído pelo diabo.
Séc. XVIII- Época Clássica- Iluminismo
· Contrato Social- nós que vivemos em sociedade “assinamos” um contrato social. Limitamos a nossa liberdade individual em favor de um bem comum. O benefício que temos de viver em sociedade é a proteção e segurança, mas limita a liberdade pessoal em prol do bem de todos.
· Racionalismo- defesa da razão como forma de conhecimento- o comportamento é algo é completamente racional, quem comete um delito é porque o quis fazer e não devido a instintos ou outros.
Filósofos do séc.
· Cesare Beccaria (1738-1794) - escreveu uma obra que é a chave para entender a mentalidade desta época que quase lhe custou a pena de morte (“Dos delitos e das penas”)
· Jeremy Bentham (1748-1832)
1º PRINCíPIO- Contrato Social e a necessidade de castigo
Segundo Beccaria as leis são a forma em que os indivíduos se organizam em sociedade sacrificando uma parte da sua liberdade individual em favor da segurança comum.
As penas constituem a reação necessária contra aqueles que violam as leis.
2º PRÍNCIPIO- PROCURA DO PRAZER COMO MOTIVADOR DO DELITO
Beccaria diz que as pessoas cometem delitos motivados pela procura do prazer (benefício) e a evitação da dor (castigo penal/risco).
3º PRINCÍPIO- GRAVIDADE DOS DELITOS 
O dano á sociedade é a verdadeira medida dos delitos. Existem 2 tipos de delitos:
· Delitos atrozes: atentam contra a segurança da vida.
· Delitos menores: atentam contra a segurança dos bens.
Beccaria afirma que os delitos devem ser organizados por gravidade, não podendo ser tratados da mesma forma.
4º PRINCÍPIO- O ESTUDO CIENTÍFICO DOS DELITOS
A sociedade deverá estudar mediante as ciências das fontes dos delitos.
5º PRINCÍPIO- LIBERDADE E EDUCAÇÃO COMO PREVENÇÃO DO DELITO 
A tendência para cometer delitos é inversamente proporcional á liberdade e á educação das pessoas.
6º PRINCÍPIO- A FINALIDADE DAS PENAS
As penas tem 2 objetivos:
· Dissuasão especial- impedir que o condenado cometa novamente delitos.
· Dissuasão geral- dissuadir os restantes cidadãos para que não cometam delitos.
7º PRINCÍPIO- PROPORCIONALIDADE ENTRE OS DELITOS E AS PENAS
Para que a pena seja eficaz tem que ser superior ao benefício do delito.
Para os delitos graves com violência propõem castigos corporais.
Para delitos leves como injúrias propõem a humilhação.
8º PRINCÍPIO- RAPIDEZ E CERTEZA DAS PENAS
A pena será mais justa e útil quando aplicada próxima á comissão do delito.
9º PRINCÍPIO- A SUAVIDADE DO SISTEMA PENAL
Á medida que as sociedades avançam de um estado mais selvagem para um estado mais desenvolvido, os sistemas judiciais iam suavizando.
10º PRINCíPIO- REJEIÇÃO DA PENA DE MORTE
Quem teme a dor obedece ás leis, mas a morte elimina do corpo todas as fontes de dor.
11 PRINCíPIO- A PREVENÇÃO DO DELITO NÃO PENALIZANDO O QUE NÃO É NECESSÁRIO
Se queremos prevenir a delinquência devemos penalizar apenas aquilo que é necessário.
12 PRINCíPIO- PREVENIR OS DELITOS MEDIANTE RECOMPENSAS
Se nós queremos prevenir a delinquência não chega só castigar quem não cumpre a lei, temos também que recompensar que a cumpre.
Para que uma escolha seja completamente livre tenho que ter todas as opções á minha frente sem limitações (ex. sociais, culturais, biológicas)
Introdução aos princípios da moral e da legislação (1789) Benthan
1º Princípio- PRAZER E DOR
O comportamento humano está controlado por dois princípios fundamentais:
· Evitar a dor 
· Procurar o prazer
Estes dois princípios definem tudo o que somos.
2º PRINCíPIO- As condições das quais dependem o prazer e a dor
Condições:
· Intensidade- o benefício compensa ou não dependendo da intensidade do castigo 
· Duração- a duração do benefício tem que compensar a duração do castigo e o tempo que demoramos a ser castigados e recompensados também influencia 
· Certeza
· Proximidade
· Fecundidade- probabilidade de um prazer ou benefício trazer associado outros benefícios. 
· Pureza- probabilidade de um benefício/ castigo ter consequências contrárias, ou seja, um benefício estar associado a um castigo ou vice-versa.
· Extensão- faz referência ao número de pessoas que esse benefício ou castigo afetam.
3 PRINCíPIO- UTILIDADE
A utilidade é o princípio básico queregula o comportamento humano, pois é o princípio que aprova ou não esse comportamento. Tomamos uma decisão se a considerarmos útil.
4º princípio- Fontes de prazer e de dor
O prazer e a dor pode vir de várias fontes
· Física- natural 
· Moral- outros
· Religiosa
· Política
5º PRINCíPIO- FINALIDADE DAS LEIS
A finalidade da lei é compensar o dano causado pelo delito e prevenir novos delitos.
6º princípio- regras da proporcionalidade
1. A pena nunca deve ser menor do que o suficiente para compensar o benefício do delito.
2. Quanto maior o dano, maior terá que ser a pena para compensar.
3. Quando dois delitos entram em concorrência a pena pelo delito maior deve ser suficiente para convencer a pessoa a preferir o delito menor.
4. A pena deve ajustar-se a cada dano que o delito provoca para convencer o delinquente a não procurar esses danos.
5. A pena não deve ser superior ao necessário.
ÉPOCA CLÁSSICA SURGE COMO CONTRAPOSIÇÃO Á IDADE MÉDIA
Tanto Bentham como Beccaria defendem que o sistema de justiça tem de ser justo e racional onde a sua finalidade é contrapor os benefícios dos motivos para não cometerem delitos. Defendem que todas as pessoas são capazes de tomar decisões racionais e tornam-nas movidas pelos benefícios.
ÉPOCA CIENTíFICA DA CRIMINOLOGIA
Chama-se científica porque aqui vê-se pela primeira vez uma proximidade científica na abordagem á delinquência. Esta etapa surge nos finais do séc. XIX, sendo este século designado por século das desigualdades sociais.
Contexto social do surgimento
· Grande industrialização- das sociedades mais simples e rurais para um modelo de sociedade mais complexa e industrializada. 
· Grandes avanços científicos
· Grandes movimentos migratórios, principalmente da europa (pobreza) para a américa (melhores condições de vida)
Nesta época existem duas perspetivas diferentes:
· Escola positivista italiana (Lombroso)
· Sociologia Criminal (Escola de Chicago)
Escola Positivista Italiana
Aplicação do método científico ao estudo da delinquência. O objetivo desta escola é a aplicação do método científico ao estudo da delinquência. Lombroso foi o primeiro a aplicar o método científico no estado da delinquência.
Precursores (aspetos que apareceram antes que permitiu ao Lombroso a criação da sua teoria.:
· Antropometria- Medição do ser humano, em todas as suas características (físicas), Lombroso tenta aplicar esta teoria em termos psicológicos
· Frenologia- Gali (1800), estudo das características de personalidade a partir da medição do crânio. Acreditavam que as características que definem o indivíduo como um ser singular estavam localizados no crânio.
· Somatotipos, estudo das características da forma do nosso corpo, pois define como nós somos. Associa o corpo á personalidade, chega a estabelecer comportamentos delinquentes para cada tipo de corpo. Se entra na forma do corpo que define como nós somos de acordo com 3 tipos: 
· Endomórfico
· Mesomórfico- atléticos, delitos graves
· Ectomórfico- sínicos, frios, económicos
· Primeiras classificações das doenças mentais, no final do século XVIII, surgiram pela primeira vez a classificação das doenças mentais. “Melancolia”, “Mania”, “Demência” e “Deficiência”
· O determinismo Vs. o livre arbítrio
· O atavismo biológico
Cesare Lombroso (1835-1909)
Médico italiano especializado em psiquiatria, na sua obra “O Homem delinquente” desenvolveu a sua teoria da delinquência, ele concluiu a partir de dados científicos que o homem delinquente já nasce delinquente. Como metodologia, partiu de uma conclusão (o que consideramos errado dado que influencia a investigação). Lombroso sempre achou que os homens delinquentes eram diferentes dos que não eram.
Pertencia á classe da burguesia, com estudos e requintes, mas um individuo obsessivo (fazia centenas de medições), tinha uma obsessão em encontrar o motivo da delinquência, sempre se interessou pelo raro, pelo que saia completamente do comum.
O desenvolvimento da sua teoria não foi claro, foi desonesto e sabia que estava a fazer um estudo errado, mediu os delinquentes no sentido antropométrico.
Há indivíduos que nascem com características defeituosas e que as pessoas fazem ser inferiores. Inferioridade a nível mental e físico, e graças a essa inferioridade esses indivíduos possuem uma incapacidade para aprender e respeitar regras. Com isto inicia-se assim o comportamento criminal.
Delinquentes- seres atávicos, seres que apresentam características de espécies anteriores-
Atavismo, a utilização deste termo é para reafirmarem o facto de que os delinquentes são uma espécie diferente.
Conclusão: O delinquente nasce delinquente - Teoria do delinquente nato. Os delinquentes não decidem cometer delitos, não é uma opção pessoal, Lombroso acredita na teoria do delinquente nato.
Existe uma grande diferença entre nascer com características que nos fazem sermos vulneráveis para entrar na criminalidade (tendência para. A agressividade) e já nascer delinquente.
Lombroso ao fazer uma autopsia a um delinquente muito conhecido na época, ao analisar o crânio observou uma fissura (anomalia) que supostamente não faz parte de um crânio humano, era uma alteração que havia dos macacos, mostrava então com a sua teoria que os delinquentes apresentavam características atávicas, uma maior incidência de deficiências.
Classificação de delinquentes
1. Delinquente nato (atávico)
2. O louco moral (doente)
3. O epilético
4. O louco
5. O ocasional
6. O passional
Discípulos de Lombroso
- Enorico Ferri (1856-1929)
· Obra: Sociologia Criminal em 1884
· Integra a Escola Antropológica Criminal
· Defende a existência de outros fatores como sociais, económicos e físicos
· Mantém a ideia do determinismo do comportamento delinquente
- Raffaelle Garofalo (1851-1934)
· Obra: Criminologia: estudo sobre o delito, sobre as suas causas e a teoria da repressão (1885)
· Utiliza pela primeira vez o termo “Criminologia”, a ciência do crime
· Defende uma explicação da delinquência através de fatores psicológicos e antropológicos
· Mantém a ideia do determinismo do comportamento delinquente.
Sociologia Criminal (Escola de Chicago)
Lombroso era muito influenciado por Dorwin e pela medição. Nesse sentido vemos o contexto dos EUA e da criação da escola, com teorias e metodologias diferentes das de Lombroso.
Esta escola é formada por sociológicos que faz uma enorme diferença na explicação, pois os métodos tem perspetivas dos sociológicos. A procura da causa e não para o individuo em si.
Precursores:
Primeiras estatisticas de criminalidade de Quetelet e gueray
Nessa altura, não sendo uma informação que impactasse Lombroso, no séc. XIX na Europa apareceram as primeiras estatísticas da criminalidade a partir de registos da polícia. Se for perguntando se a criminalidade em Portugal aumentou em relação ao ano anterior, as pessoas irão provavelmente responder que não sabem, mas se for proposto para que respondam a essa pergunta até á próxima semana, provavelmente a maioria vai á Internet procurar estatísticas para encontrar alguma informação comparativa. A criminalidade passa a ser uma experiência quase pessoal pois não existem estatísticas. Sendo esse o poder das estatísticas, algo muito maior que a experiência pessoal, é uma realidade abrangente. Na altura existia muita associação da criminalidade com a pobreza e marginalidade. 
Entendia-se de uma forma não cientifica que nas áreas mais pobres, o índice de criminalidade era mais alto. Depois foi observado que na França os índices de criminalidade eram maiores nas áreas urbanas, mais desenvolvidos do que áreas mais rurais. Essas estatísticas fizeram repensar a associação com a pobreza.
As leis da imitação de Gabriel Tarde (1890)
O comportamento social é o estudo pelas leis da Imitação dos Grupos Sociais. Uma das leis: os grupos mais baixos/ desfavorecidos imitam os grupos sociais mais favorecidos. Não é o único mecanismo de aprendizagem, mas é muito importante.
Conceito de Anomia de Durkheim
A ausência de normas
Nas sociedades contemporâneas perdem-se as normas sociais (os comportamentos que guiavam aspessoas), pois a sociedade está num processo de mudança. Nessas sociedades destabiliza-se o sistema normativo e começa a haver conflito e normas. Nas sociedades atuais há sistemas de normas diferentes que podem levar a haver confrontos entre si por conta das normas (normas contraditórias). Exemplo: Atualmente temos sistemas capitalistas baseados na produção e no consumo. O que é contraditório pois querem ser sustentáveis, mas fazem consumo em massa.
A criminologia atual é vista como uma perspetiva claramente social, mas isso não significa que não tenha pesquisas e estatísticas baseadas no individuo. A cidade de Chicago estava em fase de crescimento, mas de uma forma completamente descontrolada, recebendo centenas de milhares de imigrantes todos os dias. As cidades americanas que cresceram tao rapidamente estavam a receber constantemente milhares de pessoas, mas o que é claro, é o facto de que nenhuma cidade suporta de forma organizada e adaptada, essa entrada excessiva de emigrantes (isso não significa que a culpa da criminalidade seja dos emigrantes). Nesta escola de Chicago, os sociólogos começaram a questionar o que poderia estar a acontecer com a estrutura de Chicago e com o aumento do índice de criminalidade, queriam tentar evitar ou prevenir o crime. Começaram uma série de pesquisas de base sociológica para encontrar uma resposta para essa questão. Foram observar as ruas de Chicago e entender o ambiente para compreender o que estava a acontecer.
Teorias
Autores:
· Burguess (1886-1966)
· Park (1864-1944)
Teoria da Ecologia Urbana
As dinâmicas na cidade de Chicago eram iguais ás dinâmicas dos ecossistemas naturais. Basicamente observaram a forma de funcionamento da cidade era igual á das florestas e meios selvagens.
Regras da sobrevivência, a regra é clara, sobrevive o mais forte. Existem conflitos nos ecossistemas naturais no sentido de sobrevivência genética, lutam especialmente entre espécies. Lutam por alimento, espaço e procriação. Não por um trabalho, emprego. Não há regras de convivência.
Teoria das Zonas Concêntricas
Nesta teoria, os autores observaram que a cidade de Chicago poderia ser dividida em 5 grandes áreas:
· Primeira área (downtown)- centro da cidade económicos e financeiro onde se concentra todo o motor económico da cidade.
· Segunda área (área de transição)
· Local onde se instalaram os europeus empobrecidos pois era uma zona especialmente degradada, em que as condições eram péssimas, havia falta de recursos, saúde, limpeza
· Área onde se concentrava problemáticas graves de sociedade, drogas, álcool.
· Os grupos sociais mais desfavorecidos instalam-se nessas zonas e que cada vez fica mais degradada e torna-se um ciclo vicioso.
· Essas pessoas pobres não são delinquentes nos seus países de origem. E ao chegaram aos EUA, por não terem condições, tem de lutar pela sobrevivência e pelos recursos que são limitados e isso faz aumentar o índice de criminalidade. Isso foi o que levou esses autores a dizer a criminalidade não é um problema biológico e sim fatores sociais, o problema está onde se inserem.
· Terceira área (área da classe trabalhadora) - área das classes médias/baixas onde vivem trabalhadores (operários) com poucos recursos e pouco qualificados, mas tem habitações, centros de saúde, escolas, mas relativamente precárias.
· Quarta área (área residencial) - zona das classes médias/ altas, onde já temos trabalhadores mais qualificados, com melhores empregos e condições de vida, habitações com mais qualidade e recursos.
· Quinta área (área da viagem habitual) - zona onde ficam os subúrbios
Críticas:
- Não tem em consideração as cifras negras do crime, é algo sobre o qual começamos a ser conscientes há muito pouco tempo (é toda criminalidade que está oculta não só aos olhos da sociedade, num modo geral nas estatísticas) há todo um conjunto de crime associado a classes em que não se vê aos olhos nus. Esta escola de Chicago só observa a criminalidade “da rua” com essas classes mais desfavorecidas- criticado, pois acontece em todas as áreas.
- Só veio chamar determinismo social- as pessoas que vivem em determinadas áreas já estão determinadas socialmente para cometer delitos e isso também não é verdade, ou seja, também defendem o determinismo.

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