RELATORIO ESTAGIO II

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
LUCIELY HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
BOA VISTA - RORAIMA
2021.2
LUCIELY HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
	
Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Paulista-Campus (Reizão), como requisito de nota parcial para aprovação no Estágio Supervisionado Obrigatório I.
BOA VISTA - RORAIMA
2021.2
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome do Estagiário (a): LUCIELY HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVA
Curso: Serviço Social – 5º SEMESTRE
Telefone: 95 99161 6495
Matrícula: UP18116018
Nível de Estágio Supervisionado: I
Local de Estágio: Secretaria de Estado do Trabalho e Bem Estar Social / SETRABES, no Departamento de Política de Emprego, Trabalho e Renda – DPETR / SINE.
Endereço: AV. MARIO HOMEM DE MELO, nº 2310, MECEJANA, 69304350, BOA VISTA- RR
Supervisor (a) Acadêmico (a): ALINE CAROLINE PEREIRA DOS SANTOS, inscrita no CRESS sob o nº 0637 27º Região / RR.
Supervisor (a) de Campo (a): DOROTÉIA VILAR DE OLIVEIRA, inscrita no CRESS sob o nº 0055 27º Região / RR.
Carga horária:150 HORAS
Início: 09.08.2021
Término: 14.09.2021
I – INTRODUÇÃO
O presente relatório de estágio supervisionado I, do curso de Serviço Social, relata as observações feitas no programa do Sistema Nacional de Emprego, no Departamento de Política de Emprego, Trabalho e Renda / Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social, localizado na Av. Mário Homem de Melo, nº 2310, no Bairro mecejana, nesta capital. O Sistema Nacional de Emprego – SINE é um programa do Governo Federal do Brasil, coordenado pelo Ministério da economia, por intermédio da Secretária Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, que tem por finalidade principal a implantação de serviços e agências de colocação em todo o país. 
O SINE foi criado em 1975 sob a égide da convenção nº 88 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que orienta cada país-membro a manter um serviço público e gratuito de emprego, para melhor organização do mercado de trabalho. A partir da Lei 7998/1990 e suas alterações, as ações do SINE passaram a ser entendidas como parte do Programa Seguro Desemprego. A unidade do SINE/RR está instalada nas dependências da Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social – SETRABES. A SETRABES iniciou suas atividades no ano de 1981, quando Roraima ainda era Território Federal, naquela época foi criada a Secretaria de Promoção Social, através da portaria nº 001 do Ministério do Interior, mas foi com o Decreto sob o nº 047-E de 18 de março de 1987, que passou-se a ser a Secretária de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social – SETRABES, mas só foi efetivada após a promulgação da Constituição Federal de 1988, com a edição feita pelo Governo do Estado de Roraima e da Lei nº 001 de 26 de Janeiro de 1991, permanecendo assim até os dias de hoje. 
É o órgão responsável por desenvolver as Políticas Públicas da Assistência Social no Estado de Roraima, e tem por finalidade promover o bem Estar Social, ou seja, é a capacidade que uma sociedade tem para assegurar o bem estar de todos os seus membros, é um dos fundamentos da governação, sendo assim um atributo das funções do próprio Estado como organismo político e Garantia dos Direitos e o Executor das Políticas Públicas e sociais a que está vinculado independentemente das variantes políticos-ideológicas.
II – DESENVOLVIMENTO
A SETRABES dispõe de equipes de referência para o trabalho técnico executado nos níveis de Proteção Social Básica e Proteção Social de Média e Alta Complexidade, estando às equipes compostas minimente de um Assistente Social e um Psicólogo. Esse corpo técnico de trabalho, presta assessoria e acompanha os serviços do programa SINE. O Sistema Nacional de Emprego, intermedia a mão de obra com o objetivo de reduzir o tempo do processo de inserção ou recolocação do trabalhador no mercado de trabalho. 
Essa intermediação contribui para a estabilização nos cargos, possibilitando que as empresas aumentem seus investimentos em capital humano e, consequentemente, aumentem a produtividade, os salários e o bem estar social do trabalhador. O SINE tem ainda por objetivos: estabelecer condições para adequação entre a demanda do mercado de trabalho e a força de trabalho, em todos os níveis de capacitação, organizar um sistema de informações e pesquisa sobre o mercado de trabalho, capaz de subsidiar a operacionalização da política de emprego. Para entender esses objetivos, são desenvolvidas as seguintes ações: 
· Intermediação de mão de obra - IMO;
· Habilitação ao seguro desemprego - SD;
O SINE/Roraima, também firma parcerias com instituições locais de cursos técnicos e profissionalizantes, visando a capacitação dos usuários do programa, além de oferecer orientação profissional na formulação e/ou reformulação de currículos, oratória e de como se comportar em uma entrevista de emprego, fazendo-se com que o usuário crie uma estabilidade emocional para enfrentar situações parecidas. A partir da problematização dessas demandas imediatas provoca-se o processo de desvelamento das reais necessidades sociais trazidas pela população usuária da instituição. O contato direto com os usuários do serviço social permite aos assistentes sociais e estagiários a construção de conhecimentos sobre as condições de vida e o perfil dos usuários. A partir da realização dessas atividades de cunho sócio educativo, espera-se que a população conheça mais seus direitos.
III – RELATOS DE EXPERIÊNCIAS
Tivemos como experiência no estágio supervisionado de nível I, as seguintes observações e sempre acompanhadas pela supervisora de campo do departamento da instituição, no qual tivemos a oportunidade de compreender a importância da prática do assistente social em suas diversas atividades, suas diversas competências técnicas-operativas do serviço social, como na escuta qualificada, nas observações nas orientações e na forma de acolhimento dos usuários. As seguintes observações, foram;
· Observação no atendimento aos usuários do SINE, direcionado a intervenção de mão obra;
· Observação no atendimento aos usuários do SINE, direcionado a habilitação ao seguro desemprego;
· Observação na triagem/acolhimento ao atendimento do SINE;
· Observação na orientação a cursos de capacitação e profissionalizantes;
· Observação na orientação e construção de currículo; 
· Observação na orientação de reformulação de currículo;
· Observação no acompanhamento ao usuário do SINE; 
· Observação na escuta qualificada dos usuários; 
· Observação nas orientações e forma de acolhimento aos usuários.
O Atendimento técnico, que é o ato inicial do contato ao usuário, no qual se aplicam as técnicas adequadas para obter as informações necessárias e registra-las, com vistas a poder encaminhar o usuário, para uma resposta social adequada ás suas necessidades. Podemos assim, observar a assertividade na escuta qualificada da supervisora de campo que nos acompanhou, expondo sua competência pessoal em saber defender os seus direitos de modo claro, inequívoco sem, contudo atacar ou ir contra os usuários. 
Observamos também o acompanhamento, sendo um método e procedimento que faz parte da atividade do técnico social no processo de intervenção, sendo também uma ferramenta pela qual é prestado ao usuário um apoio continuado, no qual se obtêm as informações necessárias sobre a problemática envolvente, inicialmente apresentada pelo usuário, o acompanhamento direto, visa entre outras finalidades.
IV – RELAÇÃO TEÓRICA E PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL OBSERVADAS NO CAMPO DE ESTÁGIO.
Vivenciamos na prática do estágio a aplicação das teorias e conhecimentos adquiridos na Instituição de ensino, a teoria foi de suma importância como nas identificações das demandas realizadas no atendimento aos usuários, fomentar a acessibilidade aos direitos e informação quanto ao serviço oferecido e habilitação aos benefícios ofertados. Contribuir e facilitar com a informação e participação dos usuários do programa,observação na organização dos procedimentos e na realização de atendimentos.
Segundo Lewgoy (2010), dos anos de 1950 a 1960 a formação profissional em Serviço Social se aproximou do pensamento educativo vigente que recebia influência do escolanovismo, enfatizando a ideia de que o aluno aprende melhor aquilo que ele mesmo faz, ou seja, valoriza-se o “aprender fazendo”. Percebe-se neste período a ênfase da formação profissional cada vez mais voltada para a racionalidade técnica da profissão, com o enfoque no aprendizado das técnicas e metodologias de ação. De acordo com Guerra e Braga (2009) e Netto (2010), o aprofundamento da ditadura exigiu da profissão o deslocamento dos traços tradicionais para a adoção de procedimentos racionais, incorporando à profissão ações administrativas, de controle e verificação, segundo critérios burocráticos-administrativos.
De acordo com Oliveira (2004), é nessa perspectiva que o estágio supervisionado adquire um peso privilegiado no processo de formação profissional do estudante do curso de serviço social, podendo oportunizar não somente aproximação no processo de capacitação teórico-metodológico para o exercício profissional, mas também o conhecimento das diferentes relações que compõem o complexo tecido social (2004, p.67). O estágio é uma fonte de construção de saberes, em que o conhecimento é compartilhado entre estagiário e supervisor. Um espaço de que o aluno adquire experiência, flexibilidade e conhecimento através da convivência com a futura realidade profissional, e com o ensino da prática por parte do supervisor. Tem como objetivo, constituir um profissional reflexivo, pronto para desenvolver sua competência investigativa, levando a compreender a realidade.
V – CONCLUSÃO 
O estágio é uma fonte de construção de saberes, em que o conhecimento é compartilhado entre estagiário e supervisor. Um espaço de que o aluno adquire experiência, flexibilidade e conhecimento através da convivência com a futura realidade profissional, e com o ensino da prática por parte do supervisor. Tem como objetivo, constituir um profissional reflexivo, pronto para desenvolver sua competência investigativa, levando a compreender a realidade que estar atuando, estabelecer uma postura crítica para desvelar as contradições da sociedade, elaborar projetos para o enfrentamento das desigualdades sócias e construir a sua identidade profissional. 
O supervisor tem um papel fundamental no processo de construção da articulação entre a teoria e prática, transmitindo ao estagiário o conhecimento da prática profissional, apoiando, construindo conhecimento e aprendizado de forma construtiva, promovendo autonomia, alteridade e compromisso eficaz para o futuro profissional, oportuniza ao estagiário o desenvolvimento de sua capacidade para o trabalho profissional, assim como propicia a reflexão sobre a realidade social, a qual está inserido, pois o estágio é um processo de qualificação e treinamento teórico- metodológico, técnico-operativo e ético político do aluno. É possível que este processo de supervisão de estágio seja algo criativo, dinâmico que propicie elaboração de novos conhecimentos ao aluno e atualização profissional. 
Permite ao/à aluno/a que este/a possua um conjunto de experiências, oferece oportunidades em um campo de ação, propicia aproximação deste com a realidade concreta, trazendo um aperfeiçoamento profissional e intelectual. Aguça suas habilidades e competências, é o momento de processo de formação, momento de errar e aprender. Deve-se entender que a teoria não é uma fôrma que se encaixa na prática, ou ainda, a equivocada visão que a primeira é exclusiva do âmbito acadêmico e a segunda é exclusiva da intervenção profissional. 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL (ABEPSS). Política Nacional de Estágio – PNE, 2010. 
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS). Lei n. 8662, de 07 de junho de 1993, que dispõe a profissão de Assistente Social. Disponível em: www.cfess.org.br. Acesso em: 31.agos.2021.
LEWGOY, Alzira Maria Baptista. Supervisão de estágio em serviço social: desafios para a formação e exercício profissional. – 2. ed. – São Paulo : Cortez, 2010.
SILVA, Dulce Maria. O Estágio na Formação Profissional – Elementos Para Análise. Revista de Serviço Social: Ano XV – nº 45 – Agosto de 1994.
OLIVEIRA, Cirlene Aparecida Hilário da Silva. O Estágio Supervisionado na Formação Profissional do Assistente Social: Desvendando Significados.
GUERRA, Yolanda. O ensino da prática no novo currículo: elementos para o debate. 2002