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APS RECURSOS HÍDRICOS

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BRENDA THUANY DE VECCHIO – RA: 3442795
Recursos Hídricos
PROFESSOR JOÃO PUERRO
São Paulo
2021
Recursos Hídricos
Atividade prática supervisionada com o objetivo de identificar os princípios físicos da água e suas implicações sobre o corpo humano e como recurso no tratamento fisioterapêutico; e compreender os efeitos fisiológicos da imersão sobre indivíduos.
São Paulo
2021
Hidroterapia e seus efeitos sobre órgãos e sistemas
Alterações no sistema cardiovascular
No que diz respeito às respostas cardiovasculares, após a imersão na água, a ação da pressão hidrostática faz com que 700ml de sangue dos membros inferiores se desloquem para a região do tórax, causando um aumento no retorno venoso e linfático. A pressão intratorácica aumenta de 0,4 mmHg para 3,4 mmHg e a pressão no átrio direito aumenta de 14,0 mmHg para 18,0 mmHg. A pressão venosa central aumenta de 2,0 a 4,0 mmHg para 3,0 a 16,0 mmHg, sendo que a pressão arterial pulmonar aumenta de 5,0 mmHg no solo para 22,0 mmHg em imersão. O débito cardíaco (volume sangüíneo x a frequência cardíaca) aumenta de 30,0 % a 32,0% associados a uma diminuição de aproximadamente 10 batimentos por minuto ou de 4,0 % a 5,0 % da frequência cardíaca em bipedestação no solo.1
Parte das alterações cardiovasculares são comparadas ao reflexo de mergulho, incluindo bradicardia, vasoconstrição e desvio de sangue para órgãos vitais.2
Alterações no sistema respiratório
As alterações no sistema respiratório ocorrem com o aumento de volume central e compressão da caixa torácica e abdômen. O centro diafragmático se desloca para cima, aumentando a pressão intratorácica a de 0,4 mmHg para 3,4 mmHg; a pressão transmural nos grandes vasos aumenta de 3,0 mmHg a 5 mmHg para 12 mmHg a 15 mmHg. Essas alterações, por sua vez, aumentam o trabalho respiratório em 65,0 %. A capacidade vital sofre uma redução de 6,0 % e o volume de reserva expiratória fica reduzido de 66,0 %. A alteração da capacidade pulmonar se deve essencialmente à compressão sofrida pela pressão hidrostática. Com a imersão com água até a região cervical, o volume de reserva expiratório fica reduzido, em média, de 1.86 litros para 0.56 litros e a capacidade vital ficou reduzida em torno de 9,0 % do valor encontrado em terra.
Alterações no sistema renal
A resposta renal por sua vez, inclui a diurese aumentada com perda de volume plasmático, sódio, perda de potássio e supressão de vasopressina, renina e aldosterona plasmática. O papel da diurese na imersão é de forte mecanismo compensador homeostático para contrabalançar a distensão sofrida pelos receptores pressóricos cardíacos.
A atividade simpática renal diminui devido a resposta vagal causada pela distensão atrial que aumenta o transporte tubular de sódio, com diminuição de aproximadamente um terço da resistência vascular renal. A função renal é largamente controlada pelos hormônios renina, aldosterona e hormônio antidiurético. A aldosterona controla a reabsorção de sódio nos túbulos distais, atingindo um máximo após três horas de imersão. Outro fator importante é a regulação do peptídeo atrial natriurético (ANP) que é suprimida em 50% de sua função no solo, após a imersão. Acompanhando as alterações no controle renal ocorrem alterações em alguns neurotransmissores do sistema nervoso autônomo, as catecolaminas, que agem regulando a resistência vascular, a frequência cardíaca e a força de contração cardíaca e são ativadas logo após a imersão.
Alterações no sistema musculoesquelético
As alterações que ocorrem no sistema musculoesquelético são devidas aos efeitos da pressão hidrostática e pela regulação reflexa do tônus dos vasos sanguíneos. Parte do fluxo sanguíneo é destinada à pele e músculos, o que provoca uma diminuição do espasmo muscular e uma maior distribuição do oxigênio com aumento da remoção catabólitos, o que proporciona melhor nutrição tecidual. A viscosidade provoca uma resistência tridimensional, fazendo com que as contrações musculares sejam sincrônicas. Sendo assim, o efeito terapêutico na musculatura ocorre pelo fato de que a pressão hidrostática exerce uma pressão maior do que a diastólica, e a eliminação de edemas é consideravelmente auxiliada. Também pelo fato de que a compressão articular é diminuída principalmente pelo empuxo, o trabalho muscular em pacientes com disfunções articulares é possibilitado mais precocemente em relação ao tratamento de solo.
Benefícios da pressão hidrostática
A pressão hidrostática auxilia principalmente na redução de edemas em segmentos submersos, pois facilita o retorno venoso, considerando-se dois fatores: que a compressão ao nível de tornozelos é maior em relação às coxas e depois ao tronco, e que a pressão exercida a aproximadamente 122 cm de profundidade gira em torno de 88,9 mmHg, sendo levemente maior do que a pressão diastólica. Também auxilia no desenvolvimento da coordenação motora e melhora o suporte e a sustentação do corpo em situações que requerem maior equilíbrio. Outro benefício da pressão hidrostática é a compressão ao nível da caixa torácica, o que promove uma maior resistência à musculatura inspiratória e favorece a expiratória. Porém, deve-se ter muito cuidado quando a capacidade vital de um paciente for menor do que 1.500 ml ou a força diminuída dos músculos inspiratórios, pois ele poderá apresentar dificuldades respiratórias.
Malefícios da pressão hidrostática
Por outro lado, há pacientes que a pressão hidrostática pode ser prejudicial, sendo pacientes com alterações de sinais vitais como em casos de hipotensão arterial ou hipertensão arterial não controlados estamos diante de contraindicações absolutas. Os efeitos fisiológicos da imersão em conjunto com a pressão hidrostática podem predispor a ocorrência de alteração da pressão arterial. Outras alterações como bradicardia, taquicardia, dispnéia, taquipneia e bradipneia são indícios para contra-indicação absoluta. Outro caso que pode ser prejudicial é a baixa capacidade vital, que devido a pressão hidrostática a expansão da caixa torácica e a complacência pulmonar de tornam diminuídas. Podendo até levar um quadro de ansiedade.
Efeitos da imersão em água aquecida
A imersão em água aquecida tem efeitos anti-hipertensivos, devido principalmente ao aumento da diurese, inibição da renina e aldosterona, diminuição da RVP e a redução dos níveis pressóricos. A imersão parcial em piscina aquecida pode ser mais uma medida de intervenção terapêutica adotada no controle da Hipertensão Arterial. A água aquecida reduz a sobrecarga articular e relaxa a musculatura, reduzindo a dor e aumentando a capacidade de movimentação. Os principais efeitos no sistema respiratórios são causados pela pressão hidrostática e não pela temperatura da água.
Contraindicações em terapias de imersão
Há contraindicações para o tratamento em imersão na água, como pacientes que possuam problemas como a incontinência intestinal ou urinária não controlada, doenças infecciosas, hipertensão não controlada ou mulheres menstruadas sem proteção interna são contraindicados para a terapia aquática. Pacientes que possuam feridas pequenas devem ser cobertas com um curativo impermeável, caso contrário não podem participar do tratamento em função de não poder entrar na piscina.
Atividades em solo x atividades em piscina aquecida
A realização de atividades dentro da água mantém a temperatura corporal estável, o que nos permite manter uma intensidade por todo tempo de permanecia durante a aula, possibilitando uma consequência melhor no resultado físico, trabalhando diferentes grupos musculares o que ajuda a reduzir gordura corporal podendo contribuir na recuperação de lesões, devido a ativação da circulação sanguínea, melhora do equilíbrio, aumenta a resistência muscular, e causa o relaxamento muscular, alivio de dor e do estresse, em virtude da água aquecida. Por ser uma atividade com um baixo risco de lesões, é um esporte que pode ser praticado por gestantes, a água facilita os movimentos, pois diminui a sensação do peso em 90% quando esta submerso.

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