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Resenha Critica - Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA- UESB
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - DFCH
COLEGIADO DO CURSO DE PEDAGOGIA - CCP
Tayná Luz Cordeiro Caetité
Pedagogia da Autonomia
VITÓRIA DA CONQUISTA-BA
2021
Tayná Luz Cordeiro Caetité
Pedagogia da Autonomia
Resenha apresentada à disciplina Estudos Históricos em Educação I, ministrada pela professora Drª. Elenice Silva Ferreira, do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, para fins avaliativos da II unidade letiva, do semestre 2020.1. 
VITÓRIA DA CONQUISTA-BA
2021
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p.1-92
Paulo Reglus Neves Freire nascido em Recife, em 19 de setembro de 1921 foi um importantíssimo educador e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também consagrado o patrono da educação brasileira.
A obra de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia é apresentada em três capítulos: Não há docência sem discência, Ensinar não é transferir conhecimento e Ensinar é uma especificidade humana. E cada capítulo se subdivide em nove itens onde o autor fala sobre a prática educativa.
Na primeira parte Freire defende uma ideia central de estabelecer algumas práticas essenciais para a formação de um educador crítico, ele aponta que o papel do professor é impulsionar o aluno a pensar criticamente, duvidar, pesquisar e relacionar. O ato de desenvolver o senso crítico e a busca pelo conhecimento através da pesquisa, que faz o educador e educando a “pensar certo”, o que implica tanto respeito ao senso comum, quanto aos saberes dos alunos. Ao decorrer o autor faz uma série de questionamentos do porque não abordar temas do cotidiano dos discentes, pois é importante analisar a disciplina através das vivências dos alunos, trazendo uma reflexão crítica ao descaso vivido por grupos socialmente menos privilegiados. Para o aprendizado ser crítico o principal é a curiosidade e a função do educador progressista é desenvolver a curiosidade crítica no seus discentes, usando como um dos meios, uma formação ética e estética, encarando o processo educativo como caráter formador do ser humano e não como somente um treinamento técnico. O professor não deve só “pensar certo” mas também “fazer certo”, não sendo autoritário e nem incoerente com o que diz, deve ser compreensivo, deve também negar qualquer forma de disciminação e por meio do diálogo desafiar o aluno a compreensão. O docente durante a sua prática pedagógica é responsável por fazer uma reflexão crítica sobre seus métodos de ensino para compreender o que pode ser melhorado, é preciso haver respeito às identidades culturais dos estudantes. O autor enfatiza que ensinar não é transferir conhecimento mas sim possibilitar a sua construção. Efetivamente cabe à educação a elaboração de uma consciência social, pois somente ela possibilita a transformação da sociedade dogmática para uma conscientização crítica. No segundo capítulo, o autor afirma que ensinar não é transferir conhecimento, e isso não deve ser só entendido, mas sim praticado por professores e alunos o tempo todo. Seguindo essa temática Freire trata da questão da consciência do inacabado e diz que “onde há vida, há inacabamento” e o professor precisa está predisposto a mudanças, a aceitação do diferente e sempre a aprender, precisa ainda ter consciência de que é um ser condicionado pela sociedade, mas ela não o determina e o papel da educação é interferir e agir na história. E para ser um bom educador precisa respeitar a autonomia e identidade dos alunos e isso é um caráter ético e não um favor que pode ou não fazer ao educando. Trata do bom senso como sendo importante aliado do professor para entender o comportamento dos estudantes, fala sobre a importância das condições de trabalho, do ambiente, pois isso tudo influencia no desenvolvimento da prática pedagógica, mostra a necessidade da humildade, tolerância e principalmente a luta por defesa dos direitos dos educadores. E essa luta em respeito a dignidade dos professores e alunos é fundamental, pois assim estará exercendo sua ética. O professor precisa ser valorizado e a única forma é lutando por seus direitos. O educador tem que agir com clareza em sua prática pedagógica e conhecer as diferentes dimensões da prática tornando melhor a sua evolução, além disso o professor não pode ser neutro, ele tem sim que mostrar sua ideologia seu ponto de vista político. Deve ser alegre e principalmente esperançoso, afinal sem essa característica não haveria história e sim determinismo, por isso o papel da educação progressista é ter consciência de que a mudança é possível e deve-se interferir e participar da transformação da realidade. Ao final ele volta a tratar da curiosidade como algo essencial para o desenvolvimento dos alunos mas também dos professores e mostra que o exercício da curiosidade desperta a intuição, imaginação, raciocínio e outras características fundamentais para a educação crítica. No último capítulo, Paulo Freire destaca a segurança de si mesmo, como uma qualidade necessária para desenvolver autoridade democrática e o respeito. Essa segurança nasce com a competência profissional e não há autoridade docente sem competência. Outra qualidade indispensável é a generosidade, pois sem ela o professor pode se sentir superior. O docente tem muitas responsabilidades e uma delas é se comprometer, mostrar sua visão de mundo e agir de acordo com o que defende, outro ponto que o educador não pode duvidar é que a educação é uma forma de intervenção no mundo, seja para a reprodução da ideologia dominante ou o seu desmascaramento. trata ainda da relação da liberdade do discente e a autoridade do docente, Freire é um defensor da liberdade e autoridade e afirma que eles caminham juntos para o estabelecimento do respeito mútuo. O professor democratico consciente de que a educação é um ato de intervenção no mundo e consciente de que ele não pode ser neutro não pode abandonar suas convicções que sustenta sem luta, deixa claro ainda que o educador precisa saber escutar, pois assim impede a arrogância e desenvolve a humildade, é necessário reconhecer que a educação é ideológica e é a melhor forma de evitar a ideologia, pois ela tem um enorme poder de cegar a sociedade e torná-los alienados. O professor tem que estar aberto ao diálogo com os alunos e acima de tudo, deve querer bem os seus educandos e não pode ter medo de expressar sua afetividade.
A prática pedagogia citada na obra é baseada na ética, que de fato é essencial para construção da autonomia tanto do educador, quanto do docente, é falado também sobre o autoritarismo de alguns professores ainda frequente na educação brasileira e isso prejudica completamente a relação entre professor e aluno, o professor deve ser compreensivo para construir uma relação de respeito e confiança com seus discentes, conseguindo assim desenvolver o pensamento crítico e contra-ideologio para gradualmente tornar a sociedade mais justa. A obra de Paulo Freire é uma grande referência não só aos futuros professores, mas a todos. A educação democrática e progressista muito almejada por ele é o melhor caminho para a realização social e conhecimento adquirido através deste livro é um exercício de auto-avaliação e conscientização dos valores sociais, respeito e a forma de agir e educar.
Resenhado por Tayná Luz Cordeiro Caetité, acadêmico do I semestre de Licenciatura em Pedagogia, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

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