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Erotomania Idolatrar uma pessoa que possui fama é algo muito comum na sociedade, mas a dosagem do saudável e seguro pode acabar se perdendo quando essa idolatria se torna patológica. O que é? A erotomania, também conhecida como síndrome de Clérambault, é construída com pensamentos delirantes. O indivíduo acredita que é um alvo de tentativas amorosas de seu ídolo, ele passa a se alimentar de uma realidade inexistente, assim, ele vai defender essa ideia até o fim construindo argumentos lógicos. Esse delírio pode resultar em violência e até mesmo morte da figura idolatrada, como no caso Ana Hickmann em 2016, quando um fã armado invadiu o quarto de hotel de Ana a fazendo de refém, nas redes sociais ele interagia no perfil da modelo como se tivesse um relacionamento verdadeiro com a mesma. Causas As causas para esse delírio dependem de alguns fatores de origem psicogenética do indivíduo, pode ser um desvio ou sequela de outras psicoses. Traumas na cabeça ou alterações também colaboraram como, esquizofrenia, traumatismo cranioencefálico, entre outros. Características Os sinais da erotomania são de fácil reconhecimento como, por exemplo, acreditar que o ídolo deixa pistas para o indivíduo na mídia, idolatrar excessivamente pessoas famosas em específico e sentir-se machucado em ver que o alvo continua a viver sem ele, casando e tendo filhos com outras pessoas. Perfil O perfil de uma pessoa que possui erotomania é sempre inferior ao do alvo amoroso. A maioria não possui cônjuge, não se encaixa nos padrões de beleza impostos pela sociedade, tem vida sexual limitada e cargos sem destaque, assim, os alvos sempre são mais inteligentes, bonitos e reconhecidos. Fases O delírio possui algumas fases, como: • Esperança: a pessoa possui uma crença indestrutível de que é amada pelo alvo famoso. • Despeito: quando o doente acredita que está com o orgulho ferido por não ser correspondido pelo alvo. • Rancor: o ódio pelo ídolo acaba se fazendo presente e cada vez maior. O doente passa a acusar falsamente e até mesmo ameaçar de vingança a pessoa desejada, mas também se sente ameaçado e perseguido. Tratamento O tratamento ocorre com o uso de antipsicóticos que ajudarão na diminuição de intensidade do delírio e também terapias de suporte envolvendo a família e intervenções ambientais/sociais. Delírio Erótico
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