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1) FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo - Tecnologia da Informação - O Chefe do Poder Executivo do Estado Alfa consultou sua assessoria a respeito da possibilidade de criar um ente da Administração Pública indireta, que teria capital majoritário do poder público, com o objetivo de explorar atividade econômica em sentido estrito, em regime de competição com outras estruturas empresariais. A assessoria respondeu, corretamente, que esse ente é uma: A) autarquia, sendo criada por lei; B) empresa pública, sendo criada por lei; C) sociedade de economia mista, sendo criada por lei; D) empresa pública, sendo criada a partir de autorização legal; E) sociedade de economia mista, sendo criada a partir de autorização legal. 2) FGV - 2021 - SEFAZ-ES - Auditor Fiscal da Receita Estadual - João, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo, completou 75 anos e foi aposentado compulsoriamente. Tendo em vista sua vasta experiência profissional na área em que atua, no dia seguinte à publicação de sua aposentadoria no Diário Oficial, João foi convidado pelo Secretário Estadual para exercer um cargo em comissão, de maneira a cumprir exatamente as mesmas funções de assessoramento que exercia antes de se aposentar. Não havendo impedimentos de ordem infraconstitucional no caso concreto, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, João A) não pode ser nomeado para cargo em comissão após 75 anos de idade, assim como para qualquer outro tipo de cargo ou emprego público, por expressa vedação constitucional. B) não pode ser nomeado para cargo em comissão que lhe foi oferecido, por ofensa reflexa à vedação constitucional mediante fraude. C) não pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois precisa cumprir quarentena de três anos para o exercício de qualquer outra função pública, exceto cargo eletivo. D) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, devendo ser reconhecida a continuidade de vínculo efetivo com a Administração, para fins de recebimento de verbas remuneratórias e gratificações de produtividade, em atenção aos princípios da eficiência e da isonomia. E) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória, não havendo que se falar em continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração. 3) FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo - Tecnologia da Informação - João, servidor público ocupante de cargo efetivo no Estado do Amazonas, foi removido de ofício pela Administração de Manaus para o interior do Estado, fato que lhe causou uma série de inconvenientes em sua vida pessoal. O ato de remoção foi praticado por Marcelo, autoridade competente para tal, que, contudo, nutria sabida antipatia por João. O servidor João conseguiu reunir provas de que o real motivo de sua remoção foi retaliação contra si praticada por Marcelo, razão pela qual tentou pedido de reconsideração e recurso administrativo, ambos sem êxito. Ao procurar advogado para reverter a situação, João foi informado de que o ato de remoção: A) está viciado, razão pela qual o Judiciário deve ser provocado para anulá-lo; B) está viciado, razão pela qual o Judiciário deve ser provocado para revogá-lo; C) está viciado, razão pela qual o Judiciário deve ser provocado para cassá-lo; D) não está viciado, pois a Administração Pública não precisa expor os motivos pelos quais pratica um ato discricionário; E) não está viciado, pois, pela teoria do órgão, quem praticou o ato não foi a pessoa natural de Marcelo, e sim a própria Administração. 4) FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo - Tecnologia da Informação - Moacir, empregado de sociedade empresária concessionária do serviço de abastecimento de água potável no Município Alfa, realizava reparo na estação de tratamento de água. Durante os trabalhos, Moacir deu causa à ruptura de um duto, que ensejou o lançamento de forte jato de água na cidadã Maria, que passava por via pública no exato momento. Maria foi arremessada a três metros de distância e teve seu braço quebrado. Maria deve manejar ação indenizatória diretamente em face: A) do Município Alfa, que é o responsável legal pela prestação do serviço, e possui responsabilidade civil subjetiva pelo ocorrido, havendo necessidade de comprovação do dolo ou culpa de Moacir; B) do Município Alfa, que é o responsável legal pela prestação do serviço, e possui responsabilidade civil objetiva pelo ocorrido, não havendo necessidade de comprovação do dolo ou culpa de Moacir; C) da sociedade empresária concessionária, em razão da conduta de seu empregado, com base na responsabilidade civil subjetiva pelo ocorrido, havendo necessidade de comprovação do dolo ou culpa de Moacir; D) da sociedade empresária concessionária, em razão da conduta de seu empregado, com base na responsabilidade civil objetiva pelo ocorrido, não havendo necessidade de comprovação do dolo ou culpa de Moacir; E) de Moacir, na qualidade de pessoa física que deu causa aos danos sofridos pela vítima, com base em sua responsabilidade civil objetiva pelo ocorrido, não havendo necessidade de comprovação de seu dolo ou culpa. ESTADO (Art. 37, § 6º, CF) - P.J.D. Público - P.J.D. Privado “prestadora de Serviço Público” Vítima ▪ Responsabilidade Objetiva (regra) o Respons. Subjetiva (exceção) Agente ▪ Responsabilidade Subjetiva Obs.: “A teor do disposto no artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado, prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima o autor do ato, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” (STF - RE 1027633 - tema 940) RESPONS. OBJETIVA Independe de dolo ou culpa Atos comissivos (ação) RESPONS. SUBJETIVA (OMISSÃO) Deve-se comprovar Dolo ou Culpa Omissão especial (dever de custódia) Teoria do Risco Administrativo Admite-se excludente ou atenuante Culpa da vítima, caso fortuito, força maior e danos de terceiros Teoria do Risco Integral Não se admite excludente ou atenuante Danos nucleares, ambientais e terrorismo Responsabilidade Civil do Estado – Resumo 5) FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo - O Estado do Amazonas foi condenado a indenizar a contribuinte Maria, que sofreu danos materiais decorrentes de ato ilícito praticado, no exercício da função, pelo Auditor Fiscal de tributos estaduais Antônio. A Procuradoria Geral do Estado pretende ingressar com ação de regresso em face do Auditor Antônio, visando ao ressarcimento do prejuízo causado ao Estado. De acordo com o texto constitucional e com a doutrina de Direito Administrativo, a ação indenizatória ajuizada por Maria contra o Estado está lastreada na responsabilidade civil: A) objetiva, assim como a ação regressiva do Estado contra o Auditor Antônio, não havendo que se perquirir acerca do dolo ou culpa do agente, eis que ambos os processos têm os mesmos fatos como causa de pedir; B) subjetiva, assim como a ação regressiva do Estado contra o Auditor Antônio, havendo que se comprovar a existência do dolo ou culpa do agente, eis que ambos os processos têm os mesmos fatos como causa de pedir; C) subjetiva do ente público, em que há necessidade de se demonstrar o dolo ou culpa do Auditor Antônio, mas é inviável a ação de regresso do Estado contra o agente público, pois agiu no exercício das funções, exceto se tiver cometido algum crime; D) subjetiva do ente público, em que não há necessidade de se demonstrar o dolo ou culpa do Auditor Antônio, mas a ação de regresso do Estado contra o agente público está baseada na responsabilidade civil objetiva, sendo imprescindível a demonstração do elemento subjetivo do agente; E) objetiva do ente público, em que não há necessidade de se demonstrar o dolo ou culpa do Auditor Antônio, mas a ação de regresso do Estado contra o agente públicoestá baseada na responsabilidade civil subjetiva, sendo imprescindível a demonstração do elemento subjetivo do agente. 6) FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo - Área de Ministério Público de Contas - O servidor público estadual do Amazonas João, insatisfeito com a decisão do Diretor do Departamento de Recursos Humanos que lhe negou um benefício a que entendia ter direito, ingressou com recurso administrativo. O servidor Antônio, autoridade competente para julgamento do recurso, não deu provimento ao recurso interposto por João, mas não motivou seu ato, deixando de indicar os fatos e os fundamentos jurídicos de sua decisão. Levando em consideração que, à luz das normas de regência e da situação fática, João realmente não tinha direito subjetivo ao benefício pleiteado, o ato administrativo de desprovimento do recurso praticado por Antônio: A) está viciado, por ilegalidade no elemento motivo; B) está viciado, por ilegalidade no elemento forma; C) está viciado, por ilegalidade no elemento finalidade; D) não está viciado, pela teoria dos motivos determinantes; E) não está viciado, pois o motivo do ato existe e é válido. 7) FGV - 2021 - PC-RN - Agente e Escrivão - No curso de determinado processo administrativo, Maria, escrivã de Polícia Civil, praticou ato administrativo de autorização de troca de móveis entre delegacias, que era de competência da chefe de departamento onde está lotada. Passados cinco meses da prática do ato, a irregularidade foi verificada pela delegada Joana, chefe do departamento, que detém competência para a prática do ato. Constatando que não houve lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiro, e com objetivo de sanar o vício, Joana: A) pode convalidar o ato, por meio da confirmação, cujos efeitos não retroagem à data de edição do ato originário; B) não pode aproveitar o ato, porque se trata de nulidade absoluta por vício nos elementos forma e competência; C) pode convalidar o ato, por meio da ratificação, cujos efeitos retroagem à data da edição do ato originário; D) não pode aproveitar o ato, porque já se passaram mais de 120 dias, razão pela qual deve iniciar novo processo administrativo; E) não pode aproveitar o ato, porque se trata de nulidade absoluta por vício no elemento competência, razão pela qual deve iniciar novo processo administrativo. ➢ OUTRAS FORMAS DE CONVALIDAÇÃO/SANEAMENTO: • Ratificação: quando a convalidação procede da mesma autoridade que emanou o ato viciado. • Confirmação: quando a convalidação procede de outra autoridade • Reforma: retira a parte ilegal e mantém a legal • Conversão: retira a inválida e acrescenta uma outra válida. 8) FGV - 2021 - PC-RN - Agente e Escrivão - João, delegado titular de certa delegacia, editou uma ordem de serviço, com a finalidade de distribuir e ordenar o serviço interno da DP, definindo que o setor X, composto pelos agentes de Polícia Civil A, B, C e D, é responsável por determinadas atividades. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o citado ato administrativo ordinatório praticado por João decorre do poder administrativo: A) disciplinar, que lhe permite praticar atos normativos internos com eficácia restrita àquela delegacia; B) hierárquico, que é um poder de estruturação interna da atividade pública; C) disciplinar, que lhe permite inovar no ordenamento jurídico no âmbito de sua circunscrição; D) de polícia, que lhe permite organizar as rotinas administrativas necessárias à investigação criminal; E) de polícia, que lhe permite organizar as rotinas operacionais próprias de polícia judiciária. 9) FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo - Tecnologia da Informação - João, Auditor Técnico de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, adquiriu, para si, no exercício do cargo que já ocupa há oito anos, bens imóveis, consistentes em uma casa e um apartamento do tipo cobertura, cujos valores são notoriamente desproporcionais à evolução de seu patrimônio e à sua renda como agente público. De acordo com a Lei nº 8.429/1992, em tese, João: A) não praticou ato de improbidade administrativa, pois não restou comprovado dano ao erário; B) não praticou ato de improbidade administrativa, pois não restou comprovada a origem espúria dos valores usados na compra dos imóveis; C) praticou ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito; D) praticou ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário; E) praticou ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. Art. 9º - Enriquecimento Ilícito Art. 10 – Prejuízo ao Erário Art. 11 – Violação dos Princípios Art. 10-A - Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário (ISS) FORMA DA CONDUTA SOMENTE DOLOSA DOLOSA OU CULPOSA SOMENTE DOLOSA SOMENTE DOLOSA PERDA DOS BENS SIM SIM (se houver) ------- ------- RESSARCIMENTO AO ERÁRIO QUANDO HOUVER SIM SE HOUVER ------- PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA SIM SIM SIM SIM SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 08 a 10 anos 05 a 08 anos 03 a 05 anos 05 a 08 anos MULTA CIVIL (PENA PECUNIÁRIA) ATÉ 3X O VALOR DO ACRÉSCIMO ATÉ 2X O VALOR DO DANO ATÉ 100X A REMUNERAÇÃO ATÉ 3X O VALOR DO BENEFÍCIO PROIBIÇÃO DE CONTRATAR COM O PODER PÚBLICO 10 anos 05 anos 03 anos ------- 10) FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo - Área de Auditoria Governamental - João, Auditor Técnico de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, deixou de praticar, indevidamente, ato de ofício, na medida em que, dolosamente, ignorando determinação exarada pelo Presidente da Corte, deixou de fazer publicar no Diário Oficial determinado ato administrativo, negando publicidade aos atos oficiais. Consoante dispõe a Lei nº 8.429/1992, em tese, João: A) não praticou ato de improbidade administrativa, pois se trata de conduta omissiva, que apresenta repercussão nas esferas criminal e administrativa; B) não praticou ato de improbidade administrativa, pois não houve dano ao erário, mas deve ser responsabilizado nas esferas funcional e penal; C) praticou ato de improbidade administrativa, razão pela qual está sujeito a sanções, como cassação dos direitos políticos e pagamento de multa civil de até cem vezes o valor de sua remuneração; D) praticou ato de improbidade administrativa, razão pela qual está sujeito a sanções, como perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos; E) praticou ato de improbidade administrativa, razão pela qual está sujeito a sanções, como pagamento de multa penal de até vinte salários mínimos e proibição de contratar com o poder público pelo prazo de três anos.
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