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Mapear português Vol 2

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Prévia do material em texto

A TRILHA DA GRAMÁTICAA TRILHA DA GRAMÁTICA
Amanda Ribeiro & Marcos Pacco
 
 
12/2019 – Editora Sintagma
Brasília – Distrito Federal
Editoração e Revisão
Marcos Pacco
Ilustração*
Amanda Ribeiro
Textos e imagens
Mapear Português 
Projeto gráfico e Capa
Rakell Simon
Direitos autorais
Criadores do site Mapear Português:
Marcos Pacco e Amanda Ribeiro
Contatos
Instagram: @mapearportugues
Facebook: @mapearportuguês
Gmail: mapearportugues@gmail.com
Whatsapp: +55 61 99870-8866
*(algumas imagens fazem referência a desenhos de domínio público)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei nº 9.610, de 19.02.1998, 
nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada 
em um sistema de recuperação de informações ou transmitida sob qualquer outra forma 
ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor 
dos direitos autorais e do editor.
Sabemos que este trabalho nem de longe substitui o estudo sistemático da Gramática 
realizado nas escolas e nos cursos preparatórios! Se conseguirmos, por meio do nosso 
perfil e deste livro, pelo menos despertar nossas crianças e nossos adolescentes para 
o estudo da nossa Língua e levá-los a construírem seus próprios mapas, nosso objetivo 
já terá sido alcançado .
D e d i c a t ó r i a
A Deus, por ter realizado meu sonho de ajudar as pessoas e por ser 
um pai maravilhoso! À minha mamãe, Renata, por ter me aconselhado 
e me apoiado em meus caminhos. Ao meu papai, Pacco, que me 
ajuda e me guarda nessa vida. À minha irmã, Aninha, que sempre 
acreditou em mim e me fez ser determinada (Te amo demais!). Aos 
meus professores, por quem sempre tive muito carinho! Em especial, 
tia Naeje, Cátia, Mirian e Wilson! E às minhas amigas, que sempre 
me fizeram confiar em mim mesma. Em especial, Isabela, Rebeca, 
Tatá, Sthefany e Fernanda! Aos meus seguidores, que acreditaram 
em mim (vocês são os melhores)!
Amanda
Ao melhor professor de todos os tempos: Jesus Cristo. 
À minha companheira da jornada Mapear, minha filha primogênita, 
amiga e fonte de inspiração: Amanda Ribeiro. 
Ao meu mentor, líder, amigo, meu padrão em todos as áreas: 
Laudjair Guerra. 
Ao meu professor do 6º ano fundamental (antiga 5ª série), 
que, mesmo sem saber, foi quem me influenciou a ser professor de 
Português: Antônio Nobre. 
A todos os que me ajudam a ser criativo, principalmente a mulher 
da minha vida, minha companheira e rainha: Renata Ribeiro.
 Pacco
Conheça a Turma do Mapear
S o b r e e s t e l i v r o
 Você foi convidado para uma aventura, uma caça ao tesouro. 
Você foi convidado a descobrir o mundo encantado da Língua 
Portuguesa! Mas para chegar ao seu destino e se deslumbrar com 
tanta riqueza, é necessário passar por várias fases, várias jornadas, 
numa trilha que alterna momentos de relativa facilidade e momentos 
desafiadores: A Trilha da Gramática! 
Não precisa ter medo: nós já mapeamos o caminho para você. 
É só seguir os mapas e você encontrará algo extraordinário! E mais 
legal ainda: em algumas fases, você encontrará novos amigos – os 
personagens da Turma do Mapear.
 Nossa aventura tem 4 jornadas. A primeira (o volume 1) tem 
25 fases. A segunda – que você vai começar agora – tem 40 fases. 
Quando você passar por todas elas, ganhará um troféu muito valioso: 
dominará os temas mais importantes de Fonologia, Morfologia 
(estudo das classes gramaticais) e Sintaxe (análise dos termos da 
oração e uso da vírgula). 
Como somos a sua bússola, o seu “GPS”, nessa aventura, 
orientamos você a, primeiramente, olhar o mapa (sempre à sua 
direita) e em seguida, se necessário, ver as explicações – o resumo 
teórico que estará na página imediatamente anterior ao mapa, à sua 
esquerda.
Faça as anotações que achar convenientes. Observe a sigla 
DIMP, que significa Dica Importante Mapear Português. O mapa é 
seu: risque-o à vontade. Entre de cabeça nesse desafio.
E não se esqueça de compartilhar conosco, no Instagram @
mapearportugues ou @boramapear as suas experiências nessa 
jornada. 
Um grande abraço dos seus amigos de aventura!
Amanda e Pacco
Mapa 1 Acentuação Gráfica
Mapa 2 Uso dos Porquês
Mapa 3 Panorama das Classes Variáveis
Mapa 4 Concordância Nominal
Mapa 5 Verbo
Mapa 6 Formas Nominais do Verbo
Mapa 7 Classificação dos Verbos
Mapa 8 Três esquemas para conjugar Verbos
Mapa 9 Tempos Verbais – 1º Esquema
Mapa 10 Tempos Verbais – 2º Esquema
Mapa 11 Tempos Verbais – 3º Esquema
Mapa 12 Verbo PÔR e seus derivados
Mapa 13 Verbo TER e seus derivados
Mapa 14 Verbos VER, VIR e seus derivados
Mapa 15 Panorama das Classes Invariáveis
Mapa 16 Preposição
Mapa 17 Advérbio
Mapa 18 Conjunção
Mapa 19 Conjunções Subordinativas
Mapa 20 Conjunções Coordenativas
Mapa 21 Interjeição
Mapa 22 Palavras Denotativas
Mapa 23 Onde e Aonde
Mapa 24 Trás e Traz
Mapa 25 Frase, Oração e Período
Mapa 26 Termos Essenciais da Oração
Mapa 27 Tipos de Sujeito
Mapa 28 Vozes Verbais
Mapa 29 Concordância Verbal
Mapa 30 Transitividade Verbal
Mapa 31 Complementos Verbais
Mapa 32 Predicativo
Mapa 33 Tipos de Predicado
Mapa 34 Termos Associados 
 ao Verbo
Mapa 35 Termos Associados 
 ao Nome
Mapa 36 Complemento Nominal
Mapa 37 Adjunto Adnominal
Mapa 38 Aposto
Mapa 39 Vocativo
Mapa 40 A Vírgula entre os Termos da Oração
 
Mapa 13 Numeral 
Mapa 14 Verbo 
Mapa 15 Transitividade Verbal 
Mapa 16 Verbos de ligação 
Mapa 17 Pronome 
Mapa 18 Pronomes Pessoais 
Mapa 19 Pronomes Demonstrativos 
Mapa 20 Pronome Relativo 
Mapa 21 Pronome Relativo 
Mapa 22 Verbo - modo indicativo 
Mapa 23 Verbo - modo subjuntivo 
Mapa 24 Verbo - ver e vir 
Mapa 25 Verbo - modo imperativo 
Mapa 1 O que é Gramática?
Mapa 2 Como estudar Gramática 
Mapa 3 As partes da Gramática 
Mapa 4 Morfologia: As classes Gramaticais
Mapa 5 Como identificar as classes 
Mapa 6 Substantivo 
Mapa 7 Classificação dos Substantivos
Mapa 8 Plural dos Substantivos Compostos
Mapa 9 Artigo 
Mapa 10 Adjetivo
Mapa 11 Plural dos Adjetivos Compostos 
Mapa 12 Preposição
Í n d i c e
Mapa 1: Acentuação Gráfica 9
Mapa 2 Uso dos Porquês 11
Mapa 3 Panorama das Classes Variáveis 13
Mapa 4 Concordância Nominal 15
Mapa 5 Verbo 17
Mapa 6 Formas Nominais do Verbo 19
Mapa 7 Classificação dos Verbos 21
Mapa 8 Três Esquemas para Conjugar Verbos 23
Mapa 9 Tempos Verbais – 1º Esquema 25
Mapa 10 Tempos Verbais – 2º Esquema 27
Mapa 11 Tempos Verbais – 3º Esquema 29
Mapa 12 Verbo PÔR e seus derivados 31
Mapa 13 Verbo TER e seus derivados 33
Mapa 14 Verbos VER, VIR e seus derivados 35
Mapa 15 Panorama das Classes Invariáveis 37
Mapa 16 Preposição 39
Mapa 17 Advérbio 41
Mapa 18 Conjunção 43
Mapa 19 Conjunções Subordinativas 45
Mapa 20 Conjunções Coordenativas 47
Mapa 21 Interjeição 49
Mapa 22 Palavras Denotativas 51
Mapa 23 Onde e Aonde 53
Mapa 24 Trás e Traz 55
Mapa 25 Frase, Oração e Período 57
Mapa 26 Termos Essenciais da Oração 59
Mapa 27 Tipos de Sujeito 61
Mapa 28 Vozes Verbais 63
Mapa 29 Concordância Verbal 65
Mapa 30 Transitividade Verbal 67
Mapa 31 Complementos Verbais 69
Mapa 32 Predicativo 71
Mapa 33 Tipos de Predicado 73
Mapa 34 Termos Associados ao Verbo 75
Mapa 35 Termos Associados ao Nome 77
Mapa 36 Complemento Nominal 79
Mapa 37 Adjunto Adnominal 81
Mapa 38 Aposto 83
Mapa 39 Vocativo 85
Mapa 40 A Vírgula entre os Termos da Oração 87
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Acentuação Gráfica
Vamos começar nossa jornada conversando sobre um assunto de 
Fonologia, ou seja, a parte da gramáticaque estuda os sons das palavras. 
A acentuação gráfica trata dos sinais gráficos que nos indicam a pronúncia 
das palavras na nossa Língua. 
Temos apenas dois acentos gráficos propriamente ditos: o agudo (´) e 
o circunflexo (^), que têm como principal função indicar a sílaba mais forte 
(a tônica) e se o som da vogal é aberto ou fechado. O acento grave (`) não 
indica a sílaba tônica e é chamado de sinal indicativo de crase (assunto que 
estudaremos em outra oportunidade). O til (~) também não é considerado 
um acento, e sim um sinal de nasalidade, ou seja, um indicador de que o 
som sairá também pelo nariz. 
Então, depois de entendermos quais são os acentos e para que eles 
servem, precisamos lembrar a classificação das palavras quanto à posição 
da sílaba tônica, ou seja, da sílaba mais forte. De acordo com esse critério, 
as palavras podem ser:
1) Oxítonas: a sílaba mais forte é a última. Ex.: sofá, acarajé, tatu, fé, 
açaí, cipó, caju...
2) Paroxítonas: a sílaba mais forte é a penúltima. Ex.: cadeira, copo, 
livro, fácil, táxi...
3) Proparoxítonas: a sílaba mais forte é a antepenúltima. Ex.: médico, 
côncavo, colégio...
No nosso resumo, indicamos 5 REGRAS de ACENTUAÇÃO. As três 
primeiras têm a ver com as palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. 
As outras duas são casos especiais. Criamos uma forma fácil de você 
memorizá-las: o mnemônico OPA! PRO HIATO TEM DIFERENCIAL, que 
significa:
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O – Oxítonas: a, e, o → (s), em, ens
PA – Paroxítonas: as não terminadas como as anteriores
PRO – Proparoxítonas: todas
HIATO – regra específica para acentuação das vogais I e U, quando 
sozinhas na sílaba ou seguidas de “s”. Lembrando que hiato é o encontro 
de vogais em sílabas separadas. Observe, porém, que, se as vogais I e U 
estiverem antecedidas por ditongos em palavras paroxítonas, não receberão 
acento: Exemplos: ba-ú, I-ta-ú, ba-la-ús-tre, a-ça-í, Ju-í-na, con-tri-bu-ís-te 
(hiatos com acento); fei-u-ra, bai-u-ca, Bo-cai-u-va (hiatos sem acento)
TEM DIFERENCIAL – os casos das palavras que recebem acento 
gráfico para serem diferenciadas quanto à classe gramatical e o sentido. 
Ex.: Vou pôr o livro na estante. (verbo)
 Vou por outro caminho. (preposição)
OBSERVAÇÃO: o Novo Acordo Ortográfico de 1990 não cita uma 
regra muito comum: as paroxítonas terminadas em ditongo crescente. 
Na verdade, ele coloca tais palavras na regra das proparoxítonas e as 
considera proparoxítonas aparentes. Exemplos:
co-lé-gi-o, ar-má-ri-o, san-dá-li-a, A-mé-li-a
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Sabemos que é comum o uso de por que e por quê em interrogações 
diretas ou indiretas, mas está errado afirmar, por exemplo, que por que só 
pode ser usado em início de perguntas e por quê no final.
Já as formas porque e porquê são usadas essencialmente em 
explicações, 
Porque é uma conjunção que indica causa, explicação e geralmente 
pode ser substituída por já que ou pois. Em alguns contextos, essa 
conjunção também pode ser usada em perguntas. Mas isso só acontece 
quando a pergunta já traz uma possível explicação ou já indica uma causa 
provável. 
Porque o ônibus se atrasou (causa), você decidiu ir a pé
(consequência)?
Só porque você gosta de abacaxi (causa), eu também tenho de gostar 
(consequência)? 
Porquê é um substantivo e vem antecedido, na oração, por um artigo. 
Pode ser facilmente substituído pela palavra motivo. Pode vir em qualquer 
lugar da frase, mas sempre antecedido por um determinante (artigo ou 
pronome).
As pessoas querem saber o porquê de tanta demora no atendimento.
Uso dos Porquês
Existem por aí muitas dicas sobre o uso dos porquês. Mas a maioria 
acaba falando de maneira incompleta e até equivocada sobre como usar 
essas palavrinhas.
Criamos então o CEP. Inclusive ilustramos nosso mapa com a figura de 
um carteiro. Tudo isso para você se lembrar de uma coisa: para o carteiro 
entregar alguma encomenda na sua casa, é essencial o CEP. Da mesma 
forma, para você acertar o uso dos porquês, é necessário observar o
C – classe 
E – equivalência 
P – posição da expressão na frase.
Muita gente diz, por exemplo, que POR QUE só pode ser usado em início 
de PERGUNTA. Isso nããããão é verdade. Veja aquela música antiga do Tim 
Maia:
“Não sei por que você se foi, quanta saudade eu senti...”.
A expressão “por que” está corretíssima, e não está em início de 
pergunta. Se usar a dica da equivalência, você acerta: por que = 
por qual razão.
E quanto à posição na frase? Por que pode vir no início ou no meio da 
frase, que não precisa ser interrogativa. Aliás, quando por que é a junção da 
preposição POR + o pronome relativo QUE, não há interrogação nenhuma. 
Nesse caso, por que equivale a pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas 
quais.
Só eu sei as dificuldades por que (pelas quais) passei.
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Classes Variáveis
Vamos relembrar algumas fases (alguns assuntos) importantes da 
primeira jornada?
Você se lembra de que existem 10 classes de palavras, ou seja, os grupos 
de palavras que são organizados de acordo com R + S + V (Relação, Sentido 
e Variação)? Todas as palavras do nosso idioma pertencem a pelo menos 
uma dessas classes. Elas podem ser variáveis (podem sofrer mudanças na 
forma) ou invariáveis (não sofrem mudanças). Existem 6 classes variáveis 
e 4 invariáveis.
Nesta primeira fase, vamos relembrar as classes variáveis. Elas são 
representadas por nossa personagem ANA P, que nos ensina uma forma 
fácil de memorizá-las: o acróstico ANA P. VS.
A rtigo
N umeral
A djetivo
P ronome
V erbo
S ubstantivo
As duas classes mais importantes são o VERBO e o SUBSTANTIVO. O 
verbo porque expressa ação, movimento e porque é o termo central, nuclear, 
das frases que usamos. O substantivo porque dá nome a tudo aquilo que 
existe ou que nós imaginamos que exista. Por isso, o substantivo também é 
chamado de NOME.
Tudo na gramática gira em torno dos verbos e dos substantivos. 
Temos, por exemplo, complemento verbal e complemento nominal, adjunto 
adverbial e adjunto adnominal, predicado verbal e predicado nominal, 
concordância verbal e concordância nominal.
Quer uma dica: Memorize, Entenda e Conecte (você se lembra do 
nosso personagem MEC?) as classes gramaticais. Estabelecer as conexões 
entre as classes é fundamental para entendermos, mais à frente, os termos 
que formam as orações, as frases verbais.
Saiba, por exemplo, que, se existe um artigo, existe um substantivo. Na 
frase “O Rio de Janeiro continua lindo.”, o artigo “O” se refere ao substantivo 
“Rio de Janeiro”.
Se há um pronome, há normalmente um substantivo expresso na frase 
ou representado pelo pronome. Ex.: Este livro é muito bom. Ele estimula 
nossa criatividade.” No primeiro caso, o pronome destacado acompanha o 
substantivo “livro”; no segundo, o pronome o substitui, evitando a repetição 
desnecessária da palavra “livro”. Scan
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Concordância Nominal
Já aprendemos, em fases anteriores da nossa trilha, que existem 10 
classes gramaticais. As duas mais importantes são os substantivos e os 
verbos. Vamos aprender agora um pouco mais sobre SUBSTANTIVOS?
A palavra substantivo veio de SUBSTÂNCIA. Os latinos denominavam 
SUBSTANTIVO tudo aquilo que tivesse uma substância. Claro que aí cabiam 
apenas os substantivos concretos, como pessoas, coisas, objetos etc. 
Com o tempo, percebeu-se que algumas coisas existiam, mas não eram 
tangíveis, concretas. Daí surgiu o conceito de substantivos abstratos (que 
não podem ser vistos, tocados ou mensurados). São normalmente ações 
(chegada,fiscalização, implantação), sentimentos (amor, paz, harmonia) 
e ideias (imaginação, beleza, ética).
Tudo o que existe ou que imaginamos existir tem um NOME. Portanto 
substantivo é a palavra que dá NOME aos seres e às ideias. Podemos dizer 
que substantivo é sinônimo de NOME.
Mas por que o substantivo é tão importante? Porque tem uma função 
NUCLEAR. Sempre será núcleo de termos ou expressões. Algumas palavras, 
como já vimos, orbitam (giram) em torno dele: artigos, numerais, adjetivos 
e pronomes (chamamos essas classes de elementos determinantes ou 
modificadores). No processo mnemônico, são a ANAP.
E o que isso tem a ver com o título Concordância Nominal? Todos os 
elementos que compõem a oração precisam estar em harmonia, que é 
sinônimo de concordância. 
A regra geral de Concordância Nominal diz que todos os determinantes 
e modificadores (adjetivo, numeral, artigo e pronome) devem estabelecer 
harmonia com o substantivo em relação ao gênero (masculino e feminino) 
e ao número (singular e plural). Significa dizer que, se o substantivo estiver 
no feminino plural, por exemplo, todas as palavras que funcionarem como 
determinantes dele deverão concordar, ter harmonia com ele, ou seja, 
deverão estar no feminino plural:
A oração “As minhas duas ótimas amigas chegaram.” ilustra muito bem 
essa regra básica. Observe que o substantivo, que funciona como núcleo, 
é amigas. As palavras que o antecedem têm de concordar em gênero e 
número com amigas.
Então, observe sempre a concordância. Afinal, viver em harmonia é 
bom demais. Até a próxima fase!
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Verbo
Pense numa classe de palavras importante!!! Pode ter certeza de 
que essa classe se chama Verbo. Qual o conceito, definição, significado 
dessa palavra? Veja que incrível: verbo, literalmente, significa “palavra”. 
Gramaticalmente, podemos dizer que verbo é a palavra que indica 
PAFE:
P rocesso (gostar, pensar, admirar, imaginar, sentir...)
A ção (correr, construir, derrubar, nadar, arremessar...)
F enômenos naturais (chover, nevar, trovejar, ventar...)
E stado (ser, estar, parecer, permanecer, continuar...)
Esse conceito, proveniente da semântica, é importante. Porém, mais 
importante é saber que o verbo é a única palavra que sofre mudanças 
(variações) de acordo com o TEMPO — presente, passado e futuro. Além 
disso, é a classe que mais sofre variações na Língua Portuguesa – as 
chamadas flexões verbais. São elas: 
P essoa
N úmero
M odo
T empo
V oz
Vamos analisar uma das frases do nosso mapa: “Estela ama Pedro.” A 
forma verbal ama foi flexionada no tempo presente. Mas poderia estar no 
passado (Estela amou Pedro) ou no futuro (Estela amará Pedro). 
É importante guardar esta informação: o verbo é a única palavra que pode 
variar de acordo com o TEMPO (presente, passado e futuro). Então, além 
de aprender que verbo é a palavra que expressa ação, estado, processo ou 
fenômeno da natureza, você pode dizer que verbo é a única palavra que 
varia de acordo com o TEMPO.
Outra coisa importante: nós nos comunicamos por meio de orações 
(falas, enunciados, frases que contêm verbos). O verbo é o centro da oração, 
o núcleo do predicado, a palavra que concorda com o sujeito e a palavra que 
pode exigir complementos. A maioria das frases em LÍNGUA PORTUGUESA 
seguem a estrutura SVC = Sujeito + Verbo + Complemento. Veja:
Nosso time venceu o jogo!
Nosso time = sujeito
venceu = núcleo da oração (palavra mais importante)
o jogo = complemento do verbo Scan
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Formas Nominais do Verbo
Até agora, aprendemos que substantivo é a palavra que indica o nome 
das coisas; por isso mesmo, substantivo é sinônimo de nome. Aprendemos 
também que o termo que se diferencia dos nomes é o verbo. Porém os 
gramáticos dão um significado mais amplo à palavra nome, considerando, 
por exemplo, que os adjetivos e os advérbios pertencem a essa categoria. 
O adjetivo por ser um modificador de substantivos e ter profunda relação 
com eles; o advérbio por dois motivos: por ser derivado de adjetivos em 
alguns casos e por apresentar flexão de grau, algo comum a substantivos e 
adjetivos. 
Os verbos têm duas flexões que outras classes não têm: modo e 
tempo. Existem algumas formas verbais, entretanto, que não apresentam 
essas duas flexões (modo e tempo). E como sabemos que elas são formas 
verbais? Porque apresentam outras características dos verbos, como a 
ideia, a forma, a relação. 
Então, como essas formas têm algumas características de verbos e 
outras de nome, foram chamadas de formas nominais do verbo. Podem 
ser empregadas em orações reduzidas ou em locuções verbais (conjunto de 
dois ou mais verbos em que o primeiro é chamado de auxiliar e o último de 
principal)
Nossa porquinha PIG vai nos ajudar a lembrar as formas nominais: 
P – PARTICÍPIO: literalmente significa “participante” e recebeu 
esse nome por participar da natureza do verbo e do adjetivo. Indica ação 
(caraterística do verbo), estado (característica de verbo e adjetivos) ou 
qualidade (característica de adjetivos). É uma forma nominal porque tem 
valor de adjetivo.
Bastante elogiada, a atriz se emocionou e chorou de alegria.
A casa foi bem construída.
I – INFINITIVO: literalmente significa “indefinido”, ilimitado”. Não tem 
nenhuma flexão verbal e é o próprio nome do verbo. É terminado em R. 
Quando dizemos: “Vou aprender os verbos ser e ir”, temos três infinitivos. 
Outra interpretação do nome infinitivo é a de que ele dá origem a “infinitas” 
formas verbais. O infinitivo tem valor de substantivo.
G – GERÚNDIO: Literalmente, significa “aquilo que está por fazer”. A 
palavra “gerúndio” é da mesma raiz de “gerir”, “gerente”, e, por extensão, 
significa uma ação em andamento. É uma forma nominal porque tem valor 
de advérbio. Pode ser usado em orações reduzidas e locuções verbais.
Conversando, a gente se entende. (o gerúndio tem valor de advérbio de 
modo ou condição).
Estávamos caminhando quando começou a chover. 
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Classificação dos Verbos quanto à forma
Apresentamos a você o RIAD, que veio da Arábia Saudita, aprendeu 
português e hoje vai nos ensinar a classificação dos verbos quanto à forma! 
Mas antes disso, precisamos entender os elementos que fazem parte da 
estrutura, da formação dos verbos:
• radical: é a parte mais importante do verbo; contém o sentido, a 
“identidade”: pass-ar, viv-er, divid-ir
• vogal temática: é o elemento que permite a ligação entre o radical 
e as desinências: 
 a – indica os verbos da primeira conjugação, como optar, amar, 
passear... 
 e – indica os verbos da segunda conjugação, como viver, entender, 
ter. Neste grupo, incluem-se ainda os verbos que derivam de pôr 
(repor, impor etc.), porque sua origem está na forma arcaica da 
língua portuguesa poer, do latim ponere; 
 i – indica os verbos da terceira conjugação, como sumir, falir, 
cumprir...
• tema: elemento formado por radical + vogal temática. Ex.: ama-r, 
vive-r , dividi-r 
• desinências: também chamadas de terminações, são os elementos 
que, acrescentados ao tema, indicam as flexões (variações) do 
verbo, que podem ser de número, pessoa, modo e tempo. 
Agora podemos avançar! RIAD é o nosso acróstico que indica os tipos 
de verbos, considerando as mudanças que podem ocorrer ou não no radical 
ou no conjunto de terminações (desinências).
Os verbos regulares são a maioria na Língua Portuguesa e os mais fáceis 
de serem conjugados. Conjugar significa flexionar, dizendo ou escrevendo, 
ordenadamente, as formas verbais em qualquerum de seus tempos e 
modos ou em quaisquer pessoas e números. Quando conjugamos verbos 
como amar, viver, sair, por exemplo, observamos que tanto o radical quanto 
o conjunto de terminações se mantêm inalterados em qualquer tempo e 
modo verbal. E como reconhecemos um verbo irregular? Pela mudança 
que ocorre no radical ou no conjunto de desinências. Veja:
Verbo regular: TRABALHAR Verbo irregular: ESTAR
PRESENTE (IND.) PRET. PERF. (IND.) PRESENTE (IND.) PRET. PERF. (IND.)
trabalh o trabalh ei estou estive
trabalh a s trabalh a ste estás estiveste
trabalh a trabalh ou está esteve
trabalh a mos trabalh a mos estamos estivemos
trabalh a is trabalh a stes estais estivestes
trabalh a m trabalh a ram estão estiveram
Os verbos anômalos são na verdade irregulares; porém, como as 
mudanças são muito grandes, tanto no radical quanto nas terminações, os 
gramáticos optaram por classificá-los de forma diferente. São os verbos ser 
e ir. 
Verbos abundantes recebem este nome por terem mais de uma forma, 
geralmente no particípio. Existe o particípio regular (terminado em ADO ou 
IDO), que geralmente é antecedido pelos verbos ter ou haver, e o irregular 
(terminado de várias formas que variam em gênero e número, como go, to, 
so, nho...), geralmente antecedidos por ser ou estar.
Ana havia pagado os boletos. Os boletos foram pagos por Ana. 
Uma informação importante sobre o verbo defectivo (que literalmente 
significa “defeituoso”) é que ele não pode ser conjugado completamente. 
A falha ou defeito ocorre na primeira pessoa do presente do indicativo (às 
vezes os defectivos têm apenas as formas correspondentes a “nós” e “vós”, 
como é o caso de falir). E o defeito apresentado na 1ª pessoa do presente 
do indicativo terá como consequência a inexistência de tempos derivados. 
Mas isso veremos em outra fase. Esta foi pesada não é mesmo? Vamos 
continuar!! 
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Três esquemas para conjugar os verbos
Conjugar verbos significa flexionar, dizendo ou escrevendo, 
ordenadamente, as formas verbais em qualquer um de seus tempos e 
modos ou em quaisquer pessoas e números. 
Aliás, já vimos que as flexões verbais são:
P essoa
N úmero
M odo
T empo 
V oz
Então, quando mudamos os verbos de acordo com as flexões acima, 
estamos conjugando-os. Muitas pessoas pensam que a única forma de 
aprender a conjugar verbos é sair memorizando tudo o que vem pela frente. 
Não é. Vamos mostrar a você que, se souber três formas verbais, você 
poderá saber outras dez. Como?
Claro que também não é num passe de mágica! Precisa de um certo 
esforço. Mas basta entender que existem formas verbais primitivas e formas 
verbais derivadas.
As formas primitivas são:
PI – PRESENTE DO INDICATIVO
PPI – PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO
II – INFINITIVO IMPESSOAL
Se você dominar essas três formas verbais (que são as que vêm 
primeiro), conseguirá facilmente dominar outras dez. É isso o que vamos 
mostrar detalhadamente nos outros mapas, mas antes vamos relembrar 
o conceito e algumas informações importantes sobre essas formas 
verbais?
O PI (presente do indicativo) é provavelmente o primeiro tempo verbal 
que aprendemos na escola. Indica uma ação contínua ou atual, além de ser 
usado para declarações gerais, para descrever coisas, pessoas. O modo 
indicativo é o único modo que dá uma indicação exata – como o próprio 
nome diz – sobre o momento em que se desenvolve a ação. Ele permite 
situar no tempo o processo, a ação, o estado, o fenômeno. 
Gosto muito de você!
A lei é para todos.
O (pretérito perfeito do indicativo) indica um fato concluído 
anteriormente ao momento atual da fala. 
Ontem estive em sua casa.
Graças a Deus, chegamos bem.
E o (infinitivo impessoal) é o próprio nome do verbo, uma forma 
verbal que dá origem a outras e que não tem flexão de tempo nem de modo.
Estudar pode ser muito divertido.
É necessário ter paciência. Scan
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Tempos verbais: 1º esquema de derivação 
Na fase anterior, aprendemos que, para dominar os tempos e modos 
verbais e saber conjugar verbos, não é necessário memorizar tudo sobre 
eles. Basta seguir os três esquemas de derivação. Aprendemos também o 
que significa presente do indicativo, a forma verbal primitiva que dá origem 
a três outras formas. Para memorizar com mais facilidade, poderíamos criar 
o acróstico FAZER PIPPII... FAZER será o verbo irregular que vamos usar 
como exemplo e PIPPII... vai significar:
PI – presente do indicativo dá origem a
PP – pretérito perfeito
I – Imperativo negativo
I – imperativo afirmativo
A primeira coisa a se fazer é lembrar a conjugação de qualquer verbo no 
presente. No caso de FAZER, temos eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, 
vós fazeis, eles fazem. Vamos repetir agora o radical da primeira pessoa (na 
maioria dos casos, basta retirar a terminação -o- ou -ou-). Então teremos 
-faç. Se no presente do indicativo se repetir mais a vogal a, depois do 
radical, no presente do subjuntivo teremos -e-. Caso a vogal mais repetida 
seja -e- ou -i-, a vogal do presente do subjuntivo será -a-. Veja:
Presente indicativo Presente subjuntivo
eu faço que eu faça
tu fazes que tu faças
ele faz que ele faça
nós fazemos que nós façamos
vós fazeis que vós façais
eles fazem que eles façam
Pronto! O presente do indicativo deu origem ao presente do 
subjuntivo. E de onde vem o imperativo? As duas formas do imperativo 
são apenas cópias. Todo o imperativo negativo é cópia do presente do 
subjuntivo. Já o imperativo afirmativo é feito da seguinte forma: o tu e o 
vós são cópias do presente do indicativo, retirando-se a desinência -s-. 
As outras pessoas gramaticais são cópias do imperativo negativo. Veja:
Presente 
indicativo
imperativo 
afirmativo
imperativo 
negativo
Presente 
subjuntivo
eu faço ----------------- ----------------- que eu faça 
tu fazes → faze (tu) não faças (tu) ← que tu faças
ele faz faça (você) ← não faça (você) ← que ele faça
nós fazemos façamos (nós) ← não façamos (nós) ← que nós façamos
vós fazeis → fazei (vós) não façais (vós) ← que vós façais
eles fazem façam (vocês) ← não façam (vocês) ← que eles façam
DIMP
Os verbos terminados em ZER admitem duas formas na 2ª pessoa do 
singular do imperativo afirmativo.
faz ou faze (tu)
diz ou dize (tu)
traz ou traze (tu) Scan
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Tempos Verbais: 2º esquema de derivação
Queremos parabenizar você que chegou até aqui. Sabia que muita 
gente desiste do estudo dos verbos? Mas, como diz aquele ditado, “Sou 
brasileiro e não desisto nunca.”
Bom, vamos ao segundo esquema de derivação para você arrebentar 
na conjugação dos verbos. Pela minha experiência em sala de aula (Pacco), 
notei que as pessoas normalmente conseguem lembrar o presente e o 
pretérito perfeito da maioria dos verbos. Isso acontece porque são os 
tempos verbais mais usados. Se você souber o pretérito perfeito de um 
verbo, saberá automaticamente três tempos verbais. De que forma?
A terceira pessoa do plural do pretérito perfeito sempre terminará em 
-RAM (estiveram, compraram, fizeram, saíram, couberam...). Vamos usar 
como exemplo o verbo TER, que se conjuga da seguinte forma: 
pretérito 
perfeito do 
indicativo
pretérito 
mais-que-perfeito 
do indicativo
futuro do 
subjuntivo
pretérito 
imperfeito do
 subjuntivo
eu tive eu tivera se eu tiver se eu tivesse
tu tiveste tu tiveras se tu tiveres se tu tivesses
ele teve ele tivera se ele tiver se ele tivesse
nós tivemos nós tivéramos se nós tivermos se nós tivéssemos
vós tivestes vós tivéreisse vós tiverdes se vós tivésseis
eles tiveram eles tiveram se eles tiverem se eles tivessem
Tirando a letra M, da terminação -RAM, você terá a 1ª pessoa do 
pretérito mais-que-perfeito: eu tivera. Se tirar mais uma letra, -A-, terá 
a 1ª pessoa do presente do subjuntivo: se eu tiver. Se tirar mais uma letra 
(-R-), e acrescentar a desinência -SSE, chegará ao pretérito imperfeito do 
subjuntivo: se eu tivesse.
Observe que esse esquema de derivação pode ser usado para qualquer 
verbo. E como você vai aprender de verdade? Treinando bastante, mas sem 
“decorar”. Você vai apenas seguir o modelo. O que você terá de memorizar 
é a sequência: 
PP > PM > FUTS > PIS:
PP = pretérito perfeito > 
PM = pretérito mais-que-perfeito >
FUTS = futuro do subjuntivo >
PIS = pretérito imperfeito do subjuntivo.
É isso aí! Estamos com você nesta jornada. Essas fases de verbos talvez 
sejam as mais trabalhosas da Trilha, mas não desanime: ao final teremos 
uma bela cachoeira!! Uhuu!
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para vós passeardes vós passeareis vós passearíeis vós passeáveis
para eles passearem eles passearão eles passeariam eles passeavam
Observe as formas verbais IFF (Infinitivo pessoal, futuro do presente 
e futuro do pretérito): elas apresentam o infinitivo impessoal (forma 
primitiva) na íntegra, acrescido apenas das desinências (terminações) que 
as diferenciam. Já o PII (pretérito imperfeito do indicativo) tem a diminuição 
do R (desinência do infinitivo) e o acréscimo das desinências modo-
temporais -va e -ve.
Chegamos ao fim das fases dos três esquemas! Cansa um pouco, não 
é? Mas vale a pena treinar. Dominando verbos, você dominará uma matéria 
que talvez 99% dos estudantes não dominem. Interessante, não? Um 
abraço, e vamos juntos para a próxima fase.
Tempos verbais - 3º Esquema de Derivação
Vamos agora ao último esquema de derivação. A forma verbal mais 
importante, neste caso, é o infinitivo impessoal, o qual apresenta sentido 
genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma 
é invariável. Ao usarmos o infinitivo impessoal, destacamos o processo 
verbal em si mesmo, e não um sujeito que pratique a ação.
Por exemplo, na frase “Viajar é muito legal”, termos uma afirmação 
genérica: o verbo não faz referência a nenhum termo, seja sujeito ou agente. 
Além disso, termina em -r. Portanto, temos aí uma forma chamada infinitivo 
impessoal.
Porém, existe o infinitivo pessoal, que, por sua vez, apresenta desinências 
de número e pessoa:
para eu viajar para nós viajarmos
para tu viajares para vós viajardes
para ele viajar para eles viajarem
O infinitivo pessoal, os dois futuros e o pretérito imperfeito do 
indicativo, são derivados do infinitivo impessoal e se diferenciam pelas 
desinências (terminações). 
Vejamos um exemplo com o infinitivo impessoal PASSEAR:
INFINITIVO 
PESSOAL
FUTURO DO 
PRESENTE
FUTURO DO 
PRETÉRITO
PRETÉRITO 
IMPERFEITO DO 
INDICATIVO
para eu passear eu passearei eu passearia eu passeava
para tu passeares tu passearás tu passearias tu passeavas
para ele passear ele passeará ele passearia ele passeava
para nós passearmos nós passearemos nós passearíamos nós passeávamos
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Verbo PÔR
Existem quatro verbos irregulares que precisamos estudar com mais 
atenção: PT VV – PÔR, TER, VIR e VER. Vários verbos são derivados deles 
e seguem completamente seu modelo de conjugação. Vamos começar, 
então, pelo verbo PÔR. Todos os verbos terminados em -por são derivados 
de PÔR. Citamos alguns deles no acróstico I CASEI PASTOR:
Interpor, compor, antepor, sobrepor, expor, impor
Propor, apor, supor, transpor, opor, repor.
Observe que todos eles são formados pelo processo de derivação 
prefixal, ou seja, são formados pela anteposição de um prefixo ao radical 
POR. Então, para conjugar esses verbos, basta conjugar o verbo pôr e colocar 
o prefixo antes deste.
No nosso mapa, usamos três tempos verbais que costumam causar 
dúvidas: PPI (pretérito perfeito do indicativo), FUTS (futuro do subjuntivo) 
e PIS (pretérito imperfeito do subjuntivo). Observe:
PÔR PROPOR COMPOR
PPI eu pus propus compus
FUTS quando/se eu puser propuser compuser
PIS se eu pusesse propusesse compusesse
No futuro do subjuntivo, podemos usar várias conjunções, porém 
as mais comuns são quando (temporal) e se (condicional). No pretérito 
imperfeito do subjuntivo, também podemos usar algumas conjunções; 
porém, a mais usada é se. 
Tenha bastante cuidado ao conjugar qualquer verbo nesses tempos. 
Vamos analisar alguns erros comuns e corrigi-los?
“Assim que você pôr os pés lá, eles serão avisados.” (ERRADO)
Assim que você puser os pés lá, eles serão avisados. (CERTO)
“Se nós propormos esse acordo, os clientes não aceitarão.” (ERRADO)
“Se nós propusermos esse acordo, os clientes não aceitarão.” (CERTO)
“Se você se imposse, isso não teria acontecido.” (ERRADO)
“Se você se impusesse, isso não teria acontecido.” (CERTO)
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Ter e seus derivados
Hoje queremos falar de um CASO D MARTE!!! Sim, às vezes parece 
que PORTUGUÊS é uma língua de outro planeta! 
Você sabia que se aprender a conjugar o verbo TER, saberá conjugar 
mais nove verbos?! Ou seja, dominará um grupo de dez verbos – alguns 
deles muito usados no dia a dia – e vai arrasar nas provas! 
CASO D MARTE é o nosso acróstico para ajudar você a memorizar 
nove verbos derivados de TER.
Conter, ater-se, suster, obter, deter, manter, abster-se, reter, ter e 
entreter devem ser conjugados da mesma forma, em todos os tempos e 
modos verbais. TER é o modelo. Então, primeiramente você deve aprender 
a conjugar este verbo e em seguida saberá os derivados. Observe que cada 
um dos derivados tem um prefixo (que está destacado). Para conjugar esses 
verbos, basta colocar tal prefixo antes das conjugações do verbo ter. No 
nosso mapa, colocamos os três tempos verbais que mais causam dúvidas:
PPI – pretérito perfeito do indicativo.
PIS – pretérito imperfeito do subjuntivo.
FUTS – futuro do subjuntivo
PPI PIS FUTS
eu tive tivesse tiver
tu tiveste tivesses tiveres
ele teve tivesse tiver
nós tivemos tivéssemos tivermos
vós tivestes tivésseis tiverdes
eles tiveram tivessem tiverem
Veja alguns exemplos de ter e seus derivados no PPI – pretérito perfeito 
do indicativo.
Eles contiveram a multidão.
Eles ativeram-se aos fatos.
Eles sustiveram a palavra.
Eles obtiveram bons lucros.
Elas detiveram os assaltantes.
Elas mantiveram a calma.
Elas abstiveram-se de opinar.
Elas retiveram os passaportes.
Elas tiveram de encontrar uma saída.
Elas entretiveram as crianças com jogos.
Você viu como é fácil conjugar os verbos derivados se você souber o 
verbo TER? Encontraremos você na próxima fase!
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VER E VIR 
Você se confunde com o uso dos verbos VER e VIR?
Sabia que a maioria das pessoas erram a conjugação desses verbos, 
principalmente no futuro do subjuntivo (FUTS)? Esse tempo verbal indica 
uma ação possível no futuro, normalmente antecedida por uma conjunção 
temporal (quando) ou condicional (se).
Então vamos lhe dar algumas dicas para você acertar sempre esses 
verbos e os seus derivados. Além do FUTS, vamos observar como esses 
verbos se comportam no infinitivo pessoal e em locuções verbais.
Primeiramente, temos dois acrósticos para você se lembrar dos 
principais verbos derivados:
Derivados de VER Derivadosde VIR
P – prever CON – convir
A – antever P – provir
R – rever A – advir
E – entrever I – intervir
S – sobrevir
Para conjugar esses verbos, basta seguir o modelo de conjugação dos 
verbos primitivos (ver e vir), colocando o prefixo antes deles. Exemplo:
A polícia veio quando foi chamada.
A polícia interveio quando foi chamada.
Um macete para você se lembrar de ver e vir – no futuro do subjuntivo 
– é o seguinte “poema”, que você pode cantar como se fosse um “RAP”: 
“Andando pela rua, vi aviso instrutivo
Cuidado, não erre FUTURO DO SUBJUNTIVO:
VER e VIR são parecidos, acredite se quiser
Futuro do subjuntivo, 
ver é VIR, 
vir é VIER
Se eu VIR você errando, vou correndo lhe ensinar
Pode parecer estranho esse jeito de falar
Mas quando VIER a prova, 
você vai arrebentar!
VER e VIR são parecidos, acredite se quiser
Futuro do subjuntivo 
ver é VIR, 
vir é VIER.”
Legal, não é mesmo? Agora veja como fica toda a conjugação no FUTS 
(futuro do subjuntivo):
Verbo VER: quando eu vir, quando tu vires, quando ele vir, 
 quando nós virmos, quando vós virdes,
 quando eles virem.
Verbo VIR: quando eu vier, quando tu vieres, quando ele vier, 
 quando nós viermos, quando vós vierdes,
 quando eles vierem.
DIMP 
Em locuções verbais ou com preposições, VER e VIR conservam suas 
formas originais: .
Eu POSSO VIR amanhã. 
Eu QUERO VER esse filme.
Não deu para eu VIR mais cedo. 
Não deu para eu VER o filme. 
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Panorama das Classes Invariáveis
Ufa! Até que enfim passamos as fases de verbos. Claro que mais à 
frente teremos outras fases ainda sobre esse tema, mas de uma forma bem 
diferente. O legal é que agora podemos falar de outras classes: as invariáveis.
Já sabemos que existem dez classes, seis variáveis e quatro invariáveis. 
O nosso mnemônico para nos lembrarmos delas é A CPI.
Você já deve ter ouvido falar de CPI, não é? Significa, no mundo da 
política, Comissão Parlamentar de Inquérito. Por isso ilustramos nosso 
mapa com a imagem do Congresso Nacional. Essa história de Congresso 
Nacional, CPI, não é bem coisa de adolescentes, mas os jovens e os adultos 
já entendem bem o que é isso.
Quando os deputados (parlamentares) querem investigar algo, 
costumam criar uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito.
No nosso caso, queremos “investigar” as classes gramaticais invariáveis! 
Elas formam A CPI:
A dvérbio
C onjunção
P reposição
I nterjeição
Essas classes de palavras não sofrem variação, com exceção do 
advérbio, cujo sentido pode mudar dependendo da flexão de grau 
(comparativo e superlativo). Entretanto, a palavra em si, não sofre nenhuma 
modificação.
Hoje iremos aprender.
Falando em advérbio, literalmente essa palavra significa “que tem 
proximidade com o verbo”. Gramaticalmente é a palavra que modifica 
o sentido de verbos, completa o sentido de alguns verbos intransitivos 
(por mais que isso pareça contraditório) acrescentando uma ideia, uma 
circunstância (situação, estado, contexto, condição...). Além disso, os 
advérbios, principalmente os de intensidade e de modo, modificam também 
o sentido de adjetivos, de outros advérbios e até de uma oração inteira! Mas 
isso veremos com mais detalhes num mapa à parte.
Por enquanto, concentre-se apenas em memorizar e entender os 
conceitos de A CPI.
Aguardamos você na próxima fase!
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Preposição
Nós gostamos demais das preposições! Primeiramente porque é fácil 
memorizá-las: são apenas 18 (as essenciais). Em segundo lugar, porque 
elas estão presentes quase em todas as frases e são capazes de mudar 
completamente o sentido destas. Mas o que significa preposição? 
Preposição literalmente significa “ato de colocar à frente”. Sempre à 
frente de uma preposição, haverá uma palavra subordinada a algum termo 
da oração. 
Gramaticalmente, é uma palavra invariável que introduz comple-
mentos ou adjuntos para verbos e nomes. Ou seja, ela coloca comple-
mentos ou adjuntos numa posição à frente dos verbos e dos nomes. 
Gosto de você – introduz um objeto indireto
Moro em São Paulo – introduz um adjunto adverbial.
Sou fiel a você – introduz um complemento nominal.
Ele é um homem sem caráter – introduz um adjunto adnominal.
Semanticamente, ou seja, em relação ao sentido, a preposição também 
é importantíssima. Veja:
Falei a você Falei para você
Falei após você Falei perante você
Falei com você Falei por você
Falei contra você Falei sem você
Falei de você Falei sobre você
Falei em você
Cada preposição empregada nas frases anteriores introduz uma ideia 
diferente. Aliás, esta é uma das características da preposição: expressar 
diversas relações semânticas. 
As preposições se classificam em essenciais (palavras que já nasceram 
como preposições, ou seja, na essência já são preposições) e acidentais 
— palavras que pertencem originariamente a outras classes, mas que 
funcionam como preposição em alguns contextos.
A palavra de (preposição essencial) sempre será preposição: liga 
termos e introduz complementos. Já a palavra menos tradicionalmente 
é advérbio ou pronome indefinido, mas pode funcionar como preposição 
acidental. Ou seja, num contexto pode ligar termos:
“Todos foram embora, menos eu.”
Espero você no próximo ponto da trilha!
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A) Comparativo
de igualdade: Amanda fala tão bem quanto Ana.
de inferioridade: Estela fala menos alto do que Fernanda.
de superioridade: analítico: mais + advérbio + que ou do que
 Pedro fala mais alto que João.
 sintético: melhor ou pior que ou do que
 Pedro fala melhor que João.
B) Grau Superlativo (literalmente significa “exagerado”, elevado ao 
extremo, ao mais alto grau). Pode ser analítico ou sintético:
Analítico: acompanhado de outro advérbio.
 Marcos fala muito alto.
Sintético: formado com sufixos.
 Marcos fala altíssimo.
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Advérbio
Advérbio literalmente significa “que tem proximidade com o verbo”. 
É a palavra que modifica o sentido de verbos acrescentando uma ideia, 
uma circunstância (situação, estado, contexto, condição...). Além disso, 
os advérbios, principalmente os de intensidade e de modo, modificam 
também o sentido de adjetivos, de outros advérbios e até de uma oração 
inteira! 
Estela canta bem. (modifica o sentido da forma verbal “canta”)
Nós estamos muito felizes. (modifica o sentido do adjetivo “felizes”)
Larissa fala muito bem. (modifica o sentido do advérbio de modo 
“bem”)
Certamente, todos conhecem as regras da escola. (modifica o sentido 
da oração)
O advérbio é uma palavra invariável que indica circunstâncias, ou seja, 
informações acessórias a um fato. Por exemplo, se você tiver que redigir 
uma notícia, vai ter que responder a 5 perguntas:
1 - o que aconteceu? A resposta será o fato!
2 - quando aconteceu? Circunstância de tempo
3 - onde aconteceu? Circunstância de lugar
4 - como aconteceu? Circunstância de modo.
5 - por que aconteceu? Circunstância de causa
DIMP
Como, onde e quando são considerados advérbios interrogativos.
O advérbio não sofre variações em sua forma, mas sofre graduação de 
sentido. É a chamada flexão de grau. Não colocamos no mapa porque é 
pouco frequente em provas, mas vale a pena conferir. Veja: 
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Conjunção
Agora queremos falar de LEI. Mas por quê?
Porque esse é o mnemônico paranos lembramos das funções das 
conjunções!!! Além disso, criamos outro mnemônico, associado a LEI, com 
a sigla de três estados brasileiros.
Tudo isso para você memorizar esse assunto tão importante. Então 
vamos lá!
O essencial do conceito de CONJUNÇÃO pode ser representado pela 
palavra LEI e pelas siglas de três estados brasileiros: TO (Tocantins), RS 
(Rio Grande do Sul) e SC (Santa Catarina). Claro que não daremos aula 
de Geografia, afinal nosso livro não se chama Mapear Geografia hahaha. 
Mas essa foi uma forma que encontramos para você se lembrar do conceito 
desta classe.
A conjunção ...
L – liga termos e orações (TO)
E – expressa relações semânticas (RS)
I – Introduz orações subordinadas e coordenadas (SC)
A conjunção e a preposição são duas classes que ligam termos e 
expressam relações semânticas.
Mas há algumas diferenças entre elas:
1) A preposição só liga termos (palavras ou expressões) por 
subordinação, ou seja, termos de funções diferentes; a conjunção só liga 
termos por coordenação, ou seja, termos com a mesma função sintática, 
independentes um do outro:
Sonho com uma casa de praia. 
A preposição “de” liga os substantivos “casa” e “praia”, mas 
obrigatoriamente subordina o termo posterior ao anterior. E os dois termos 
exercem funções diferentes: “casa” é núcleo do objeto indireto e “praia” é 
núcleo do adjunto adnominal – ou seja, especifica o substantivo “casa”.
Quero paz e amor.
A conjunção “e” liga os substantivos “paz” e “amor”, mas 
obrigatoriamente o faz por coordenação, ou seja, um termo não é 
subordinado ao outro: ambos têm a mesma importância e exercem a 
mesma função sintática: núcleos do objeto direto.
2) A preposição só liga termos (palavras ou expressões); a conjunção 
liga termos e liga orações:
Viajei para o Rio. (A preposição liga “Viajei “e “Rio”)
Traga suco ou refrigerante! (A conjunção liga os termos “suco” e 
“refrigerante”)
Ela corre e nada muito bem. (A conjunção liga duas orações, já que são 
dois verbos)
Espero que você seja feliz. (A conjunção liga duas orações, já que 
existem dois verbos no período)
As conjunções se classificam em subordinativas e coordenativas. 
Em outra fase da nossa jornada, estudaremos de forma mais profunda 
os conceitos de coordenação e subordinação, mas, de uma maneira 
simples, podemos dizer que as conjunções subordinativas são aquelas que 
introduzem orações que exercem uma função sintática em relação a uma 
oração principal. Já as conjunções coordenativas ligam termos ou orações 
sintaticamente independentes; ou seja, uma oração não exerce função 
sintática em relação a outra.
Na próxima fase, iremos estudar detalhadamente a classificação das 
conjunções. 
#boramapear
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No nosso mapa, citamos várias conjunções! Então agora vamos 
empregá-las em algumas orações que fazem parte de músicas brasileiras:
“Não esquece que eu existo...” (conjunção integrante)
“Ouvi dizer que existe paraíso na terra...” (conjunção integrante)
“(...) quando você vem, tudo fica bem mais tranquilo.” (conjunção 
adverbial temporal)
“(...) depois que eu te conheci, ficou difícil de viver.” (locução conjuntiva 
temporal)
“Com você tudo fica tão leve que até te levo na garupa da bicicleta” 
(conjunção adverbial consecutiva)
“Se decidir bater asa, me leva contigo pra passear...” (conjunção 
adverbial condicional)
Até a próxima fase! Scan
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Conjunções Subordinativas
Vamos relembrar o conceito de conjunções? Literalmente, conjunção 
significa “junto com” ou “estar sob o mesmo jugo, ou seja, estar ligado”. 
Gramaticalmente, é uma palavra invariável que liga termos ou orações 
estabelecendo relações de coordenação (independência) ou subordinação 
(dependência). Além disso, expressa diversas relações de sentido.
 As conjunções subordinativas ligam uma oração subordinada a uma 
oração principal e estabelecem diversas relações de sentido (chamadas 
de relações semânticas). Podem ser integrantes (apenas que e se) ou 
adverbiais (várias, como veremos adiante).
Sabe o que é legal? É relativamente fácil memorizá-las se usarmos a 
estratégia correta: dividi-las em grupos!! Existem dez tipos e criamos um 
mnemônico para facilitar o seu estudo.
CTI – causais, temporais e integrantes
CPF – condicionais, proporcionais e finais
C4 – concessivas, consecutivas, conformativas e comparativas
Quando você encara os estudos como algo que pode ser muito divertido, 
é uma aventura, um bom desafio memorizar as conjunções e indicar a 
classificação e a ideia que cada uma expressa. Isso não é perda de tempo. 
Ajuda e muito, por exemplo, na redação.
DIMP
Existem também as locuções conjuntivas. São conjuntos de palavras 
que geralmente contêm uma conjunção. Exemplos: já que, visto que, tanto 
quanto etc. 
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Ele trabalha e estuda. (adição)
Ele não estudou, e tirou uma nota boa na prova. (adversativa)
Importante lembrar que as conjunções coordenativas introduzem 
orações coordenadas, ou seja, orações sintaticamente independentes. 
É claro que existe uma conexão semântica (relação de sentido) entre as 
orações, mas uma não exerce função sintática em relação à outra. Por 
exemplo, na frase
“Leve a blusa, porque vai fazer frio.”
Temos duas orações independentes sintaticamente, conectadas pela 
conjunção explicativa “porque”. A análise do período seria:
Leve a blusa (1ª oração coordenada – independente)
... porque (conjunção explicativa)
... vai fazer frio (2ª oração coordenada – independente)
Parabéns a você que chegou até aqui! Percorremos a metade da 
jornada. Pare um pouco, descanse, beba um pouco d’água e... vamos 
caminhar novamente por esta trilha! Scan
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Conjunções Coordenativas
Vamos a mais um mapa sobre essa classe tão importante: conjunção!
As conjunções são elementos de conexão, de ligação. Quando são 
coordenativas, ligam termos (palavras) ou orações (expressões que 
contêm verbo) independentes. Observe que, numa locomotiva, os vagões 
são ligados uns aos outros, mas são independentes. Assim funcionam os 
termos coordenados!
Outra informação importante sobre os temos coordenados é que 
normalmente eles fazem parte de uma enumeração.
Criamos um mnemônico que vai facilitar o aprendizado das conjunções 
coordenativas:
E xplicativas
C onclusivas
A ditivas
A dversativas
A lternativas
O trenzinho serve para ajudar você a memorizar os cinco tipos de 
conjunções e a se lembrar do elemento que liga os vagões à locomotiva 
(que se assemelha à conjunção). Esperamos que você goste do nosso 
trenzinho ECAAA.
DIMP
A conjunção e normalmente é aditiva, mas pode ser adversativa (ideia 
de oposição) em alguns contextos. Veja:
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Interjeição
Você conhece o TIO DA CÁSSIA? Sim, esse é o acróstico que utilizamos 
para ajudar você a memorizar a classificação das principais interjeições. 
Mas o que é interjeição?
Existem muitas emoções e sentimentos que podem ser expressos por 
palavras. Existe uma classe especial justamente para expressar, de modo 
vivo, esses sentimentos: a INTERJEIÇÃO. O sentido original dessa palavra 
não nos dá muitas pistas da sua função. Ela literalmente significa “ato de 
lançar ou colocar entre”. Gramaticalmente é definida como uma palavra 
invariável que traduz, de modo vivo, emoções e sentimentos. 
Alguns gramáticos dizem que a interjeição não deveria ser considerada 
uma classe de palavras, e sim uma frase. Por quê? Porque ela já expressa 
um sentido completo, como se de fato fosse uma frase!
Existem algumas informações sobre esta classe que são muito 
importantes. A primeira é que a mesma emoçãopode ser expressa por 
interjeições diferentes: a alegria, por exemplo, pode ser expressa por oba! 
Ah! Oh! Caramba! Legal! Maravilha! Do mesmo modo, uma só interjeição 
pode exprimir mais de um sentimento: hum!, por exemplo, pode indicar 
alegria, surpresa ou impaciência. 
A interjeição sempre vem acompanhada por sinal de exclamação. Além 
disso, pode se representada por uma locução interjetiva: Ora bolas! Virgem 
Maria! Meu Deus! Ô de casa! Ai de mim! Graças a Deus! Alto lá!
Bom, aqui no nosso esquema, colocamos várias emoções, inclusive as 
negativas! Mas no dia a dia, abaixo a tristeza, viu?! Valorize os momentos 
bons e as emoções positivas e aprenda a superar os sentimentos negativos! 
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Palavras Denotativas
Você já conhece os RED REIS? Sim, nosso mnemônico de hoje une o 
Inglês e o Português: os reis vermelhos!
RED REIS é o acróstico que indica a classificação das palavras 
denotativas – palavrinhas que não pertencem a nenhuma das dez classes 
gramaticais.
Alguns gramáticos até classificam essas palavras como advérbios, mas 
a tradição rejeita essa classificação porque tais palavras não modificam 
o sentido do verbo, do adjetivo e de outro advérbio – o que seria uma 
característica do advérbio.
São muito importantes porque expressam diversas relações semânticas, 
ou seja, relações de sentido.
Uma observação importante: o significada da palavra “denotativa” 
neste caso não é aquele de “sentido real” das palavras, que faz oposição 
a “conotativo” – sentido figurado. A expressão “palavra denotativa” é uma 
expressão genérica que os gramáticos atribuíram às palavras que não se 
encaixavam em nenhuma das dez classes gramaticais.
DIMP
As palavras isto é e ou seja são explicativas e não podem ser usadas 
como termos retificativos. Elas não podem ser usadas para corrigir 
informações, e sim para tornar a informação mais clara.
Hoje, ou seja, amanhã irei à escola. (ERRADA)
Hoje, ou melhor, amanhã irei à escola. (CERTA)
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Onde e Aonde
Vai dizer que você nunca teve dúvidas sobre o uso dessas duas palavras?! 
Provavelmente todos nós já tivemos. As duas indicam lugares, porém 
são empregadas em situações diferentes e uma não pode substituir a outra.
 
ONDE é um advérbio interrogativo de lugar ou um pronome relativo; 
AONDE é a junção da preposição A com o advérbio ou pronome ONDE 
(portanto A + ONDE). Porém essa preposição faz muuuita diferença!!
ONDE = expressa ideia de lugar e deve ser usado em referência a 
lugares fixos com verbos que indiquem ação ou estado e que não exijam a 
preposição a. Normalmente o verbo exige a preposição em, que neste caso 
ficará implícita. Veja um acróstico para você se lembrar de alguns exemplos: 
TEEM — Trabalhar, Estudar, Estar, Morar.
Onde você trabalha?
Ele estava onde?
Onde você vai estudar?
Eu sei onde você mora!
AONDE = expressa ideia de lugar, mas só pode ser empregado com 
verbos que indiquem locomoção e que exijam a preposição a. Com este 
acróstico você se lembrará dos principais verbos: ME CLIC = Mandar (no 
sentido de enviar), Enviar, Chegar, Levar, Ir, Comparecer.
Aonde você quer chegar?
Você levou as crianças aonde?
Os lugares aonde fui enviado eram maravilhosos.
O Pedro foi (verbo ir) aonde?
Aonde você mandou o motoboy?
Compareça aonde você se inscreveu!
DIMP
O verbo comparecer tem dois usos: aceita as preposições a e em; 
portanto também admite onde. É uma exceção. 
Compareça onde foi informado.
Compareça aonde foi informado.
Com essas dicas, você resolverá a maioria dos casos. A maneira mais 
eficaz de diferenciar onde e aonde é observar a regência (a transitividade) 
dos verbos. A palavra aonde, por exemplo, só pode ser usada com verbos 
que indiquem locomoção e exijam a preposição “a”. 
Vamos que vamos!
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Trás e Traz
Muita gente se confunde com a grafia e com o uso dessas palavras. Então 
vamos ajudar a resolver esse problema. Essas palavras são homófonas, 
ou seja, possuem o mesmo som, porém grafias diferentes. Além disso, as 
classes gramaticais das duas são diferentes.
Trás, com “s” e acento agudo, é um advérbio e significa na parte traseira; 
é sinônimo (palavra com sentido semelhante) de atrás, detrás, após.
Daí vem a palavra traseira, ou seja, a parte de trás, como vemos no 
charmoso carrinho de corrida que ilustra nosso mapa. 
Não olhe para trás! Siga em frente.
Maria não saiu de trás da mãe.
Por trás da montanha, há um rio belíssimo.
Já a palavra traz é uma forma conjugada do verbo trazer, que significa 
transportar, conduzir, encaminhar, levar. É uma conjugação do presente 
do indicativo (eu trago, trazes, ele traz) e da 2ª pessoa do singular do 
imperativo afirmativo (Traz o livro para mim!) Em ambas indica ação.
Então pense assim: qual é mais forte: o lugar ou a ação? A ação. A ação, 
portanto, é o verbo trazer, que é grafado com a letra Z. Lembre-se também 
da terminação -zer, de alguns verbos como dizer, fazer.
Algumas vezes João traz a família para almoçar aqui.
Dinheiro não traz felicidade.
Traz a blusa, porque está fazendo frio.
Bom, agora você concluiu mais uma fase. Terminamos os mapas-resumos 
relacionados à Morfologia. Começaremos, na próxima fase, uma aventura 
muito empolgante: Sintaxe. Não saia da trilha, heim!
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A oração precisa ter apenas um desses elementos: o verbo ou locução 
verbal (conjunto de dois ou mais verbos com valor de um só)! Quando 
falamos, por exemplo, “Espero que você chegue logo.”, temos duas orações, 
que, isoladamente, não têm sentido completo: 
1ª oração: “Espero”
2ª oração: “...que você chegue logo.” 
Já o período precisa, obrigatoriamente, dos 3 elementos do VPS: ter 
verbo, terminar com ponto e ter sentido completo. Sem contar que precisa 
de inicial maiúscula.
Este bolo é uma delícia!
Gostaria de que todos fossem à minha festa.
Nossa aventura pelo mundo da Sintaxe está só começando.
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Frase, oração e período
Olá!! Agora daremos início a algumas fases que nos ensinarão o 
conteúdo de Sintaxe – parte da gramática que estuda as palavras 
enquanto elementos de uma frase, as suas relações de concordância, de 
subordinação e de ordem. Além de tratar da disposição das palavras na 
frase, estuda as frases no discurso, bem como a relação lógica das frases 
entre si.
Quando queremos emitir uma mensagem, combinamos palavras e 
formamos frases, orações e períodos. Existem algumas diferenças entre 
frase, oração e período. Por isso criamos uma personagem muito fofa – a 
foquinha FOP – para nos mostrar essas diferenças.
Algumas pessoas usam o GPS para se orientar no trânsito. Nós 
usaremos o VPS para aprender este assunto. Preste bastante atenção ao 
VPS – verbo, pontuação e sentido completo. O segredo está aí.
Por exemplo, frase precisa apenas de 2 desses elementos: o sentido 
completo e a pontuação obrigatória. Pode vir com verbo (frase verbal) ou 
sem verbo (frase nominal) Mas tem que ter sentido completo.
Gol!
 “Um por todos, todos por um.”
O Brasil é um país maravilhoso.
DIMP
As frases podem ser:
O ptativas: Deus te abençoe!
D eclarativas: Tudo passa.
I mperativas: Não me deixe só!
E xclamativas: Que dia lindo!
I nterrogativas: Posso ajudar você?
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Termos Essenciais da Oração 
Vamos conhecer agora mais um personagem da Turma do Mapear: 
o TEO. 
O TEO é piloto de avião e comanda duas aeronaves muito especiais que 
veremos mais à frente: a TAV e a TAN. 
TEO – Termos Essenciais da Oração
TAV – Termos Associados ao Verbo
TAN – Termos Associados ao Nome
Além desses termos, temos o TIN, que é um termo independente 
chamado vocativo.
Todos eles formam a base da Sintaxe: a ORAÇÃO — ou seja, a expressão 
que contém verbo!
E o que é essencial a uma oração? As duas partes essenciais da oração 
são o Sujeito e o Predicado!
Sujeito é o termo sobre o qual se declara algo e com o qual o verbo 
geralmente concorda. Pode vir antes ou depois do verbo; pode praticar ou 
receber a ação, ou nem praticar nem receber a ação ou processo do verbo.
As aulas começaram cedo.
(sujeito anteposto – antes do verbo)
Ela é uma ótima professora.
(sujeito anteposto – não pratica nem recebe ação)
Chegaram as encomendas.
(sujeito posposto – depois do verbo)
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O assaltante foi preso. (sujeito anteposto paciente – sofre a ação)
Já o predicado é a parte da oração que contém verbo e uma informação 
sobre o sujeito. Literalmente, significa “aquilo que se declara em público”. 
Não existe predicado sem verbo, por isso o verbo geralmente inicia o 
predicado.
A vida é maravilhosa.
Mudaram as estações...
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Apesar de o sujeito ser considerado um termo essencial, existem alguns 
poucos casos de orações que vêm sem sujeito (veremos na próxima fase). 
Neste caso, o predicado será toda a oração . Exemplo:
Fez muito calor hoje.
(oração apenas com predicado, porque o verbo indica fenômeno da 
natureza).
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Tipos de Sujeito
Olá! Essa turma do Mapear realmente é grande! O TEO é irmão do IDI, 
que vai nos ensinar os tipos de sujeito. São eles:
I – indeterminado
D – determinado
I – inexistente
1. O sujeito indeterminado existe, mas não pode ser encontrado na 
frase. E por que isso acontece? Porque nós, como falantes, muitas 
vezes não queremos explicitar o sujeito ou não sabemos quem 
efetuou a ação, apesar de sabermos que alguém a efetuou.
 Há duas formas básicas de se conhecer quando a oração tem sujeito 
indeterminado: verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência 
a nenhum termo da oração (anterior ou posterior) e verbo na 3ª 
pessoa do singular + índice de indeterminação do sujeito (SE). 
Exemplos:
 Encontraram seu celular. 
 Você poderia perguntar: mas o sujeito não seria o pronome “eles”, que 
estaria oculto? Resposta: não. Observe que, mesmo o verbo estando 
no plural, pode ter sido apenas uma pessoa que tenha encontrado o 
celular; além disso não sabemos, pela frase, se é homem ou mulher. 
Portanto, não há como dizermos que foram “eles”.
 Precisa-se de zelador. 
 Aqui se percebe claramente que o sujeito é indeterminado. Alguém 
precisa de zelador, mas não se sabe ou não se quer identificar 
quem. A partícula SE – chamada de índice de indeterminação do 
sujeito – é a responsável por essa ideia de indefinição.
2. Já o sujeito determinado pode ser encontrado na frase de forma 
clara ou subentendida e tem três classificações: SCO – simples 
(apenas 1 núcleo), composto (mais de 1 núcleo) e oculto (pode ser 
identificado pela desinência do verbo).
3. O sujeito inexistente (caso em que a oração não tem sujeito) ocorre 
com os chamados verbos impessoais (que não trazem informação 
sobre nenhum sujeito). Lembrando que esses verbos, com exceção 
de SER, devem ficar sempre no singular. Os quatro casos estão 
citados no mapa e você pode memorizá-los da seguinte forma: 
 F H Ser ESTAR indicando TEMPO.
 Chega de Haver Fenômenos da Natureza:
Vamos para a próxima fase? Esperamos você lá! Scan
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Vozes Verbais
Quem aí gosta de RAP? Se você não gostar, tudo bem. Se gostar, vai 
aprender facilmente o conteúdo deste mapa. 
O RAP – nosso personagem – vai nos ensinar as vozes verbais: 
alterações que ocorrem nos verbos – seja com mudanças na forma seja com 
acréscimo da partícula SE – em razão da relação que eles estabelecem com 
o sujeito da oração. 
Nos dois mapas anteriores, aprendemos o conceito e a classificação do 
sujeito. Agora vamos entender os papéis semânticos que ele pode exercer 
em relação ao verbo:
Agente – pratica a ação ou o processo expresso pelo verbo.
Os jornais publicaram notícias falsas.
Paciente – recebe, sofre a ação ou processo expresso pelo verbo. 
Neste caso, haverá outro termo, claro ou elíptico, que 
exercerá o papel de agente.
O avião foi fabricado pela Embraer.
Neutro – quando o sujeito nem pratica nem recebe a ação ou o 
processo verbal. Acontece normalmente com verbos de 
ligação ou outros verbos que indicam estado:
Marina é muito inteligente.
Mário está em casa.
Mas por que o nome RAP? Porque representa as iniciais da classificação 
dos verbos quanto à voz, que tem profunda relação com os papéis 
semânticos do sujeito: 
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R = Reflexiva: o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo. Ele 
pratica a ação sobre si mesmo; se houver um núcleo do sujeito no plural ou 
mais de um núcleo e os elementos praticarem a ação um sobre o outro, a 
voz se chamará reflexiva recíproca, já que haverá reciprocidade, troca. 
 
Ela se cuida por isso é tão bonita!
Pai e filho se perdoaram.
A = Ativa: o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação expressa pelo verbo
Vocês estudam bastante!
P = Passiva: o sujeito sofre, recebe a ação expressa pelo verbo. 
Analítica (ampliada): A rodovia foi construída rapidamente.
Sintética (resumida) Construiu-se a rodovia rapidamente.
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Na voz reflexiva, a partícula SE é classificada como pronome reflexivo; 
na voz passiva, classifica-se como partícula apassivadora ou pronome 
apassivador. Mas em todos esses casos, a classe gramatical de SE é 
pronome.
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CONCORDÂNCIA VERBAL
Você já sabe que, em português, a maioria das orações têm a estrutura 
SVC? Sujeito + Verbo + Complemento. O verbo é o centro da oração, por 
isso é importantíssimo!
Obrigatoriamente, tem que existir uma harmonia entre o sujeito e o 
verbo. Essa harmonia ocorre da seguinte forma: se o sujeito estiver no plural, 
o verbo também estará no plural; se o sujeito estiver na terceira pessoa, o 
verbo também deverá estar na terceira pessoa. E não importa se o sujeito 
vem antes ou depois do verbo. Essa é a chamada REGRA GERAL. Veja:
Estela chegou sozinha.
Ana e Estela chegaram sozinhas.
Chegou o seu pedido.
Chegaram os seus pedidos.
Eu cheguei cedo.
Tu chegaste cedo.
Ele chegou cedo.
Nós chegamos cedo.
Vós chegastes cedo.
Eles chegaram cedo.
Existem vários casos especiais de concordância verbal, mas, por 
enquanto, vamos nos ater à REGRA GERAL: o verbo deve concordar em 
número e pessoa com o núcleo do sujeito.
Vamos, agora, para a próxima fase da jornada. A trilha está ficando cada 
vez mais emocionante!
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TRANSITIVIDADE VERBAL
O que temos agora? Um esquema para você entender melhor a 
TRANSITIVIDADE VERBAL! Mas o que é transitividade?
Os gregos tinham uma concepção bem bacana: transitividade vinha 
de “transitar”, de “trânsito”. Mas de maneira particular significava PASSAR. 
Ou seja, a capacidade de alguns verbos passarem para um objeto uma 
ação ou um processo praticados pelo sujeito! Então, se houvesse essa 
“transmissão”, o verbo seria TRANSITIVO. Senão houvesse, INTRANSITIVO. 
Simples assim! 
Com o tempo, os gramáticos passaram a afirmar que verbos transitivos 
são aqueles que precisam de complemento e intransitivos os que não 
precisam. Como o ser humano gosta de complicar as coisas (risos), com 
o passar do tempo, os estudiosos fizeram uma subclassificação dos 
transitivos, considerando-os:
• Transitivos Diretos = exigem complemento sem intermediários, 
ou seja, sem conector (preposição)
• Transitivos Indiretos = exigem complemento ligado por preposição
• Transitivos Diretos e Indiretos = uma mistura dos dois anteriores: 
exigem um complemento sem e outro com preposição.
Qual a melhor forma de saber a transitividade de um verbo? O 
esquema que apresentamos é uma boa forma. Você preenche o retângulo 
com o verbo, em seguida o repete e vê se ele precisa de um complemento 
representado genericamente pelos pronomes indefinidos ALGO ou 
ALGUÉM. Vamos praticar com alguns verbos? Vejamos se um verbo é 
transitivo direto (sem preposição):
Estela procurava emprego, e aceitou aquela proposta porque 
precisava de recursos.
procurar: quem procura, procura algo ou alguém. Deu certo? Sim. Então 
é VTD.
aceitar: quem aceita, aceita algo ou alguém. Deu certo? Sim. Então é 
VTD.
precisar: quem precisa, precisa algo ou alguém. Deu certo? Não. Então 
não é VTD.
No último caso, o verbo precisar exige uma preposição: quem precisa, 
precisa de algo ou de alguém. Ou seja, o verbo é transitivo porque exige 
ALGO ou ALGUÉM, porém é indireto, porque exige a preposição de.
E os intransitivos? São assim chamados porque a ação expressa pelo 
verbo não passa do sujeito para um alvo. Os gramáticos perceberam que 
esses verbos não precisam de complemento (objeto direto ou indireto), 
mas alguns deles precisam de adjunto adverbial – termo que modifica o 
sentido dos verbos, acrescentando-lhes circunstâncias. Veja: 
Pedro viajou mais cedo porque mora em Manaus.
Quem viaja, viaja! (Não precisa falar mais nada – verbo intransitivo)
Quem mora, mora em algum lugar (precisa de um adjunto adverbial de 
lugar, mas continua sendo intransitivo porque a ação não passa para um alvo). 
Muitas pessoas, erroneamente, diriam que a expressão em Manaus 
é objeto indireto e que, por isso, o verbo seria transitivo indireto. Mas tal 
análise seria incorreta. Essa expressão é um adjunto adverbial.
Por fim, temos os verbos de ligação, que como o nome diz, servem 
para ligar. Ligar o sujeito a um atributo, qualidade ou estado que fica no 
predicado! Veja:
Eu sou feliz. 
Eu (sujeito)
sou (verbo de ligação)
feliz predicativo do sujeito
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COMPLEMENTOS VERBAIS
Depois que estudamos o assunto Transitividade Verbal, vai ficar mais 
fácil estudarmos os complementos verbais.
Os verbos podem ser 
T – transitivos
I – intransitivos
L – de ligação 
Existem dois termos que funcionam como complementos verbais 
propriamente ditos (obrigatórios): o objeto direto e o objeto indireto. Eles 
se relacionam exclusivamente com verbos transitivos.
E por que são chamados de objeto? Literalmente, objeto significa 
“qualquer coisa (física ou mental) para qual uma ação, um pensamento ou 
um sentimento se dirige”. Os verbos transitivos transmitem uma ação do 
sujeito para um objeto – que também é chamado de alvo.
Com verbos intransitivos e verbos de ligação, não existe objeto 
direto nem indireto, mas existem alguns termos que se assemelham a 
complementos verbais, já que, em alguns contextos, completam sintática 
e semanticamente o verbo. São os adjuntos adverbiais e os predicativos. 
Veja:
Eu moro em Porto Velho. 
O verbo “morar” é intransitivo porque não transmite uma ação do sujeito 
para um alvo, mas exige um adjunto adverbial de lugar, neste contexto o 
termo “Porto Velho”. Como o adjunto adverbial não é um termo obrigatório 
em outros casos, a gramática não o classifica como um complemento 
verbal. Mas neste contexto ele é necessário, e não simplesmente um termo 
acessório.
Algo semelhante ocorre com os verbos de ligação:
Isabella é feliz. 
Sc
an
ne
d 
by
 C
am
Sc
an
ne
r
A forma verbal “é” também não transmite uma ação do sujeito para 
um alvo, mas exige um predicativo do sujeito, neste contexto o termo “feliz”. 
Como o predicativo não é um termo obrigatório em outros casos, a gramática 
não o classifica como um complemento verbal. Mas neste contexto ele é 
necessário, não simplesmente para indicar um estado do sujeito, mas para 
completar o sentido do verbo.
DIMP
1) Objeto pleonástico é uma repetição do objeto direto ou do indireto 
em forma de pronome oblíquo; não é usado no dia a dia, mas aparece em 
textos literários. 
O dinheiro, Pedro o deixou no banco.
2) Objeto direto interno ocorre com verbos que originalmente seriam 
intransitivos, mas admitem um complemento cognato, ou seja, da mesma 
raiz, origem, ou da mesma família semântica:
Dormi um sono leve.
Ele vive uma vida desregrada. 
3) Objeto direto preposicionado é introduzido por uma preposição 
não obrigatória e ocorre com verbos transitivos diretos por uma questão 
de estilo ou de adequação semântica (sentido). Na maioria dos casos, a 
preposição pode ser retirada ou o complemento modificado:
Cumpra com o seu dever ou Cumpra o seu dever.
Eles comeram de tudo ou Eles comeram tudo.
Eles excluíram a nós ou Eles nos excluíram.
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M a p e a r P o r t u g u ê s 2
A Tr i l h a d a G r a m á t i c a 71
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Predicativo
E o que é predicativo? De acordo com a etimologia — origem das 
palavras — significa ENUNCIATIVO, ou seja, aquilo que expõe, que 
demonstra algo. E é justamente isso que ele faz: ele expõe ECA de um 
nome substantivo:
E stado
C aracterística 
A tributo.
Então, vamos ao conceito? PREDICATIVO é um termo que indica, no 
predicado, um estado, uma característica, um atributo do sujeito ou do 
objeto – sempre por intermédio de um verbo.
Ele ergueu a taça eufórico.
O adjetivo destacado, apesar de estar no predicado, indica um estado 
do sujeito “Ele”. Portanto é classificado sintaticamente como predicativo 
do sujeito.
Considero a professora engraçada.
O adjetivo destacado atribui uma característica ao objeto direto 
“professora”. Então se classifica como predicativo do objeto.
Alguns autores e professores costumam dizer que o predicativo é um 
atributo temporário, e isso o diferencia, por exemplo, do adjunto adnominal, 
que costuma apresentar caráter permanente.
Marcos estava nervoso. (predicativo do sujeito = temporário)
Considero Marcos nervoso. (predicativo do objeto = temporário)
O nervoso Marcos não participará da reunião. (adjunto adnominal = 
permanente)
Sc
an
ne
d 
by
 C
am
Sc
an
ne
r
DIMP
1) O predicativo do sujeito normalmente vem com um verbo de 
ligação; porém pode vir com verbos transitivos e intransitivos:
Isabela comprou feliz o livro que tanto queria.
O predicativo “feliz” veio com o verbo transitivo direto “comprou”. 
Daniel chegou entusiasmado.
O predicativo “entusiasmado” veio com o verbo intransitivo “chegou”.
2) A função de predicativo do sujeito ou predicativo do objeto pode ser 
exercida por adjetivos ou palavras substantivas (substantivos, pronomes ou 
numerais):
Antônio é inteligente. (adjetivo)
Antônio é o professor desta turma. (substantivo)
O carro é meu. (pronome)
Eles são três e eu só um. (numeral)
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2) Se houver predicativo do objeto, o predicado obrigatoriamente será 
verbonominal.
O STF considerou aquela lei inconstitucional. (predicativo do objeto)
3) Se houver predicativo do sujeito, o predicado poderá ser nominal ou 
verbonominal. Nesse caso, precisamos identificar se o verbo da oração é 
de ligação. Se for, o predicado será nominal. Se não for, o predicado será 
verbonominal.

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