Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UFJF- ICB Departamento de Anatomia Anatomia Aplicada à Medicina III Nome: Exercício Formativo 1 Um homem de 58 anos de idade vai ao cardiologista para uma monitoração de doença cardiovascular. As queixas atuais são: falta de ar, fadiga e tumefação (inchaço) dos pés e tornozelos. Aos 49 anos de idade, esse paciente foi diagnosticado com doença de artéria coronária ( doença coronariana) avançada. Esse diagnóstico foi feito depois da um ataque cardíaco brando. Naquela época, ele tinha três pontes de safena no ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda. Por 30 anos antes do ataque cardíaco, fumava entre 20 a 30 cigarros por dia, embora não fumasse nos últimos nove anos. Ele admitiu uso regular de drogas ilícitas “na época de seus 20 ou 30 anos”. Relata que tem problemas de respiração na cama e consegue dormir melhor na cadeira reclinável. Além disso, informa que comumente precisa urinar de 3 a 4 vezes por noite. Exame físico Sinais vitais importantes: Pulso: 102 bpm Frequência em descanso no adulto: 60- 100 bpm Resultados do exame físico: Edema brando dos pés e das mãos e Distensão das veias do pescoço; Ausculta revela respiração ruidosa e crepitações em ambos os pulmões; Terceira (S3) bulha cardíaca sobre o ápice do coração; Estudos diagnósticos por imagem Radiografia mostrando a hipertrofia do ventrículo esquerdo Ecocardiografia revela uma fração de ejeção (FE) do ventrículo esquerdo de 38% ( Normal: 55-70% ) Problemas clínicos a considerar: Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Doença das valvas cardíacas *Diagnóstico diferencial- Bases anatômicas da DPOC As questões que seguem estão baseadas no texto fornecido acima ( UTILIZE 10 linhas para cada pergunta, em média, na sua resposta): 1) Relacionar a tumefação nos membros do paciente, e também sua dificuldade respiratória com a anatomia alterada e função prejudicada dos ventrículos cardíacos. A tumefação, ou edema periférico de mmii, ocorre em decorrência da redução da fração de ejeção do VE e conseqüente insuficiência cardíaca congestiva. Essa insuficiência faz com que o VE não tenha força suficiente para bombear o sangue para a periferia e culmina na redução do retorno venoso e estase venosa periférica. A fração de ejeção reduzida do VE leva também ao represamento de sangue nas artérias e veias pulmonares e conseqüente congestão pulmonar e prejuízo nas trocas gasosas. 2) O paciente apresenta “ pontes de safena” no ramo interventricuar anterior da ACE. Nomear os ramos dessa artéria, e relacioná-los ao seu território de irrigação. Associar a obstrução apresentada outrora pelo paciente à região cardíaca infartada. A artéria coronária esquerda forma o ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda que é responsável pela irrigação do ventrículo esquerdo, ventrículo direito e dois terços anteriores do septo interventricular. Por sua vez, o ramo interventricular anterior da ACE origina o ramo lateral do ramo interventricular anterior, responsável pela irrigação da parede anterolateral do ventrículo esquerdo; origina também ramos septais responsáveis pela irrigação do septo interventricular. O paciente apresentou uma obstrução no ramo interventricular da artéria coronária esquerda e conseqüente infarto agudo do miocárdio da parede anterolateral do ventrículo esquerdo. 3) A ausculta mostrava a presença de uma terceira bulha cardíaca. Relacionar as bulhas normofuncionais, bem como essa terceira bulha, à localização dos pontos de ausculta e à anatomia e função das valvas cardíacas. As bulhas cárdicas são conhecidas como B1 e B2, sendo B1 proveniente do fechamento das valvas mitral e tricúspide, e B2 proveniente do fechamento das valvas aórtica e pulmonar durante a diástole. A primeira bulha é melhor percebida no foco mitral, no quarto espaço intercostal esquerdo e a segunda bulha é melhor percebida no foco aórtico, no segundo espaço intercostal direito. A terceira bulha, conhecida com B3, é atribuída às vibrações das paredes ventriculares na fase de enchimento rápido das câmaras cardíacas e ocorre devido ao aumento da espessura da parede ventricular, em decorrência da ICC. UFJF- ICB Departamento de Anatomia Anatomia Aplicada à Medicina III Nome: Gustavo Lima Alves - 201515215 Exercício Formativo 1 Um homem de 58 anos de idade vai ao cardiologista para uma monitoração de doença cardiovascular. As queixas atuais são: falta de ar, fadiga e tumefação (inchaço) dos pés e tornozelos. Aos 49 anos de idade, esse paciente foi diagnosticado com doença de artéria coronária ( doença coronariana) avançada. Esse diagnóstico foi feito depois da um ataque cardíaco brando. Naquela época, ele tinha três pontes de safena no ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda. Por 30 anos antes do ataque cardíaco, fumava entre 20 a 30 cigarros por dia, embora não fumasse nos últimos nove anos. Ele admitiu uso regular de drogas ilícitas “na época de seus 20 ou 30 anos”. Relata que tem problemas de respiração na cama e consegue dormir melhor na cadeira reclinável. Além disso, informa que comumente precisa urinar de 3 a 4 vezes por noite. Exame físico Sinais vitais importantes: Pulso: 102 bpm Frequência em descanso no adulto: 60- 100 bpm Resultados do exame físico: Edema brando dos pés e das mãos e Distensão das veias do pescoço; Ausculta revela respiração ruidosa e crepitações em ambos os pulmões; Terceira (S3) bulha cardíaca sobre o ápice do coração; Estudos diagnósticos por imagem Radiografia mostrando a hipertrofia do ventrículo esquerdo Ecocardiografia revela uma fração de ejeção (FE) do ventrículo esquerdo de 38% ( Normal: 55-70% ) Problemas clínicos a considerar: Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Doença das valvas cardíacas *Diagnóstico diferencial- Bases anatômicas da DPOC As questões que seguem estão baseadas no texto fornecido acima ( UTILIZE 10 linhas para cada pergunta, em média, na sua resposta): 1) Relacionar a tumefação nos membros do paciente, e também sua dificuldade respiratória com a anatomia alterada e função prejudicada dos ventrículos cardíacos. O paciente em questão possui uma Insuficiência Cardíaca de provável etiologia isquêmica. A área lesada na parede ventricular torna-se discinética/acinética, resultando em uma perda de força contrátil incapaz de atuar da maneira correta bombeando o sangue adiante, produzindo assim um déficit do Débito Cardíaco. A queda do DC é prejudicial tanto por dificultar o retorno venoso culminando em uma estase sanguínea nos MMII (e por isso a tumefação dos MMII, devido ao aumento da pressão hidrostática que acaba por empurrar aquele liquida para os tecidos, gerando o edema), quanto por acabar gerando uma sobrecarga de volume e pressão ventricular que irá refluir para todo o sistema a montante, fazendo com que haja uma congestão (pelo mesmo principio de aumento das pressões hidrostáticas nos capilares alveolares) culminando nos sintomas respiratórios. 2) O paciente apresenta “ pontes de safena” no ramo interventricuar anterior da ACE. Nomear os ramos dessa artéria, e relacioná-los ao seu território de irrigação. Associar a obstrução apresentada outrora pelo paciente à região cardíaca infartada. O Ramo Interventricular Anterior tem origem no Tronco da Artéria Coronária Esquerda, e é responsável por irrigar o Ventrículo Esquerdo, Ventrículo Direito e dois terços anteriores do Septo Interventricular. Outro ramo do Tronco da Coronária Esquerda é a Artéria Diagonal que irriga a parede anterolateral do Ventrículo Esquerdo, já os ramos septais são responsáveis por maior parte da irrigação do SIV. O paciente em questão apresentou uma obstrução no Ramo interventricular da ACE, com isso, temos um IAM de parede anterolateral. 3) A ausculta mostrava a presença de uma terceira bulha cardíaca. Relacionar as bulhas normofuncionais, bem como essa terceira bulha, à localização dos pontos de ausculta e à anatomia e função das valvas cardíacas. A primeira bulha (B1) é o fechamento da valva mitral e tricúspide, o componentemitral antecedendo o tricúspide. Coincide com o ictus cordis e o pulso carotídeo. É mais grave e tem duração um pouco maior que a 2ª bulha. Já a segunda bulha (B2) é constituída por 4 grupos de vibrações, porém só são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve-se o componente aórtico em toda região precordial (principalmente foco aórtico), enquanto o ruído da pulmonar é auscultado em uma área limitada (foco pulmonar). Na inspiração, devido ao prolongamento da sístole ventricular (maior afluxo de sangue), o componente pulmonar sofre um retardamento, sendo possível perceber os 2 componentes. Esse fenômeno é chamado de desdobramento fisiológico da 2ª bulha. Por fim, a terceira bulha (B3) é um ruído protodiastólico de baixa frequência que se origina da vibração da parede ventricular distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido, ela pode ser causada pelo aumento da espessura da parede ventricular comum em pacientes com insuficiência cardíaca. É mais audível na área mitral com o paciente em decúbito lateral esquerdo.
Compartilhar