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Alimentação Saudável e Sustentável na Escola

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Alimentação Saudável e Sustentável na Escola 
INTRODUÇÃO 
Uma alimentação saudável é aquela que atende a todas as exigências 
do corpo, ou seja, não está abaixo nem acima das necessidades do 
nosso organismo. Além de ser fonte de nutrientes, a alimentação 
envolve diferentes aspectos, tais como valores culturais, sociais, 
afetivos e sensoriais. As pessoas, diferentemente dos demais seres 
vivos, ao alimentar-se, não buscam apenas suprir suas necessidades 
orgânicas de nutrientes. Não se “alimentam” de nutrientes, mas de 
alimentos palpáveis, com cheiro, cor, textura e sabor. Portanto, o 
alimento como fonte de prazer e identidade cultural e familiar 
também é uma abordagem importante para promover a saúde. 
Hortaliças, legumes ou verduras são termos agrícolas e culinários 
equivalentes, que se referem a plantas ou suas partes, geralmente 
consumidas por humanos como alimentos. A nomenclatura vem do 
plantio e colheita desses vegetais, que são realizados nas hortas. 
Uma alimentação saudável deve ser: 
 Variada: inclui vários grupos alimentares, a fim de fornecer 
diferentes nutrientes (por exemplo: cereais, frutas, 
hortaliças, carnes, laticínios e feijões); 
 Equilibrada: respeitando o consumo adequado de cada tipo 
de alimento (exemplo: deve-se comer mais frutas do que 
gorduras); 
 Suficiente: em quantidades que atendam e respeitem as 
necessidades de cada pessoa; 
 Acessível: baseada em alimentos in natura, produzidos e 
comercializados regionalmente (acessibilidade física), que 
são mais baratos do que alimentos industrializados 
(acessibilidade financeira); 
 Colorida: quanto mais colorida é a alimentação, mais 
adequada é em termos de nutrientes. Além de assegurar 
uma refeição variada, isso a torna atrativa, o que agrada 
aos sentidos, estimulando o consumo de alimentos 
saudáveis, como frutas, legumes e verduras, grãos e 
tubérculos em geral (tais como mandioca e batatas); 
 Segura: os alimentos não devem apresentar contaminantes 
de natureza biológica, física ou química ou outros perigos 
que comprometam a saúde do indivíduo ou da população. 
Assim, deve-se respeitar regras de higiene, procurando 
manusear e armazenar adequadamente todos os alimentos, 
descartando aqueles que possuem o prazo de validade 
vencido ou que estejam visivelmente estragados. 
Você pode observar que, ao falar de alimentação, não se deve 
pensar apenas em quantidade, mas também em qualidade. A 
quantidade de alimentos, como já mencionado, deve ser ingerida de 
maneira que não falte nem ultrapasse as necessidades de um 
indivíduo. Esse aspecto é importante, pois previne o aparecimento de 
doenças causadas tanto pela falta quanto pelo excesso de alimentos. 
Alimentação Consequência 
Excesso Obesidade 
Normal Saúde 
Insuficiente Desnutrição 
Em relação à qualidade, leva-se em consideração a ausência de 
contaminação e a composição nutricional de cada alimento, ou seja, quais 
são os nutrientes que aquele alimento pode oferecer ao corpo humano. 
 
Os nutrientes são compostos químicos que estão presentes nos alimentos e 
que podem ser aproveitados pelo nosso organismo para sua manutenção ou 
crescimento. Existem vários tipos de nutrientes que serão abordados 
posteriormente, mas em geral eles podem ser divididos da seguinte maneira: 
 Nutrientes não essenciais: são aqueles que podem ser produzidos 
pelo corpo humano a partir de outros compostos; 
 Nutrientes essenciais: o organismo humano não é capaz de 
produzi-los, sendo necessário obtê-los por meio da alimentação. 
O organismo humano encarrega-se de transformar os alimentos ingeridos 
em nutrientes pelo processo conhecido como digestão. Esse processo inicia-
se a partir do momento em que o alimento é colocado na boca e vai até a 
eliminação das partes não aproveitáveis pelo organismo. 
Para que possamos realizar nossas atividades diárias, nosso corpo precisa de 
energia. Caminhar, correr, carregar objetos, conversar e até mesmo 
atividades que não percebemos, como respirar, gastam energia. E de onde 
obtemos essa energia? Dos alimentos! O processo digestório permite a 
utilização da energia contida em alguns nutrientes. Todos os alimentos que 
comemos são transformados em nutrientes, mas nem todos os nutrientes 
se transformam em energia. 
 
Assim como a altura é medida em metros ou centímetros, a energia 
também possui uma medida. Essa medida de energia pode ser chamada de 
caloria, abreviada geralmente por cal ou kcal. Ela é o combustível utilizado 
pelo corpo humano para realizar atividades. Os nutrientes que oferecem 
energia, ou calorias, ao organismo são conhecidos como macronutrientes, 
são os carboidratos, as proteínas e os lipídios ou gorduras. A quantidade de 
energia fornecida por grama de cada macronutriente está na tabela a 
seguir: 
Nutriente Valor energético 
Carboidratos 4 kcal/g 
Proteínas 4 kcal/g 
Lipídios 9 kcal/g 
Existem também os micronutrientes que, apesar de não serem 
transformados em energia, são importantes para a realização de 
outros processos biológicos, como a visão, o crescimento, a 
formação óssea, a proteção e defesa do corpo etc. Antes de 
estudarmos os micronutrientes, que tal conhecer melhor os 
macronutrientes? 
MACRONUTRIENTES 
CARBOIDRATOS, OU AÇUCARES, OU 
GLICÍDIOS 
Possuem função principalmente energética. São utilizados pelos 
músculos para a realização de movimentos e são armazenados no 
fígado para manutenção da glicemia. 
Quando em excesso, os carboidratos são transformados em 
gorduras ou lipídios, a fim de economizar a energia excedente para 
situações em que o corpo realmente necessitar dela. Alterações no 
metabolismo da glicose podem ser indicativas de doenças. Veja, na 
tabela abaixo, exemplos de alimentos nos quais os carboidratos 
podem ser encontrados. 
Alimentos que são fontes de carboidratos 
São encontrados em maior quantidade nos 
alimentos de origem vegetal. 
Cana-de-açúcar, banana, pão, milho, arroz, 
macarrão, biscoitos, fubá, farinha, batata, 
mandioca, aveia, polvilho, cará, inhame, amido 
de milho. Também são encontrados nos doces, 
açúcar de mesa, mas esses carboidratos são do 
tipo "simples" que estarão diferenciados nos grupos 
de alimentos. 
PROTEÍNAS 
São nutrientes necessários para a formação de células e tecidos. São 
as proteínas que permitem o crescimento e desenvolvimento do 
corpo, e estão presentes nos músculos, ossos, cabelos, sangue, pele, 
entre outros. Assim como os tijolos desempenham a função 
estrutural de um prédio, as proteínas possuem, comparativamente, a 
mesma função no organismo humano. Onde podemos encontrar as 
proteínas? 
Origem vegetal Origem animal 
Feijão, soja, 
lentilha, grão de 
bico, ervilha. 
Carnes de boi, porco, aves, 
peixes e caças, ovos, leite, 
queijo, coalhada e iogurte. 
LIPÍDIOS OU GORDURAS OU ÓLEOS 
São fontes concentradas de energia, apresentando praticamente o 
dobro de calorias quando comparados aos outros dois 
macronutrientes. Quando encontrados no estado sólido, os lipídios 
são denominados gorduras (por exemplo: banha, toucinho) e quando 
se encontram no estado líquido são conhecidos como óleos (por 
exemplo: azeite de oliva, óleo de soja). Além da função energética, 
os lipídios são necessários para a formação de hormônios, proteção 
dos órgãos e transporte de alguns micronutrientes. Veja, na tabela 
abaixo, alguns alimentos que são fontes de lipídios: 
Origem vegetal Origem animal 
Óleo de soja, milho ou girassol; 
azeite de oliva, de dendê; 
margarina, chocolate, 
castanha de caju, castanha 
do Pará, abacate, óleos, 
amendoim. 
Manteiga, banha 
de porco, creme 
de leite, toucinho, 
bacon, torresmo. 
FIBRAS 
Representam um tipo especial de carboidratos que não fornecem 
energia, mas desempenham funções importantes em nosso 
organismo. As fibras alimentares originam-se exclusivamente de 
plantas e possuem diferentes propriedades físicas, químicas e 
fisiológicas. No corpo humano,elas chegam intactas ao nosso 
intestino, ou seja, passam sem serem digeridas por todo o processo 
digestório, e é no intestino que as fibras exercem sua função 
essencial de formar as fezes e colaborar em sua eliminação. Existem 
basicamente dois tipos de fibras, as solúveis e as insolúveis. Apesar 
de ambas auxiliarem o funcionamento do intestino, elas apresentam 
funções diferentes: 
 Fibras insolúveis: presentes nas folhas, nos grãos e cereais 
integrais, auxiliam na formação das fezes; 
 Fibras solúveis: presentes nas polpas de frutas, verduras e 
legumes, auxiliam na normalização da microbiota intestinal e 
auxiliam no controle dos níveis de gordura (colesterol) e 
açúcar no sangue. 
Podemos encontrar fibras nos seguintes alimentos: 
Solúveis Insolúveis 
Polpa de frutas (laranja, 
maçã), legumes ou 
hortaliças (cenoura, 
vagem, abóbora), farelos 
de aveia e leguminosas 
(feijão, soja, grão de bico, 
lentilha). 
Cereais integrais 
(arroz, trigo, 
milho), soja e 
casca das frutas 
(pera, ameixa), 
folhas. 
MICRONUTRIENTES 
VITAMINAS 
Estão presentes em diferentes tipos de alimentos (animais e 
vegetais) e auxiliam no crescimento, na proteção contra infecções e 
na manutenção da saúde. O corpo precisa de quantidades pequenas 
desses nutrientes, mas mesmo assim são indispensáveis. Por 
exemplo, quantidades adequadas de vitamina A asseguram que a 
nossa visão funcione normalmente, e de vitamina D, permitem a 
formação de ossos e dentes durante o crescimento. A falta e o 
excesso de vitaminas podem causar distúrbios nutricionais e 
problemas de saúde decorrentes da má nutrição. 
Vitamina Exemplo de função Fonte 
Vitamina A 
Bom funcionamento 
da visão. 
Gema de ovo, 
fígado bovino, 
abóbora. 
Vitaminas 
do 
Complexo 
B 
Funcionamento do 
sistema nervoso, 
metabolismo dos 
nutrientes e 
produção de células 
do sangue 
(hemácias). 
Carnes em geral, 
cereais integrais, 
fígado, brócolis, 
couve, espinafre, 
batatas, 
banana, 
abacate e 
outras hortaliças 
e frutas. 
Vitamina C 
Proteção e 
resistência à 
doenças. 
Laranja, limão, 
acerola, caju. 
Vitamina D 
Formação e 
desenvolvimento de 
ossos e dentes. 
Leite integral, 
manteiga, gema 
de ovo. 
Vitamina Exemplo de função Fonte 
Vitamina E 
Proteção e formação 
de células 
Carnes, 
amendoim, 
nozes. 
Vitamina K 
Possibilita a 
cicatrização de 
ferimentos 
Fígado, brócolis, 
couve, espinafre, 
ovos. 
MINERAIS 
Desempenham funções como manutenção do equilíbrio dos líquidos 
corporais (água, sangue, urina), transporte de oxigênio para as 
células, formação dos ossos, controle da contração muscular e dos 
batimentos cardíacos, transmissão de mensagens pelo sistema 
nervoso, entre outras. O corpo necessita de quantidades bem 
reduzidas desses nutrientes, mas eles só podem ser obtidos por 
meio da alimentação. 
A necessidade de minerais pode variar de acordo com o indivíduo: 
pessoas que praticam atividade física intensa podem eliminar grandes 
quantidades de minerais pelo suor e/ou pela urina, aumentando suas 
necessidades diárias; pessoas com problemas nos rins podem ter 
dificuldades para excretar alguns minerais, o que requer redução na 
sua ingestão. 
Macrominerais (em concentração igual ou superior a 100mg por dia): 
cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre. 
Microminerais (necessários em pequenas quantidades): ferro, cobre, 
cobalto, zinco, manganês, iodo, molibdênio, selênio, flúor e cromo. 
 
 
 
Minerais 
Exemplo de 
função 
Fonte 
Ferro 
Transporte do 
oxigênio que 
respiramos e 
formação de 
células do sangue. 
Carnes bovina, suína, 
frango, peixes, miúdos, 
leguminosas (feijão, 
soja), hortaliças 
(couve, espinafre, 
brócolis). 
Cálcio 
Movimento 
(contração) de 
músculos, 
formação e 
manutenção de 
ossos e dentes. 
Leite e derivados, 
couve, brócolis, salsa. 
Sódio 
Controle de 
quantidade de 
líquidos no corpo. 
Sal de cozinha, 
temperos e sopas 
industrializados. 
Potássio 
Transmissão de 
mensagens pelo 
sistema nervoso. 
Banana, melão, 
laranja, maçã, tomate, 
agrião e outras frutas e 
hortaliças. 
Iodo 
Formação de 
hormônios. 
Frutos do mar 
(camarão, mexilhão 
etc.), sal iodado de 
cozinha. 
ÁGUA 
É um dos principais componentes do corpo humano. Não oferece 
energia, mas está envolvida em praticamente todas as reações que 
ocorrem em nosso organismo, como o controle da temperatura, o 
transporte de nutrientes pelo sangue, a eliminação de substâncias 
pelo suor e/ou urina (ou limpeza/filtração do sangue), entre outras. É 
importante lembrar que a água está presente na maioria dos 
alimentos, mesmo que não seja visível, e é ela que permite a vida 
humana. O equilíbrio da água em nosso corpo também depende do 
ambiente e/ou situações cotidianas: em dias quentes ou aqueles em 
que praticamos esportes, devemos tomar mais água. 
Agora que conhecemos os componentes dos alimentos – os 
nutrientes – vamos refletir sobre os alimentos. É a escolha dos 
alimentos que irá determinar quais nutrientes serão fornecidos ao 
nosso corpo. Por exemplo: ao comer uma fruta, estaremos 
oferecendo carboidratos, fibras, vitaminas e minerais; e ao comer um 
pastel, estaremos oferecendo principalmente gorduras. 
Mas quais alimentos devemos escolher? Todas as pessoas devem 
comer os mesmos alimentos? A alimentação envolve aspectos 
culturais, financeiros e regionais; sendo assim, cada pessoa possui 
preferência por certos alimentos e rejeição por outros, ou seja, não 
existe uma fórmula rígida de alimentação saudável, ela deve ser 
construída a partir da realidade de cada indivíduo. Entretanto, por 
mais que se mudem os alimentos, os nutrientes são os mesmos e 
devemos usá-los a nosso favor para promover a saúde. O que se 
observa atualmente é a incidência de doenças decorrentes de uma 
alimentação inadequada. Com o intuito de ajudar a população a se 
alimentar melhor, o governo, por meio da Coordenação-Geral de 
Alimentação e Nutrição (CGAN), desenvolveu o Guia Alimentar para 
a População Brasileira. 
Esse guia detalha orientações a respeito de alimentos, nutrientes, 
hábitos saudáveis, incidência de doenças relacionadas à alimentação e 
outros assuntos, sendo bastante abrangente e completo. 
Além do guia elaborado pelo governo, existem outras ferramentas 
que podem auxiliar no planejamento de uma alimentação saudável. 
Por ser bastante didática, a pirâmide dos alimentos é largamente 
utilizada no Brasil. Essa pirâmide subdivide os alimentos em diferentes 
grupos e recomenda a ingestão de um número adequado de 
porções de cada um deles. A intenção é possibilitar uma alimentação 
equilibrada, respeitando a proporção quantitativa e qualitativa de todos 
os alimentos. 
Porções são quantidades médias de alimento que devem ser 
usualmente consumidas por pessoas sadias para compor uma 
alimentação saudável. Alguns exemplos de porções podem ser vistos 
na tabela a seguir. 
Alimento 
Porção (peso 
em gramas) 
Medida caseira 
Arroz branco 
cozido 
125,0 
4 colheres de 
sopa 
Pão francês 50,0 1 unidade 
Tomate 80,0 4 fatias 
Banana 86,0 1 unidade 
Feijão cozido 
(grãos e caldo) 
86,0 1 concha 
Bife grelhado 90,0 1 unidade 
Leite integral 182,0 
1 copo de 
requeijão 
Manteiga 9,8 
Metade de uma 
colher de sopa 
Por que os alimentos da pirâmide foram divididos em grupos? Cada 
grupo representa a fonte de nutrientes específicos. Vamos entender 
um pouco melhor, analisando-a de baixo para cima: 
 
 A base da pirâmide: é composta por alimentos que são 
fontes de carboidratos. Esta deve ser a principal fonte de 
energia das pessoas. Nesse grupo estão: pães, arroz, 
massas, cereais e tubérculos. 
 Segundo andar: formado por alimentos que são fontes de 
micronutrientes – vitaminas e minerais. Nesse patamar, 
encontramos alimentos de origem vegetal, como frutas 
(maçã, banana, mamão, melancia, entre outras) e hortaliças(cenoura, alface, tomate, abóbora, entre outras). 
 Terceiro andar: encontram-se aqui os alimentos que são, 
principalmente, fontes de proteínas. Além disso, o grupo 
das carnes (bovina, peixe e frango) garante a ingestão de 
ferro e o grupo dos leites e derivados assegura o 
consumo de cálcio. 
 Topo da pirâmide: contém os alimentos mais energéticos 
da alimentação humana, ou seja, aqueles que são ricos em 
gorduras e açúcares. Esses alimentos não possuem uma 
boa quantidade e/ou variedade de outros nutrientes, sendo 
chamados de alimentos fonte de “calorias vazias”, pois 
fornecem apenas energia – e muitas veze sem excesso. 
Note que o consumo desses alimentos deve ser reduzido, 
pois o excesso representa risco de obesidade. 
Os guias alimentares mencionados oferecem orientações gerais que 
se ajustam à maioria da população, mas nós sabemos que cada 
pessoa é diferente das outras: uma criança, por exemplo, come 
quantidades menores de alimentos quando comparada a um adulto; 
os homens, geralmente, comem mais do que as mulheres. Assim, é 
possível observar que a necessidade de nutrientes e de energia varia 
de acordo com diversos fatores: idade, sexo, peso, nível de atividade 
física (sedentário ou ativo), tipo de trabalho, presença de doenças, 
entre outros. Na pirâmide, por exemplo, o número de porções que 
uma pessoa deverá ingerir de cada grupo alimentar vai depender de 
todos os fatores citados, orientando-a sobre a melhor maneira de se 
alimentar. 
VÍDEO AULA 
Professora Ângela Menezes explicando que o módulo irá tratar da 
alimentação saudável e sustentável e que a professora Sabrina Alves 
será a assistente. 
Ela fala sobre os objetivos da aula, que são: entender o significado da 
alimentação saudável, sua importância para os alunos no ambiente 
escolar, composição e classificação dos alimentos e a pirâmide 
alimentar. A professora faz o questionamento: Você sabe o que é 
uma alimentação saudável? Você se alimenta de forma correta? Em 
seguida, o apresentador Jurací Júnior fala sobre o assunto 
alimentação saudável com a nutricionista Renata Marques. O 
apresentador pergunta se a alimentação saudável é a base para uma 
alimentação equilibrada. 
A nutricionista Renata fala que cada vez mais as pessoas estão tendo 
o cuidado com a alimentação, juntamente com a mudança de outros 
hábitos. Ela alerta para a questão individual, que muitas pessoas 
copiam a dieta dos outros, mas que não sabem qual a mais adequada 
para elas. Ela também alerta para os cuidados ao comprar os 
alimentos, principalmente sobre a composição deles, e que muitos 
por serem artificiais não nos fornecem os componentes da mesma 
forma que um alimento natural, como uma fruta. O apresentador 
convida para assistir um vídeo, onde a equipe foi para rua conversar 
com a população sobre o assunto. Na cidade de Cacoal, o repórter 
perguntou se as pessoas tinham uma alimentação saudável, e a 
grande maioria respondeu que sim. 
O apresentador pontuou que alguns entrevistados responderam 
sobre o custo da alimentação saudável, e a nutricionista respondeu 
que as pessoas podem utilizar o que já tem em casa, e apenas 
mudar a maneira de preparar, como por exemplo ao invés de fritar 
uma carne, ela pode refogar, o que é mais saudável. Ela ainda 
evidencia que as dietas podem ser adaptadas para a realidade da 
pessoa, seja em relação aos custos, quanto às próprias preferências 
da pessoa. O repórter e a nutricionista alertam para o 
acompanhamento médico, que é muito importante em qualquer 
processo de emagrecimento, para conhecer o seu corpo e o que 
você precisa. O repórter se despede. 
Agora a professora Ângela Menezes aponta sobre os entrevistados, 
ela fala sobre as pessoas que responderam que não tem o cuidado 
com a alimentação saudável, ela cita também as que afirmaram 
terem este cuidado. Ela fala com a professora Sabrina sobre a 
importância de dar os alimentos in natura para os alunos, a 
professora Sabrina enfatiza a necessidade de se ter uma nutricionista 
nas escolas e os cuidados com a alimentação dos alunos, pois a 
alimentação saudável ajuda no desenvolvimento físico, mental e na 
aprendizagem. Alimentação saudável é: aquela que atende a todas as 
exigências do corpo, envolve diferentes aspectos: culturais, afetivos, 
sensoriais e sociais, e que é a fonte de nutrientes. 
Uma alimentação saudável deve ser: Variada: inclui vários grupos 
alimentares, a fim de fornecer diferentes nutrientes (exemplo: 
cereais, frutas, hortaliças, carnes, laticínios e feijões); Equilibrada: 
respeita o consumo adequado de cada tipo de alimento (exemplo: 
deve-se comer mais frutas do que gorduras); Suficiente: em 
quantidades que atendam às necessidades de cada pessoa. A 
professora Sabrina reforça que a alimentação saudável deve ser 
equilibrada e suprir todas as suas necessidades, principalmente na 
fase infantil, onde o aluno precisa se alimentar corretamente. A 
alimentação saudável também deve ser: Acessível: baseada em 
alimentos in natura, produzidos e comercializados regionalmente 
(acessibilidade física), que são mais baratos do que alimentos 
industrializados (acessibilidade financeira); Colorida: quanto mais 
colorida é a alimentação, mais adequada em termos de nutrientes. 
Além de assegurar uma refeição variada, isso a torna atrativa, o que 
agrada aos sentidos, estimulando o consumo de alimentos saudáveis 
como frutas, legumes, verduras, grãos e tubérculos em geral 
(mandioca e batata). A professora Sabrina salientou a escolha por 
alimentos mais baratos, da sua região. 
A professora Ângela falou que isso também influencia na 
aceitabilidade por parte dos alunos, pois quando você oferece um 
alimento que o aluno já conhece, é mais fácil que ele aceite. Segura: 
os alimentos não devem apresentar contaminantes de natureza 
biológica, física ou química, ou outros perigos que comprometam a 
saúde do indivíduo ou da população. Deve-se respeitar as regras de 
higiene, manusear e armazenar adequadamente todos os alimentos, 
descartando aqueles que possuem o prazo de validade vencido ou 
que estejam visualmente estragados. A professora Ângela evidenciou 
os cuidados com a higiene, tanto os simples como lavar bem as 
mãos ao manusear os alimentos, como usar os equipamentos de 
proteção individual adequados. A professora Sabrina lembrou que 
todas essas informações que a professora Ângela citou, se 
enquadram nas boas práticas de manipulação de alimentos. A 
professora Ângela reforçou o cuidado com os rótulos, que quem for 
manusear deve ter muita atenção nas datas de validade. A 
quantidade de alimentos, como já mencionamos, deve ser ingerida 
de forma que não falte, nem ultrapasse as necessidades de um 
indivíduo. Este aspecto é importante pois previne o aparecimento de 
doenças causadas tanto pela falta, quanto pelo excesso de alimentos. 
Há uma tabela indicando que: quando a alimentação ocorre em 
excesso a consequência é a obesidade, quando ela ocorre em 
quantidade normal, a consequência é a saúde, e quando a 
alimentação é insuficiente, a consequência será a desnutrição. Em 
relação à qualidade, leva-se em consideração a ausência de 
contaminação e a composição nutricional de cada alimento, ou seja, 
quais são os nutrientes que aquele alimento pode oferecer ao corpo 
humano. Nutrientes: compostos químicos que estão presentes nos 
alimentos e que podem ser aproveitados pelo nosso organismo para 
a sua manutenção ou crescimento. Existem vários tipos de 
nutrientes, que podem ser divididos em: Nutrientes não essenciais: 
são aqueles que podem ser produzidos pelo nosso corpo, a partir de 
outros compostos. Nutrientes essenciais: o nosso organismo não é 
capaz de produzi-los, sendo necessário obtê-los por meio da 
alimentação. 
O organismo humano encarrega-se de transformar os alimentos 
ingeridos em nutrientes pelo processo conhecido como digestão. 
Para que possamos realizar nossas atividades diárias,nosso corpo 
precisa de energia. Caminhar, correr, carregar objetos, conversar e 
até mesmo atividades que não percebemos, como respirar, gastam 
energia. E de onde obtemos essa energia? Como isso acontece? Há 
uma ilustração do sistema digestório. O processo de alimentação 
começa pela cavidade bucal, onde ocorre a mastigação, a deglutição 
ocorre na faringe, o alimento passa para o esôfago, depois 
estômago, passa pelo intestino delgado, acontece a digestão, 
absorção e excreção. A energia também possui uma medida. Essa 
medida de energia pode ser chamada de caloria, abreviada 
geralmente por cal ou kcal. Ela é o combustível utilizado pelo corpo 
humano para realizar atividades; Os nutrientes que fornecem energia, 
ou calorias, ao organismo são conhecidos como macronutrientes, são 
os carboidratos, as proteínas e os lipídios ou gorduras. Há uma tabela 
com valor energético em calorias fornecido pelos macronutrientes: 
Carboidrato com o valor energético de 4Kcal/g. Proteínas com o 
valor energético de 4Kcal/g. Lipídios com o valor energético de 
9Kcal/g. Carboidratos, ou açúcares, ou glicídios: possuem função 
principalmente energética. 
São utilizados pelos músculos para a realização de movimentos e são 
armazenados no fígado para a manutenção da glicemia. Glicemia é a 
quantidade de glicose presente em nosso sangue. Glicose é o 
carboidrato utilizado em maior quantidade pelo nosso organismo. A 
professora Sabrina avisou sobre a necessidade de manter um 
equilíbrio, uma vez que o carboidrato em excesso vai sendo 
armazenado no corpo na forma de gordura, todos os grupos devem 
estar na nossa alimentação de maneira equilibrada. Há uma tabela 
com as fontes de carboidratos: São encontrados em maior 
quantidade nos alimentos de origem vegetal. Como cana-de-açúcar, 
banana, arroz, pão, milho, macarrão, biscoitos, fubá, farinha de 
mandioca, farinha de trigo, aveia, polvilho, batata, mandioca, cará, 
inhame, amido de arroz. Também são encontrados nos doces e no 
açúcar de mesa, mas estes carboidratos são do tipo “simples”, que 
estarão diferenciados nos grupos de alimentos. Proteínas: nutrientes 
necessários para a formação de células e tecidos. Permitem o 
crescimento e o desenvolvimento do corpo e estão presentes nos 
músculos, ossos, cabelos, sangue, pele entre outros. Há uma tabela 
com as fontes de proteína de origem vegetal: feijão, soja, lentilha, 
grão de bico, ervilha. E de origem animal: carnes de boi, porco, aves, 
peixes e caças, ovos, leite, queijo, coalhada e iogurte. Lipídios ou 
gorduras ou óleos: são fontes concentradas de energia apresentando 
praticamente o dobro de calorias quando comparados aos 
carboidratos e às proteínas. Encontrados no estado sólido, são 
denominados gorduras (por exemplo: banha ou toucinho). 
Encontrados no estado líquido, são conhecidos como óleos (exemplo: 
azeite de oliva, óleo de soja). Função energética: os lipídios são 
necessários para a formação de hormônios, a proteção dos órgãos 
e o transporte de alguns micronutrientes. Há uma tabela com os 
alimentos que são fontes de lipídios, de origem vegetal: óleo de soja, 
milho, girassol, azeite de oliva, dendê, margarina, chocolate, castanha 
de caju, castanha do Pará, abacate, óleos, amendoim. E de origem 
animal: manteiga, banha de porco, creme de leite, toucinho, bacon, 
torresmo. Fibras: representam um tipo especial de carboidratos que 
não fornecem energia, mas desempenham funções importantes em 
nosso organismo. Originam-se exclusivamente de plantas e possuem 
diferentes propriedades físicas, químicas e fisiológicas. Existem dois 
tipos de fibras: as solúveis e as insolúveis. Apesar de ambas auxiliarem 
o funcionamento do intestino, elas apresentam funções diferentes. 
Fibras insolúveis: presentes nas folhas, nos grãos e cereais integrais, 
auxiliam na formação das fezes. Fibras solúveis: presentes nas polpas 
de frutas, verduras e legumes, auxiliam na normalização da 
microbiota intestinal e auxiliam no controle dos níveis de gordura 
(colesterol) e de açúcar no sangue. 
A professora Sabrina enfatiza a importância das fibras, por terem 
tantas funções no organismo. Há uma tabela com as fontes de fibras: 
Solúveis: Polpa de frutas, legumes, hortaliças, farelos de aveia e 
leguminosas. Insolúveis: Cereais integrais, soja, casca de frutas e folhas. 
Micronutrientes: apesar de não serem transformados em energia, 
são importantes para a realização de outros processos biológicos, 
como visão, crescimento, formação óssea, proteção e defesa do 
corpo. Vitaminas: estão presentes em diferentes tipos de alimentos 
(animais e vegetais) e auxiliam no crescimento, na proteção contra 
infecções e na manutenção da saúde. O corpo precisa de 
quantidades pequenas desses nutrientes, mas mesmo assim são 
indispensáveis. Por exemplo: quantidades adequadas de vitamina A 
asseguram que a nossa visão funcione normalmente e de vitamina D, 
permitem a formação de ossos e dentes durante o crescimento. A 
falta e o excesso de vitaminas provocam distúrbios nutricionais e 
problemas de saúde decorrentes da má nutrição. 
Há uma tabela com as funções e fontes das vitaminas. Vitamina A: a 
função é o bom funcionamento da visão, e as fontes são gema de 
ovo, fígado bovino, abóbora. Vitaminas do complexo B: a função é o 
funcionamento do sistema nervoso, metabolismo dos nutrientes e 
produção de células do sangue (hemácias, e as fontes são: carnes 
em geral, cereais integrais, fígado, brócolis, couve, espinafre, batatas, 
banana, abacate, outras hortaliças e frutas. Vitamina C:a função é a 
proteção e resistência a doenças, e as fontes são laranja, limão, 
acerola, caju. Vitamina D: a função é a formação e desenvolvimento 
de ossos e dentes, e as fontes são leite integral, manteiga, gema de 
ovo. Vitamina E: a função é a proteção e formação das células e as 
fontes são carnes, amendoim e nozes. A vitamina K, a função é 
possibilitar a cicatrização de ferimentos, e as fontes são fígado, 
brócolis, couve, espinafre e ovos. Os minerais desempenham funções 
como manutenção do equilíbrio dos líquidos corporais (água, sangue, 
urina), transporte de oxigênio para as células, formação dos ossos, 
controle da contração muscular, dos batimentos cardíacos, 
transmissão de mensagens pelo sistema nervoso. O corpo necessita 
de quantidades bem reduzidas desses nutrientes, mas eles só podem 
ser obtidos por meio da alimentação. A necessidade de minerais 
pode variar de acordo com o indivíduo. 
Macrominerais (em concentração igual ou superior a 100mg por dia): 
cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre. 
Microminerais (necessários em pequenas quantidades): ferro, cobre, 
cobalto, zinco, manganês, iodo, molibdênio, selênio, flúor e cromo. 
 
Há uma tabela com as funções e fontes dos minerais. Ferro: 
transporte do oxigênio que respiramos e formação das células do 
sangue. Fontes: Carnes bovinas, suínas, frangos, peixes, miúdos, 
leguminosas como feijão e soja, e algumas hortaliças, couve, 
espinafre, brócolis. Cálcio: movimento (contração) de músculos e 
formação e manutenção de ossos e dentes. Fontes: leite e 
derivados, couve, brócolis e salsa. Sódio: Controle da quantidade de 
líquidos no corpo. Fontes: sal de cozinha, temperos e sopas 
industrializadas. Potássio: transmissão de mensagens pelo sistema 
nervoso. Fontes: banana, melão, laranja, maçã, tomate, agrião, outras 
frutas e hortaliças. Iodo: formação dos hormônios. Fontes: frutos do 
mar (camarão, mexilhão), sal iodado de cozinha. 
A água está presente na maioria dos alimentos, mesmo que não 
seja visível. Água: um dos principais componentes do corpo humano. 
Não oferece energia, mas está envolvida em praticamente todas as 
reações que ocorrem em nosso organismo. Quais alimentos 
devemos escolher? Todas as pessoas devem comer os mesmos 
alimentos? A alimentação envolve aspectos culturais, financeiros e 
regionais. incidência de doenças decorrentes deuma alimentação 
inadequada. A Coordenação-geral de alimentação e nutrição (CGAN) 
desenvolveu uma ferramenta: O guia alimentar para a população 
brasileira. Este guia serve como ferramenta para auxiliar no 
planejamento de uma alimentação saudável. Como outra ferramenta 
nós temos a Pirâmide alimentar, utilizada no Brasil: subdivide os 
alimentos em diferentes grupos e recomenda a ingestão de um 
número adequado de porções de cada um deles. A intenção é 
possibilitar uma alimentação equilibrada, respeitando a proporção 
quantitativa e qualitativa de todos os alimentos. Porções são 
quantidades médias de alimento que devem ser usualmente 
consumidas por pessoas sadias para compor uma alimentação 
saudável. 
Há uma tabela com a porção em gramas e medida caseira de alguns 
alimentos. Arroz branco cozido: 125g, corresponde a 4 colheres de 
sopa. Pão francês: 50g, corresponde a uma unidade. Tomate: 80g, 
corresponde a 4 fatias. Banana: 86g, corresponde a 1 unidade. Feijão 
cozido: 86g, corresponde a 1 concha. Bife grelhado: 90g, corresponde 
a 1 unidade. Leite integral: 182g, corresponde a 1 copo de requeijão. 
Manteiga: 9,8g, corresponde a meia colher de sopa. Por que os 
alimentos da pirâmide foram divididos em grupos? Cada grupo 
representa fontes de nutrientes específicos. Há uma ilustração da 
pirâmide alimentar, na base temos pães, cereais e tubérculos. Acima 
temos frutas e hortaliças. Acima temos leites e derivados, e 
leguminosas, e no topo temos óleos, gorduras, sementes, doces e 
açúcares. 
As professoras reforçam que quanto mais perto da base, mais 
devem ser consumidas as porções. A base da pirâmide é composta 
por alimentos que são fontes de carboidratos, no segundo andar 
temos alimentos que são fontes de micronutrientes (vitaminas e 
minerais), no terceiro andar, temos alimentos que são principalmente 
fontes de proteínas, e no topo, os alimentos mais energéticos, ou 
seja, ricos em gorduras e açúcares. A pirâmide está colorida (base e 
primeiro andar em verde, segundo andar em amarelo e terceiro 
andar em vermelho). A base e o primeiro andar são compostos por 
alimentos que devemos consumir em maiores quantidades, o 
segundo andar já exige um pouco de moderação e o topo pode 
chegar até a restrição. O volume da pirâmide também nos indica a 
proporção dos grupos de alimentos que devemos ingerir. Exemplo: 
deve-se comer mais pães e cereais do que doces ou manteiga, da 
mesma maneira a quantidade de carnes e leite deve ser inferior ao 
consumo de frutas e hortaliças. Atualmente está acontecendo uma 
inversão da pirâmide. A necessidade de nutrientes e de energia varia 
de acordo com diversos fatores: idade, sexo, peso, nível de atividade 
física (sedentário ou ativo), tipo de trabalho, presença de doenças 
entre outros. 
SISTEMA DISGESTÓRIO 
O sistema digestório é o sistema do corpo humano responsável por 
garantir o processamento do alimento que ingerimos, promovendo a 
absorção dos nutrientes nele contidos e a eliminação do material que 
não será utilizado pelo corpo. Esse processamento é garantido 
graças à ação dos vários órgãos que compõem o canal alimentar, 
bem como pela presença de glândulas acessórias, que sintetizam 
substâncias que são essenciais no processo de digestão. 
Os órgãos que compõem o sistema digestório são a boca, a faringe, 
o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o 
ânus. Já as glândulas acessórias desse sistema são as glândulas 
salivares, o pâncreas e o fígado. 
ÓRGÃOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
Os órgãos do sistema digestório são responsáveis por garantir a 
ingestão do alimento, sua digestão, absorção dos nutrientes e a 
eliminação do que não é necessário para o corpo. A seguir 
conheceremos melhor cada componente do sistema digestório, bem 
como seu papel no processo de digestão. 
 
 Boca 
A boca é o local onde a digestão começa. Nossos dentes promovem 
a digestão mecânica, garantindo que o alimento seja rasgado, 
amassado e triturado. Além da atuação dos dentes, o alimento na 
boca sofre a ação da saliva, a qual é secretada pelas glândulas 
salivares. A saliva contém a enzima amilase, também conhecida por 
ptialina, que promove o início da digestão dos carboidratos. 
A língua também é importante nessa etapa, garantindo que o 
alimento se misture à saliva e forme o chamado bolo alimentar. É a 
língua também que ajuda na deglutição do bolo alimentar, 
empurrando-o em direção à faringe. 
 Faringe 
Esse órgão é comum ao sistema digestório e respiratório, abrindo-se 
em direção à traqueia e ao esôfago. O bolo alimentar segue da 
faringe para o esôfago. 
 Esôfago 
É o órgão tubular e musculoso que conecta a faringe com o 
estômago. O bolo alimentar atinge o estômago graças às contrações 
do músculo liso que forma o esôfago. Essas contrações são 
chamadas de contrações peristálticas. 
 Estômago 
O estômago é o órgão dilatado do sistema digestório e está 
localizado logo abaixo do diafragma. Nesse órgão, o bolo alimentar 
sofre a ação do suco digestivo, chamado suco gástrico, que é a ele 
misturado graças à atividade muscular do órgão. Nesse momento, o 
bolo alimentar passa a ser chamado de quimo. 
O suco gástrico apresenta entre seus componentes a pepsina, que 
atua na digestão de proteínas, e o ácido clorídrico, que torna o pH 
do estômago baixo e promove a ativação da pepsina. Geralmente, o 
ácido clorídrico e a pepsina não causam irritação na parede do 
estômago, pois esta apresenta um muco que a reveste. Além disso, 
há a renovação constante das células que revestem o interior do 
estômago. 
 
 Intestino delgado 
Trata-se da porção mais longa do sistema digestório, apresentando 
cerca de 6 m de comprimento. Possui três segmentos: o duodeno, o 
jejuno e o íleo. Nessa porção do sistema digestório, a digestão é 
finalizada e há absorção de nutrientes. O órgão é responsável pela 
maior parte do processo de digestão. 
Na primeira porção, chamada de duodeno, o quimo, vindo do 
estômago, sofre a ação das secreções pancreáticas (suco 
pancreático), da bile e de secreções produzidas pelo próprio intestino 
delgado (suco entérico ou intestinal). A secreção pancreática, rica em 
bicarbonato, ajuda a neutralizar a acidez do quimo. Além disso, 
apresenta enzimas diversas, como a tripsina e a quimiotripsina, que 
atuam nas proteínas. 
A bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, atua 
como emulsificante, facilitando a digestão dos lipídios. Já a secreção 
produzida pelo intestino delgado é rica em enzimas, como a 
aminopeptidase (atua nos aminoácidos), nucleosidases e fosfatases 
(agem nos nucleotídeos). 
O jejuno e íleo, as porções seguintes do intestino delgado, atuam, 
principalmente, na absorção de nutrientes, graças à presença de 
vilosidades e microvilosidades. As vilosidades são dobras no 
revestimento do intestino, enquanto as microvilosidades são 
projeções nas células epiteliais da vilosidade. 
 Intestino grosso 
Com cerca de 1,5 m de comprimento, esse órgão é responsável 
pela absorção de água e formação da massa fecal. Além disso, 
divide-se em ceco, cólon e reto. No ceco, observa-se uma projeção 
chamada de apêndice, bastante conhecida por sua inflamação 
(apendicite). O reto termina em um estreito canal – chamado de 
canal anal –, o qual se abre para o exterior no ânus, por onde as 
fezes são eliminadas. 
GLÂNDULAS ACESSÓRIAS DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
As glândulas acessórias do sistema digestório liberam secreções que 
participam do processo de digestão. São elas: 
Glândulas salivares: responsáveis pela produção da saliva, uma 
substância rica em água, mas que também apresenta outros 
componentes, como enzimas e glicoproteínas. A saliva ajuda a 
lubrificar o bolo alimentar e também possui ação antibacteriana. 
Pâncreas: glândula mista, ou seja, possui funções endócrinas e 
exócrinas. Sua porção exócrina é responsável pela produção do 
suco pancreático, que apresenta uma série deenzimas que atuam 
na digestão, além de bicarbonato, que neutraliza a acidez do quimo. A 
porção endócrina do pâncreas é responsável pela produção dos 
hormônios insulina e glucagon. 
Fígado: segundo maior órgão do corpo humano, perdendo apenas 
para a pele. Atua em diversas funções no organismo, porém, na 
digestão, seu papel é garantir a produção da bile, uma substância 
que é armazenada na vesícula biliar e, posteriormente, é lançada no 
duodeno. A bile atua na emulsificação de gorduras, funcionando 
como uma espécie de detergente, facilitando a ação das enzimas 
responsáveis pela quebra de gordura. 
RESUMO SOBRE O SISTEMA DIGESTÓRIO 
O sistema digestório atua no processamento do alimento, garantindo 
a absorção dos nutrientes importantes para o corpo. 
O sistema digestório é formado pela boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Fazem também 
parte desse sistema as seguintes glândulas acessórias: glândulas 
salivares, pâncreas e fígado. 
A digestão inicia-se na boca, com a ação da saliva e dos dentes. 
O bolo alimentar segue para a faringe, para o esôfago e atinge o 
estômago, onde sofre a ação do suco gástrico e transforma-se em 
quimo. 
O quimo chega ao intestino delgado e sofre a ação de secreções 
produzidas pelo próprio intestino delgado, pâncreas e fígado. No 
intestino delgado, ocorre grande absorção de nutrientes. 
No intestino grosso, há a formação das fezes, que são eliminadas 
para o meio externo pelo ânus. 
DESMISTIFICANDO A ALIMENTAÇÃO 
SAUDÁVEL 
A alimentação saudável deve ser composta por diferentes alimentos 
para se obter a maior variedade de nutrientes possível. Não basta 
comer apenas frutas e hortaliças/verduras, senão os vegetarianos 
seriam sempre mais saudáveis do que as outras pessoas. Sabe-se, 
então, que o importante é estabelecer um equilíbrio na ingestão dos 
alimentos: moderar no consumo de doces, frituras e alimentos ricos 
em gorduras e dar preferência a alimentos naturais, frescos, 
principalmente de origem vegetal. 
A alimentação saudável pode ser muito acessível, basta planejar quais 
alimentos devemos comprar e quais devemos evitar. Façamos, 
então, uma comparação de refeições com quantidades calculadas 
para uma pessoa. Em cada caso, apresentaremos uma opção 
saudável e outra não saudável, mostrando a quantidade de energia 
(calorias) e o valor monetário (custo) de cada uma. 
CAFÉ DA MANHÃ 1 
Alimento 
Quantidade 
(peso g) 
Medida 
caseira 
Preço 
(R$) 
Valor 
energético 
(kcal) 
Pão 50g 
 1 
unidade 
0,25 135 
Manteiga 10g 
1/2 
colher 
de sopa 
0,15 90 
Laranja 180g 
1 
unidade 
0,25 97 
Leite 150g 3/4 copo 0,30 88 
Café com 
açúcar 
50g 
1/4 de 
copo 
0,10 33 
Alimento 
Quantidade 
(peso g) 
Medida 
caseira 
Preço 
(R$) 
Valor 
energético 
(kcal) 
Total 440g - 1,05 443 
Na refeição acima, podemos observar que todos os alimentos 
utilizados são bastante comuns e podem ser adquiridos em qualquer 
época do ano. É importante saber que é possível tornar esse 
mesmo cardápio ainda mais barato. Como? Utilizar as frutas da 
estação é uma boa opção, pois elas apresentam preços mais baixos. 
Além disso, é possível variar essa refeição substituindo o pão por 
algum outro alimento regional que pertença ao mesmo grupo (de 
cereais, pães, massas), como farinha de cuscuz, tapioca, broa de 
milho ou fubá, maisena etc. 
A decisão a respeito da aquisição de alimentos em sua escola 
dependerá da maneira como sua cidade/município participa do PNAE 
(Programa Nacional de Alimentação Escolar). As escolas podem 
receber verba e se tornam responsáveis pela aquisição de alimentos 
ou podem receber, diretamente, alimentos já adquiridos pelo órgão 
responsável (prefeitura). Nesta segunda modalidade, a escolha dos 
alimentos está um pouco mais distante da escola, sendo assim, as 
medidas de redução de custos deverão ser realizadas pela entidade 
responsável. 
Assim como na escola, as medidas para redução de custos das 
refeições podem, e devem, ser utilizadas em nossas casas. Devemos 
ter uma alimentação saudável e barata não apenas na escola, mas 
em todos os lugares que frequentamos: casas, restaurantes, feiras, 
creches etc. Além do preço, o café da manhã apresentado mostra 
que é possível realizar uma refeição gostosa e saborosa, e, lembre-
se, frutas, cereais, leite e derivados são altamente recomendados 
para fazer parte dessa refeição, tanto pelo sabor quanto pela saúde. 
Que tal vermos agora um café da manhã que não é saudável? 
CAFÉ DA MANHÃ 2 
Alimento 
Quantidad
e (peso g) 
Medida 
caseira 
Preç
o 
(R$) 
Valor 
energétic
o (kcal) 
Biscoito 
recheado 
65g 
4 
unidades 
1,00 290 
Pão de 
queijo 
50g 
5 
unidades 
pequena
s 
0,90 140 
Refrigerant
e 
350mL 1 lata 2,00 140 
Total 440g - 3,90 598,00 
Em comparação com a primeira refeição, você saberia dizer por 
que esta não é saudável? Vamos a algumas explicações: 
Apresenta muitos alimentos industrializados, que possuem menor 
variedade de nutrientes do que os alimentos in natura e contêm 
aditivos químicos, assunto que abordaremos na próxima unidade; 
Possui mais energia do que a outra, ou seja, acréscimo superior a 100 
kcal “vazias”. O consumo frequente de refeições ou alimentos muito 
calóricos, ou seja, que têm muita energia, pode levar ao aumento de 
peso e, consequentemente, à obesidade e outras doenças, como 
diabetes e hipertensão; 
Não contempla alimentos regionais, deixando de incentivar a 
agricultura e o comércio locais. Dessa maneira, a refeição torna-se 
mais cara, pois os produtos utilizados foram trazidos de outras 
cidades. As despesas para armazenamento e transporte desses 
alimentos de uma cidade para outra são repassadas para o preço 
final do produto, que é o preço que pagamos como consumidores. 
Agora que já vimos algumas diferenças entre uma refeição saudável 
e uma não saudável, é importante lembrar que independentemente 
da refeição, devemos respeitar o conceito de alimentação 
equilibrada: qual é a proporção de alimentos que devemos comer? 
Já pensou em comer mais presunto ou manteiga do que frutas? Ou 
mesmo comer alimentos saudáveis numa quantidade duas vezes 
maior do que a nossa necessidade ou nosso apetite? Isso não seria 
correto e poderia, futuramente, acarretar problemas de saúde. 
Utilizamos o café da manhã para ilustrar como a alimentação pode 
ser saudável e barata. E se quiséssemos fazer o mesmo com o 
almoço? Como você faria um almoço com essas características? 
Utilizaria alimentos regionais? Vejamos, novamente, alguns exemplos: 
ALMOÇO 1 
Alimento 
Quantidade 
(peso g) 
Medida 
caseira 
Preço 
(R$) 
Valor 
energético 
(kcal) 
Arroz 90g 
2 colheres 
de sopa 
cheias 
0,30 150 
Feijão 65g 
1 concha 
pequena 
0,30 45 
Carne 
moída 
60g 
1 colher 
de sopa 
cheia 
0,70 120 
Alface 20g 
2 folhas 
médias 
0,10 4 
Tomate 30g 
2 fatias 
médias 
0,10 7 
Mexerica 80g 
1 unidade 
média 
0,50 40 
Total 345g - 2,00 366 
A refeição que demos como exemplo é bastante simples e utiliza 
alimentos disponíveis em praticamente todas as regiões do País. 
Como sobremesa, adotamos uma fruta que possui sabor adocicado e 
fornece bons nutrientes para o corpo, complementando o almoço 
saudável. Em geral, devemos lembrar-nos de aplicar as mesmas 
regras que aprendemos ao analisar o café da manhã: utilizar 
predominantemente alimentos in natura, aproveitar frutas e hortaliças 
da estação, dar preferência para alimentos regionais e montar uma 
refeição com diferentes grupos de alimentos (cereais, leguminosas, 
hortaliças, frutas etc.). 
 
Vejamos, agora, um exemplo de almoço não saudável: 
ALMOÇO 2 
Alimento 
Quantidade 
(peso g) 
Medida 
caseira 
Preço 
(R$) 
Valor 
energético 
(kcal) 
Arroz 90g 
2 colheres 
de sopa 
cheias 
0,30 150 
Feijão 65g 
1 concha 
pequena 
0,30 45 
Farinha 30g 
2 colheres 
de sopa 
cheias 
0,10 120 
Alimento 
Quantidade 
(pesog) 
Medida 
caseira 
Preço 
(R$) 
Valor 
energético 
(kcal) 
Bife frito 100g 
1 unidade 
média 
1,15 230 
Batata 
frita 
50g 
2 colheres 
de sopa 
cheias 
0,30 140 
Doce de 
leite 
15g 
1 colher de 
sobremesa 
rasa 
0,25 43 
Total 350g - 2,40 728 
Nesta refeição, é possível observar que o valor energético, ou seja, 
a quantidade de calorias, é quase o dobro daquele encontrado no 
primeiro exemplo. Isso acontece porque essa refeição possui dois 
alimentos fritos e um doce. Ao fritar um alimento, este incorpora 
parte do óleo utilizado no processo de fritura e, conforme discutido 
anteriormente, os óleos pertencem ao grupo dos lipídios, que são 
nutrientes que fornecem grandes quantidades de energia/calorias 
para o nosso corpo. Observe que além das frituras, como 
sobremesa, foi utilizado um doce. Os doces são, em geral, alimentos 
que fornecem predominantemente carboidratos, ou seja, açúcares, 
para o nosso organismo. Como os carboidratos possuem função 
energética, somaram-se ainda mais calorias à refeição. 
Algumas observações importantes que devemos fazer em relação a 
essa refeição: 
Arroz, farofa e batata pertencem ao mesmo grupo de alimentos 
(cereais, pães e tubérculos), fornecendo nutrientes bastante 
semelhantes e intensificando o excesso de energia/calorias; 
Não há frutas ou hortaliças, alimentos que são fontes de nutrientes 
importantes, como vitaminas e minerais; 
Não há alimentos regionais, que auxiliam a economia e o 
desenvolvimento locais; 
Grande diferença entre os preços de alimentos in natura e 
industrializados, em geral, mais caros. 
Nós já sabemos quais as consequências de uma alimentação 
inadequada, em que o consumo excessivo pode levar ao 
desenvolvimento de doenças. Assim, esta refeição, por apresentar 
uma elevada quantidade de energia ou calorias, não pode ser 
considerada saudável. O consumo frequente de refeições como esta 
leva ao aumento de peso e pode comprometer a saúde. 
Comer bem e barato é uma atitude que ajuda a todos, melhorando a 
sua saúde, cuidando do seu dinheiro e estimulando a economia e a 
agricultura locais. 
VÍDEO AULA 
O conteúdo do vídeo é apresentado através de diversas formas, 
sendo elas imagens, tabelas, oratória e os principais conceitos 
escritos. 
Professora Ângela: hoje, unidade 2, com o tema: desmistificando a 
alimentação saudável. Temos como professores formadores a 
professora Ângela Socorro Prestes de Menezes e a professora 
Sabrina Alves, que é nossa assistente. Ambas são bacharel em 
nutrição. O objetivo da nossa aula hoje é, primeiramente, entender 
os benefícios de uma alimentação saudável. Também avaliar o custo-
benefício entre a alimentação saudável e a alimentação industrializada. 
Atentar para a diferença entre o valor calórico e o valor nutricional 
dos alimentos naturais e industrializados. E compreender o processo 
de seleção de cardápios mais saudáveis para oferta da alimentação 
escolar e, por último, compreender também as consequências de 
uma alimentação inadequada. 
Neste módulo, nós daremos sequência ao que foi falado na nossa 
unidade anterior. Estaremos vendo como temos que fazer para 
darmos continuidade a uma alimentação saudável. Lembrando que é 
imprescindível que se faça um equilíbrio nessa alimentação, porque 
não compensa você comer mais de um alimento do que de outro. É 
muito importante ressaltar que haja um equilíbrio nessa alimentação, 
lembrando também que um prato colorido é um prato mais 
diversificado a nível nutricional. Ele vai ter com certeza uma variedade 
de nutrientes muito maior. A pergunta que o módulo nos faz é: é 
possível comer sem gastar muito? Você já se fez essa pergunta? 
Faço agora: é possível comer bem sem gastar muito dinheiro? Nesta 
unidade, nós veremos que a alimentação saudável também pode 
estar acessível. Nesta unidade nós faremos comparações de 
refeições com quantidades calculadas para uma pessoa. Nós teremos 
como base as diferenças desses cardápios. 
Observaremos também que em cada caso nós apresentaremos uma 
opção saudável e a outra não saudável. Veja bem, não saudável 
mostrando a quantidade de energia, ou seja, quantidade de calorias e 
o valor monetário, ou seja, a diferença, nível calórico e diferença de 
custo entre ambos os cardápios. Primeiro exemplo: o café da manhã. 
Lembrando que esse é um exemplo que diz, nos mostra as 
quantidades. Olha só, em gramas, medidas caseiras, o custo e o valor 
energético. Nesse quadradinho, estamos salientando o alimento. Aqui 
é a quantidade do alimento, o que esse alimento corresponde em 
medida caseira, o preço, esse alimento por pessoa e o valor 
energético. Nós temos o pão que corresponde a 50 gramas. Essas 
50 gramas correspondem à uma unidade, o preço referente é 0,25 
centavos e o valor energético 135 calorias. O outro alimento é a 
manteiga, com 10 gramas, que corresponde aproximadamente meia 
colher de sopa, o custo 0,25 e o valor energético 90. A laranja, 180 
gramas, que corresponde a uma unidade, com 0,25 de preço, o 
custo e seu valor energético de 97 kcal. O leite é imprescindível 
num café da manhã, com 150 gramas, três quartos de um copo, 
R$0,30 e 88 de valor energético. O café com açúcar que é muito 
comum também nas mesas, 50 gramas, que corresponde a um 
quarto de copo e o seu custo por pessoa 0,10, equivalente a 33kcal. 
Chegando no final dessa tabela aqui, nós podemos verificar que o 
custo, ou seja, esse preço aqui que está expresso e referente a 
essas quantidades, no final ele totaliza um real e cinquenta centavos, 
o valor energético 443 kcal. 
O que nós observamos é que todos esses alimentos utilizados são 
bastante comuns nas mesas e podem ser adquiridos em qualquer 
época do ano. É importante também saber que é possível tornar 
este mesmo cardápio, ou seja, esse mesmo café da manhã ainda 
muito mais barato. Por exemplo, as frutas da estação são boas 
opções, porque quando elas estão na safra apresentam preços mais 
baixos e, consequentemente, o custo final do cardápio vai ser menor. 
Observamos que é possível variar essa refeição substituindo o pão 
por algum outro alimento regional, lembrando que se tratando da 
alimentação escolar é muito importante que nós façamos isso, 
possamos dar opções para que possam ser substituídos esses 
alimentos, priorizando os alimentos regionais que pertencem ao 
mesmo grupo. Por exemplo, os cereais, pães e massas como farinha 
de cuscuz, tapioca, broa de milho ou fubá e maisena. Quando se 
prioriza esses alimentos regionais, a gente fortalece a agricultura 
familiar e a cultura e economia local também. Se tratando de 
aquisição de alimentos, se no seu município ela é feita pela prefeitura 
ou pelo Estado, procure se informar sobre quem planeja e decide a 
respeito das compras dos alimentos em seu município. Lembrando 
que cada município adota um sistema de compra que nós veremos 
nos módulos seguintes. 
A decisão a respeito da aquisição de alimentos em sua escola 
dependerá da maneira como se usa, ou seja, a cidade onde o 
município participa do PNAE (Programa Nacional de Alimentação 
Escolar). Existem municípios que têm um sistema centralizado, outros 
descentralizados. Isso depende de como esse município ou essa 
cidade participa do nosso Programa Nacional de Alimentação Escolar. 
Lembrando que muitas escolas têm um sistema descentralizado, que 
é justamente quando elas recebem a verba e tornam-se 
responsáveis pela aquisição desses alimentos ou até mesmo, em 
alguns casos, elas podem receber diretamente alimentos já 
adquiridos pelo órgão responsável. Em caso que a escola seja o 
responsável para aquisição, para compra dessa merenda, é 
importante ressaltar que ela tem que fazer a seleção dos cardápios 
baseada na aceitabilidade das crianças, dando preferência para as 
preparações que tenham mais legumes, verduras e frutas. 
Lembrando que preparações que contenham suco de fruta ela 
também pode oferecer a fruta. Cardápiosque contém leite, que é 
justamente para ter uma diversificação de nutrientes nessa 
preparação. 
Quando a escola recebe diretamente os alimentos já adquiridos pelo 
órgão responsável, a escolha destes alimentos fica um pouco mais 
distante, ou seja, a escola não seleciona o que ela quer, porque é 
repassado. Sendo assim, as medidas de redução de custos deverão 
ser realizadas pela entidade responsável. Assim como na escola, as 
medidas para a redução de custos das refeições podem e devem 
ser utilizadas também em nossa casa. Não é só na escola que 
devemos fazer essa redução de custos. Obviamente fazendo essa 
redução de custos mais com produtos de qualidade e questão de 
preços, que não estejam nem acima nem abaixo do mercado, que 
estejam em um patamar que seja praticado. Podemos também fazer 
essa redução de custos na nossa casa. Devemos ter uma 
alimentação saudável e barata não apenas na escola, mas em todos 
os locais que frequentamos: casas, restaurantes, feiras e creches. 
Além do baixo custo, o café apresentado mostra que é possível 
realizar uma refeição gostosa e principalmente saborosa. 
Lembrando que valorizar a cultura alimentar local é uma forma de 
você também fazer com que essa refeição seja saborosa e deixar 
essa cultura continuar. É uma forma de fazer com que as crianças 
aceitem aquele alimento, porque se eu estou em uma determinada 
escola, eu faço uma seleção de cardápios daquela bateria ou daquela 
seleção de candidatos, eu preparo aquela alimentação. Se eu não 
fizer essa pesquisa junto aos alunos, obviamente pode haver um 
desperdício. Muitas crianças poderão não aceitar, justamente por não 
fazer parte dessa cultura. Lembre-se que frutas, cereais, leites e 
derivados são altamente recomendados para fazer parte dessa 
refeição, tanto pelo sabor quanto pela saúde. Antes de ver o 
segundo exemplo de café da manhã, eu quero perguntar à 
professora Sabrina se ela quer ressaltar alguma consideração a 
respeito do que foi falado. 
Professora Sabrina: É importante ressaltar que consumir alimentos da 
época é também uma boa opção para quem quer ganhar em 
qualidade e economia. Para você saber quais são os alimentos da 
época, você também pode consultar a tabela de safras pela internet. 
Assim, você vai estar pagando bem mais barato e vai ser uma 
economia maior para o seu bolso. 
Professora Ângela: Professora, com relação à substituição de alguns 
alimentos. Por exemplo, nós temos o pão que pode ser substituído 
por uma tapioca, que também é regional. Substituir por alguns 
alimentos do mesmo grupo, conforme falamos na pirâmide. 
Professora Sabrina: Fazer pequenas substituições por alimentos do 
mesmo grupo também é uma forma de priorizar os alimentos da 
região. 
Professora Ângela: Agora nós vamos ao exemplo de café da manhã 
que não é saudável. Lembrando também que este exemplo de café 
da manhã contém quantidade em gramas, medidas caseiras, o custo 
e o valor energético deles, da mesma forma do outro. Alimento, 
quantidade em gramas e medida caseira que corresponde aquele 
alimento, o preço e valor energético. Nós temos aqui um biscoito 
recheado correspondendo a 65 gramas, que em medidas caseiras 
quer dizer 5 unidades desse biscoito, um o preço de 1 real e o valor 
energético 290 kcal. Um pãozinho de queijo de 50 gramas, 
aproximadamente 4 unidades pequenas, R$0,90 e 140 kcal. O 
refrigerante, 350 ml que corresponde a uma latinha de refrigerante, 
o custo desse refrigerante é R$2,00 e o valor energético 140. No final 
quando se faz a somatória, todos esses alimentos, com relação ao 
custo, eu vou ter R$3,90. 
Esse é um exemplo do nosso modo, lembrando que esse custo vai 
ser bem relativo. Geralmente, se procurar pesquisar em um local, vai 
ser um preço e em outro local vai ser de outro. É muito flexível e 
no final o valor energético 570 calorias. Vocês viram a diferença, 
tanto em custo quanto valor energético do primeiro café da manhã 
para esse segundo. Vamos ver, vamos fazer essa comparação. Olha 
só, em comparação com a primeira refeição, você saberia dizer por 
que a segunda não é saudável? Olha a interrogação aqui! Ela 
apresenta muitos alimentos industrializados que possuem menor 
variedade de nutrientes em comparação com os alimentos in natura 
e contém aditivos químicos. Nós sabemos que todos os alimentos 
industrializados possuem aditivos químicos, que é para questão de 
conservação maior do alimento. Possui também muito mais energia 
do que a primeira preparação, ou seja, do que o primeiro exemplo. 
Também existe um acréscimo muito superior a 100 calorias, o que 
geralmente nós costumamos dizer que são chamadas de calorias 
vazias. Não é isso, professora Sabrina? 
Professora Sabrina: Isso mesmo! Você pode fazer essa comparação 
também até na sua própria rotina. Experimente comprar alimentos 
mais saudáveis e alimentos não saudáveis, e comparar qual que tem 
um melhor custo benefício para você. 
Professora Ângela: Isso mesmo, vamos continuar! Café da manhã 1 e 
café da manhã 2. O consumo frequente de refeições e alimentos 
muito calóricos, com certeza, ele possui muito mais energia e pode 
levar ao aumento de peso e consequentemente a obesidade e 
outras doenças, como diabetes e hipertensão. Essas palavrinhas aqui 
vocês verão com certeza muitas vezes aqui, tanto da minha aula 
quanto na aula da professora Carolina. São pontos importantíssimos 
que nós vamos sempre estar nos referindo. O cardápio, esse 
segundo cardápio não contempla alimentos regionais, deixando com 
certeza de incentivar a agricultura e o comércio local. Nós 
entendemos que a alimentação escolar deve ser variada, deve ser 
diversificada em quantidade, qualidade e custo. Quanto mais colorida, 
com certeza mais diversificada a nível nutricional. 
Dessa maneira, a refeição torna-se mais cara, pois os produtos 
utilizados foram trazidos de outras cidades. As despesas para o 
armazenamento e transporte desses alimentos de uma cidade para 
outra são repassados para o custo final do produto, que é o preço 
que pagamos como consumidores. Obviamente quando ele vem de 
outras cidades, são produtos industrializados, foram agregados 
preços. Por isso que quando nós consumidores vamos ao 
supermercado nós sentimos essa diferença no nosso bolso, o custo 
é mais elevado. Qual a diferença entre refeições saudáveis e não 
saudáveis? É importante lembrar que independentemente da 
refeição, nós devemos respeitar o conceito de alimentação 
equilibrada. Aí se questiona: Qual a proporção de alimentos que nós 
devemos comer? 
O módulo questiona: Devemos comer mais presunto ou manteiga do 
que fruta? Devemos comer alimentos saudáveis em uma quantidade 
duas vezes maior do que a nossa necessidade ou nosso apetite? 
Claro que não! Nós sabemos que tudo que é em demasia 
obviamente faz mal. É a questão do equilíbrio, fazer o equilíbrio no 
consumo desses alimentos, priorizando os alimentos in natura para 
evitar possíveis e futuras doenças ou consequências mais graves. 
Bem, aí se questiona: Isso seria correto ou futuramente acarretaria 
problemas de saúde, professora Sabrina? 
Professora Sabrina: Além do equilíbrio, um fator importante que a 
gente deve considerar também é a questão da harmonia dos 
alimentos entre si, a combinação é um fator muito importante. Por 
exemplo, eu acho que você já passou por alguma situação. Você 
conhece determinada pessoa que tem o hábito de consumir 
juntamente com almoço leite ou vitamina né? Não é uma 
combinação interessante, justamente porque no leite nós temos o 
cálcio e no almoço, na refeição do almoço, temos o ferro contido na 
carne, no feijão. São dois nutrientes que competem entre si: o cálcio 
diminui a biodisponibilidade do ferro. Você atentar para a questão de 
combinação da harmonia e do equilíbrio do alimento também é um 
fator importante, né professora? 
Professora Ângela: Isso, professora! Só para nós esclarecemos para 
os nossos alunos. Umarefeição em que eu tenha carne, por 
exemplo, tem ferro e se eu decidir tomar leite. Não é recomendado 
isso, para que eles entendam, porque um vai impedir que o outro 
seja absorvido. 
Professora Sabrina: Isso mesmo! 
Professora Ângela: Então, a biodisponibilidade seria… explique para 
eles! 
Professora Sabrina: Seria um nutriente que esteja disponível. Por 
exemplo, o ferro está disponível na carne e no feijão, e o cálcio está 
disponível no leite. Um nutriente compete com o outro pela 
absorção do nosso organismo, o cálcio diminui a disponibilidade do 
ferro. Leite, feijão e carne são alimentos que não são indicados para 
o consumo junto. 
Professora Ângela: Junto né? Se não, sempre vai ficar com aquela... 
Professora Sabrina: Questão de harmonia mesmo da alimentação. 
Professora Ângela: “Tá” certo! Como fazer o almoço com essas 
características? Devemos utilizar alimentos regionais? Vejamos 
novamente alguns exemplos. Nós vimos o exemplo café da manhã 1 
e o 2. Todos os 2 diferentes, tanto a nível de alimentos quanto a 
nível de custo e quanto a valores energéticos. Vimos que existe uma 
diferença muito grande nesses valores. Nós vamos ver aqui, agora, o 
exemplo e que é justamente o do almoço com as mesmas 
quantidades em gramas, medidas caseiras, custo e valor energético. 
O quadrinho do alimento e o alimento em quantidade, a medida 
caseira, o preço e o valor energético que corresponde ao alimento. 
Olha só o arroz, nosso carro chefe com 90 gramas, que 
corresponde a 2 colheres de servir cheia, e o custo 0,30 e o seu 
valor energético 150. O feijão também é muito cotado, muito 
apreciado, com 65 gramas, que corresponde a 1 colher pequena, 30 
centavos e 45 kcal. A nossa carne moída que é tão bem aceita 65 
gramas por pessoa e uma colher de servir cheia, que corresponde a 
R$0,70 e a 120 calorias. Alface, olha aqui o movimento regional, 20 
gramas, corresponde a 2 colheres médias e R$0,10 com 4 de valor 
energético. Tomate, 30 gramas, 2 fatias médias, R$0,10 e tem 7 de 
valor energético. Uma mexerica como sobremesa corresponde a 80 
gramas, a unidade média sendo com 50 centavos e 40 de valor 
energético. Vejam bem que existe um, dois, três, quatro, cinco, seis 
itens que contemplam este exemplo de cardápio, um almoço. Só 
que no final o seu custo chega a 2 reais, e quando chega no final do 
seu valor energético ele corresponde a 366 kcal. Vejam bem todos 
esses itens que ele contempla, certo? 
Neste exemplo, nós verificamos que é bastante simples utilizar 
alimentos disponíveis em praticamente todas as refeições. Para 
sobremesa, foi utilizado uma fruta que possui sabor adocicado, 
obviamente fornece bons nutrientes para o nosso corpo, 
complementando assim um almoço saudável. Em geral, devemos nos 
lembrar de aplicar as mesmas regras que aprendemos ao analisar o 
café da manhã, que é contemplar alimentos da época, alimentos 
regionais, alimentos que as crianças têm uma aceitabilidade maior. 
Utilizar predominantemente alimentos in natura. Olha só, aproveitar 
frutas e hortaliças da estação, dando preferência de novo para os 
alimentos regionais e montar uma refeição com diferentes grupos 
de alimentos como foi de cereais, leguminosas, hortaliças e frutas. 
Agora, o exemplo do almoço 2, também com as mesmas 
características a quantidade em gramas, medida caseira, custo e valor 
energético, o alimento, a quantidade em gramas, medida caseira, 
preço e o valor energético. O carro chefe, o nosso arroz com 90 
gramas, que corresponde a 2 colheres de servir cheia e com 30 
centavos e 150 quilos calorias. O feijão, 65 gramas, uma concha 
pequena, 30 centavos e 45 quilos calorias. A farinha, 30 gramas, 
corresponde a 2 colheres de sopa cheia, 10 centavos e 120 kcal. Olha, 
o bife frito aqui tão preferido, 100 gramas, corresponde à uma 
unidade média, preço a 1,15 e 230 quilos calorias. A batata frita, 50 
gramas, 2 colheres de sopa cheia, 30 centavos e 140 quilos calorias. 
Olha o doce de leite como sobremesa, 15 gramas, uma colher de 
sobremesa rasa, 25 centavos o custo e 43 de valor energético. 
Totalizando aqui, quando chega no preço final, o custo desse 
cardápio ficou a R$2,40 e o valor energético dele 728. Uma 
diferença bem significativa, não é, professora? 
Professora Sabrina: Bem significativo! Você está vendo aí o custo 
benefício de uma alimentação saudável com uma alimentação não 
saudável. Temos até aqui um questionamento da professora da 
tutora Kelly, de Nova Brasilândia, ela perguntou se faz mal comer 
melancia com comida. Não faz mal! Você viu ali na primeira refeição 
do almoço, a gente tinha uma mexerica como sobremesa por sinal, 
né. A melancia, uma fruta que contém muitos nutrientes e é indicado 
sempre ter na sua sobremesa uma fruta. É muito mais preferível do 
que um doce que é rico em calorias, rico em gorduras, é muito 
melhor você preferir uma fruta do que um doce na sua alimentação, 
com certeza. 
Professora Ângela: Vocês viram as diferenças do exemplo de 
almoço 1 e exemplo de almoço 2, um dois e o outro dois e quarenta. 
A questão da quilocaloria (kcal) também é bem demasiada, só que 
nós vamos ver outros aspectos que são referentes a esse cardápio. 
Nessa refeição, é possível observar que o valor energético, ou seja, 
a quantidade de calorias é quase o dobro daquela encontrada, 
justamente no primeiro exemplo aqui eu falei. Isso acontece porque 
este exemplo 2 inclui alimentos fritos e um doce. Ao fritar um 
alimento, esse alimento incorpora grande parte do óleo e isso vai 
agregar muito mais valor calórico a ele. Olha aqui o que disse: ao 
fritar um alimento, este incorpora parte do óleo utilizado no processo 
de fritura, que o torna muito mais calórico e os óleos pertencem ao 
grupo dos lipídios, que são nutrientes que fornecem grandes 
quantidades de energia ou caloria para o nosso corpo. 
Lembra da pirâmide que justamente no topo dela, diz que se deve 
restringir um pouco este consumo, você não pode comer em 
demasia. O cardápio, além das frituras, possui como sobremesa doce 
e esse doce também agrega um valor quilocalórico maior, porque os 
doces são, em geral, alimentos que fornecem predominantemente 
carboidratos, ou seja, açúcares para o nosso organismo. Como os 
carboidratos possuem função energética, eles somam ainda mais 
calorias para a refeição, por isso que o torna muito mais calórico. 
Cuidado. Algumas observações importantes que devemos fazer em 
relação a essa refeição, olha só que observação importante: o arroz, 
a farofa, batata, eles pertencem ao mesmo grupo de alimentos 
(cereais, pães e tubérculos) fornecendo nutrientes bastante 
semelhantes e intensificando o excesso de energia ou caloria. Por 
isso é bom balancear. 
Quando ver que esses alimentos fazem parte do mesmo grupo, 
você retirar, balancear. Não há fruta nesse cardápio ou hortaliças, 
alimentos que são importantes, são fontes de nutrientes importantes 
como as vitaminas e os minerais. Este, a nível nutricional, é um 
cardápio muito pobre, não saudável. Observamos também que não 
há alimentos regionais que auxiliam a economia e o desenvolvimento 
local. Professora´, tem mais algum questionamento, alguma interação? 
Professora Sabrina: Tem uma interação! Eu fiz aqui uma pergunta 
aqui no chat, perguntei se alguém tinha alguma experiência para nos 
contar quanto a preferir consumir alimentos naturais ao invés de 
industrializados. Temos a resposta da tutora Luciane, ela disse que 
“nem sempre é possível, com horários muito corridos optamos por 
comidas práticas e não saudáveis. O café da manhã fica no meio do 
caminho, pois temos que levantar cedo e não nos alimentamos 
direito” essa foi uma resposta da aluna Marisa. 
Professora Ângela: Olha, queremos mandar um abraço a todos os 
tutores, a todos os polos, agradecer a participação. Continuem 
participando, porque é muito importante para as nossas aulas. É 
complicada essa correria do dia a dia, influencia uma sériede fatores 
na nossa vida, não é isso, professora? 
Professora Sabrina: Isso, mas basta a gente se organizar direitinho e 
ter disciplina que sempre é possível, sim! 
Professora Ângela: Depois nós nos acostumamos à essa rotina, 
quando você começa a planejar direitinho, já tudo se encaixa e 
Professora Sabrina: Isso, você vai se adaptando aos poucos, é todo 
um processo que exige sua dedicação. 
Professora Ângela: Isso aí! A grande diferença entre os preços dos 
alimentos in natura e dos industrializados, estes, em geral, são muito 
mais caros do que os in natura, faça uma comparação para você ver. 
Entre as consequências de uma alimentação inadequada, o consumo 
excessivo pode levar, consequentemente, ao desenvolvimento de 
doenças, tipo diabetes, hipertensão, uma série de outros fatores. 
Assim, a refeição por apresentar uma elevada quantidade de energia 
ou caloria, não pode ser considerada como saudável. Alguma 
consideração, professora? Mais alguma interação? 
Professora Sabrina: Temos aqui a pergunta da tutora Valéria, em 
Geo da Floresta. Ela perguntou se temos alguma sugestão mais 
acessível financeiramente de alimentos. 
Tutora: Nós sugerimos as prioridades para os alimentos regionais e 
os alimentos da safra. Por exemplo, nós sabemos que alguns 
alimentos são produzidos o ano todo e outros são por safra. 
Obviamente, aqueles que são da safra, o custo tende a ser menor. 
No que se refere ao contexto escolar, nós sugerimos que vocês 
façam essas opções. Priorizar os alimentos ou as preparações com 
alimentos in natura e justamente aquelas que contemplem frutas da 
safra. Se na preparação tiver uma fruta e aquela fruta não é da safra, 
sugerimos que faça substituição pela fruta da safra. Não há problema, 
certo? 
Professora Sabrina: Isso mesmo! 
Tutora: O consumo frequente de refeições calóricas pode levar ao 
aumento de peso das nossas crianças, comprometendo a saúde. 
Sem contar que o aumento de peso não é só a obesidade, 
hipertensão e diabetes, mas pode vir também para as crianças uma 
questão de depressão. Não só crianças, como em adultos também, 
porque a pessoa com excesso de peso fica muito mais limitada para 
desempenhar todas as suas atividades, fica desmotivado porque vai 
comprar uma roupa e de repente essa roupa não cabe direito nela. 
Vale lembrar também que essa questão de obesidade não está 
relacionada somente a questão da alimentação, tem que se fazer um 
apanhado, um estudo bem individualizado para saber realmente a 
origem, e isso só um profissional que tem competência, certo? Aqui 
nós pedimos que você reflita um pouco como são as refeições em 
sua escola, se acha que as refeições, as seleções dos cardápios são 
saudáveis, que as opções que vocês têm aí são saudáveis, sim ou 
não? Vocês podem estar interagindo isso mais tarde nas atividades. 
Pode ser que elas são ou não saudáveis? E da sua casa, é saudável? 
Me responda, vamos também saber na interação! Nós aprendemos 
que é possível ter uma alimentação boa sem ter que gastar muito 
dinheiro. Algumas medidas simples auxiliam bastante na montagem de 
uma alimentação saudável e permite grande economia. Comer bem 
e barato é uma atitude que ajuda a todos, principalmente no que se 
referir aos nossos alunos, porque a refeição que é preparada na 
escola e para ajudar no desempenho do aluno, é para ajudar ele a 
desenvolver as suas atividades, para ele brincar, para que ele possa 
aprender. Melhora a sua saúde, porque uma alimentação colorida é 
uma alimentação variada em nutrientes, ela é saudável. Economiza o 
seu dinheiro, obviamente, a escola tem que fazer isso ressaltando 
que não são preços altos e nem muito baixo, são preços praticados 
no mercado. Obviamente, com produtos de qualidade, sem contar 
que estimula a economia e a agricultura local, que é muito 
importante agora. A agricultura local para fornecer alimentos in 
natura, mentos de qualidade para as nossas crianças. Professora, 
antes de darmos aqui um minuto para que eles possam 
desempenhar suas atividades, a senhora quer acrescentar alguma 
coisa? 
Professora Sabrina: Temos o questionamento de uma aluna, aluna 
Adriana Bueno, ela perguntou se “existe alguma forma de substituir 
as frutas, tendo em vista que nosso salário, (muitas vezes nem o 
salário da pessoa torna-se baixo) e isso torna pouco, é pouco para 
consumir alimentação saudável. Ela quer saber se existe alguma 
opção para substituir as frutas. De modo geral, vemos que as frutas 
e legumes estão muito caros. Principalmente agora com essa 
questão de cheias, os alimentos tendem a ficar mais caros 
justamente pela dificuldade. Nós sugerimos que vocês priorizem os 
da época para isso e quem puder ter algum tipo, mas sempre 
recomendamos quem puder ter “hortinhas” suspensas, que facilita 
muito. O dinheirinho que você ia gastar é comprando aquele produto 
que está na sua casa, você já pode consumir outro. Lembrando, 
assim, se o dinheiro não der para comprar, professora, como nós 
sabemos que existe uma dificuldade na questão salarial, obviamente 
que não dá para comer toda semana, mas você fazer uma seleção 
para que você possa fazer essa gestão de verduras, legumes, frutas, 
algumas vezes na semana. Pelo menos, é melhor do que nada! 
Professora Sabrina: Isso mesmo, pelo menos se você conseguir 
consumir três vezes por semana, já é ideal. Também procure fazer 
suas compras na feira, geralmente o custo acaba sendo bem mais 
baixo do que no supermercado. Não deixe de consumir frutas, 
verduras e legumes. São alimentos insubstituíveis, não é, professora? 
Professora Ângela: Isso mesmo, é aquilo que nós falamos! O nosso 
organismo absorve uma pequena quantidade, mas não é pelo fato 
de serem absorvidos em pequena quantidade que nós não 
necessitamos. Muito pelo contrário, são muito importantes. Mais 
alguma, professora? 
Professora Sabrina: Temos aqui também! Uma tutora falou que nem 
sempre... calma! Não estou conseguindo ver. Ela falou que nem 
sempre é possível fazer a refeição em casa. Eles acabam 
combinando entre si de levar. Cada um leva uma alimentação no 
trabalho e lá eles fazem um café da manhã. Também é uma opção 
bem prática! Se você não tem tempo de realizar a sua refeição em 
casa, combine com seus colegas de trabalho. Cada um leva uma 
opção saudável, e assim você realiza sua alimentação de forma 
tranquila e saudável. 
Professora Ângela: Começando com o principal também, né 
professora? Que é o café da manhã, que muitas pessoas pulam! “Ah, 
eu não tomo café da manhã!” “Eu só almoço! ” 
Professora Sabrina: Isso! 
Professora Ângela: É um grande erro, né! É assim, um 
“mutirãozinho”, cada um leva um pouco e, com certeza, no final, 
quando vocês vão ver, dá uma quantidade considerável. É isso 
mesmo, uma ideia muito boa, não é isso? 
Professora Sabrina: É, uma boa sugestão! 
Professora Ângela: Mais alguma coisa, professora? 
Professora Sabrina: Por enquanto, não! 
Professora Ângela: Nós vamos agora! Queridos alunos, tutores, todos 
os polos, nós vamos dar um pequeno intervalo para que vocês 
possam desenvolver as atividades e retornaremos com a nossa 
interação, ok? 
DA DESNUTRIÇÃO À OBESIDADE 
O estado nutricional das crianças e dos adolescentes é de grande 
importância para seu crescimento e desenvolvimento, tanto físico 
como intelectual. Sabe-se que ele também reflete as condições 
socioeconômicas de uma população. Por essa razão, muitas 
pesquisas são realizadas no Brasil há várias décadas, com o objetivo 
de avaliar o estado nutricional desse grupo, tendo mostrado 
resultados importantes sobre a evolução nutricional da população 
infantil. Nesse sentido, vamos aqui apresentar um breve histórico da 
evolução nutricional das crianças e dos adolescentes brasileiros. 
O desenvolvimento da criança pode ser prejudicado quando seus 
pais não recebem orientação de médicos, enfermeiras, nutricionistas, 
auxiliares de enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.

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