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Alimentação Saudável e Sustentável na Escola INTRODUÇÃO Uma alimentação saudável é aquela que atende a todas as exigências do corpo, ou seja, não está abaixo nem acima das necessidades do nosso organismo. Além de ser fonte de nutrientes, a alimentação envolve diferentes aspectos, tais como valores culturais, sociais, afetivos e sensoriais. As pessoas, diferentemente dos demais seres vivos, ao alimentar-se, não buscam apenas suprir suas necessidades orgânicas de nutrientes. Não se “alimentam” de nutrientes, mas de alimentos palpáveis, com cheiro, cor, textura e sabor. Portanto, o alimento como fonte de prazer e identidade cultural e familiar também é uma abordagem importante para promover a saúde. Hortaliças, legumes ou verduras são termos agrícolas e culinários equivalentes, que se referem a plantas ou suas partes, geralmente consumidas por humanos como alimentos. A nomenclatura vem do plantio e colheita desses vegetais, que são realizados nas hortas. Uma alimentação saudável deve ser: Variada: inclui vários grupos alimentares, a fim de fornecer diferentes nutrientes (por exemplo: cereais, frutas, hortaliças, carnes, laticínios e feijões); Equilibrada: respeitando o consumo adequado de cada tipo de alimento (exemplo: deve-se comer mais frutas do que gorduras); Suficiente: em quantidades que atendam e respeitem as necessidades de cada pessoa; Acessível: baseada em alimentos in natura, produzidos e comercializados regionalmente (acessibilidade física), que são mais baratos do que alimentos industrializados (acessibilidade financeira); Colorida: quanto mais colorida é a alimentação, mais adequada é em termos de nutrientes. Além de assegurar uma refeição variada, isso a torna atrativa, o que agrada aos sentidos, estimulando o consumo de alimentos saudáveis, como frutas, legumes e verduras, grãos e tubérculos em geral (tais como mandioca e batatas); Segura: os alimentos não devem apresentar contaminantes de natureza biológica, física ou química ou outros perigos que comprometam a saúde do indivíduo ou da população. Assim, deve-se respeitar regras de higiene, procurando manusear e armazenar adequadamente todos os alimentos, descartando aqueles que possuem o prazo de validade vencido ou que estejam visivelmente estragados. Você pode observar que, ao falar de alimentação, não se deve pensar apenas em quantidade, mas também em qualidade. A quantidade de alimentos, como já mencionado, deve ser ingerida de maneira que não falte nem ultrapasse as necessidades de um indivíduo. Esse aspecto é importante, pois previne o aparecimento de doenças causadas tanto pela falta quanto pelo excesso de alimentos. Alimentação Consequência Excesso Obesidade Normal Saúde Insuficiente Desnutrição Em relação à qualidade, leva-se em consideração a ausência de contaminação e a composição nutricional de cada alimento, ou seja, quais são os nutrientes que aquele alimento pode oferecer ao corpo humano. Os nutrientes são compostos químicos que estão presentes nos alimentos e que podem ser aproveitados pelo nosso organismo para sua manutenção ou crescimento. Existem vários tipos de nutrientes que serão abordados posteriormente, mas em geral eles podem ser divididos da seguinte maneira: Nutrientes não essenciais: são aqueles que podem ser produzidos pelo corpo humano a partir de outros compostos; Nutrientes essenciais: o organismo humano não é capaz de produzi-los, sendo necessário obtê-los por meio da alimentação. O organismo humano encarrega-se de transformar os alimentos ingeridos em nutrientes pelo processo conhecido como digestão. Esse processo inicia- se a partir do momento em que o alimento é colocado na boca e vai até a eliminação das partes não aproveitáveis pelo organismo. Para que possamos realizar nossas atividades diárias, nosso corpo precisa de energia. Caminhar, correr, carregar objetos, conversar e até mesmo atividades que não percebemos, como respirar, gastam energia. E de onde obtemos essa energia? Dos alimentos! O processo digestório permite a utilização da energia contida em alguns nutrientes. Todos os alimentos que comemos são transformados em nutrientes, mas nem todos os nutrientes se transformam em energia. Assim como a altura é medida em metros ou centímetros, a energia também possui uma medida. Essa medida de energia pode ser chamada de caloria, abreviada geralmente por cal ou kcal. Ela é o combustível utilizado pelo corpo humano para realizar atividades. Os nutrientes que oferecem energia, ou calorias, ao organismo são conhecidos como macronutrientes, são os carboidratos, as proteínas e os lipídios ou gorduras. A quantidade de energia fornecida por grama de cada macronutriente está na tabela a seguir: Nutriente Valor energético Carboidratos 4 kcal/g Proteínas 4 kcal/g Lipídios 9 kcal/g Existem também os micronutrientes que, apesar de não serem transformados em energia, são importantes para a realização de outros processos biológicos, como a visão, o crescimento, a formação óssea, a proteção e defesa do corpo etc. Antes de estudarmos os micronutrientes, que tal conhecer melhor os macronutrientes? MACRONUTRIENTES CARBOIDRATOS, OU AÇUCARES, OU GLICÍDIOS Possuem função principalmente energética. São utilizados pelos músculos para a realização de movimentos e são armazenados no fígado para manutenção da glicemia. Quando em excesso, os carboidratos são transformados em gorduras ou lipídios, a fim de economizar a energia excedente para situações em que o corpo realmente necessitar dela. Alterações no metabolismo da glicose podem ser indicativas de doenças. Veja, na tabela abaixo, exemplos de alimentos nos quais os carboidratos podem ser encontrados. Alimentos que são fontes de carboidratos São encontrados em maior quantidade nos alimentos de origem vegetal. Cana-de-açúcar, banana, pão, milho, arroz, macarrão, biscoitos, fubá, farinha, batata, mandioca, aveia, polvilho, cará, inhame, amido de milho. Também são encontrados nos doces, açúcar de mesa, mas esses carboidratos são do tipo "simples" que estarão diferenciados nos grupos de alimentos. PROTEÍNAS São nutrientes necessários para a formação de células e tecidos. São as proteínas que permitem o crescimento e desenvolvimento do corpo, e estão presentes nos músculos, ossos, cabelos, sangue, pele, entre outros. Assim como os tijolos desempenham a função estrutural de um prédio, as proteínas possuem, comparativamente, a mesma função no organismo humano. Onde podemos encontrar as proteínas? Origem vegetal Origem animal Feijão, soja, lentilha, grão de bico, ervilha. Carnes de boi, porco, aves, peixes e caças, ovos, leite, queijo, coalhada e iogurte. LIPÍDIOS OU GORDURAS OU ÓLEOS São fontes concentradas de energia, apresentando praticamente o dobro de calorias quando comparados aos outros dois macronutrientes. Quando encontrados no estado sólido, os lipídios são denominados gorduras (por exemplo: banha, toucinho) e quando se encontram no estado líquido são conhecidos como óleos (por exemplo: azeite de oliva, óleo de soja). Além da função energética, os lipídios são necessários para a formação de hormônios, proteção dos órgãos e transporte de alguns micronutrientes. Veja, na tabela abaixo, alguns alimentos que são fontes de lipídios: Origem vegetal Origem animal Óleo de soja, milho ou girassol; azeite de oliva, de dendê; margarina, chocolate, castanha de caju, castanha do Pará, abacate, óleos, amendoim. Manteiga, banha de porco, creme de leite, toucinho, bacon, torresmo. FIBRAS Representam um tipo especial de carboidratos que não fornecem energia, mas desempenham funções importantes em nosso organismo. As fibras alimentares originam-se exclusivamente de plantas e possuem diferentes propriedades físicas, químicas e fisiológicas. No corpo humano,elas chegam intactas ao nosso intestino, ou seja, passam sem serem digeridas por todo o processo digestório, e é no intestino que as fibras exercem sua função essencial de formar as fezes e colaborar em sua eliminação. Existem basicamente dois tipos de fibras, as solúveis e as insolúveis. Apesar de ambas auxiliarem o funcionamento do intestino, elas apresentam funções diferentes: Fibras insolúveis: presentes nas folhas, nos grãos e cereais integrais, auxiliam na formação das fezes; Fibras solúveis: presentes nas polpas de frutas, verduras e legumes, auxiliam na normalização da microbiota intestinal e auxiliam no controle dos níveis de gordura (colesterol) e açúcar no sangue. Podemos encontrar fibras nos seguintes alimentos: Solúveis Insolúveis Polpa de frutas (laranja, maçã), legumes ou hortaliças (cenoura, vagem, abóbora), farelos de aveia e leguminosas (feijão, soja, grão de bico, lentilha). Cereais integrais (arroz, trigo, milho), soja e casca das frutas (pera, ameixa), folhas. MICRONUTRIENTES VITAMINAS Estão presentes em diferentes tipos de alimentos (animais e vegetais) e auxiliam no crescimento, na proteção contra infecções e na manutenção da saúde. O corpo precisa de quantidades pequenas desses nutrientes, mas mesmo assim são indispensáveis. Por exemplo, quantidades adequadas de vitamina A asseguram que a nossa visão funcione normalmente, e de vitamina D, permitem a formação de ossos e dentes durante o crescimento. A falta e o excesso de vitaminas podem causar distúrbios nutricionais e problemas de saúde decorrentes da má nutrição. Vitamina Exemplo de função Fonte Vitamina A Bom funcionamento da visão. Gema de ovo, fígado bovino, abóbora. Vitaminas do Complexo B Funcionamento do sistema nervoso, metabolismo dos nutrientes e produção de células do sangue (hemácias). Carnes em geral, cereais integrais, fígado, brócolis, couve, espinafre, batatas, banana, abacate e outras hortaliças e frutas. Vitamina C Proteção e resistência à doenças. Laranja, limão, acerola, caju. Vitamina D Formação e desenvolvimento de ossos e dentes. Leite integral, manteiga, gema de ovo. Vitamina Exemplo de função Fonte Vitamina E Proteção e formação de células Carnes, amendoim, nozes. Vitamina K Possibilita a cicatrização de ferimentos Fígado, brócolis, couve, espinafre, ovos. MINERAIS Desempenham funções como manutenção do equilíbrio dos líquidos corporais (água, sangue, urina), transporte de oxigênio para as células, formação dos ossos, controle da contração muscular e dos batimentos cardíacos, transmissão de mensagens pelo sistema nervoso, entre outras. O corpo necessita de quantidades bem reduzidas desses nutrientes, mas eles só podem ser obtidos por meio da alimentação. A necessidade de minerais pode variar de acordo com o indivíduo: pessoas que praticam atividade física intensa podem eliminar grandes quantidades de minerais pelo suor e/ou pela urina, aumentando suas necessidades diárias; pessoas com problemas nos rins podem ter dificuldades para excretar alguns minerais, o que requer redução na sua ingestão. Macrominerais (em concentração igual ou superior a 100mg por dia): cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre. Microminerais (necessários em pequenas quantidades): ferro, cobre, cobalto, zinco, manganês, iodo, molibdênio, selênio, flúor e cromo. Minerais Exemplo de função Fonte Ferro Transporte do oxigênio que respiramos e formação de células do sangue. Carnes bovina, suína, frango, peixes, miúdos, leguminosas (feijão, soja), hortaliças (couve, espinafre, brócolis). Cálcio Movimento (contração) de músculos, formação e manutenção de ossos e dentes. Leite e derivados, couve, brócolis, salsa. Sódio Controle de quantidade de líquidos no corpo. Sal de cozinha, temperos e sopas industrializados. Potássio Transmissão de mensagens pelo sistema nervoso. Banana, melão, laranja, maçã, tomate, agrião e outras frutas e hortaliças. Iodo Formação de hormônios. Frutos do mar (camarão, mexilhão etc.), sal iodado de cozinha. ÁGUA É um dos principais componentes do corpo humano. Não oferece energia, mas está envolvida em praticamente todas as reações que ocorrem em nosso organismo, como o controle da temperatura, o transporte de nutrientes pelo sangue, a eliminação de substâncias pelo suor e/ou urina (ou limpeza/filtração do sangue), entre outras. É importante lembrar que a água está presente na maioria dos alimentos, mesmo que não seja visível, e é ela que permite a vida humana. O equilíbrio da água em nosso corpo também depende do ambiente e/ou situações cotidianas: em dias quentes ou aqueles em que praticamos esportes, devemos tomar mais água. Agora que conhecemos os componentes dos alimentos – os nutrientes – vamos refletir sobre os alimentos. É a escolha dos alimentos que irá determinar quais nutrientes serão fornecidos ao nosso corpo. Por exemplo: ao comer uma fruta, estaremos oferecendo carboidratos, fibras, vitaminas e minerais; e ao comer um pastel, estaremos oferecendo principalmente gorduras. Mas quais alimentos devemos escolher? Todas as pessoas devem comer os mesmos alimentos? A alimentação envolve aspectos culturais, financeiros e regionais; sendo assim, cada pessoa possui preferência por certos alimentos e rejeição por outros, ou seja, não existe uma fórmula rígida de alimentação saudável, ela deve ser construída a partir da realidade de cada indivíduo. Entretanto, por mais que se mudem os alimentos, os nutrientes são os mesmos e devemos usá-los a nosso favor para promover a saúde. O que se observa atualmente é a incidência de doenças decorrentes de uma alimentação inadequada. Com o intuito de ajudar a população a se alimentar melhor, o governo, por meio da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN), desenvolveu o Guia Alimentar para a População Brasileira. Esse guia detalha orientações a respeito de alimentos, nutrientes, hábitos saudáveis, incidência de doenças relacionadas à alimentação e outros assuntos, sendo bastante abrangente e completo. Além do guia elaborado pelo governo, existem outras ferramentas que podem auxiliar no planejamento de uma alimentação saudável. Por ser bastante didática, a pirâmide dos alimentos é largamente utilizada no Brasil. Essa pirâmide subdivide os alimentos em diferentes grupos e recomenda a ingestão de um número adequado de porções de cada um deles. A intenção é possibilitar uma alimentação equilibrada, respeitando a proporção quantitativa e qualitativa de todos os alimentos. Porções são quantidades médias de alimento que devem ser usualmente consumidas por pessoas sadias para compor uma alimentação saudável. Alguns exemplos de porções podem ser vistos na tabela a seguir. Alimento Porção (peso em gramas) Medida caseira Arroz branco cozido 125,0 4 colheres de sopa Pão francês 50,0 1 unidade Tomate 80,0 4 fatias Banana 86,0 1 unidade Feijão cozido (grãos e caldo) 86,0 1 concha Bife grelhado 90,0 1 unidade Leite integral 182,0 1 copo de requeijão Manteiga 9,8 Metade de uma colher de sopa Por que os alimentos da pirâmide foram divididos em grupos? Cada grupo representa a fonte de nutrientes específicos. Vamos entender um pouco melhor, analisando-a de baixo para cima: A base da pirâmide: é composta por alimentos que são fontes de carboidratos. Esta deve ser a principal fonte de energia das pessoas. Nesse grupo estão: pães, arroz, massas, cereais e tubérculos. Segundo andar: formado por alimentos que são fontes de micronutrientes – vitaminas e minerais. Nesse patamar, encontramos alimentos de origem vegetal, como frutas (maçã, banana, mamão, melancia, entre outras) e hortaliças(cenoura, alface, tomate, abóbora, entre outras). Terceiro andar: encontram-se aqui os alimentos que são, principalmente, fontes de proteínas. Além disso, o grupo das carnes (bovina, peixe e frango) garante a ingestão de ferro e o grupo dos leites e derivados assegura o consumo de cálcio. Topo da pirâmide: contém os alimentos mais energéticos da alimentação humana, ou seja, aqueles que são ricos em gorduras e açúcares. Esses alimentos não possuem uma boa quantidade e/ou variedade de outros nutrientes, sendo chamados de alimentos fonte de “calorias vazias”, pois fornecem apenas energia – e muitas veze sem excesso. Note que o consumo desses alimentos deve ser reduzido, pois o excesso representa risco de obesidade. Os guias alimentares mencionados oferecem orientações gerais que se ajustam à maioria da população, mas nós sabemos que cada pessoa é diferente das outras: uma criança, por exemplo, come quantidades menores de alimentos quando comparada a um adulto; os homens, geralmente, comem mais do que as mulheres. Assim, é possível observar que a necessidade de nutrientes e de energia varia de acordo com diversos fatores: idade, sexo, peso, nível de atividade física (sedentário ou ativo), tipo de trabalho, presença de doenças, entre outros. Na pirâmide, por exemplo, o número de porções que uma pessoa deverá ingerir de cada grupo alimentar vai depender de todos os fatores citados, orientando-a sobre a melhor maneira de se alimentar. VÍDEO AULA Professora Ângela Menezes explicando que o módulo irá tratar da alimentação saudável e sustentável e que a professora Sabrina Alves será a assistente. Ela fala sobre os objetivos da aula, que são: entender o significado da alimentação saudável, sua importância para os alunos no ambiente escolar, composição e classificação dos alimentos e a pirâmide alimentar. A professora faz o questionamento: Você sabe o que é uma alimentação saudável? Você se alimenta de forma correta? Em seguida, o apresentador Jurací Júnior fala sobre o assunto alimentação saudável com a nutricionista Renata Marques. O apresentador pergunta se a alimentação saudável é a base para uma alimentação equilibrada. A nutricionista Renata fala que cada vez mais as pessoas estão tendo o cuidado com a alimentação, juntamente com a mudança de outros hábitos. Ela alerta para a questão individual, que muitas pessoas copiam a dieta dos outros, mas que não sabem qual a mais adequada para elas. Ela também alerta para os cuidados ao comprar os alimentos, principalmente sobre a composição deles, e que muitos por serem artificiais não nos fornecem os componentes da mesma forma que um alimento natural, como uma fruta. O apresentador convida para assistir um vídeo, onde a equipe foi para rua conversar com a população sobre o assunto. Na cidade de Cacoal, o repórter perguntou se as pessoas tinham uma alimentação saudável, e a grande maioria respondeu que sim. O apresentador pontuou que alguns entrevistados responderam sobre o custo da alimentação saudável, e a nutricionista respondeu que as pessoas podem utilizar o que já tem em casa, e apenas mudar a maneira de preparar, como por exemplo ao invés de fritar uma carne, ela pode refogar, o que é mais saudável. Ela ainda evidencia que as dietas podem ser adaptadas para a realidade da pessoa, seja em relação aos custos, quanto às próprias preferências da pessoa. O repórter e a nutricionista alertam para o acompanhamento médico, que é muito importante em qualquer processo de emagrecimento, para conhecer o seu corpo e o que você precisa. O repórter se despede. Agora a professora Ângela Menezes aponta sobre os entrevistados, ela fala sobre as pessoas que responderam que não tem o cuidado com a alimentação saudável, ela cita também as que afirmaram terem este cuidado. Ela fala com a professora Sabrina sobre a importância de dar os alimentos in natura para os alunos, a professora Sabrina enfatiza a necessidade de se ter uma nutricionista nas escolas e os cuidados com a alimentação dos alunos, pois a alimentação saudável ajuda no desenvolvimento físico, mental e na aprendizagem. Alimentação saudável é: aquela que atende a todas as exigências do corpo, envolve diferentes aspectos: culturais, afetivos, sensoriais e sociais, e que é a fonte de nutrientes. Uma alimentação saudável deve ser: Variada: inclui vários grupos alimentares, a fim de fornecer diferentes nutrientes (exemplo: cereais, frutas, hortaliças, carnes, laticínios e feijões); Equilibrada: respeita o consumo adequado de cada tipo de alimento (exemplo: deve-se comer mais frutas do que gorduras); Suficiente: em quantidades que atendam às necessidades de cada pessoa. A professora Sabrina reforça que a alimentação saudável deve ser equilibrada e suprir todas as suas necessidades, principalmente na fase infantil, onde o aluno precisa se alimentar corretamente. A alimentação saudável também deve ser: Acessível: baseada em alimentos in natura, produzidos e comercializados regionalmente (acessibilidade física), que são mais baratos do que alimentos industrializados (acessibilidade financeira); Colorida: quanto mais colorida é a alimentação, mais adequada em termos de nutrientes. Além de assegurar uma refeição variada, isso a torna atrativa, o que agrada aos sentidos, estimulando o consumo de alimentos saudáveis como frutas, legumes, verduras, grãos e tubérculos em geral (mandioca e batata). A professora Sabrina salientou a escolha por alimentos mais baratos, da sua região. A professora Ângela falou que isso também influencia na aceitabilidade por parte dos alunos, pois quando você oferece um alimento que o aluno já conhece, é mais fácil que ele aceite. Segura: os alimentos não devem apresentar contaminantes de natureza biológica, física ou química, ou outros perigos que comprometam a saúde do indivíduo ou da população. Deve-se respeitar as regras de higiene, manusear e armazenar adequadamente todos os alimentos, descartando aqueles que possuem o prazo de validade vencido ou que estejam visualmente estragados. A professora Ângela evidenciou os cuidados com a higiene, tanto os simples como lavar bem as mãos ao manusear os alimentos, como usar os equipamentos de proteção individual adequados. A professora Sabrina lembrou que todas essas informações que a professora Ângela citou, se enquadram nas boas práticas de manipulação de alimentos. A professora Ângela reforçou o cuidado com os rótulos, que quem for manusear deve ter muita atenção nas datas de validade. A quantidade de alimentos, como já mencionamos, deve ser ingerida de forma que não falte, nem ultrapasse as necessidades de um indivíduo. Este aspecto é importante pois previne o aparecimento de doenças causadas tanto pela falta, quanto pelo excesso de alimentos. Há uma tabela indicando que: quando a alimentação ocorre em excesso a consequência é a obesidade, quando ela ocorre em quantidade normal, a consequência é a saúde, e quando a alimentação é insuficiente, a consequência será a desnutrição. Em relação à qualidade, leva-se em consideração a ausência de contaminação e a composição nutricional de cada alimento, ou seja, quais são os nutrientes que aquele alimento pode oferecer ao corpo humano. Nutrientes: compostos químicos que estão presentes nos alimentos e que podem ser aproveitados pelo nosso organismo para a sua manutenção ou crescimento. Existem vários tipos de nutrientes, que podem ser divididos em: Nutrientes não essenciais: são aqueles que podem ser produzidos pelo nosso corpo, a partir de outros compostos. Nutrientes essenciais: o nosso organismo não é capaz de produzi-los, sendo necessário obtê-los por meio da alimentação. O organismo humano encarrega-se de transformar os alimentos ingeridos em nutrientes pelo processo conhecido como digestão. Para que possamos realizar nossas atividades diárias,nosso corpo precisa de energia. Caminhar, correr, carregar objetos, conversar e até mesmo atividades que não percebemos, como respirar, gastam energia. E de onde obtemos essa energia? Como isso acontece? Há uma ilustração do sistema digestório. O processo de alimentação começa pela cavidade bucal, onde ocorre a mastigação, a deglutição ocorre na faringe, o alimento passa para o esôfago, depois estômago, passa pelo intestino delgado, acontece a digestão, absorção e excreção. A energia também possui uma medida. Essa medida de energia pode ser chamada de caloria, abreviada geralmente por cal ou kcal. Ela é o combustível utilizado pelo corpo humano para realizar atividades; Os nutrientes que fornecem energia, ou calorias, ao organismo são conhecidos como macronutrientes, são os carboidratos, as proteínas e os lipídios ou gorduras. Há uma tabela com valor energético em calorias fornecido pelos macronutrientes: Carboidrato com o valor energético de 4Kcal/g. Proteínas com o valor energético de 4Kcal/g. Lipídios com o valor energético de 9Kcal/g. Carboidratos, ou açúcares, ou glicídios: possuem função principalmente energética. São utilizados pelos músculos para a realização de movimentos e são armazenados no fígado para a manutenção da glicemia. Glicemia é a quantidade de glicose presente em nosso sangue. Glicose é o carboidrato utilizado em maior quantidade pelo nosso organismo. A professora Sabrina avisou sobre a necessidade de manter um equilíbrio, uma vez que o carboidrato em excesso vai sendo armazenado no corpo na forma de gordura, todos os grupos devem estar na nossa alimentação de maneira equilibrada. Há uma tabela com as fontes de carboidratos: São encontrados em maior quantidade nos alimentos de origem vegetal. Como cana-de-açúcar, banana, arroz, pão, milho, macarrão, biscoitos, fubá, farinha de mandioca, farinha de trigo, aveia, polvilho, batata, mandioca, cará, inhame, amido de arroz. Também são encontrados nos doces e no açúcar de mesa, mas estes carboidratos são do tipo “simples”, que estarão diferenciados nos grupos de alimentos. Proteínas: nutrientes necessários para a formação de células e tecidos. Permitem o crescimento e o desenvolvimento do corpo e estão presentes nos músculos, ossos, cabelos, sangue, pele entre outros. Há uma tabela com as fontes de proteína de origem vegetal: feijão, soja, lentilha, grão de bico, ervilha. E de origem animal: carnes de boi, porco, aves, peixes e caças, ovos, leite, queijo, coalhada e iogurte. Lipídios ou gorduras ou óleos: são fontes concentradas de energia apresentando praticamente o dobro de calorias quando comparados aos carboidratos e às proteínas. Encontrados no estado sólido, são denominados gorduras (por exemplo: banha ou toucinho). Encontrados no estado líquido, são conhecidos como óleos (exemplo: azeite de oliva, óleo de soja). Função energética: os lipídios são necessários para a formação de hormônios, a proteção dos órgãos e o transporte de alguns micronutrientes. Há uma tabela com os alimentos que são fontes de lipídios, de origem vegetal: óleo de soja, milho, girassol, azeite de oliva, dendê, margarina, chocolate, castanha de caju, castanha do Pará, abacate, óleos, amendoim. E de origem animal: manteiga, banha de porco, creme de leite, toucinho, bacon, torresmo. Fibras: representam um tipo especial de carboidratos que não fornecem energia, mas desempenham funções importantes em nosso organismo. Originam-se exclusivamente de plantas e possuem diferentes propriedades físicas, químicas e fisiológicas. Existem dois tipos de fibras: as solúveis e as insolúveis. Apesar de ambas auxiliarem o funcionamento do intestino, elas apresentam funções diferentes. Fibras insolúveis: presentes nas folhas, nos grãos e cereais integrais, auxiliam na formação das fezes. Fibras solúveis: presentes nas polpas de frutas, verduras e legumes, auxiliam na normalização da microbiota intestinal e auxiliam no controle dos níveis de gordura (colesterol) e de açúcar no sangue. A professora Sabrina enfatiza a importância das fibras, por terem tantas funções no organismo. Há uma tabela com as fontes de fibras: Solúveis: Polpa de frutas, legumes, hortaliças, farelos de aveia e leguminosas. Insolúveis: Cereais integrais, soja, casca de frutas e folhas. Micronutrientes: apesar de não serem transformados em energia, são importantes para a realização de outros processos biológicos, como visão, crescimento, formação óssea, proteção e defesa do corpo. Vitaminas: estão presentes em diferentes tipos de alimentos (animais e vegetais) e auxiliam no crescimento, na proteção contra infecções e na manutenção da saúde. O corpo precisa de quantidades pequenas desses nutrientes, mas mesmo assim são indispensáveis. Por exemplo: quantidades adequadas de vitamina A asseguram que a nossa visão funcione normalmente e de vitamina D, permitem a formação de ossos e dentes durante o crescimento. A falta e o excesso de vitaminas provocam distúrbios nutricionais e problemas de saúde decorrentes da má nutrição. Há uma tabela com as funções e fontes das vitaminas. Vitamina A: a função é o bom funcionamento da visão, e as fontes são gema de ovo, fígado bovino, abóbora. Vitaminas do complexo B: a função é o funcionamento do sistema nervoso, metabolismo dos nutrientes e produção de células do sangue (hemácias, e as fontes são: carnes em geral, cereais integrais, fígado, brócolis, couve, espinafre, batatas, banana, abacate, outras hortaliças e frutas. Vitamina C:a função é a proteção e resistência a doenças, e as fontes são laranja, limão, acerola, caju. Vitamina D: a função é a formação e desenvolvimento de ossos e dentes, e as fontes são leite integral, manteiga, gema de ovo. Vitamina E: a função é a proteção e formação das células e as fontes são carnes, amendoim e nozes. A vitamina K, a função é possibilitar a cicatrização de ferimentos, e as fontes são fígado, brócolis, couve, espinafre e ovos. Os minerais desempenham funções como manutenção do equilíbrio dos líquidos corporais (água, sangue, urina), transporte de oxigênio para as células, formação dos ossos, controle da contração muscular, dos batimentos cardíacos, transmissão de mensagens pelo sistema nervoso. O corpo necessita de quantidades bem reduzidas desses nutrientes, mas eles só podem ser obtidos por meio da alimentação. A necessidade de minerais pode variar de acordo com o indivíduo. Macrominerais (em concentração igual ou superior a 100mg por dia): cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre. Microminerais (necessários em pequenas quantidades): ferro, cobre, cobalto, zinco, manganês, iodo, molibdênio, selênio, flúor e cromo. Há uma tabela com as funções e fontes dos minerais. Ferro: transporte do oxigênio que respiramos e formação das células do sangue. Fontes: Carnes bovinas, suínas, frangos, peixes, miúdos, leguminosas como feijão e soja, e algumas hortaliças, couve, espinafre, brócolis. Cálcio: movimento (contração) de músculos e formação e manutenção de ossos e dentes. Fontes: leite e derivados, couve, brócolis e salsa. Sódio: Controle da quantidade de líquidos no corpo. Fontes: sal de cozinha, temperos e sopas industrializadas. Potássio: transmissão de mensagens pelo sistema nervoso. Fontes: banana, melão, laranja, maçã, tomate, agrião, outras frutas e hortaliças. Iodo: formação dos hormônios. Fontes: frutos do mar (camarão, mexilhão), sal iodado de cozinha. A água está presente na maioria dos alimentos, mesmo que não seja visível. Água: um dos principais componentes do corpo humano. Não oferece energia, mas está envolvida em praticamente todas as reações que ocorrem em nosso organismo. Quais alimentos devemos escolher? Todas as pessoas devem comer os mesmos alimentos? A alimentação envolve aspectos culturais, financeiros e regionais. incidência de doenças decorrentes deuma alimentação inadequada. A Coordenação-geral de alimentação e nutrição (CGAN) desenvolveu uma ferramenta: O guia alimentar para a população brasileira. Este guia serve como ferramenta para auxiliar no planejamento de uma alimentação saudável. Como outra ferramenta nós temos a Pirâmide alimentar, utilizada no Brasil: subdivide os alimentos em diferentes grupos e recomenda a ingestão de um número adequado de porções de cada um deles. A intenção é possibilitar uma alimentação equilibrada, respeitando a proporção quantitativa e qualitativa de todos os alimentos. Porções são quantidades médias de alimento que devem ser usualmente consumidas por pessoas sadias para compor uma alimentação saudável. Há uma tabela com a porção em gramas e medida caseira de alguns alimentos. Arroz branco cozido: 125g, corresponde a 4 colheres de sopa. Pão francês: 50g, corresponde a uma unidade. Tomate: 80g, corresponde a 4 fatias. Banana: 86g, corresponde a 1 unidade. Feijão cozido: 86g, corresponde a 1 concha. Bife grelhado: 90g, corresponde a 1 unidade. Leite integral: 182g, corresponde a 1 copo de requeijão. Manteiga: 9,8g, corresponde a meia colher de sopa. Por que os alimentos da pirâmide foram divididos em grupos? Cada grupo representa fontes de nutrientes específicos. Há uma ilustração da pirâmide alimentar, na base temos pães, cereais e tubérculos. Acima temos frutas e hortaliças. Acima temos leites e derivados, e leguminosas, e no topo temos óleos, gorduras, sementes, doces e açúcares. As professoras reforçam que quanto mais perto da base, mais devem ser consumidas as porções. A base da pirâmide é composta por alimentos que são fontes de carboidratos, no segundo andar temos alimentos que são fontes de micronutrientes (vitaminas e minerais), no terceiro andar, temos alimentos que são principalmente fontes de proteínas, e no topo, os alimentos mais energéticos, ou seja, ricos em gorduras e açúcares. A pirâmide está colorida (base e primeiro andar em verde, segundo andar em amarelo e terceiro andar em vermelho). A base e o primeiro andar são compostos por alimentos que devemos consumir em maiores quantidades, o segundo andar já exige um pouco de moderação e o topo pode chegar até a restrição. O volume da pirâmide também nos indica a proporção dos grupos de alimentos que devemos ingerir. Exemplo: deve-se comer mais pães e cereais do que doces ou manteiga, da mesma maneira a quantidade de carnes e leite deve ser inferior ao consumo de frutas e hortaliças. Atualmente está acontecendo uma inversão da pirâmide. A necessidade de nutrientes e de energia varia de acordo com diversos fatores: idade, sexo, peso, nível de atividade física (sedentário ou ativo), tipo de trabalho, presença de doenças entre outros. SISTEMA DISGESTÓRIO O sistema digestório é o sistema do corpo humano responsável por garantir o processamento do alimento que ingerimos, promovendo a absorção dos nutrientes nele contidos e a eliminação do material que não será utilizado pelo corpo. Esse processamento é garantido graças à ação dos vários órgãos que compõem o canal alimentar, bem como pela presença de glândulas acessórias, que sintetizam substâncias que são essenciais no processo de digestão. Os órgãos que compõem o sistema digestório são a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o ânus. Já as glândulas acessórias desse sistema são as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado. ÓRGÃOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO Os órgãos do sistema digestório são responsáveis por garantir a ingestão do alimento, sua digestão, absorção dos nutrientes e a eliminação do que não é necessário para o corpo. A seguir conheceremos melhor cada componente do sistema digestório, bem como seu papel no processo de digestão. Boca A boca é o local onde a digestão começa. Nossos dentes promovem a digestão mecânica, garantindo que o alimento seja rasgado, amassado e triturado. Além da atuação dos dentes, o alimento na boca sofre a ação da saliva, a qual é secretada pelas glândulas salivares. A saliva contém a enzima amilase, também conhecida por ptialina, que promove o início da digestão dos carboidratos. A língua também é importante nessa etapa, garantindo que o alimento se misture à saliva e forme o chamado bolo alimentar. É a língua também que ajuda na deglutição do bolo alimentar, empurrando-o em direção à faringe. Faringe Esse órgão é comum ao sistema digestório e respiratório, abrindo-se em direção à traqueia e ao esôfago. O bolo alimentar segue da faringe para o esôfago. Esôfago É o órgão tubular e musculoso que conecta a faringe com o estômago. O bolo alimentar atinge o estômago graças às contrações do músculo liso que forma o esôfago. Essas contrações são chamadas de contrações peristálticas. Estômago O estômago é o órgão dilatado do sistema digestório e está localizado logo abaixo do diafragma. Nesse órgão, o bolo alimentar sofre a ação do suco digestivo, chamado suco gástrico, que é a ele misturado graças à atividade muscular do órgão. Nesse momento, o bolo alimentar passa a ser chamado de quimo. O suco gástrico apresenta entre seus componentes a pepsina, que atua na digestão de proteínas, e o ácido clorídrico, que torna o pH do estômago baixo e promove a ativação da pepsina. Geralmente, o ácido clorídrico e a pepsina não causam irritação na parede do estômago, pois esta apresenta um muco que a reveste. Além disso, há a renovação constante das células que revestem o interior do estômago. Intestino delgado Trata-se da porção mais longa do sistema digestório, apresentando cerca de 6 m de comprimento. Possui três segmentos: o duodeno, o jejuno e o íleo. Nessa porção do sistema digestório, a digestão é finalizada e há absorção de nutrientes. O órgão é responsável pela maior parte do processo de digestão. Na primeira porção, chamada de duodeno, o quimo, vindo do estômago, sofre a ação das secreções pancreáticas (suco pancreático), da bile e de secreções produzidas pelo próprio intestino delgado (suco entérico ou intestinal). A secreção pancreática, rica em bicarbonato, ajuda a neutralizar a acidez do quimo. Além disso, apresenta enzimas diversas, como a tripsina e a quimiotripsina, que atuam nas proteínas. A bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, atua como emulsificante, facilitando a digestão dos lipídios. Já a secreção produzida pelo intestino delgado é rica em enzimas, como a aminopeptidase (atua nos aminoácidos), nucleosidases e fosfatases (agem nos nucleotídeos). O jejuno e íleo, as porções seguintes do intestino delgado, atuam, principalmente, na absorção de nutrientes, graças à presença de vilosidades e microvilosidades. As vilosidades são dobras no revestimento do intestino, enquanto as microvilosidades são projeções nas células epiteliais da vilosidade. Intestino grosso Com cerca de 1,5 m de comprimento, esse órgão é responsável pela absorção de água e formação da massa fecal. Além disso, divide-se em ceco, cólon e reto. No ceco, observa-se uma projeção chamada de apêndice, bastante conhecida por sua inflamação (apendicite). O reto termina em um estreito canal – chamado de canal anal –, o qual se abre para o exterior no ânus, por onde as fezes são eliminadas. GLÂNDULAS ACESSÓRIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO As glândulas acessórias do sistema digestório liberam secreções que participam do processo de digestão. São elas: Glândulas salivares: responsáveis pela produção da saliva, uma substância rica em água, mas que também apresenta outros componentes, como enzimas e glicoproteínas. A saliva ajuda a lubrificar o bolo alimentar e também possui ação antibacteriana. Pâncreas: glândula mista, ou seja, possui funções endócrinas e exócrinas. Sua porção exócrina é responsável pela produção do suco pancreático, que apresenta uma série deenzimas que atuam na digestão, além de bicarbonato, que neutraliza a acidez do quimo. A porção endócrina do pâncreas é responsável pela produção dos hormônios insulina e glucagon. Fígado: segundo maior órgão do corpo humano, perdendo apenas para a pele. Atua em diversas funções no organismo, porém, na digestão, seu papel é garantir a produção da bile, uma substância que é armazenada na vesícula biliar e, posteriormente, é lançada no duodeno. A bile atua na emulsificação de gorduras, funcionando como uma espécie de detergente, facilitando a ação das enzimas responsáveis pela quebra de gordura. RESUMO SOBRE O SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestório atua no processamento do alimento, garantindo a absorção dos nutrientes importantes para o corpo. O sistema digestório é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Fazem também parte desse sistema as seguintes glândulas acessórias: glândulas salivares, pâncreas e fígado. A digestão inicia-se na boca, com a ação da saliva e dos dentes. O bolo alimentar segue para a faringe, para o esôfago e atinge o estômago, onde sofre a ação do suco gástrico e transforma-se em quimo. O quimo chega ao intestino delgado e sofre a ação de secreções produzidas pelo próprio intestino delgado, pâncreas e fígado. No intestino delgado, ocorre grande absorção de nutrientes. No intestino grosso, há a formação das fezes, que são eliminadas para o meio externo pelo ânus. DESMISTIFICANDO A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL A alimentação saudável deve ser composta por diferentes alimentos para se obter a maior variedade de nutrientes possível. Não basta comer apenas frutas e hortaliças/verduras, senão os vegetarianos seriam sempre mais saudáveis do que as outras pessoas. Sabe-se, então, que o importante é estabelecer um equilíbrio na ingestão dos alimentos: moderar no consumo de doces, frituras e alimentos ricos em gorduras e dar preferência a alimentos naturais, frescos, principalmente de origem vegetal. A alimentação saudável pode ser muito acessível, basta planejar quais alimentos devemos comprar e quais devemos evitar. Façamos, então, uma comparação de refeições com quantidades calculadas para uma pessoa. Em cada caso, apresentaremos uma opção saudável e outra não saudável, mostrando a quantidade de energia (calorias) e o valor monetário (custo) de cada uma. CAFÉ DA MANHÃ 1 Alimento Quantidade (peso g) Medida caseira Preço (R$) Valor energético (kcal) Pão 50g 1 unidade 0,25 135 Manteiga 10g 1/2 colher de sopa 0,15 90 Laranja 180g 1 unidade 0,25 97 Leite 150g 3/4 copo 0,30 88 Café com açúcar 50g 1/4 de copo 0,10 33 Alimento Quantidade (peso g) Medida caseira Preço (R$) Valor energético (kcal) Total 440g - 1,05 443 Na refeição acima, podemos observar que todos os alimentos utilizados são bastante comuns e podem ser adquiridos em qualquer época do ano. É importante saber que é possível tornar esse mesmo cardápio ainda mais barato. Como? Utilizar as frutas da estação é uma boa opção, pois elas apresentam preços mais baixos. Além disso, é possível variar essa refeição substituindo o pão por algum outro alimento regional que pertença ao mesmo grupo (de cereais, pães, massas), como farinha de cuscuz, tapioca, broa de milho ou fubá, maisena etc. A decisão a respeito da aquisição de alimentos em sua escola dependerá da maneira como sua cidade/município participa do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). As escolas podem receber verba e se tornam responsáveis pela aquisição de alimentos ou podem receber, diretamente, alimentos já adquiridos pelo órgão responsável (prefeitura). Nesta segunda modalidade, a escolha dos alimentos está um pouco mais distante da escola, sendo assim, as medidas de redução de custos deverão ser realizadas pela entidade responsável. Assim como na escola, as medidas para redução de custos das refeições podem, e devem, ser utilizadas em nossas casas. Devemos ter uma alimentação saudável e barata não apenas na escola, mas em todos os lugares que frequentamos: casas, restaurantes, feiras, creches etc. Além do preço, o café da manhã apresentado mostra que é possível realizar uma refeição gostosa e saborosa, e, lembre- se, frutas, cereais, leite e derivados são altamente recomendados para fazer parte dessa refeição, tanto pelo sabor quanto pela saúde. Que tal vermos agora um café da manhã que não é saudável? CAFÉ DA MANHÃ 2 Alimento Quantidad e (peso g) Medida caseira Preç o (R$) Valor energétic o (kcal) Biscoito recheado 65g 4 unidades 1,00 290 Pão de queijo 50g 5 unidades pequena s 0,90 140 Refrigerant e 350mL 1 lata 2,00 140 Total 440g - 3,90 598,00 Em comparação com a primeira refeição, você saberia dizer por que esta não é saudável? Vamos a algumas explicações: Apresenta muitos alimentos industrializados, que possuem menor variedade de nutrientes do que os alimentos in natura e contêm aditivos químicos, assunto que abordaremos na próxima unidade; Possui mais energia do que a outra, ou seja, acréscimo superior a 100 kcal “vazias”. O consumo frequente de refeições ou alimentos muito calóricos, ou seja, que têm muita energia, pode levar ao aumento de peso e, consequentemente, à obesidade e outras doenças, como diabetes e hipertensão; Não contempla alimentos regionais, deixando de incentivar a agricultura e o comércio locais. Dessa maneira, a refeição torna-se mais cara, pois os produtos utilizados foram trazidos de outras cidades. As despesas para armazenamento e transporte desses alimentos de uma cidade para outra são repassadas para o preço final do produto, que é o preço que pagamos como consumidores. Agora que já vimos algumas diferenças entre uma refeição saudável e uma não saudável, é importante lembrar que independentemente da refeição, devemos respeitar o conceito de alimentação equilibrada: qual é a proporção de alimentos que devemos comer? Já pensou em comer mais presunto ou manteiga do que frutas? Ou mesmo comer alimentos saudáveis numa quantidade duas vezes maior do que a nossa necessidade ou nosso apetite? Isso não seria correto e poderia, futuramente, acarretar problemas de saúde. Utilizamos o café da manhã para ilustrar como a alimentação pode ser saudável e barata. E se quiséssemos fazer o mesmo com o almoço? Como você faria um almoço com essas características? Utilizaria alimentos regionais? Vejamos, novamente, alguns exemplos: ALMOÇO 1 Alimento Quantidade (peso g) Medida caseira Preço (R$) Valor energético (kcal) Arroz 90g 2 colheres de sopa cheias 0,30 150 Feijão 65g 1 concha pequena 0,30 45 Carne moída 60g 1 colher de sopa cheia 0,70 120 Alface 20g 2 folhas médias 0,10 4 Tomate 30g 2 fatias médias 0,10 7 Mexerica 80g 1 unidade média 0,50 40 Total 345g - 2,00 366 A refeição que demos como exemplo é bastante simples e utiliza alimentos disponíveis em praticamente todas as regiões do País. Como sobremesa, adotamos uma fruta que possui sabor adocicado e fornece bons nutrientes para o corpo, complementando o almoço saudável. Em geral, devemos lembrar-nos de aplicar as mesmas regras que aprendemos ao analisar o café da manhã: utilizar predominantemente alimentos in natura, aproveitar frutas e hortaliças da estação, dar preferência para alimentos regionais e montar uma refeição com diferentes grupos de alimentos (cereais, leguminosas, hortaliças, frutas etc.). Vejamos, agora, um exemplo de almoço não saudável: ALMOÇO 2 Alimento Quantidade (peso g) Medida caseira Preço (R$) Valor energético (kcal) Arroz 90g 2 colheres de sopa cheias 0,30 150 Feijão 65g 1 concha pequena 0,30 45 Farinha 30g 2 colheres de sopa cheias 0,10 120 Alimento Quantidade (pesog) Medida caseira Preço (R$) Valor energético (kcal) Bife frito 100g 1 unidade média 1,15 230 Batata frita 50g 2 colheres de sopa cheias 0,30 140 Doce de leite 15g 1 colher de sobremesa rasa 0,25 43 Total 350g - 2,40 728 Nesta refeição, é possível observar que o valor energético, ou seja, a quantidade de calorias, é quase o dobro daquele encontrado no primeiro exemplo. Isso acontece porque essa refeição possui dois alimentos fritos e um doce. Ao fritar um alimento, este incorpora parte do óleo utilizado no processo de fritura e, conforme discutido anteriormente, os óleos pertencem ao grupo dos lipídios, que são nutrientes que fornecem grandes quantidades de energia/calorias para o nosso corpo. Observe que além das frituras, como sobremesa, foi utilizado um doce. Os doces são, em geral, alimentos que fornecem predominantemente carboidratos, ou seja, açúcares, para o nosso organismo. Como os carboidratos possuem função energética, somaram-se ainda mais calorias à refeição. Algumas observações importantes que devemos fazer em relação a essa refeição: Arroz, farofa e batata pertencem ao mesmo grupo de alimentos (cereais, pães e tubérculos), fornecendo nutrientes bastante semelhantes e intensificando o excesso de energia/calorias; Não há frutas ou hortaliças, alimentos que são fontes de nutrientes importantes, como vitaminas e minerais; Não há alimentos regionais, que auxiliam a economia e o desenvolvimento locais; Grande diferença entre os preços de alimentos in natura e industrializados, em geral, mais caros. Nós já sabemos quais as consequências de uma alimentação inadequada, em que o consumo excessivo pode levar ao desenvolvimento de doenças. Assim, esta refeição, por apresentar uma elevada quantidade de energia ou calorias, não pode ser considerada saudável. O consumo frequente de refeições como esta leva ao aumento de peso e pode comprometer a saúde. Comer bem e barato é uma atitude que ajuda a todos, melhorando a sua saúde, cuidando do seu dinheiro e estimulando a economia e a agricultura locais. VÍDEO AULA O conteúdo do vídeo é apresentado através de diversas formas, sendo elas imagens, tabelas, oratória e os principais conceitos escritos. Professora Ângela: hoje, unidade 2, com o tema: desmistificando a alimentação saudável. Temos como professores formadores a professora Ângela Socorro Prestes de Menezes e a professora Sabrina Alves, que é nossa assistente. Ambas são bacharel em nutrição. O objetivo da nossa aula hoje é, primeiramente, entender os benefícios de uma alimentação saudável. Também avaliar o custo- benefício entre a alimentação saudável e a alimentação industrializada. Atentar para a diferença entre o valor calórico e o valor nutricional dos alimentos naturais e industrializados. E compreender o processo de seleção de cardápios mais saudáveis para oferta da alimentação escolar e, por último, compreender também as consequências de uma alimentação inadequada. Neste módulo, nós daremos sequência ao que foi falado na nossa unidade anterior. Estaremos vendo como temos que fazer para darmos continuidade a uma alimentação saudável. Lembrando que é imprescindível que se faça um equilíbrio nessa alimentação, porque não compensa você comer mais de um alimento do que de outro. É muito importante ressaltar que haja um equilíbrio nessa alimentação, lembrando também que um prato colorido é um prato mais diversificado a nível nutricional. Ele vai ter com certeza uma variedade de nutrientes muito maior. A pergunta que o módulo nos faz é: é possível comer sem gastar muito? Você já se fez essa pergunta? Faço agora: é possível comer bem sem gastar muito dinheiro? Nesta unidade, nós veremos que a alimentação saudável também pode estar acessível. Nesta unidade nós faremos comparações de refeições com quantidades calculadas para uma pessoa. Nós teremos como base as diferenças desses cardápios. Observaremos também que em cada caso nós apresentaremos uma opção saudável e a outra não saudável. Veja bem, não saudável mostrando a quantidade de energia, ou seja, quantidade de calorias e o valor monetário, ou seja, a diferença, nível calórico e diferença de custo entre ambos os cardápios. Primeiro exemplo: o café da manhã. Lembrando que esse é um exemplo que diz, nos mostra as quantidades. Olha só, em gramas, medidas caseiras, o custo e o valor energético. Nesse quadradinho, estamos salientando o alimento. Aqui é a quantidade do alimento, o que esse alimento corresponde em medida caseira, o preço, esse alimento por pessoa e o valor energético. Nós temos o pão que corresponde a 50 gramas. Essas 50 gramas correspondem à uma unidade, o preço referente é 0,25 centavos e o valor energético 135 calorias. O outro alimento é a manteiga, com 10 gramas, que corresponde aproximadamente meia colher de sopa, o custo 0,25 e o valor energético 90. A laranja, 180 gramas, que corresponde a uma unidade, com 0,25 de preço, o custo e seu valor energético de 97 kcal. O leite é imprescindível num café da manhã, com 150 gramas, três quartos de um copo, R$0,30 e 88 de valor energético. O café com açúcar que é muito comum também nas mesas, 50 gramas, que corresponde a um quarto de copo e o seu custo por pessoa 0,10, equivalente a 33kcal. Chegando no final dessa tabela aqui, nós podemos verificar que o custo, ou seja, esse preço aqui que está expresso e referente a essas quantidades, no final ele totaliza um real e cinquenta centavos, o valor energético 443 kcal. O que nós observamos é que todos esses alimentos utilizados são bastante comuns nas mesas e podem ser adquiridos em qualquer época do ano. É importante também saber que é possível tornar este mesmo cardápio, ou seja, esse mesmo café da manhã ainda muito mais barato. Por exemplo, as frutas da estação são boas opções, porque quando elas estão na safra apresentam preços mais baixos e, consequentemente, o custo final do cardápio vai ser menor. Observamos que é possível variar essa refeição substituindo o pão por algum outro alimento regional, lembrando que se tratando da alimentação escolar é muito importante que nós façamos isso, possamos dar opções para que possam ser substituídos esses alimentos, priorizando os alimentos regionais que pertencem ao mesmo grupo. Por exemplo, os cereais, pães e massas como farinha de cuscuz, tapioca, broa de milho ou fubá e maisena. Quando se prioriza esses alimentos regionais, a gente fortalece a agricultura familiar e a cultura e economia local também. Se tratando de aquisição de alimentos, se no seu município ela é feita pela prefeitura ou pelo Estado, procure se informar sobre quem planeja e decide a respeito das compras dos alimentos em seu município. Lembrando que cada município adota um sistema de compra que nós veremos nos módulos seguintes. A decisão a respeito da aquisição de alimentos em sua escola dependerá da maneira como se usa, ou seja, a cidade onde o município participa do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Existem municípios que têm um sistema centralizado, outros descentralizados. Isso depende de como esse município ou essa cidade participa do nosso Programa Nacional de Alimentação Escolar. Lembrando que muitas escolas têm um sistema descentralizado, que é justamente quando elas recebem a verba e tornam-se responsáveis pela aquisição desses alimentos ou até mesmo, em alguns casos, elas podem receber diretamente alimentos já adquiridos pelo órgão responsável. Em caso que a escola seja o responsável para aquisição, para compra dessa merenda, é importante ressaltar que ela tem que fazer a seleção dos cardápios baseada na aceitabilidade das crianças, dando preferência para as preparações que tenham mais legumes, verduras e frutas. Lembrando que preparações que contenham suco de fruta ela também pode oferecer a fruta. Cardápiosque contém leite, que é justamente para ter uma diversificação de nutrientes nessa preparação. Quando a escola recebe diretamente os alimentos já adquiridos pelo órgão responsável, a escolha destes alimentos fica um pouco mais distante, ou seja, a escola não seleciona o que ela quer, porque é repassado. Sendo assim, as medidas de redução de custos deverão ser realizadas pela entidade responsável. Assim como na escola, as medidas para a redução de custos das refeições podem e devem ser utilizadas também em nossa casa. Não é só na escola que devemos fazer essa redução de custos. Obviamente fazendo essa redução de custos mais com produtos de qualidade e questão de preços, que não estejam nem acima nem abaixo do mercado, que estejam em um patamar que seja praticado. Podemos também fazer essa redução de custos na nossa casa. Devemos ter uma alimentação saudável e barata não apenas na escola, mas em todos os locais que frequentamos: casas, restaurantes, feiras e creches. Além do baixo custo, o café apresentado mostra que é possível realizar uma refeição gostosa e principalmente saborosa. Lembrando que valorizar a cultura alimentar local é uma forma de você também fazer com que essa refeição seja saborosa e deixar essa cultura continuar. É uma forma de fazer com que as crianças aceitem aquele alimento, porque se eu estou em uma determinada escola, eu faço uma seleção de cardápios daquela bateria ou daquela seleção de candidatos, eu preparo aquela alimentação. Se eu não fizer essa pesquisa junto aos alunos, obviamente pode haver um desperdício. Muitas crianças poderão não aceitar, justamente por não fazer parte dessa cultura. Lembre-se que frutas, cereais, leites e derivados são altamente recomendados para fazer parte dessa refeição, tanto pelo sabor quanto pela saúde. Antes de ver o segundo exemplo de café da manhã, eu quero perguntar à professora Sabrina se ela quer ressaltar alguma consideração a respeito do que foi falado. Professora Sabrina: É importante ressaltar que consumir alimentos da época é também uma boa opção para quem quer ganhar em qualidade e economia. Para você saber quais são os alimentos da época, você também pode consultar a tabela de safras pela internet. Assim, você vai estar pagando bem mais barato e vai ser uma economia maior para o seu bolso. Professora Ângela: Professora, com relação à substituição de alguns alimentos. Por exemplo, nós temos o pão que pode ser substituído por uma tapioca, que também é regional. Substituir por alguns alimentos do mesmo grupo, conforme falamos na pirâmide. Professora Sabrina: Fazer pequenas substituições por alimentos do mesmo grupo também é uma forma de priorizar os alimentos da região. Professora Ângela: Agora nós vamos ao exemplo de café da manhã que não é saudável. Lembrando também que este exemplo de café da manhã contém quantidade em gramas, medidas caseiras, o custo e o valor energético deles, da mesma forma do outro. Alimento, quantidade em gramas e medida caseira que corresponde aquele alimento, o preço e valor energético. Nós temos aqui um biscoito recheado correspondendo a 65 gramas, que em medidas caseiras quer dizer 5 unidades desse biscoito, um o preço de 1 real e o valor energético 290 kcal. Um pãozinho de queijo de 50 gramas, aproximadamente 4 unidades pequenas, R$0,90 e 140 kcal. O refrigerante, 350 ml que corresponde a uma latinha de refrigerante, o custo desse refrigerante é R$2,00 e o valor energético 140. No final quando se faz a somatória, todos esses alimentos, com relação ao custo, eu vou ter R$3,90. Esse é um exemplo do nosso modo, lembrando que esse custo vai ser bem relativo. Geralmente, se procurar pesquisar em um local, vai ser um preço e em outro local vai ser de outro. É muito flexível e no final o valor energético 570 calorias. Vocês viram a diferença, tanto em custo quanto valor energético do primeiro café da manhã para esse segundo. Vamos ver, vamos fazer essa comparação. Olha só, em comparação com a primeira refeição, você saberia dizer por que a segunda não é saudável? Olha a interrogação aqui! Ela apresenta muitos alimentos industrializados que possuem menor variedade de nutrientes em comparação com os alimentos in natura e contém aditivos químicos. Nós sabemos que todos os alimentos industrializados possuem aditivos químicos, que é para questão de conservação maior do alimento. Possui também muito mais energia do que a primeira preparação, ou seja, do que o primeiro exemplo. Também existe um acréscimo muito superior a 100 calorias, o que geralmente nós costumamos dizer que são chamadas de calorias vazias. Não é isso, professora Sabrina? Professora Sabrina: Isso mesmo! Você pode fazer essa comparação também até na sua própria rotina. Experimente comprar alimentos mais saudáveis e alimentos não saudáveis, e comparar qual que tem um melhor custo benefício para você. Professora Ângela: Isso mesmo, vamos continuar! Café da manhã 1 e café da manhã 2. O consumo frequente de refeições e alimentos muito calóricos, com certeza, ele possui muito mais energia e pode levar ao aumento de peso e consequentemente a obesidade e outras doenças, como diabetes e hipertensão. Essas palavrinhas aqui vocês verão com certeza muitas vezes aqui, tanto da minha aula quanto na aula da professora Carolina. São pontos importantíssimos que nós vamos sempre estar nos referindo. O cardápio, esse segundo cardápio não contempla alimentos regionais, deixando com certeza de incentivar a agricultura e o comércio local. Nós entendemos que a alimentação escolar deve ser variada, deve ser diversificada em quantidade, qualidade e custo. Quanto mais colorida, com certeza mais diversificada a nível nutricional. Dessa maneira, a refeição torna-se mais cara, pois os produtos utilizados foram trazidos de outras cidades. As despesas para o armazenamento e transporte desses alimentos de uma cidade para outra são repassados para o custo final do produto, que é o preço que pagamos como consumidores. Obviamente quando ele vem de outras cidades, são produtos industrializados, foram agregados preços. Por isso que quando nós consumidores vamos ao supermercado nós sentimos essa diferença no nosso bolso, o custo é mais elevado. Qual a diferença entre refeições saudáveis e não saudáveis? É importante lembrar que independentemente da refeição, nós devemos respeitar o conceito de alimentação equilibrada. Aí se questiona: Qual a proporção de alimentos que nós devemos comer? O módulo questiona: Devemos comer mais presunto ou manteiga do que fruta? Devemos comer alimentos saudáveis em uma quantidade duas vezes maior do que a nossa necessidade ou nosso apetite? Claro que não! Nós sabemos que tudo que é em demasia obviamente faz mal. É a questão do equilíbrio, fazer o equilíbrio no consumo desses alimentos, priorizando os alimentos in natura para evitar possíveis e futuras doenças ou consequências mais graves. Bem, aí se questiona: Isso seria correto ou futuramente acarretaria problemas de saúde, professora Sabrina? Professora Sabrina: Além do equilíbrio, um fator importante que a gente deve considerar também é a questão da harmonia dos alimentos entre si, a combinação é um fator muito importante. Por exemplo, eu acho que você já passou por alguma situação. Você conhece determinada pessoa que tem o hábito de consumir juntamente com almoço leite ou vitamina né? Não é uma combinação interessante, justamente porque no leite nós temos o cálcio e no almoço, na refeição do almoço, temos o ferro contido na carne, no feijão. São dois nutrientes que competem entre si: o cálcio diminui a biodisponibilidade do ferro. Você atentar para a questão de combinação da harmonia e do equilíbrio do alimento também é um fator importante, né professora? Professora Ângela: Isso, professora! Só para nós esclarecemos para os nossos alunos. Umarefeição em que eu tenha carne, por exemplo, tem ferro e se eu decidir tomar leite. Não é recomendado isso, para que eles entendam, porque um vai impedir que o outro seja absorvido. Professora Sabrina: Isso mesmo! Professora Ângela: Então, a biodisponibilidade seria… explique para eles! Professora Sabrina: Seria um nutriente que esteja disponível. Por exemplo, o ferro está disponível na carne e no feijão, e o cálcio está disponível no leite. Um nutriente compete com o outro pela absorção do nosso organismo, o cálcio diminui a disponibilidade do ferro. Leite, feijão e carne são alimentos que não são indicados para o consumo junto. Professora Ângela: Junto né? Se não, sempre vai ficar com aquela... Professora Sabrina: Questão de harmonia mesmo da alimentação. Professora Ângela: “Tá” certo! Como fazer o almoço com essas características? Devemos utilizar alimentos regionais? Vejamos novamente alguns exemplos. Nós vimos o exemplo café da manhã 1 e o 2. Todos os 2 diferentes, tanto a nível de alimentos quanto a nível de custo e quanto a valores energéticos. Vimos que existe uma diferença muito grande nesses valores. Nós vamos ver aqui, agora, o exemplo e que é justamente o do almoço com as mesmas quantidades em gramas, medidas caseiras, custo e valor energético. O quadrinho do alimento e o alimento em quantidade, a medida caseira, o preço e o valor energético que corresponde ao alimento. Olha só o arroz, nosso carro chefe com 90 gramas, que corresponde a 2 colheres de servir cheia, e o custo 0,30 e o seu valor energético 150. O feijão também é muito cotado, muito apreciado, com 65 gramas, que corresponde a 1 colher pequena, 30 centavos e 45 kcal. A nossa carne moída que é tão bem aceita 65 gramas por pessoa e uma colher de servir cheia, que corresponde a R$0,70 e a 120 calorias. Alface, olha aqui o movimento regional, 20 gramas, corresponde a 2 colheres médias e R$0,10 com 4 de valor energético. Tomate, 30 gramas, 2 fatias médias, R$0,10 e tem 7 de valor energético. Uma mexerica como sobremesa corresponde a 80 gramas, a unidade média sendo com 50 centavos e 40 de valor energético. Vejam bem que existe um, dois, três, quatro, cinco, seis itens que contemplam este exemplo de cardápio, um almoço. Só que no final o seu custo chega a 2 reais, e quando chega no final do seu valor energético ele corresponde a 366 kcal. Vejam bem todos esses itens que ele contempla, certo? Neste exemplo, nós verificamos que é bastante simples utilizar alimentos disponíveis em praticamente todas as refeições. Para sobremesa, foi utilizado uma fruta que possui sabor adocicado, obviamente fornece bons nutrientes para o nosso corpo, complementando assim um almoço saudável. Em geral, devemos nos lembrar de aplicar as mesmas regras que aprendemos ao analisar o café da manhã, que é contemplar alimentos da época, alimentos regionais, alimentos que as crianças têm uma aceitabilidade maior. Utilizar predominantemente alimentos in natura. Olha só, aproveitar frutas e hortaliças da estação, dando preferência de novo para os alimentos regionais e montar uma refeição com diferentes grupos de alimentos como foi de cereais, leguminosas, hortaliças e frutas. Agora, o exemplo do almoço 2, também com as mesmas características a quantidade em gramas, medida caseira, custo e valor energético, o alimento, a quantidade em gramas, medida caseira, preço e o valor energético. O carro chefe, o nosso arroz com 90 gramas, que corresponde a 2 colheres de servir cheia e com 30 centavos e 150 quilos calorias. O feijão, 65 gramas, uma concha pequena, 30 centavos e 45 quilos calorias. A farinha, 30 gramas, corresponde a 2 colheres de sopa cheia, 10 centavos e 120 kcal. Olha, o bife frito aqui tão preferido, 100 gramas, corresponde à uma unidade média, preço a 1,15 e 230 quilos calorias. A batata frita, 50 gramas, 2 colheres de sopa cheia, 30 centavos e 140 quilos calorias. Olha o doce de leite como sobremesa, 15 gramas, uma colher de sobremesa rasa, 25 centavos o custo e 43 de valor energético. Totalizando aqui, quando chega no preço final, o custo desse cardápio ficou a R$2,40 e o valor energético dele 728. Uma diferença bem significativa, não é, professora? Professora Sabrina: Bem significativo! Você está vendo aí o custo benefício de uma alimentação saudável com uma alimentação não saudável. Temos até aqui um questionamento da professora da tutora Kelly, de Nova Brasilândia, ela perguntou se faz mal comer melancia com comida. Não faz mal! Você viu ali na primeira refeição do almoço, a gente tinha uma mexerica como sobremesa por sinal, né. A melancia, uma fruta que contém muitos nutrientes e é indicado sempre ter na sua sobremesa uma fruta. É muito mais preferível do que um doce que é rico em calorias, rico em gorduras, é muito melhor você preferir uma fruta do que um doce na sua alimentação, com certeza. Professora Ângela: Vocês viram as diferenças do exemplo de almoço 1 e exemplo de almoço 2, um dois e o outro dois e quarenta. A questão da quilocaloria (kcal) também é bem demasiada, só que nós vamos ver outros aspectos que são referentes a esse cardápio. Nessa refeição, é possível observar que o valor energético, ou seja, a quantidade de calorias é quase o dobro daquela encontrada, justamente no primeiro exemplo aqui eu falei. Isso acontece porque este exemplo 2 inclui alimentos fritos e um doce. Ao fritar um alimento, esse alimento incorpora grande parte do óleo e isso vai agregar muito mais valor calórico a ele. Olha aqui o que disse: ao fritar um alimento, este incorpora parte do óleo utilizado no processo de fritura, que o torna muito mais calórico e os óleos pertencem ao grupo dos lipídios, que são nutrientes que fornecem grandes quantidades de energia ou caloria para o nosso corpo. Lembra da pirâmide que justamente no topo dela, diz que se deve restringir um pouco este consumo, você não pode comer em demasia. O cardápio, além das frituras, possui como sobremesa doce e esse doce também agrega um valor quilocalórico maior, porque os doces são, em geral, alimentos que fornecem predominantemente carboidratos, ou seja, açúcares para o nosso organismo. Como os carboidratos possuem função energética, eles somam ainda mais calorias para a refeição, por isso que o torna muito mais calórico. Cuidado. Algumas observações importantes que devemos fazer em relação a essa refeição, olha só que observação importante: o arroz, a farofa, batata, eles pertencem ao mesmo grupo de alimentos (cereais, pães e tubérculos) fornecendo nutrientes bastante semelhantes e intensificando o excesso de energia ou caloria. Por isso é bom balancear. Quando ver que esses alimentos fazem parte do mesmo grupo, você retirar, balancear. Não há fruta nesse cardápio ou hortaliças, alimentos que são importantes, são fontes de nutrientes importantes como as vitaminas e os minerais. Este, a nível nutricional, é um cardápio muito pobre, não saudável. Observamos também que não há alimentos regionais que auxiliam a economia e o desenvolvimento local. Professora´, tem mais algum questionamento, alguma interação? Professora Sabrina: Tem uma interação! Eu fiz aqui uma pergunta aqui no chat, perguntei se alguém tinha alguma experiência para nos contar quanto a preferir consumir alimentos naturais ao invés de industrializados. Temos a resposta da tutora Luciane, ela disse que “nem sempre é possível, com horários muito corridos optamos por comidas práticas e não saudáveis. O café da manhã fica no meio do caminho, pois temos que levantar cedo e não nos alimentamos direito” essa foi uma resposta da aluna Marisa. Professora Ângela: Olha, queremos mandar um abraço a todos os tutores, a todos os polos, agradecer a participação. Continuem participando, porque é muito importante para as nossas aulas. É complicada essa correria do dia a dia, influencia uma sériede fatores na nossa vida, não é isso, professora? Professora Sabrina: Isso, mas basta a gente se organizar direitinho e ter disciplina que sempre é possível, sim! Professora Ângela: Depois nós nos acostumamos à essa rotina, quando você começa a planejar direitinho, já tudo se encaixa e Professora Sabrina: Isso, você vai se adaptando aos poucos, é todo um processo que exige sua dedicação. Professora Ângela: Isso aí! A grande diferença entre os preços dos alimentos in natura e dos industrializados, estes, em geral, são muito mais caros do que os in natura, faça uma comparação para você ver. Entre as consequências de uma alimentação inadequada, o consumo excessivo pode levar, consequentemente, ao desenvolvimento de doenças, tipo diabetes, hipertensão, uma série de outros fatores. Assim, a refeição por apresentar uma elevada quantidade de energia ou caloria, não pode ser considerada como saudável. Alguma consideração, professora? Mais alguma interação? Professora Sabrina: Temos aqui a pergunta da tutora Valéria, em Geo da Floresta. Ela perguntou se temos alguma sugestão mais acessível financeiramente de alimentos. Tutora: Nós sugerimos as prioridades para os alimentos regionais e os alimentos da safra. Por exemplo, nós sabemos que alguns alimentos são produzidos o ano todo e outros são por safra. Obviamente, aqueles que são da safra, o custo tende a ser menor. No que se refere ao contexto escolar, nós sugerimos que vocês façam essas opções. Priorizar os alimentos ou as preparações com alimentos in natura e justamente aquelas que contemplem frutas da safra. Se na preparação tiver uma fruta e aquela fruta não é da safra, sugerimos que faça substituição pela fruta da safra. Não há problema, certo? Professora Sabrina: Isso mesmo! Tutora: O consumo frequente de refeições calóricas pode levar ao aumento de peso das nossas crianças, comprometendo a saúde. Sem contar que o aumento de peso não é só a obesidade, hipertensão e diabetes, mas pode vir também para as crianças uma questão de depressão. Não só crianças, como em adultos também, porque a pessoa com excesso de peso fica muito mais limitada para desempenhar todas as suas atividades, fica desmotivado porque vai comprar uma roupa e de repente essa roupa não cabe direito nela. Vale lembrar também que essa questão de obesidade não está relacionada somente a questão da alimentação, tem que se fazer um apanhado, um estudo bem individualizado para saber realmente a origem, e isso só um profissional que tem competência, certo? Aqui nós pedimos que você reflita um pouco como são as refeições em sua escola, se acha que as refeições, as seleções dos cardápios são saudáveis, que as opções que vocês têm aí são saudáveis, sim ou não? Vocês podem estar interagindo isso mais tarde nas atividades. Pode ser que elas são ou não saudáveis? E da sua casa, é saudável? Me responda, vamos também saber na interação! Nós aprendemos que é possível ter uma alimentação boa sem ter que gastar muito dinheiro. Algumas medidas simples auxiliam bastante na montagem de uma alimentação saudável e permite grande economia. Comer bem e barato é uma atitude que ajuda a todos, principalmente no que se referir aos nossos alunos, porque a refeição que é preparada na escola e para ajudar no desempenho do aluno, é para ajudar ele a desenvolver as suas atividades, para ele brincar, para que ele possa aprender. Melhora a sua saúde, porque uma alimentação colorida é uma alimentação variada em nutrientes, ela é saudável. Economiza o seu dinheiro, obviamente, a escola tem que fazer isso ressaltando que não são preços altos e nem muito baixo, são preços praticados no mercado. Obviamente, com produtos de qualidade, sem contar que estimula a economia e a agricultura local, que é muito importante agora. A agricultura local para fornecer alimentos in natura, mentos de qualidade para as nossas crianças. Professora, antes de darmos aqui um minuto para que eles possam desempenhar suas atividades, a senhora quer acrescentar alguma coisa? Professora Sabrina: Temos o questionamento de uma aluna, aluna Adriana Bueno, ela perguntou se “existe alguma forma de substituir as frutas, tendo em vista que nosso salário, (muitas vezes nem o salário da pessoa torna-se baixo) e isso torna pouco, é pouco para consumir alimentação saudável. Ela quer saber se existe alguma opção para substituir as frutas. De modo geral, vemos que as frutas e legumes estão muito caros. Principalmente agora com essa questão de cheias, os alimentos tendem a ficar mais caros justamente pela dificuldade. Nós sugerimos que vocês priorizem os da época para isso e quem puder ter algum tipo, mas sempre recomendamos quem puder ter “hortinhas” suspensas, que facilita muito. O dinheirinho que você ia gastar é comprando aquele produto que está na sua casa, você já pode consumir outro. Lembrando, assim, se o dinheiro não der para comprar, professora, como nós sabemos que existe uma dificuldade na questão salarial, obviamente que não dá para comer toda semana, mas você fazer uma seleção para que você possa fazer essa gestão de verduras, legumes, frutas, algumas vezes na semana. Pelo menos, é melhor do que nada! Professora Sabrina: Isso mesmo, pelo menos se você conseguir consumir três vezes por semana, já é ideal. Também procure fazer suas compras na feira, geralmente o custo acaba sendo bem mais baixo do que no supermercado. Não deixe de consumir frutas, verduras e legumes. São alimentos insubstituíveis, não é, professora? Professora Ângela: Isso mesmo, é aquilo que nós falamos! O nosso organismo absorve uma pequena quantidade, mas não é pelo fato de serem absorvidos em pequena quantidade que nós não necessitamos. Muito pelo contrário, são muito importantes. Mais alguma, professora? Professora Sabrina: Temos aqui também! Uma tutora falou que nem sempre... calma! Não estou conseguindo ver. Ela falou que nem sempre é possível fazer a refeição em casa. Eles acabam combinando entre si de levar. Cada um leva uma alimentação no trabalho e lá eles fazem um café da manhã. Também é uma opção bem prática! Se você não tem tempo de realizar a sua refeição em casa, combine com seus colegas de trabalho. Cada um leva uma opção saudável, e assim você realiza sua alimentação de forma tranquila e saudável. Professora Ângela: Começando com o principal também, né professora? Que é o café da manhã, que muitas pessoas pulam! “Ah, eu não tomo café da manhã!” “Eu só almoço! ” Professora Sabrina: Isso! Professora Ângela: É um grande erro, né! É assim, um “mutirãozinho”, cada um leva um pouco e, com certeza, no final, quando vocês vão ver, dá uma quantidade considerável. É isso mesmo, uma ideia muito boa, não é isso? Professora Sabrina: É, uma boa sugestão! Professora Ângela: Mais alguma coisa, professora? Professora Sabrina: Por enquanto, não! Professora Ângela: Nós vamos agora! Queridos alunos, tutores, todos os polos, nós vamos dar um pequeno intervalo para que vocês possam desenvolver as atividades e retornaremos com a nossa interação, ok? DA DESNUTRIÇÃO À OBESIDADE O estado nutricional das crianças e dos adolescentes é de grande importância para seu crescimento e desenvolvimento, tanto físico como intelectual. Sabe-se que ele também reflete as condições socioeconômicas de uma população. Por essa razão, muitas pesquisas são realizadas no Brasil há várias décadas, com o objetivo de avaliar o estado nutricional desse grupo, tendo mostrado resultados importantes sobre a evolução nutricional da população infantil. Nesse sentido, vamos aqui apresentar um breve histórico da evolução nutricional das crianças e dos adolescentes brasileiros. O desenvolvimento da criança pode ser prejudicado quando seus pais não recebem orientação de médicos, enfermeiras, nutricionistas, auxiliares de enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
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