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Conduta na Crise Epiléptica

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Urgência e Emergência 
Palestra 2 – Daniela Rocha Fonseca 2021-2 
Epilepsia e Crises Convulsivas 
• Gravidade: depende do tempo de crise, duração, circunstância externa. 
• Algumas crises são piores que outras. 
• A maioria é autolimitada e não necessitam de qualquer intervenção de urgência. 
• O prognóstico é bom, tem caráter benigno. 
Crise epiléptica X Crise convulsiva 
• Crise epiléptica usada para portadores da doença Epilepsia, que apresenta alteração de estímulos elétricos 
cerebrais. 
- Pode gerar desordens musculares ou não. 
• Na convulsão sempre haverá desordens motoras. 
- Convulsão é a contratura involuntária da musculatura (abalos musculares), que provoca movimentos 
desordenados. 
- Geralmente é acompanhada pela perda da consciência. 
- As convulsões acontecem quando há a excitação da camada externa do cérebro. 
Classificação das crises epilépticas 
→ Parciais: 
• Simples: não há perda de consciência (autonônimas, sensoriais, motoras, auditivas, visuais). 
- É de risco baixo 
• Complexas: há perda de consciência. 
- É de risco moderado. 
- Pode evoluir para crise generalizada com frequência 
 
→ Generalizadas: 
• Não é porque é generalizada que é de alto risco. 
• São desencadeadas por hiperventilação. 
• Tem alteração do encefalograma. 
• Nem todo paciente que desmaia é convulsão. 
1. Ausência (baixo risco) – Comum em crianças. Crise de ficar parado, perder o contato visual 
- Crise de ausência – São desencadeadas por hiperventilação. É benigno 
2. Atônica (alto risco). 
- Não é tão benigna. 
- Comum em adolescentes. 
- Está andando, perde o tônus e cai. 
- Costuma piorar com carbamazepina 
3. Tônica (alto risco): Se contorce, aumenta o tônus com postura de decorticação durante a crise. 
4. Clônica/mioclônica (moderado risco): Começa a ter abalos. 
5. Tônico-clônica (alto risco): Hipertonia onde se contorce + e evolui para abalos tônicos (Mordedura de lingua, 
liberaçao esfincteriana etc) 
Conduta 
• Retirar pessoas em volta 
• Abrir caminho 
• Mover objetos que possam machucar o paciente 
• Manter calma, observar cronometrar o tempo de duração da crise e caracterizar a crise 
• Lateralizar o paciente (lado esquerdo) para manter a via aérea pérvia 
• Proteger a cabeça. 
• Folgar qualquer aperto em região cervical (desabotoar camisa, gravata) 
• **Não tentar interromper os movimentos do paciente ou segurar para baixo – tentar lateralizar 
• **Não colocar qualquer coisa na boca durante a crise nem tentar abrir a boca do paciente 
• Após a crise, colocar em posição lateral de segurança, para o lado esquerdo para melhorar o retorno venoso e 
escorrer a saliva, evitando, assim, a broncoaspiração, 
• Depois da crise, permanecer com o paciente até que ele esteja completamente acordado. 
Quando preocupar? 
• Primeira crise da vida (não sabemos o 
comportamento da crise, a causa da crise). 
• Duração mais de 5 minutos (pode evoluir para 
status epilepticus – estado de mal epilético) 
• Repetição das crises sem recobrar consciência 
• Paciente grávida (eclampsia) 
• Convulsão que ocorra na água 
• Dificuldade de respirar 
Quando ligar para 192? 
• Sempre que tiver sinais de “quando se preocupar”. 
Quando usar medicamentos de cessar a crise? 
• Drogas que agem rápido para interromper a crise 
• Não são efetivos como tto anti-epiléptico de rotina – drogas antiepilépticas não tratam durante a crise 
• São os BZD que cessam a crise 
- Podem ser adm por várias vias: orais, retais, nasal, EV 
- BDZ: tira o paciente da crise, efeito rápido, pode abreviar o tempo de crise. A via preferencial é a mais rápida. 
▪ Oral: Diazepam, lorazepam (dificuldade por cerrar a boca nas crises). 
- Nunca adm na forma de solução. 
- Via menos utilizada 
- Muitas vezes vai demorar mais que 2 minutos, tempo que a crise já 
pode ter cessado. 
▪ Retais: Diazepam gel (poder absortivo rápido) – não existe no mercado 
brasileiro. 
▪ Nasal* (alto potencial de absorção): Midazolam (spray). 
- Comum na prática de pediatria (Coloca o medicamento na siringa). 
Depois pega o acesso venoso quando tiver resolução de crise. 
▪ EV: É a de preferência se já tem o acesso feito. 
- Muitas vezes, fazer o acesso na crise é difícil 
OBS: Fenitoína, fenobarbital: Previne uma nova crise!!!!! São utilizados 
após a crise! Vale para todas as drogas antiepilépticas.
→ Diazepam retal: 
• Abre as nádegas 
• Pega remédio na seringa 
• Injeta com força 
• Faz flush 
• Aperta a nádega para não perder a medicação. 
• Difícil adm durante a crise. 
 
→ Midazolam intranasal: 
• Boa absorção 
• Próprio paciente pode adm em crise simples. 
• VIA PREFERIDA 
 
→ Via oral: 
• Adm. na região lateral da boca. 
• Não aconselha muito fazer. 
 
Como prevenir crises? 
• Triggers (gatilhos): 
- Má aderência ao tratamento (principal causa de crises repetidas). 
- Álcool e drogas 
- Stress 
- Luzes: boate. Uma parte do EEG é exposição a luses 
- Temperatura externa: frio x calor. 
- Febre*: Diferente de convulsão febril na pediatria (até os 6 anos, imaturidade do SN, benigno) X infecção febril 
= A febre pode diminuir o limiar convulsivo – mas não é a causa; procurar a causa formal (meningite..) 
- Privação de sono.
Status Epilepticus 
• Definição formal: Crises epilépticas que não param em 30min ou que acontecem sem recobrar a consciência. 
- Na prática: 5 minutos já trata como status epilepticus 
• Tratamento de emergência (letalidade 2-55%) 
• Causa: desconhecida em 25-40%. 
• Principais causas: 
- Má aderência ao tratamento* 
- Abstinência alcoólica ou intoxicação alcoólica. * 
- Tóxico (anfetamina), metabólico (verificar glicemia, hiponatremia), hipóxia (saturação), infeccioso (sepse). * 
- AVC/ trauma/ tumor. 
Como tratar? 
• 1º: ABC: Abrir via aérea; Boa ventilação; Boa circulação. 
• Revisão laboratorial para tentar identificar causas específicas 
• INICIAR DURANTE A CRISE O BZD (Lorazepam/Diazepam) E DEPOIS JÁ INICIAR Fenitoína para prevenção. 
- Fenitoina: Dose de ataque (15-30mg/kg) inicia com 15, se não responder faz mais 15. 
- Lembrando que é para prevenção de crise; Não pode fazer fenitoína em bolus 
- Se não responder após 30mg/kg de fenitoína: Fenobarbital (Dose 15-30mg/kg – tem maior meia-vida), ácido 
valproico, keppra (Levetiracetam). 
• Crise refratária a fenitoína e depois fenobarbital: Intubar; Fazer midazolam/propofol/tiopental continuo, vaga na 
UTI 
• BDZ contínuo (midazolam, propofol) + UTI + IOT. 
 
USA: suporte avançado 
Não respira: parada cardiorrespiratória 
USB: suporte básico 
Orientar medidas de proteção: tirar curiosos; 
proteger cabeça; virar de lado; observar tipo de 
crise. 
DAE: droga anti-epiléptica. 
 
 
 
 
 
Drogas de Escolha 
• Status epilépticos – Lorazepam 
• Crise de ausência – Ethosuximida, na pratica usa Acido valproico 
• Crise convulsiva parcial – Tegretol, ácido valproico 
• Crises infantis – ACTH 
• Lennox- gastaut – ACTH 
OBS: Anticonvulsivantes associados a hiponatremia: Carbamazepina/Tegreto 
 
1-Qual das drogas antiepilépticas tem a menor meia vida? 
a) Carbamazepina (usar, pelo menos, de 8 em 8 h) 
b) Etosumidato 
c) Fenobarbital (maior meia-vida) 
d) Fenitoína 
e) Valproato

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