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SENTIDOS ESPECIAIS, MEMÓRIA E EMOÇÕES

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ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
SENTIDOS ESPECIAIS, MEMÓRIA E EMOÇÕES 
 
Formação da memória e regaste à longo prazo 
 
Sem memória, repetiríamos os erros e seríamos incapazes de aprender. Da mesma maneira, não 
seríamos capazes de reproduzir nossos sucessos ou realizações, exceto por acaso. Embora tanto 
o aprendizado quanto a memória tenham sido muito estudados, ainda não temos uma explicação 
completamente satisfatória sobre como nos lembramos de informações ou como nos lembramos 
de eventos. Entretanto, certamente sabemos alguma coisa a respeito de como a informação é 
adquirida e armazenada e está claro que existem diferentes categorias de memória. 
O aprendizado é a capacidade de adquirir novas informações ou habilidades por meio de 
orientação ou experiência. A memória é um processo pelo qual as informações adquiridas pelo 
aprendizado são armazenadas e recuperadas. Para que uma experiência se torne parte da 
memória, ela deve produzir mudanças funcionais e estruturais persistentes que representam 
aquela experiência no encéfalo. Essa capacidade de mudança associada ao aprendizado é 
chamada de plasticidade. A plasticidade do sistema nervoso é responsável por nossa capacidade 
de modificar nossos comportamentos em resposta a estímulos tanto do ambiente externo quanto 
do interno. 
Ela envolve modificações em neurónios individuais, por exemplo, a síntese de proteínas diferentes 
ou o brotamento de novos dendritos, bem como mudanças nas forças das conexões sinápticas 
entre os neurónios. As partes do encéfalo que conhecidamente estão envolvidas com a memória 
incluem as áreas associativas dos lobos frontal, parietal, occipital e temporal; partes do 
sistema límbico, especialmente o hipocampo e amígdala e o diencéfalo. As áreas primárias 
somatossensorial e motora do encéfalo também exibem plasticidade. Se uma parte específica do 
corpo é utilizada mais intensivamente ou há uma atividade recém-aprendida, como a leitura de 
Braille, as áreas corticais dedicadas àquela parte do corpo se expandem gradualmente. 
A memória ocorre em estágios ao longo de um período de tempo. A memória imediata é a 
capacidade de lembrar experiências atuais por alguns segundos. Ela fornece uma perspectiva para 
o tempo presente, permitindo que nós saibamos onde estamos e o que estamos fazendo. A 
memória a curto prazo é a capacidade temporária de lembrar algumas informações por alguns 
segundos ou minutos. Um exemplo é quando você olha para um número de telefone que não é 
familiar, atravessa a sala até o telefone e então disca o número novo. Se esse número não tiver 
importância especial, geralmente é esquecido em alguns segundos. As áreas encefálicas 
envolvidas na memória imediata e na memória a curto prazo incluem o hipocampo, os 
corpos mamilares e dois núcleos do tálamo (núcleos anteriores e mediais). Algumas evidências 
indicam a noção de que a memória a curto prazo depende mais de eventos elétricos e químicos no 
encéfalo do que de mudanças estruturais, como a formação de novas sinapses. 
As informações contidas na memória a curto prazo podem ser transformadas mais tarde em um 
tipo permanente de memória, chamada de memória a longo prazo, que dura de dias a anos. Se 
você usa esse novo número de telefone com frequência suficiente, ele se torna parte de sua 
memória a longo prazo. A informação na memória a longo prazo, em geral, pode ser recuperada 
para uso sempre que necessário. O reforço resultante dessa recuperação frequente de uma 
informação é chamado de consolidação da memória. As memórias a longo prazo para 
informações que podem ser expressas pela fala ou memoria explicita, como um número de 
telefone, pessoas, objeto, aparentemente são armazenadas em regiões amplas do córtex 
cerebral pré-frontal passando para o hipocampo. A memória explícita ou declarativa sua 
evocação requer atenção consciente, depende das habilidades cognitivas superiores, como 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
inferência, comparação e avaliação, memorias podem ser relatadas verbalmente. Memórias para 
as habilidades motoras ou memorias implícitas ou reflexiva, por exemplo, como fazer um 
saque no tênis, são armazenadas nos núcleos da base e no cerebelo, bem como no córtex 
cerebral. A memória implícita “reserva informações das quais não temos acesso consciente, tal 
como um procedimento automático (dirigir um automóvel, dirigir um documento), adquirida pela 
repetição. 
Embora o encéfalo receba muitos estímulos, nós prestamos atenção a apenas alguns deles de 
cada vez. Foi estimado que apenas 1% de toda a informação que alcança a nossa consciência seja 
armazenada como memória a longo prazo. Além disso, muitas coisas que estão na memória a 
longo prazo acabam sendo esquecidas. A memória não guarda todos os detalhes como se fosse 
um CD. Mesmo quando detalhes são perdidos, nós podemos frequentemente explicar a ideia ou o 
conceito utilizando nossas próprias palavras e modos de ver as coisas. 
Várias condições que inibem a atividade elétrica do encéfalo, como anestesia, coma, terapia 
eletroconvulsiva (TEC) e isquemia cerebral, comprometem a retenção de informações recém-
adquiridas sem alterar a memória estabelecida anteriormente. As pessoas que sofrem de amnésia 
retrógrada não conseguem se lembrar de nada que ocorreu por volta de 30 min ou mais, antes do 
desenvolvimento da amnésia. Conforme a pessoa se recupera do estado de amnésia, a maior parte 
das memórias recentes acaba voltando. 
Ocorrem mudanças anatômicas nos neurônios quando eles são estimulados. Por exemplo, 
micrografias eletrônicas de neurônios submetidos a atividade intensa e prolongada revelaram 
aumento do número de terminações pré-sinápticas e dos botões sinápticos nos neurônios pré-
sinápticos, bem como um aumento do número de ramos dendríticos nos neurônios pós-sinápticos. 
Além disso, podem crescer novos botões sinápticos nos neurônios com o aumento da idade, 
possivelmente por causa do aumento do uso daquele neurônio. Mudanças opostas ocorrem 
quando os neurônios ficam inativos. Por exemplo, o córtex cerebral da área visual de animais que 
perderam a visão fica mais delgado. 
Um fenômeno chamado potencialização a longo prazo (PLP) pode estar por trás de alguns 
aspectos da memória; a transmissão em algumas sinapses no hipocampo é aumentada 
(potencializada) por horas ou semanas após um período curto de estímulo de alta frequência. O 
neurotransmissor liberado é o glutamato, que age nos receptores de glutamato NMDA* nos 
neurônios pós-sinápticos. Em alguns casos, a indução da PLP depende da liberação de óxido 
nítrico (NO) a partir dos neurônios pós-sinápticos após eles terem sido ativados pelo glutamato. O 
NO, por sua vez, se difunde para os neurônios pré-sinápticos e causa a PLP. 
 
CORRELAÇÃO CLÍNICA – Amnésia 
A amnésia se refere a ausência ou perda da memória, ou seja, incapacidade total ou parcial de 
lembrar experiências passadas. Na amnésia anterógrada, ocorre perda de memória para 
eventos que ocorreram depois do traumatismo ou da doença que causou essa situação. Em 
outras palavras, é a incapacidade de formar novas memórias. Na amnésia retrógada, ocorre 
perda de memória para eventos que ocorreram antes do traumatismo ou da doença que causou 
essa situação. Em outras palavras, é a incapacidade de se lembrar de eventos passados. 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
 
Memória/Sistema límbico/Sentidos especiais 
 
Nossos sentidos podem evocar claramente as memórias emocionais do nosso passado, liberando 
emoções positivas, como o prazer e a felicidade, ou negativas, como o medo e a raiva. Uma canção 
pode trazer de volta um momento especial com uma pessoa ou uma viagem com os amigos, uma 
paisagem pode trazer lembranças da adolescência e do que vivemos em um lugar determinado. 
Tudo isso, só é possível por causa das conexões aferentes, que permitem a ligação entre o sistema 
límbico e consolidação da memória, o qual envolve a ativação do hipocampo e o corpo 
amigdaloide,que consequentemente vai para áreas corticais de associação secundarias e 
terceiras, que permitem então a lembrança de certo momento vivido, uma música que lembra algo 
do passado, alimento e visualização. É ativado também a área septal, que estimula a sensação de 
prazer e emoções. 
O sistema límbico, é a terceira região do cérebro, que circunda o tronco encefálico. Ele representa 
provavelmente a região mais primitiva do cérebro. Ele age como uma ligação entre as funções 
cognitivas superiores, como o raciocínio, e as respostas emocionais mais primitivas, como o medo. 
As principais áreas são a amigdala e o giro cíngulo, relacionado à emoção e à memória, e o 
hipocampo, associado ao aprendizado e memória. 
Olfato: é um dos mais potentes ao evocar memórias. Um simples perfume pode desencadear uma 
cascata de sentimentos, o cheiro de café, o cheiro da grama molhada, um perfume. Quando 
sentimos um perfume esse cheiro fica registrado no cérebro juntamente com a emoção que 
sentimos nesse momento. Então, quando nos lembramos do cheiro, sentimos a emoção. 
Determinados cheiros fazem sentir um cheiro familiar afeta mais do que ver um objeto que lhes 
traga algumas lembranças. 
Visão: A imagem de um objeto, de um quarto ou uma paisagem, por exemplo, podem nos levar a 
um momento de nossas vidas que pode ser muito agradável. 
Gustativa: Quando comemos, o cérebro integra todas as sensações com informações 
armazenadas na memória e busca dados sobre algumas preparações que relacionamos com essas 
mesmas sensações, situações anteriores ou outros alimentos com estímulos semelhantes. 
Portanto, os sabores podem transformar as sensações derivadas dos alimentos em recordações. 
Auditiva: Com relação aos sons, todos nós já tivemos uma “trilha sonora” em algum momento da 
nossa vida, (aquela música especial que faz parte dos nossos bons momentos). Nosso dia a dia 
precisa de uma trilha sonora escolhida por nós mesmos, mas muitas das nossas memórias 
musicais são filmes mentais, que vêm à nossa cabeça quando ouvimos uma música familiar, que 
acaba atuando como nossa trilha sonora. Em determinada região do cérebro relacionada 
ao armazenamento e recuperação das memórias os neurônios funcionam como um centro de 
conexão entre melodias familiares, memória e emoção. 
Portanto, todos os nossos sentidos podem nos levar ao passado e evocar as nossas memórias de 
determinados momentos. Dessa forma, podemos reviver momentos. 
 
 
https://amenteemaravilhosa.com.br/um-cantinho-da-alma-lugar-secreto-das-lembrancas/
https://amenteemaravilhosa.com.br/emocao-nao-expressada-coracao-doi/
https://amenteemaravilhosa.com.br/cerebro-emocional-pessoas-resilientes/
https://amenteemaravilhosa.com.br/incriveis-momentos-mais-insignificantes/
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
Mecanismos de percepção dos órgãos do sentido 
 
 VIA OLFATÓRIA 
Envolve quimiorreceptores: 
Os nervos olfatórios (I) direito e esquerdo, são formados por 40 ramos de axônios delgados, não 
mielinizados, eles terminam no encéfalo em massas pareadas de matéria cinza chamadas de 
bulbos olfatórios, que estão localizados abaixo dos lobos frontais do cérebro e laterais à crista 
etmoidal do etmoide. Nos bulbos olfatórios, os terminais axônicos dos receptores olfatórios formam 
sinapses com os dendritos e os corpos celulares dos neurônios do bulbo olfatório na via olfatória. 
Os axônios dos neurônios do bulbo olfatório se estendem posteriormente e formam o trato 
olfatório. Alguns dos axônios do trato olfatório se projetam para a área olfatória primária do córtex 
cerebral, localizada nas faces inferior e média do lobo temporal, que é a área olfatória em que 
começa a percepção consciente do cheiro. 
As sensações olfatórias são as únicas sensações que alcançam o córtex cerebral sem primeiro 
fazer sinapse com o tálamo. Outros axônios do trato olfatório se projetam para o sistema límbico e 
o hipotálamo, essas conexões contribuem para as nossas respostas emocionais e nossas 
memórias evocadas por cheiros. 
As sensações olfatórias são as únicas sensações que alcançam o córtex cerebral sem primeiro 
fazer sinapse com o tálamo. Outros axônios do trato olfatório se projetam para o sistema límbico e 
o hipotálamo, essas conexões contribuem para as nossas respostas emocionais e nossas 
memórias evocadas por cheiros. Exemplos incluem excitação sexual provocada por um 
determinado perfume, náuseas após sentir o cheiro de um alimento que já tenha feito você passar 
muito mal ou a memória de uma experiência da infância evocada por um odor. 
A partir da área olfatória primária, outras vias também se estendem para o lobo frontal. Uma região 
importante para a identificação e a discriminação dos odores é a área orbitofrontal (área 11). 
Pessoas que sofreram danos nessa área apresentam dificuldades na identificação de odores 
diferentes. Estudos demonstram que área orbitofrontal do hemisfério direito exibe uma atividade 
maior durante o processamento olfatório. 
Resumo da via: Receptor olfatório -> Nervo olfatório (1) -> Bulbo olfatório -> Terminais 
axônicos dos receptores olfatórios formam Sinapse -> formação do Trato olfatório -> 
Projeção de axônios para o Sistema Límbico e hipotálamo -> Área olfatória primária -> 
Percepção 
 
 VIA GUSTATÓRIA 
Três nervos cranianos contém axônios dos neurônios gustatórios de primeira ordem que inervam 
os calículos gustatórios (receptores). 
Nervo facial (VII): inerva os calículos gustatórios nos dois terços anteriores da língua. 
Nervo glossofaríngeo (IX): inerva os calículos gustatórios no terço posterior da língua 
Nervo vago (X): inerva os calículos gustatórios na garganta e na epiglote. 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
A partir dos calículos gustatórios, os impulsos nervosos são propagados ao longo desses nervos 
cranianos até o núcleo gustatório no bulbo. A partir do bulbo, alguns axônios carregando os sinais 
gustatórios se projetam para o sistema límbico e para o hipotálamo, outros se projetam para o 
tálamo. Os sinais gustatórios que se projetam a partir do tálamo para a área gustatória primária no 
lobo parietal do córtex cerebral dão origem à percepção consciente do paladar. 
Resumo da via: Calículos gustatórios -> Nervos cranianos -> Núcleo gustatório (localizado 
no bulbo) -> Alguns axônios projetam-se para o Sistema límbico e hipotálamo -> Área 
gustatória primaria -> Percepção 
 
 VIA VISUAL 
O processamento do sinal na retina é modulado por sinais provenientes de dois conjuntos de 
células. As células horizontais fazem sinapse com os fotorreceptores e com as células bipolares. 
As células amácrinas modulam a informação que flui entre as células bipolares e as células 
ganglionares. 
Assim que os potenciais de ação emergem do corpo das células ganglionares, eles percorrem os 
nervos ópticos até o SNC, onde são processados. O nervo óptico penetra no encéfalo no quiasma 
óptico. Neste ponto, algumas fibras nervosas provenientes de cada olho cruzam para o outro lado 
para serem processadas no encéfalo. A informação proveniente do lado direito do campo visual de 
cada olho é processada no lado esquerdo do cérebro, e a informação do lado esquerdo do campo 
é processada no lado direito do cérebro. 
A porção central do campo visual, onde o lado esquerdo e direito do campo visual de cada olho se 
sobrepõem, é a zona binocular. Os dois olhos têm visões ligeiramente diferentes dos objetos 
nessa região, e o cérebro processa e integra estas duas visões para criar representações 
tridimensionais dos objetos. Nossa percepção de profundidade, isto é, se um objeto está na frente 
ou atrás de outro, depende da visão binocular. Os objetos situados no campo visual de apenas um 
olho estão na zona monocular e são vistos em duas dimensões. 
Assim que os axônios deixam o quiasma óptico, algumas fibras projetam-se para o mesencéfalo, 
onde elas participam do controle do movimento dos olhos ou, juntamente com informações 
somatossensoriais e auditivas,da coordenação do equilíbrio e do movimento. Contudo, a maioria 
dos axônios se projeta para o corpo geniculado lateral do tálamo, onde as fibras visuais fazem 
sinapses com neurônios que vão para o córtex visual no lobo occipital. 
 
Resumo da via: Células horizontais -> sinapse com fotorreceptores e células bipolares -> 
Células amácrinas -> Modulam a informação entre as células bipolares e ganglionares -> 
Potenciais de ação das células ganglionares -> Nervos óptico -> Quiasma óptico -> Onde as 
fibras nervosas fazem cruzamento -> Algumas fibras vão para o mesencéfalo (Movimento 
dos olhos, somatossensorias e auditivas) -> Córtex visual -> Percepção 
 VIA AUDITIVA 
O sistema auditivo processa as ondas sonoras, de modo que elas possam ser discriminadas quanto 
à localização, tom e altura (amplitude). A localização do som é um processo complexo que requer 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
entrada sensorial de ambas as orelhas associada a uma computação sofisticada feita pelo encéfalo. 
Todavia, o processamento inicial do tom e da amplitude ocorre na cóclea de cada orelha. 
Após a cóclea transformar as ondas sonoras em sinais elétricos, os neurônios sensoriais transferem 
essa informação para o encéfalo. O nervo coclear (auditivo) é um ramo do nervo craniano VIII, o 
nervo vestibulococlear. Os neurônios auditivos primários projetam-se da cóclea para os núcleos 
cocleares do bulbo. Alguns desses neurônios conduzem informações que são processadas na 
temporização do som, e outros conduzem informações que são processadas como qualidade do 
som. 
Do bulbo, os neurônios sensoriais secundários projetam-se para dois núcleos superiores, um 
ipsilateral (no mesmo lado do corpo) e outro contralateral (no lado oposto). A divisão dos sinais 
gerados pelo som em dois tratos ascendentes significa que cada lado do cérebro recebe informação 
de ambas as orelhas. Esses tratos ascendentes fazem sinapses em núcleos no mesencéfalo e no 
tálamo, antes de se projetarem para o córtex auditivo póstero superior ao lobo temporal. Vias 
colaterais enviam informações à formação reticular e ao cerebelo. 
Resumo da via: Cóclea (receptores) -> Transformam as ondas sonoras em sinais elétricos 
-> Nervo coclear -> Neurônios primários projetam-se para os núcleos cocleares do Bulbo -> 
Conduzir informação sobre temporarização do som e qualidade do som -> Os neurônios 
secundários projetam-se para dois núcleos superior, ipsilateral e contralateral -> Tratos 
ascendentes -> Sinapse em núcleos no mesencéfalo e no tálamo -> Córtex auditivo -> 
Percepção 
 
Áreas corticais ativadas pelos órgãos do sentido 
 
 VIA OLFATÓRIA 
Envolve quimiorreceptores: 
Os nervos olfatórios (I) direito e esquerdo, são formados por 40 ramos de axônios delgados, não 
mielinizados, eles terminam no encéfalo em massas pareadas de matéria cinza chamadas de 
bulbos olfatórios, que estão localizados abaixo dos lobos frontais do cérebro e laterais à crista 
etmoidal do etmoide. Nos bulbos olfatórios, os terminais axônicos dos receptores olfatórios formam 
sinapses com os dendritos e os corpos celulares dos neurônios do bulbo olfatório na via olfatória. 
Os axônios dos neurônios do bulbo olfatório se estendem posteriormente e formam o trato 
olfatório. Alguns dos axônios do trato olfatório se projetam para a área olfatória primária do córtex 
cerebral, localizada nas faces inferior e média do lobo temporal, que é a área olfatória em que 
começa a percepção consciente do cheiro. 
As sensações olfatórias são as únicas sensações que alcançam o córtex cerebral sem primeiro 
fazer sinapse com o tálamo. Outros axônios do trato olfatório se projetam para o sistema límbico e 
o hipotálamo, essas conexões contribuem para as nossas respostas emocionais e nossas 
memórias evocadas por cheiros. 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
A partir da área olfatória primária, outras vias também se estendem para o lobo frontal. Uma região 
importante para a identificação e a discriminação dos odores é a área orbitofrontal (área 11). 
Pessoas que sofreram danos nessa área apresentam dificuldades na identificação de odores 
diferentes. Estudos demonstram que área orbitofrontal do hemisfério direito exibe uma atividade 
maior durante o processamento olfatório. 
Resumo da via: Receptor olfatório -> Nervo olfatório (1) -> Bulbo olfatório -> Terminais 
axônicos dos receptores olfatórios formam Sinapse -> formação do Trato olfatório -> 
Projeção de axônios para a Área Olfatória Primária no lobo temporal, conhecida como córtex 
piriforme 
 
 
 VIA GUSTATÓRIA 
Três nervos cranianos contém axônios dos neurônios gustatórios de primeira ordem que inervam 
os calículos gustatórios (receptores). 
Nervo facial (VII): inerva os calículos gustatórios nos dois terços anteriores da língua. 
Nervo glossofaríngeo (IX): inerva os calículos gustatórios no terço posterior da língua 
Nervo vago (X): inerva os calículos gustatórios na garganta e na epiglote. 
A partir dos calículos gustatórios, os impulsos nervosos são propagados ao longo desses nervos 
cranianos até o núcleo gustatório no bulbo. A partir do bulbo, alguns axônios carregando os sinais 
gustatórios se projetam para o sistema límbico e para o hipotálamo, outros se projetam para o 
tálamo. Os sinais gustatórios que se projetam a partir do tálamo para a área gustatória primária no 
lobo parietal do córtex cerebral dão origem à percepção consciente do paladar. 
Resumo da via: Calículos gustatórios -> Nervos cranianos -> Núcleo gustatório (localizado 
no bulbo) -> Alguns axônios projetam-se para o Sistema límbico e hipotálamo -> Outros para 
o tálamo -> Área gustatória primária (localizada no lobo parietal). 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
 
 VIA VISUAL 
O processamento do sinal na retina é modulado por sinais provenientes de dois conjuntos de 
células. Os fotorreceptores são neurônios que convertem a energia luminosa em sinais elétricos. 
Há, dois tipos principais de fotorreceptores, os cones e bastonetes, bem como um descoberto 
recentemente, que é a célula ganglionar modificada. As células horizontais fazem sinapse com 
os fotorreceptores e com as células bipolares. As células amácrinas modulam a informação que 
flui entre as células bipolares e as células ganglionares. 
Assim que os potenciais de ação emergem do corpo das células ganglionares, eles percorrem os 
nervos ópticos até o SNC, onde são processados. O nervo óptico penetra no encéfalo no quiasma 
óptico. Neste ponto, algumas fibras nervosas provenientes de cada olho cruzam para o outro lado 
para serem processadas no encéfalo. A informação proveniente do lado direito do campo visual de 
cada olho é processada no lado esquerdo do cérebro, e a informação do lado esquerdo do campo 
é processada no lado direito do cérebro. 
Assim que os axônios deixam o quiasma óptico, algumas fibras projetam-se para o mesencéfalo, 
onde elas participam do controle do movimento dos olhos ou, juntamente com informações 
somatossensoriais e auditivas, da coordenação do equilíbrio e do movimento. Contudo, a maioria 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
dos axônios se projeta para o corpo geniculado lateral do tálamo, onde as fibras visuais fazem 
sinapses com neurônios que vão para o córtex visual no lobo occipital. 
O corpo (núcleo) geniculado lateral é organizado em camadas que correspondem às diferentes 
partes do campo visual, de modo que a informação de objetos adjacentes é processada junto. Esta 
organização topográfica é mantida no córtex visual, com as seis camadas de neurônios 
agrupadas em colunas verticais. Dentro de cada porção do campo visual, a informação é 
classificada adicionalmente por cor, forma e movimento. 
Resumo da via: Células horizontais -> sinapse com fotorreceptores e células bipolares -> 
Células amácrinas -> Modulam a informação entre as células bipolares e ganglionares -> 
Potenciais de ação das células ganglionares -> Nervos óptico -> Quiasma óptico -> Onde as 
fibras nervosas fazem cruzamento-> Alguns fibras vão para o mesencéfalo (Movimento dos 
olhos, somatossensorias e auditivas) -> A maioria dos axônios vão para o Corpo Geniculado 
(campo visual) -> Fibras visuais então fazem sinapse com neurônios -> Córtex visual (lobo 
occipital) 
 
 VIA AUDITIVA 
Após a cóclea transformar as ondas sonoras em sinais elétricos, os neurônios sensoriais transferem 
essa informação para o encéfalo. O nervo coclear (auditivo) é um ramo do nervo craniano VIII, o 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
nervo vestibulococlear. Os neurônios auditivos primários projetam-se da cóclea para os núcleos 
cocleares do bulbo. Alguns desses neurônios conduzem informações que são processadas na 
temporização do som, e outros conduzem informações que são processadas como qualidade do 
som. 
Do bulbo, os neurônios sensoriais secundários projetam-se para dois núcleos superiores, um 
ipsilateral (no mesmo lado do corpo) e outro contralateral (no lado oposto). A divisão dos sinais 
gerados pelo som em dois tratos ascendentes significa que cada lado do cérebro recebe informação 
de ambas as orelhas. Esses tratos ascendentes fazem sinapses em núcleos no mesencéfalo e no 
tálamo, antes de se projetarem para o córtex auditivo póstero superior ao lobo temporal. Vias 
colaterais enviam informações à formação reticular e ao cerebelo. 
Resumo da via: Cóclea (receptores) -> Transformam as ondas sonoras em sinais elétricos 
-> Nervo coclear -> Neurônios primários projetam-se para os núcleos cocleares do Bulbo -> 
Conduzir informação sobre temporarização do som e qualidade do som -> Os neurônios 
secundários projetam-se para dois núcleos superior, ipsilateral e contralateral -> Tratos 
ascendentes -> Sinapse em núcleos no mesencéfalo e no tálamo -> Córtex auditivo direito e 
esquerdo (lobo temporal) área cortical 1 de Brodman 41, área auditiva 2 brodman 42 
 
 
 
 
 
 
 
ARIELY MESANINI MED UNIC 36 
Memória e emoção 
 
Neocortex: Nessas áreas são armazenadas as memórias de longa duração, cuja consolidação 
depende da atividade do hipocampo. Incluem-se aí as áreas secundárias sensitivas e motoras, 
assim como áreas supramodais. Diferentes categorias de conhecimento são armazenadas em 
áreas diferentes do neocórtex e podem ser lesadas separadamente, resultando em perdas 
distintas. 
Por exemplo, o reconhecimento de animais se dá em áreas neocorticais da parte ventral do lobo 
temporal. Se o reconhecimento for de objetos a área em questão é a pré-motora esquerda, isso 
ocorre, pois, a pista de reconhecimento é a atividade motora envolvida no uso da ferramenta. 
O verdadeiro subsidio importantíssimo que dá suporte para os acontecimentos se fixarem na 
memória, é a emoção. Por isso, pesquisadores defendem que para que tudo ocorra 
perfeitamente na consolidação da memória, nós precisamos, além de processos 
neurológicos bem estruturados, do fator emocional, que tem forte influencia na fixação das 
memórias. Um exemplo, é que o ambiente social influencia na aprendizagem, dessa forma, é 
certo que o ambiente emocional também tem papel importante na fixação da mesma. 
O SNC, tendo como produtor das experiencias subjetivas e emocionais, o hipotálamo, região 
de grande influencia nas emoções. Sobre as emoções, existem algumas que chamamos de 
primárias e que diferenciam o ser humano de outros seres, são elas: alegria, tristeza, medo, 
nojo, raiva e surpresa. Essas emoções podem ser consideradas inatas (que nasce com o 
indivíduo) à espécie humana e atuam como mecanismo de sobrevivência. 
Entendendo que vivemos constantemente sob descarga emocional, seja ela expressiva ou não, 
quando chegamos ao final de um período, o que “resta” na memória são as experiências de 
maior carga emocional, que acabam se fixando na memória. Já as de menos carga emocional, 
praticamente imperceptíveis, perdem-se no decorrer das horas. Sobre isso, explica-se que 
fatores emocionais estão intimamente relacionados à memória de longo prazo e 
consequentemente, com a aprendizagem. O atrelamento das emoções com a fixação das 
memórias acontece porque as áreas cerebrais envolvidas na memória também fazem parte do 
sistema límbico, que está diretamente relacionado com as emoções. 
Sobre as áreas cerebrais envolvidas na memória, há uma região em que ficam armazenadas 
as “memórias emocionais”. Essas memórias são armazenadas juntamente com a emoção 
vivenciada no momento. Esse fato explica porque costumamos lembrar episódios passados 
que foram marcantes. 
Sobre a relação emoção/memória, destacamos que se o indivíduo estiver num estado de 
humor, como a alegria, ele recordará com facilidade das memórias relativas a esse estado de 
humor, isso acontecerá em qualquer estado de humor. Sendo assim, a emoção é fundamental 
para o processo de fixação da memória. 
 
Referências: 
 
ADÃO, Anabel do Nascimento; DE TRABALHO-PSICOPEDAGOGIA, SEEDPR Grupo. A ligação entre memória, 
emoção e aprendizagem. In: XI Congresso Nacional de. 2013. 
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Artmed editora, 7 ed. 2017. 
Tortora, Gerard J., and Bryan Derrickson. Princípios de anatomia e fisiologia. Médica Panamericana, 14 ed, 2016.

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