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1
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da...... Vara Cível da Comarca de Manaus – AM.
Ana (Prenome), brasileira, (Estado Civil), modelo, portadora da cédula de identidade R.G. nº XX.XXX.XXX-X e inscrita no C.P.F. nº XXX.XXX.XXX-XX, endereço eletrônico, XXX@XXX, residente e domiciliada na (Rua), (Número), (Bairro), (C.E.P.), Manaus estado do Amazonas, por seu advogado quesubscreve, procuração anexado ao processo em epígrafe, com escritório profissional localizado na (Rua), (Número), (Bairro), (C.E.P.), (Cidade), (Estado), endereço eletrônico XXX@XXX, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência propor a presente 
Ação de indenização por dano material e moral
em face de João Macedo, brasileiro, (Estado Civil), cabeleireiro, portador da cédula de identidade R.G. nº XX.XXX.XXX-X e inscrito no C.P.F. nº XXX.XXX.XXX-XX, endereço eletrônico XXX@XXX, residente e domiciliado na (Rua), (Número), (Bairro), (CEP), São Paulo estado de São Paulo, pelas razões de fato e direito que passa aexpor:
Dos Fatos
Ana viajou para São Paulo, para o casamento de sua filha. A fim de tratar seus cabelos, procurou os serviços de João Macedo, cabeleireiro de dono do salão de beleza “Hair”, que lhe cobrou R$ 500,00(quinhentos reais), para o tratamento. Ocorre que após meia hora da aplicação de uma tintura da marca francesa ABC, importada pela Brasil Connection Ltda., Ana, sofreu uma reação alérgica, que restou em atendimento médico hospitalar de despesa no valor de R$ 1.000.00 (mil reais), além de ter sido prescrito repouso absoluto de dois dias que fez com que perdesse o casamento de sua filha, bem como um ensaio fotográfico já agendado, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Posteriormente, foi constatado que a tal tintura, continha substâncias químicas extremamente perigosas à vida e a saúde, a fabricante ABC já havia sido condenada na França a encerrar a produção e comercialização do produto.
Dos Fundamentos
Artigo 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
As empresas cometeram ato ilícito que assumir o risco de comercializar e aplicar o produto utilizado na autora.
Artigo 927. Aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Existe uma relação de obrigação clara de reparação de dano a autora, pois a autora confiou na empresa que estava aplicando o produto e na origem do produto, salientou que era uma modelo renomada e que precisava estar muito bela para o casamento de sua única filha e que logo após o casamento ela iria participar de um ensaio de fotos e precisava estar com os seus cabelos muito bem cuidados para poder desta forma cumprir com todas as suas obrigações já cumpridas anteriormente.
O Código de Defesa do Consumidor determina como responsabilidade de maneira solidária os agentes que estão envolvidos na atividade fim de colocação do produto ou do serviço no mercado consumidor. Verificado desta forma a real necessidade de responder por quaisquer falhas ou danos que poderão abranger não somente quem teve contato direto ou indireto com o consumidor, também toda a cadeia de fornecedores que tenham participado dacirculação do bem fim.
Neste caso podemos verificar com clareza a solidariedade entre os réus ABC Hair – que aplicou o produto deliberadamente sem se preocupar com as consequências e implicações e a empresa Brasil Connection Ltda - que comercializou este produto de origem Francesa, mesma sabendo que este deveria ser removido do estoque de vendas pelas implicações ocorridas na sede na França. Ambas as empresas estão diretamente ligadas aos danos acarretados a autora, pois como o produto utilizado na autora, deveria ser removido dos estoques estas empresas assumiram para si o risco e o ônus da venda e comercialização deste um produto proibido.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Determinam os prejuízos ou perdas que afetam o patrimônio de alguém. Nos termos do artigo 402 do Código Civil (transcrito acima), os danos materiais podem ser subclassificados em danos emergentes (o que efetivamente se perdeu) ou lucros cessantes (o que razoavelmente se deixou de lucrar).
Neste caso estamos diante de lucros cessantes, pois pelo prejuízo causado pela tinta com alta concentração de produtos químicos proibidos a autora deixou de cumprir com a sua obrigação de modelo e não pode participar do ensaio que já está determinado. O valor do cachê que a autoria deixou de receber pelo seu ensaio foi o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Dano moral se caracteriza como a grave ofensa ou grave violação dos bens da sua sequência moral de uma pessoa, como relativo à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde (mental ou física) ou à sua imagem física ou virtual.
A autora deixou de participar do casamento da sua única filha, casamento este que se Deus permitir não ocorrerá novamente, desta forma a sua única filha não teve a participação da sua mãe no seu único casamento. Ambas, filha e mãe sofreram um abalo psicológico de grande intensidade, pois a sua filha quase cancelou o seu casamento pela preocupação do estado físico da sua mãe. 
Tudo teve que ser improvisado, sua mãe era a sua madrinha de casamento e teve que ser providenciado a toque de caixa uma nova madrinha a toque de caixa, o seu pai que era o seu padrinho teve que entrar com uma pessoa estranha para poder dar sequência a todo o casamento ora já programado.
Além da preocupação da filha, do pai e de toda família os patrocinadores, produtores e todos os envolvidos na produção do ensaio não sabiam como ocorreria, se a autora apareceria ou se o evento seria reprogramado.
Segundo o senhor Paulo de Tarso Vieira Sanseverino – Minisro do Superior Tribunal de justiça em seu livro “Clausula Geral de risco e jurisprudência dos tribunais Superiores”, afirma que no código civil de 2.002 foi além dessa orientação, pois, embora mantendo a responsabilidade civil subjetiva, em seu artigo de número 186, estatuiu, em seu paragrafo único do artigo de número 927, a inovadora cláusula geral de risco, consagrando de forma ampla a responsabilidade objetiva.
A teoria do risco como cláusula geral de responsabilidade civil restou consagrada no parágrafo único do artigo 927 do Código Civil, assim dispôs: Parágrafo único - Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Parágrafo único - Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Essa norma, a par dos casos de responsabilidade objetiva pelo risco acolhidos por leis especiais, representa um grande avanço, pois permitirá que outros setores da responsabilidade civil passem a ser incluídos no universo da teoria do risco.
Ana como consumidora ativa de produtos tem garantido como Brasileiraatravés do Código de defesa do consumidor, sua vida, saúde e segurança, artigo 6º, I do Código de defesa do consumidor e o senhor João Macedo como profissional liberal, tem responsabilidade subjetiva para com Ana, conforme o que preceitua noartigo 14, §§ 4º do Código de defesa do consumidor.
APELAÇÃO CÍVEL. Ação de reparação por perdas e danos materiais e morais. Sentença de procedência. Inconformismo da ré.Acolhimento em parte. Autora que alega ter sofrido reações alérgicas e queda de cabelo após o uso do produto fabricado pela ré. Cerceamentode defesa. Inocorrência. Dilação probatória para realização de perícia. Prova desnecessária. Preliminar rejeitada. Lucros cessantes pleiteados pela autora que devem ser efetivamente comprovados. Dano hipotético ou presumido não pode ser indenizado. Dano material emergente não comprovado. Dano moral caracterizado. Situação que interfere no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe sofrimento e angústia. Indenização arbitrada que comporta redução. Aplicação dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, atendida a diretriz do art. 944 do Código Civil. Sentença reformada em parte. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 
(TJ-SP - APL: 1000685-05.2018.8.26.0666 SP, Relator: Artur Nogueira, Data de Julgamento: 01/06/2021, 28ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 01/06/2021)
Decorrente ao desempenho do seu labor como profissional liberal o senhor João Macedo mantém a obrigação de reparar todosos danos elencadosa autora a senhora Ana. Desta forma, também não se poderetirar ou reduzir a culpa da importadora Brasil Connection Ltda., pela importação de produto proibidona justiça Francesa, e produtora de cosméticos ABC, por comercializar um item nocivo quimicamente e proibido de circulação por geração de danos nocivos à saúde de seus consumidores.
Dos requerimentos supracitados:
1. Neste ato a Autora apresenta o reconhecimento das custas iniciais;
2. Que seja designada audiência de conciliação;
3. Que as publicações sejam realizadas e direcionadas em nome do advogado xxx, O.A.B./XXX, no xxx;
4. Citação dos réus e contestação;
Dos Pedidos
Diante de tudo exposto se fazem requeridos:
a) A citação dos réus para apresentarem respostas sob pena de revelia;
b) Que todos os pedidos sejam considerados como procedentes para fim de decretar o pagamento de indenização moral no valor de R$...;
c) Condenação do réu ao pagamento dos ônus sucumbenciais.
d) Que todos os réus sejam considerados solidários, na condenação por dano material no valor total de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reis).
Das Provas
Requer-se provar por todos os meios em direito admitido, especialmente prova documental e depoimento pessoal, e demais provas que se fizerem necessárias.
Do Valor da Causa
A causa tem o valor de: R$... (XXX Reais),
Solicitado o pedido de Deferimento.
São Paulo, 6de setembro de 2021.
_________________________
Nome do(a) advogado(a)
O.A.B./XX nº XXXX

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