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Curso Sapientia CRE Direito Internacional- Prof. Elaini da Silva Aula 2 Material de Apoio Material de apoio- Aula 2 Pontos do edital abordados: 1 Caráter jurídico do Direito Internacional Público (DIP). 1.1 DIP e direito interno Indicações bibliográficas - AMARAL JR., Alberto. Manual do Candidato – Noções de Direito e Direito Internacional. 4 ed. rev. at. Brasília, DF: FUNAG, 2012. - PORTELA, Paulo Henrique. Direito Internacional Público e Privado– incluindo noções de direitos humanos e de direito comunitário. 10 ed. Salvador: Juspodivm, 2018. - REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público- Curso elementar. - GABSCH, Rodrigo D’Araújo. Aprovação de Tratados Internacionais pelo Brasil: possíveis opções para acelerar o seu processo. Brasília: FUNAG, 2010. - BAUMBACH, Marcelo. Sanções do Conselho de Segurança: direito internacional e prática brasileira. Brasília: FUNAG, 2016. - VENTURA, deisy et al. Internalização das normas do Mercosul. Pensando o Direito, n. 45. Brasília: MJ, 2012. 1. DIP e direito interno Relações espaciais entre ordenamentos jurídicos 1. Ordem nacional vs ordem internacional/ regional: analisada pelo Direito Público 2. Ordem regional ou internacional vs ordem internacional: analisada pelo DIP Imunidades estatais são tratadas em outra aula Tipos de ordenamentos não estatais 1. Ordenamentos acima do Estado (Internacional, Igreja Católica) 2. Ordenamentos ao lado do Estado (Internacional- dualistas) Curso Sapientia CRE Direito Internacional- Prof. Elaine da Silva Aula 2 Material de Apoio 3. Ordenamentos abaixo do Estado (ordens sociais) 4. Ordenamentos contra o Estado (Organizações terroristas) Monismo 1. Há um grande ordenamento jurídico universal (inicialmente, tinha bases religiosas) 2. Retomada no século XX Pluralismo I) Coexistência de ordenamentos jurídicos distintos 2. Escolas sobre relação entre DIP e Direito Interno Monismo I) Nacionalista: prevalência do Direito Interno. DIP como extensão do Direito Interno. II) Internacionalista (Kelsen): norma fundamental como norma de direito internacional. Ordem precedente é internacional. Direito interno deriva do direito internacional. Rebate argumentos dualistas. Desconstroi a ideia de antropomorfização do Estado. Incorporação não pode ser explicada por teorias sobre ordenamento jurídico, mas por normas. Dualismo 1. Direito nacional- regula conduta de indivíduos. DIP- regula conduta de Estados. 2. DIP regulamenta relações que transcendem a esfera de um Estado. 3. Ordenamento brasileiro é dualista moderado Princípio da norma mais favorável 3. Fases de incorporação de Tratados Curso Sapientia CRE Direito Internacional- Prof. Elaine da Silva Aula 2 Material de Apoio Negociação (internacional) I) Competência do Executivo (art. 84, VIII da CF/88) Assinatura (internacional) I) Art. 7o da CVDT de 1969 (pessoa detentora de plenos poderes). II) Exposição de motivos para o Congresso: não há prazo. É ato discricionário. III) Há obrigação de não frustrar o objeto e a finalidade do tratado (art. 18 CVDT de 1969). Decreto legislativo (nacional) I) Não há prazo. Exceto acordos da OIT, que devem ser analisados em até 1 ano após a celebração. II) Exemplo: acordos de investimento dos anos 1990 nunca foram analisados. III) Exceções: acordos executivos não precisam passar pelo Congresso. Ratificação (internacional) I) Normalmente não há prazo. II) Ato do Executivo. III) É ato discricionário depois da assinatura Decreto executivo (nacional) I) Internaliza o tratado. II) Publicação no DOU. III) Tratado torna-se aplicável no ordenamento jurídico brasileiro. Curso Sapientia CRE Direito Internacional- Prof. Elaine da Silva Aula 2 Material de Apoio 4. Validade e vigência de Tratados Cessação de efeitos I) Denúncia: a prática brasileira, desde a saída da Liga das Nações, é que não precisa de autorização do Congresso. Há debate no STF. 5. Incorporação de outros atos Resoluções do CSNU I) Internalizadas por decreto executivo. Não precisam ser analisadas pelo Congresso. Mercosul I) Não há regra específica. Cada ministério participa das negociações no bloco. 6. Posição hierárquica de Tratados Caso do depositário infiel I) CF vs Pacto de San José da Costa Rica: debate. Tratados de Direitos Humanos I) Equivalentes a uma emenda constitucional, se forem aprovados pelo quórum necessário para emenda. II) Os demais são materialmente constitucionais, embora não formalmente. III) STF entende que são supralegais (RE 466.343, de 2008).
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