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Assistencia farmaceutica gestão

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Em 2003 foi feita a Conferência Nacional de medicamentos e assistência farmacêutica (CNMAF) que a partir dela foi criada a política nacional de assistência farmacêutica (PNAF), aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde em 2004 sendo a Resolução no. 338, que visa estabelecer segurança à população brasileira a certa do acesso a medicamentos. É importante ressaltar que essa política está incluída dentro da Política Nacional de Saúde criada em 1998 e dentro da PNAF existem outras políticas e ações voltadas para a melhoria da saúde.
A PNAF tem como objetivo definir as práticas referentes a promoção, proteção e recuperação, sendo o medicamento insumo principal assim como todo o processo desde sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia. Ou seja, todo o processo desde a fabricação, deslocamento, até chegar ao paciente de maneira que se possa garantir ao paciente um produto com qualidade, com uma dispensação e orientação correta, na posologia certa, com uma administração adequada a fim de ter uma melhora na saúde e qualidade de vida tanto do paciente quanto da comunidade. Isso se faz com o aumento do acesso a medicamentos orientando sempre o uso racional dos mesmos.
A Portaria no. 3.916 de 30.10.1998, estipula que a assistência farmacêutica tenha uma gestão decentralizada, com uma melhor distribuição no setor público, promovendo o uso racional dos medicamentos e fazendo estratégias a fim de tornar seu preço acessível. 
Já a portaria de 2004 adicionou dois conceitos importantes que são a integralidade que deve fornecer aos usuários do sistema único de saúde (SUS) serviços de saúde referente a prevenção e cura individual e coletiva desde a atenção básica até as unidades de alta complexidade. O segundo ponto adicionado foi a descentralização, o qual tem como intuito diminuir o desperdício de verba, pois diminui a proximidade entre gestor e usuário podendo ser mais fácil visualizar o perfil epidemiológico da região, assim como usas necessidades. A PNAF possui treze eixos que são:
Possibilitar a garantia de acesso a saúde dentro das indicações pré-estabelecidas nas diretrizes da política nacional de saúde. Efetuar a manutenção de serviços de assistência farmacêutico em todos os níveis de saúde observando a peculiaridades de cada região e quais são suas necessidades.
Qualificação dos profissionais Farmacêuticos que irão prestar o serviço de assistência. 
Descentralização visando articular melhor as esferas de governo, no qual cada um terá um papel e irão agir de forma pactuada para que ocorra uma distribuição dos medicamentos. Valorização do profissional estimulando sua capacitação. Melhora nos laboratórios farmacêuticos oficiais. 
Uso da Relação nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) que é a lista de medicamentos que atende a maioria das demandas de suade da população brasileira. Pactuação entre os ministérios fazendo parcerias também entre universidades e centro de pesquisa a fim de desenvolver o aperfeiçoamento de recursos à saúde. 
Utilização de fitoterápicos dentro do SUS como forma de promover a produção nacional e também pesquisa e produção de outros. Garantia de qualidade dos medicamentos para a população ter segurança e alcançar a eficácia procurada dentro do plano terapêutico. Regulamento e monitoramento de produtos e insumos voltados para a saúde e a promoção do uso racional desde a dispensação até o uso.
A promoção a saúde pode ser feita através de diversos artifícios com repasse das informações por meio de veículos de comunicação ou até por ações educativas dentro de cada comunidade. A proteção a saúde deve ser assegurada pela atuação dos estados, olhando não só para a doença em si, mas também, para os fatores que causam o adoecimento das pessoas e assegurar que se tenha portas de entrada para esses serviços desde o básico até o complexo caso seja necessário. Prevenção a saúde é um meio importante tanto para garantir o não adoecimento ou não agravamento da doença como também para diminuir os custos dentro do SUS. A prevenção e feita com base no conhecimento epidemiológico da região e os fatores como controle de doenças. 
O ciclo de uso racional e assistência farmacêutica:
Gira em torno do desenvolvimento, registro, produção, seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição, prescrição, dispensação, administração, farmacovigilância, vigilância sanitária e assim recomeçando novamente. Para que se tenha uma boa assistência o profissional deve atender diretamente para avaliar o paciente e conduzir o tratamento de maneira correta. A PNAF é uma guia para implementação de outras como a política de medicamentos; a política de ciência e tecnologia; a política de desenvolvimento industrial; a política de formação de recursos humanos.
O SUS é um sistema que oferece serviços voltados de saúde para toda a população brasileira assim como estrangeiros residentes no país, de forma gratuita e integral possuindo cobertura universal com princípios norteadores equidade, integralidade, regionalização e hierarquização. Sabendo disso é imprescindível a presença do farmacêutico atuando dentro de unidades de saúde tendo em vista que o medicamento é essencial dentro desses ambientes. 
Em 2013 elaborou-se Resolução do CFF no. 578, que se refere as atribuições dos farmacêuticos no SUS objetivando a integração desses profissionais como participantes ativos nas tomadas de decisões quanto a formulação de politicas de planejamento e criação do Plano de Saúde dentro da sua área de atuação, assim como monitorar e acompanhar o direcionamento do Plano de Saúde. O farmacêutico deve selecionar os medicamentos de acordo com as necessidades do lugar e fazer a aquisição desses assessorando a compra, ajudando na formulação do edital. Observar o local de deposição desses medicamentos após a compra, assim como a distribuição e e dispensação dentro das normas sanitárias. Realizar ações com intuito de valorizar a profissão, com capacitações e também quanto ao uso racional de medicamentos. Outro ponto seria atuar no gerenciamento de resíduos sendo muito importante para que não ocorra contaminação de pessoas nem de ambientes. Para mais, é preciso que inserir o farmacêutico nas Redes de Atenção a saúde a fim de que ele possa fornecer assistência farmacêutica.
Em relação a gestão é preciso que a Assistência farmacêutica faça parte também da Secretaria de Saúde com suas atribuições bem estabelecidas. Para que se tenha uma assistência funcional é necessário conhecer o local de trabalho (secretaria de Saúde) e suas conexões, analisar como está o estado ou município e saber como se estrutura a Rede de saúde daquela região. Fora isso é preciso ter um bom conhecimento dos recursos financeiros disponíveis e dos recursos humanos que atuam naquela área.
Depois que se analisa esses pontos é preciso saber que a assistência farmacêutica atua junto com outras áreas, sendo assim multidisciplinar estando ligada a vigilância sanitária e epidemiológica, programas e estratégias de saúde no qual estão inseridos os programas de combate a hanseníase e tuberculose, programa de saúde da mulher e saúde mental, PSF, PACS e imunobiológicos. Há relação também com os conselhos de saúde municipal, estadual e nacional assim como necessita de toda a área jurídica e administrativa responsável pelas licitações, planejamento, acessória, controle e financeiro.
Assistência farmacêutica no SUS começa com a operacionalização do plano de ação que resume nas ações que serão feitas, quando irão ser realizadas, quem vai fazer e quanto será gasto para isso. As definições de atividades será o planejamento dessas ações e a estipulação de prazos para que sejam feitas sendo passadas as responsabilidades para cada pessoas que está dentro do plano de ação. Na elaboração de instrumentos de controle é o registro das atividades que estão sendo feitas e as que estão sendo planejadas. A Elaboração de normas e procedimentos operacionais consiste do ponto anterior para que se tenha maiores resultados, essa padronização deve ser do conhecimento de todosassim como sua execução. Para a capacitação do farmacêutico ele deve passar por cursos de oferecidos pelo programa de educação continuada com o proposito de continuar atualizado dentro ser competente dentro das atribuições que lhe são determinadas. Para que os resultados sejam sempre melhorados é preciso que se tenha a avalição e supervisão das ações.
Conhecer a equipe é imprescindível para que se tenha um bom desempenho tendo em vista que desavenças dentro do ambiente de trabalho além de dificultar a convivência vai prejudicar a execução dos trabalhos em equipe. Sendo assim é preciso que o gestor supervisione e tente identificar esses conflitos que geralmente se dão pela incapacidade de visualizar o ponto do outro, ou diferenças de posicionamento.
A precarização do trabalho é tanto no espaço físico como em relação diferenças trabalhistas (salário, benefícios, segurança) favorece essas hostilidades. Outra coisa é quando as estratégias e o não cumprimento da missão, visão e valores da empresa faz com que o colaborador não se enquadre dentro desses conceitos pois a realidade do ambiente é diferente daquela pregada. A comunicação tem papel importante tanto na forma que irá apaziguar situações como quando causa perturbações, isso se dá quando o respeito e o a educação com o outro não acontece. 
Para apaziguar essas questões é preciso que se tenha conhecimento em relação aos outros assim como sobre si próprio, para identificar esses conflitos e em qual posição de negociação o gestor está e saber o que é mais importante dentro desse acordo, analisar varias possibilidades de resolução, ter calma diante desses ambientes estressores e verificar se as desavenças estão realmente resolvidas ou e é preciso negociar novamente.

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