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Área de Preservação Permanente, também chamada APP, é um espaço natural protegido principalmente em função da capacidade estabilizadora do solo propiciada pelas matas ciliares e outras vegetações. Elas cobrem espaços geologicamente frágeis e sujeitos à erosão, desmoronamentos ou outras formas de degradação, como bordas de rios e quedas de montes, dentro outros. Segundo o Novo Código Florestal Brasileiro, uma APP pode ser definida como: "área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas".[1] A Resolução Conama nº 369, de 28 de março de 2006, dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP. E define os casos excepcionais em que o órgão ambiental competente pode autorizar a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP para a implantação de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social, ou para a realização de ações consideradas eventuais e de baixo impacto sobre a natureza local. Aplicação: Em 2015, o Código Florestal determina que são APP as seguintes áreas (urbanas e rurais):[1] · I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: · a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; · b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; · c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; · d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; · e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; · II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: · a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; · b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; · IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; · V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; · VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; · VII - os manguezais, em toda a sua extensão; · VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; · IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; · X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; · XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. · Além dessas, o Poder Público pode declarar áreas de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas a:[2] · · I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; · II - proteger as restingas ou veredas; · III - proteger várzeas; · IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; · V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; · VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; · VII - assegurar condições de bem-estar público; · VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares. · IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.
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