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Drenagem de abcessos

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Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
 
1 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
Drenagem de abcessos 
HIDRADENITE SUPURATIVA 
DEFINIÇÃO 
Doença inflamatória crônica da unidade pilo-sebácea. Ocorre oclusão dos folículos em áreas intertriginosas (regiões que ficam 
fechadas pelas dobras naturais- interglúteo, submamário, axilas, virilias), raramente ocorre em outras regiões. 
TIPOS DE LESÕES 
Pápulo-nódulos, pústulas, cordões fibróticos e cicatrizes hipertróficas, são lesões dolorosas que produzem secreção sero-pustulosa 
ou sanguinolenta 
TRATAMENTO 
Medidas gerais: 
• Perda de peso → reduz o atrito das regiões 
• Cessação do tabagismo → não se sabe a causa especifica 
• Evitar atrito nas áreas afetadas → usar roupas mais largas, evitar calças justas etc 
ATB tópico, sabonete bactericida (menos usado, mas é bom para realizar descolonização das bactérias) 
ATB oral → tempo prolongado de uso 1-3 meses de tartamento 
Isotretinoína oral 
Imunobiológicos → utilizado em casos mais graves 
ABCESSO CUTÂNEO 
DEFINIÇÃO 
Coleção de pus circunscrito em pele ou subcutâneo, São, em sua grande maioria, o resultado de uma infecção local, embora sejam 
descritos abscessos estéreis causados por substâncias irritantes à pele, que também podem causar acúmulo de pus na derme ou 
no tecido subcutâneo. Mais comum em áreas de folículos pilosos, mas podem acontecer em qualquer parte do corpo. 
ETIOLOGIA 
É associada principalmente à infecção por S. aureus, 
.Trauma, abordagem cirúrgica, infecções locais, doenças cutâneas 
DIAGNÓSTICO 
Exame físico – 4 sinais 
• Edema 
• Eritema 
• Dor 
• Flutuação (região que a secreção de pus se concentra mais, pode ser liquido ou pus). 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
 
2 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Pode ser feito um ultrassom caso se tenha dúvida ou realizar a punção se na aspiração vir pus é um abcesso. 
 
CONDUTA 
“Todo abcesso deve ser drenado antes do sol se pôr” 
Cuidados: palmas, plantas, áreas de difícil abordagem. Não drenar se não houver flutuação (pois pode ser um impetigo, erisipela ou 
celulite e ao cortar agravaria o quadro do paciente) 
PREPARAÇÃO 
• Explicar o procedimento 
• Assinar Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 
MATERIAIS 
Antisséptico, gaze, anestésico, agulha, seringa, campos estéreis, cuba, pinça, tesoura, porta-agulha, bisturi, kelly, cuba rim, dreno 
penrose, micropore 
PASSO A PASSO 
• Degermação 
• Paramentação adequada 
• Antissepsia → feita com clorexidina em movimento circulares ou radiais sempre do centro pra fora. e assepsia → pode ser 
feita com clorexidina e dergemante 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
 
3 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
• Anestesiar o ápice da lesão (na flutuação) superficialmente, não funciona tão eficazmente devido o ambiente estar com ph 
ácido e os anestésicos foram feitos para ambientes de ph neutro. Evitar injetar dentro do abscesso, pois aumenta a 
distensão da pele que é o principal motivo da dor intensa do paciente. Além disso, pode anestesiar a pele ao redor (1cm além 
da borda do abcesso), para amenizar a dor da expressão. 
 
 
 
 
• Realizar a Incisão no ponto de maior flutuação (explicar ao paciente que ele irá sentir mais dor/desconforto nesse momento) 
 
• Exploração com a pinça (pode ser a kelly ou mosquito) a procura de loculações (travas fibróticas que impedem que o pus 
escorra totalmente para fora). Com cuidado para não aprofundar além da coleção. Pode se nesse momento realizar 
expressão do abcesso. 
 
• Lavagem com SF .retirar possíveis secreções restantes. 
 
• Coleta de culturas? É necessária em determinadas situações: quando se tem dúvida do agente, paciente que estava em 
centro cirúrgico, etc. A coleta deve ser feita na punção diagnóstica 
• Sutura? Só se colocar dreno 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
 
4 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
• Dreno? Usado quando se tem uma coleção grande, recidivante, áreas de difícil drenagem (genital, face), suspeita de um 
quadro mais grave. Para fixação do dreno pode ser suturado todo abcesso e abre um outro local para saída do dreno ou 
sutura parcialmente deixando espaço para o dreno. Drenagem é feita por capilaridade. 
 
• Curativo → deve ser trocado uma vez ao dia. Feito com gases e microporo 
• Rever dreno em 24-48h, avaliando se ele está no lugar, débito do dreno, característica da secreção. Geralmente abcesso 
sem complicações é totalmente drenado em média 24 horas. A retirada do dreno ocorre por tração deixando que o local 
em que o dreno estava feche por segunda intenção. 
• 3. O procedimento deve ser realizado de maneira asséptica. Com as luvas estéreis, máscara e óculos de proteção, 
prepare a área afetada com um agente tópico disponível e cubra-a com o campo estéril; 4. Usando a agulha 40 x 12, 
aspira-se o anestésico do frasco (dose de 7-10 mg/kg). Troca-se a agulha pela hipodérmica; 5. Introduza o anestésico 
numa técnica de bloqueio de campo regional. A anestesia deve realizar-se aproximadamente a 1 cm do perímetro de 
maior sinal de flutuação, com o cuidado de injetar no subcutâneo; 6. Depois, continue a fazer o bloqueio de maneira 
linear, ao longo da linha de incisão projetada, que deve ser longa; 7. Uma vez realizada a anestesia, faz-se uma incisão 
longa e profunda o suficiente ao longo da linha da pele para promover a drenagem espontânea da secreção purulenta. 
Não adianta fazer pequenas incisões, pois isso pode levar à recidiva dos abscessos; 8. Depois da drenagem espontânea, 
evite espremer a pele circunjacente, pois pode promover a proliferação da infecção para o tecido subcutâneo 
adjacente. Coloca-se a pinça hemostática na cavidade, a fim de quebrar as loculações e liberar quaisquer bolsas de 
material purulento residuais; 9. Irrigue a cavidade com soro fisiológico para limpeza do local; 10. Introduza uma gaze ou 
um dreno de Penrose no local, com 1 a 2 cm para fora da incisão, para permitir drenagem adequada e impedir que a 
incisão fique selada. Se necessário, pode ser fixado com um ponto simples frouxo de nylon 3.0; 11. Curativo com gaze; 
12- Retirar as luvas de procedimentos; 13- Higienizar as mãos 
SEGUIMENTO 
Solicitar que o paciente retorne dentre 1-2 dias para remoção do dreno e verificação da ferida. 
Orientar que o paciente realiza compressas mornas no local, durante 15 minutos, 4x ao dia até melhorar os sintomas 
Orientar troca dos curativos diariamente 
Orientar que ele se atente a sinais de infecção sistêmica – Principalmente febre 
Realização ATB quando lesões extensas, rápida progressão, sintomas sistêmicos, imunossuprimidos, doença local prévia (ex 
hidradenite), áreas de difícil drenagem (genital, face), extremos de idade ou tiver um corpo estranho (enxerto vascular, telas, cateteres 
e válvulas). ATB geralmente é usado penicilina, cefalosporina de 1° geração ou quinolonas. ATB tópico dificilmente é usado, pois a 
pele tem perda de continuidade. 
Não esquecer de prescrever AINEs associado ou não analgésicos devido a dor do paciente. 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
 
5 Universidade Nove de JulhoBases da Cirurgia 
 
COMPLICAÇÕES DO ABCESSOS 
• Sangramento 
• Recidiva do abcesso 
• Disseminação sistêmica (endocardites, osteomielites, formação de abscessos pleurais, articulações etc.) 
CASO 1 
Mulher, 36 anos 
Lesões em axilas e virilha há 10 anos 
Por vezes doloroso, com saída de secreção amarelada 
Descrição da lesão? Pápulas, Pústula eritematosa em palpação 
apresenta cordões fibróticos 
Diagnóstico? Hidradenite supurativa 
 
CASO 2 
Paciente vai ao PS com piora da dor e secreção em axila 
Diagnóstico? Pústula 
Conduta? Abcesso

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