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Técnica Cirúrgica

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Técnica Cirúrgica 
Juliana Vieira 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ora aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou 
pensamos (...) 
Eférsios 3:20 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
3 
 
Sumário 
 
Antissepsia e paramentação cirúrgica ........................................................................................................... 7 
Era da cirurgia antisséptica ........................................................................................................................... 7 
Preparo do ambiente ..................................................................................................................................... 7 
Preparo da equipe cirúrgica ........................................................................................................................... 8 
Objetivos principais: paramentação .............................................................................................................. 8 
Bloco cirúrgico, combinado cirúrgico e equipe cirúrgica ................................................................................ 9 
Organização ................................................................................................................................................. 9 
Fundamentos e normas ............................................................................................................................... 10 
Ética profissional ......................................................................................................................................... 11 
Agulhas....................................................................................................................................................... 12 
Fios de sutura .............................................................................................................................................. 13 
Quanto a configuração ............................................................................................................................... 15 
Quanto a elasticidade ................................................................................................................................. 15 
Instrumental cirúrgico ................................................................................................................................... 16 
Comuns ....................................................................................................................................................... 16 
Mesa cirúrgica ............................................................................................................................................. 17 
Nomenclatura em técnica cirúrgica ............................................................................................................. 17 
Sinalização cirúrgica ............................................................................................................................. 17 
Pré-operatório ............................................................................................................................................... 18 
Conceitos .................................................................................................................................................... 18 
Período pré-operatórios ............................................................................................................................... 18 
Interações medicamentosas ........................................................................................................................ 19 
Classificação do risco anestésico ................................................................................................................. 20 
Peroperatório ................................................................................................................................................ 21 
Peroperatórios especiais .............................................................................................................................. 22 
Pós operatório ............................................................................................................................................... 23 
Resposta endócrina metabólica ao trauma ................................................................................................. 23 
Aumento da temperatura corporal, débito cardíaco e consumo de O2. ......................................................... 23 
Febre pós-operatória ................................................................................................................................... 23 
Equilíbrio hidroeletrolítico ........................................................................................................................... 24 
Anestesia Local ............................................................................................................................................. 25 
Anestesia para Cirurgia Ambulatorial .......................................................................................................... 25 
Anestésico local .......................................................................................................................................... 26 
Histórico...................................................................................................................................................... 26 
Estrutura química ........................................................................................................................................ 27 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
4 
 
Mecanismo de ação..................................................................................................................................... 27 
Massa anestésica ........................................................................................................................................ 28 
Descolamentos, retalhos, enxertos e biópsias ............................................................................................. 29 
Introdução .................................................................................................................................................. 29 
Descolamento ............................................................................................................................................. 30 
Retalho ....................................................................................................................................................... 30 
Retalho de rotação ............................................................................................................................... 30 
Retalho de transposição ....................................................................................................................... 31 
Retalho de deslizamento ..................................................................................................................... 31 
Técnicas ...................................................................................................................................................... 32 
Proporção .............................................................................................................................................. 32 
Autonomização ..................................................................................................................................... 32 
Retalhos expandidos ............................................................................................................................ 32 
Plástica MW ...........................................................................................................................................32 
Zetaplastia ............................................................................................................................................ 33 
Sistema de sobrevivência / de manutenção ........................................................................................ 34 
Classificação de acordo com a espessura ................................................................................................ 34 
Conclusão ................................................................................................................................................... 35 
Técnica de retirada do enxerto .................................................................................................................... 35 
Seleção da área doadora ............................................................................................................................. 36 
Biópsias ...................................................................................................................................................... 36 
Princípios básicos da biópsia ................................................................................................................ 36 
Acesso Venoso Periférico e Central .............................................................................................................. 38 
Acesso Venoso periférico ............................................................................................................................. 38 
Técnica da punção venosa percutânea ................................................................................................ 38 
Técnica de dissecção venosa ................................................................................................................ 39 
Acesso venoso central ................................................................................................................................. 40 
Técnica ...................................................................................................................................................... 40 
Técnica de Seldinger ............................................................................................................................. 40 
Controle radiológico ............................................................................................................................. 41 
Traqueostomia e cricotireoidostomia ........................................................................................................... 42 
Introdução .................................................................................................................................................. 42 
Traqueostomia ............................................................................................................................................ 42 
Indicações eletivas mais comuns ......................................................................................................... 42 
Qual o melhor momento para realizar a traqueostomia ................................................................... 43 
Técnica operatória ................................................................................................................................ 43 
Técnica................................................................................................................................................... 45 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
5 
 
Cricotireoidostomia por punção .......................................................................................................... 45 
Cricotireoidostomia cirúrgica............................................................................................................... 46 
Técnica cirúrgica – aula prática .................................................................................................................... 88 
Prática 1 – Antissepsia e paramentação cirúrgica ........................................................................................ 88 
Prática 2 - Mesa cirúrgica ............................................................................................................................ 90 
Prática 3 - nó cirúrgico ...................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ora aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou 
pensamos (...) 
Eférsios 3:20 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
7 
 
Técnica Cirúrgica 
Profº: Henrique Gomes 
Acadêmica: Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 
A técnica cirúrgica é necessária em todas as especialidades, menos medicina do trabalho, medicina social e 
psiquiatria. 
 - É uma disciplina útil. 
 
Livro: técnica cirúrgica; 
 
Antissepsia e paramentação cirúrgica 
Ato cirúrgico → agressão. 
 - Agressão leva a uma resposta metabólica do organismo, sendo que a cirurgia não é algo bom, mas sim 
uma forma de tratamento sem outras opções. 
 
Objetivo da antissepsia e paramentação → diminuir risco de infecção do sítio cirúrgico 
 - 2/3 dos casos são flora do próprio paciente → responsabilidade da equipe cirúrgica. 
 - Complicação P.O. é a mais prevalente 
 - Elevada morbimortalidade. 
 
Era da cirurgia antisséptica 
Até o início do século XIX 
 - Roupas de rua 
 - Sem lavar as mãos. 
 - Sem luvas 
 - Sem material limpo 
 
Os que sobreviviam ao ato cirúrgico → óbito por infecção 
 - 2/3 morriam no ato. 
 - 80% desenvolviam infecção e morriam 
 
Listem (1869) 
 - Uso tópico de ácido carólico → redução do índice de infecção para 12% 
 - Preservada o fio de cirurgia. 
 
Holem, 1876: comprovou o carreamento de bactérias de roupas de uso externo. 
HASLTED 1889: luvas para proteção das mãos de sua instrumentador. 
 - Observou que reduziu mais ainda a taxa de infecção. 
 
Flora bacteriana 
 - Flora transitória 
 # Adquiria por contato: na rua, no hospital ao encostar no leito. 
 # Muito variável 
 # De fácil remoção: água corrente e sabonete 
 # As bactérias mudam de acordo com o ambiente, alterando do CTI para a pediatria para a ambulatório. 
 
Flora residente 
 - Permanente ou simbiótica 
 - Refaz com muita facilidade. 
 - De difícil remoção → escovação (1891). 
 
Preparo do ambiente 
Roupa do bloco cirúrgico 
 - Não se pode usar junto a roupa que se saiu para a rua. 
 
Paramentação limpa 
 - Óculos de proteção. 
 # Muitas gotículas são passadas durante o ato cirúrgico. 
 - Propé 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
8 
 
 # Ele deveria ser impermeável, pois ao molhar, a bactéria vai da sola do sapato para o chão. 
 # Não é mais usado. 
 - Adornos 
 # Não se deve usar nenhum. 
 # Não usar: brincos, colar, pulseira. 
 - Aventais 
 # Reduzir dispersão das bactérias no ar e evitar o contato da pele. 
 - Luvas 
 # Protege o paciente e a equipe. 
 # Finalidade: reduzir e prevenir o risco de exposição ao sangue. 
 - Máscaras: protege o paciente e o profissional 
 - Gorros: cobrir totalmente o cabelo e a face. 
 - Escovação das mãos 
 # Retira sujeira e detritos, redução substancial ou eliminação da flora transitória e redução parcial da flora 
residente. 
 
Preparo da equipe cirúrgica 
 - Paramentação asséptica 
 - Realizar antissepsia (degermação). 
 # Esfregar com escova para escovar as unhas, o braço, as mãos. 
 # A bucha é usada para absorver o sabão. 
 - Vestir avental cirúrgico 
 # Há 4 tipos de cirurgia, sendo classificadas em tipo I (cirurgia feita com cirurgião, sem presença de 
anestesista, pois a cirurgia é local – única anestesia que o médico pode fazer), II (precisa do anestesista), III 
(até 2 dias de internação)e IV (mais de 2 dias de internação). 
 Até o nível II o paciente não pernoita no hospital. 
 # Endoscopia: não se pode fazer a sedação sem o anestesista presente → não é incomum o paciente 
complicar. 
 - Calçar luvas de látex. 
 
Objetivos principais: paramentação 
Remover sujeira e oleosidade. 
 
Formação de barreira contra penetração de microorganismo no sítio cirúrgico do paciente. 
 
Antissepsia 
 
Antissépticos líquidos 
 - Sabões 
 # Degermação. 
 - São sais de ácido graxo de cadeia longa 
 - Bacteriostáticos e bactericidas (Deve ser mais bactericida que bacteriostático). 
 - Principalmente gram-positivo (flora da pele). 
 
Plivinil-pirronlidona-iodo (PVPI 10%) 
 - Protege a pele. 
 - Não detona a pele. 
 - Clorexidina: em casos de alergia. 
 
Gluconato de cloro hexidina 
 - Clorexidina 4%. 
 - É uma substância clara. 
 - Não tem cheiro ruim. 
 - Mais eficaz no ponto bacteriostático e bactericida. 
 # Usar ele muda o perfil da flora do bloco cirúrgico. 
 
Soluções alcóolicas 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
9 
 
 - Álcool iodado ou clorexidina iodada. 
 - Essa substância é geralmente pincelada → não se faz o uso mais. 
 - Se encosta em mucosa: queimação → uso apenas para tórax e abdome. 
 
Escovação 
 - Utilizar escova correta 
 - Escovar vigorosamente 
 - Durante 5 minutos: menos que isso ainda há muito bactéria, mais que isso não faz diferença. 
 - Em blocos tem relógio. 
: 
Degermação 
 - Desde as unhas: aparadas e sem esmalte (não é extremamente necessário). 
 - Até os cotovelos (inclusive). 
 - Técnica metódica e padronizada: 25 vezes cada face anterior, posterior, medial e lateral. 
 # Ninguém conta, mas é para imaginar que se pode passar várias vezes na região. 
 
Enxugar 
 - Compressa estéril. 
 - Se elimina a flora de rua e diminui a flora resistente na antissepsia → assim se mantém, o local com baixo 
grau de contaminação. 
 
Tricotomia 
 - Remoção dos pelos 
 # Sobrancelhas: não se pode remover. 
 # Raspagem x tonsura. 
O problema de raspar: escarifica e favorece a penetração da flora na pele → favorece a infecção. 
 A máquina: lâmina descartável → não é qualquer lugar que disponibiliza isso. 
 
Esterilização: superfície inértil 
 
Meios físicos e físico-químicos 
 
Autoclave 
 - óxido de etileno: além do calor e pressão, há o gás → utilizada para alguns instrumentos por danificar 
mais o material 
 - Calor e pressão. 
 
Bloco cirúrgico, combinado cirúrgico e equipe cirúrgica 
Definição 
Conjunto do espaço físico, dependência interligadas e instalações destinadas as atividades cirúrgicas. 
 - Sala de operações → apenas um dos componente do ambiente cirúrgico. 
 
Organização 
Instalações adjacentes 
 - Unidades de emergência e tratamento intensivo 
 - Banco de sangue 
 # Maioria das vezes paciente entra equilibrado e sai desequilibrado hemodinamicamente. 
 - Centro de material e esterilização (CME) 
 # Serviços terceirizados: comum. 
 
Sala de operações: 
 - Iluminada. 
 - Isolada: uma das últimas coisas no hospital. 
 - Não transitável. 
 - Vedada. 
 - Temperatura e umidade controladas. 
 - Piso, parede, portas, janelas, cor, eletricidade, etc. 
 - Não há bloco que consegue seguir todas as especificações. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
10 
 
 
Dimensionamento (não cai). 
 - Número de sala 
 # 5% do número total de leitos 
 - Normas do M.S. 
 # Tamanho 
Ortopedia precisa de um tamanho maior. 
 # Largura mínima 
 
Zonas (não cai) 
 - Irrestritas: circulação livre 
 # Vestiários. 
 - Restritas. 
 - Semi-restritas (limpa): demais instalações interpostas entre o vestiário e as áreas irrestritas. 
 - Área de transferência 
 # Porta 
 
Medidas para reduzir a taxa de infecção operatória 
 - Menos pessoas no bloco cirúrgico → menor a chance de infecção. 
 # Só entra quem precisa entrar. 
 - Diminuir a circulação de pessoas dentro da sala → o número de microorganismos no ar das sala cirúrgicas 
é proporcional 
 
Sistema de ventilação ideal 
 - Pressão positiva no interior da sala: não existe. 
 - Fluxo de ar unidirecional: não se vê, é o comum. 
 
Unidade eletrocirúrgica ou eletrocautério 
 - Produz efeito de queimadura no tecido pela concentração a corrente elétrica de alta densidade 
 - Corrente elétrica: produzida a partir do ferrador eletrocirúrgico 
 - Muito útil no bloco. 
 - Pedal para ligar, sendo que a corrente vai até o paciente → necessita de uma placa para que a corrente 
saia do paciente → se não tiver a placa, ele vai legar um choque. 
 
Fundamentos e normas 
Combinado cirúrgico e membros da equipe cirúrgica 
 - Cirurgião 
 - Primeiro auxiliar. 
 - Segundo auxiliar ou mais. 
 - Instrumentador 
 - Anestesiologista 
 - Circulante da sala: quando não tem é ruim; 
 
Posicionamento da equipe cirúrgica 
 - Muda de acordo com o tipo de cirurgia. 
 - Lado direito do paciente: sempre o cirurgião. 
 - Em frente o cirurgião: o primeiro auxiliar. 
 - Ao lado do cirurgião: segundo auxiliar. 
 - Instrumentador: ao lado do primeiro auxiliar e de frente ao cirurgião. 
 # Pode mudar quando ele precisa estar próximo a cabeça e pescoço do paciente. 
 - Anestesiologista: Próximo a cabeça do paciente. 
 
Equipe cirúrgica 
 - Operação: trabalho em equipe. 
 - Hierarquia e ordem. 
 - Respeito. 
 - Ética profissional. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
11 
 
Fundamentos 
 - Metodizar / sincronizar o ato operatório 
 # Há muito cirurgias similares, que não mudam de acordo com o paciente, como de vesícula. 
 - Delimitar campos de atuação de cada membro. 
 - Familiarização → atribuições / deveres. 
 - Conhecimento pormenorizado da intervenção. 
 - Realizar técnicas rigorosamente padrão (mínimos ajustes dos seus atos). 
 # Não se pode mudar porque se quer. 
 Depende de diversos estudos, entre outros. 
 - Assumir a responsabilidade total do ato operatório. 
 
Pré-requisitos do cirurgião 
 - Cultura 
 - Serenidade 
 - Equilíbrio emocional 
 - Habilidade 
 - Segurança 
 - Iniciativa 
 - Vocação 
 - Dedicação 
 - Informação 
 - Informática 
 
Direitos do cirurgião 
 - Autoridade máxima no ato operatório 
 - Ações devem acatadas sem reparos nem considerações 
 - Respeito, tolerância e mútua compreensão. 
 - Colaboraçãp eficiente durante a operação 
 - Atuação silenciosa, diligente e correta da equipe. 
 
Normas de conduta do cirurgião (não cai) 
 
Primeiro auxiliar – deveres 
 - Nunca realizar manobras que competem somente ao cirurgião 
 # “Ajude menos”. 
 - Na eventual e inesperada ausência do cirurgião, ser capaz de assumir inteiramente a operação 
 # A cirurgia não pode parar. 
 - Qualquer um pode cortar o fio. 
 
Anestesista 
 - Complicado, pois muitas vezes o anestesista está coordenando diversas cirurgias. 
 
Conselho Federal de Medicina 
 - Art 3º: 
 # Não deve entrar só com o aluno de medicina → se o cirurgião desmaiar, não há quem assuma a cirurgia. 
 
Ética profissional 
Sigilo profissional 
 
Respeito aos pacientes 
 - Pudor e umidade. 
 - Psique. 
 - Nunca deixá-lo só na sala de operações. 
 # Ele pode cair da maca. 
 
Tratar colegas com cortesia e respeito 
 
Hierarquia 
 - Deve-se saber que todos têm importância na sala de cirurgia. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
12 
 
 - A cirurgia não ocorre sem o enfermeiro. 
 
Silêncio 
 - Falar baixo e somente o necessário. 
 # Na sala com o aluno, não tem como não conversar → se deve explicar. 
 Cuidado por esquecer que o paciente está lá e falar bobagem. 
 - Música: comente as adequadas. 
 
Diérese 
 - Momento do rompimento dos tecidos por meio de instrumentos cortantes, tais como bisturis, 
eletrocautério, trocartes e tesouras, dentre outros. 
 # Eletrocautério: queima a borda pele, sendo que ele precisa ser extremamente eficiente. 
 Faz hemostasia a partir da pele, que é mais eficiente. 
 # Tesoura é para dissecção do tecido, não para incisão da pele,porque prejudica a cicatrização. Não deve 
ser usada de modo algum na pele. 
 # Trocarte: laparoscopia e toracoscopia. 
 Ele é a parte cortante, sendo que a bainha é o que fica no paciente para fazer a cirurgia. 
 - Diérese toda manobra que visa criar descontinuidade nos tecidos, ou seja, uma via de acesso. 
 # Incisão: usando-se bisturi, eletrocautério 
 # Dissecção: difusão de tecido com pinça, tesoura, dentre outros. 
 # É a cirurgia em si. 
 # Tesoura e pinça rompe vasos, usar as mãos não (somente na prática). 
 
Hemostasia 
 - Processos pelo qual se inibe o sangramento ocasionado pela diérese e disseção cirúrgica. 
 # Compreende todas as manobras destinadas a evitar (profilaxia) ou estancar (Tratamento) hemorragias 
 - Benefícios no pós operatório: favorece evolução normal da ferida, diminui o risco de infecções (meio de 
cultura – sangue é um ótimo meio e hematomas não tem célula de defesa, sendo um ótimo meio de 
infecção) e de deiscência (pressão) 
 
Classificação 
 -Temporária 
 # Engloba ações como garroteamento, tamponamento, compressão (se usa mais na cirurgia laboratorial, 
sendo eficaz da mesma forma). 
 # Compressão: pode ser definitiva (ao tirar a compressa, sangra novamente, mas o tamponamento é uma 
forma de compressão) 
 - Definitiva 
 # Ligadura, clipagem (somente vasos internos), cauterização e sutura. 
 
Síntese 
 - Aproximação correta das bordas dos tecidos (Anatômica, funcional e estética) para facilitar a cicatrização 
 - O fio não cicatriza, mas a cicatrização é um processo inflamatório, somente ocorrendo por meio do 
paciente. Sem o ponto, o paciente fecha da mesma forma. 
 # Anatômica: Tecido semelhante cicatriza com tecido semelhante, sendo que não sendo igual, forma uma 
aderência fibrosa, mas que se rompe com facilidade. 
 # Funcional: recomposição das fibras (no tendão, por exemplo), de forma que se recupera a função 
anterior. 
 # Estética: paciente tem medo de sutura, mas não devia ter, pois todo mundo devia fazer. 
 Se pode tirar os pontos várias vezes até você ficar satisfeito. 
 
Nó cirúrgico 
 - Entrelaçamento ordenado e lógico feito com as extremidades libres do fio cirúrgico com objetivo de uni-
las. 
 - O nó tem que ter o desenho entrelaçado na frente atrás. 
 
Agulhas 
Cilíndrincas: atraumática 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
13 
 
 - Arredondada na ponta e passa por pressão. 
 - Osso e tecidos (pele, nervo, vasos, entre outros). 
 - Bolinha redonda no pacote: atraumática. 
 
Triangulares: traumática 
 - Se deve fazer força para passar. 
 - Pele. 
 - Triangulo no pacote: traumática 
 
Fios de sutura 
Propriedades 
 - Absorção 
 - Origem 
 - Configuração 
 - Força tênsil 
 - Segurança dos nós 
 - Reação tecidual 
 # Monofilamentar: corta de forma específica. 
 # Multifilamentar: corta em vários pontas. 
 - Elasticidade 
 - Memória 
 - Crescimento bacteriano 
 - Adesividade de células tumorais 
 - Capilaridade 
 - Visibilidade em campo cirúrgico 
 - Custo 
 
Quanto a absorção 
 - Não absorvível 
 # Permanece por tempo indefinido no tecido 
 # Maior força tênsil residual 
 # Nylon 
Bom para pontos de pele: agulhar traumática. 
Geralmente preto. 
 - Absorvível 
 # Desintegram após determinado tempo 
 # Hidrólise: desfaz-se em tempo programado. 
Característico de fios sintético. 
PDS: polidioxinona fica por 9 meses 
 X Bom para aponeurose (precisa de força tecidual por 6 meses). 
 # Proteólise: fagociado 
Característico de fio biológico 
Categute: foi desenvolvido a partir de intestino de gato → é antigênico, então induz reação 
inflamatório (Tecido fica mais vermelho) + induz antígenos, de forma que se na primeira cirurgia demorou 
2 semanas para absorção, cada vez que é usado, ele é absorvido de forma mais rápida. 
 X Absorvido de forma muita rápida: 7 dias. 
 X Uso em cirurgias de Fimose → mais comum na urologia. 
 X É muito caro. 
 
O fio pode ser 
 - O número é para mostrar a tensão: se quebra com a mesma força 
 # O diâmetro varia por causa do material. 
 - 5,0: aguenta maior força de tensão. 
 # Obesos mórbidos, aponeurose, por exemplo. 
 # Não arrebenta. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
14 
 
Composição x nome comercial 
 - Seda 
 # Biológico 
 # Multifilamentos. 
 # Inabsorvível 
 # Agulha cilíndrica 
 # Maleável 
 # Boa retenção dos nos 
 # Reações inflamatória 
 # Indicações: hemostasia. 
 - Altdão plycotr 
 - Nailon monofilamentar mononylon 
 # Deve ser retirado. 
 # Sintético 
 # Monofilamentar 
 # Inabsorvível 
 # Agulha cortante 
 # Elevada memória reque mais ´nos 
 # Boa elasticidade 
 # Baixos custo 
 # Indicação: pele 
 
 - Polipropileno monofilamentar – prolener 
 # Sintético 
 # Monofilamentar: levada memória e pouco maleável 
 # Elástica 
 # Poucas reações teciduais 
 # Sutura vascular 
 # Elevada memória 
 # Agulha cilíndrica 
 # Inabsorvível 
 
 - Aço x aciflex 
 # Fundamental. 
 # Tem que ser cortante. 
 
Absorvíveis 
 - Categute 
 # Biológico 
 # Multifilamentar 
 # Absorção curta e irregular 
 # Agulha cilindríca 
 # Pouco maleável 
 # Força tensil por até 6 dias 
 # Maior reação tecidual 
 # Indicações: cirúrgicas urológica e ginecológicas 
 
 - Poligalactina 910* 
 # Sintestic 
 # Multifilamentar 
 # Absorvível 
 # Agulha cortante 
 # Muito maleável 
 # Retém o nó 
 # Indicações: vísceras ocais, vias biliares e parede abdominal (tudo menos osso e pele) 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
15 
 
 - Polidioxanona: PDS* 
 # Muito usado. 
 # Sintético 
 # Monofilamento. 
 # Absorvível de longa duração 
 # Agulha cilíndrica 
 # Indicações vísceras ocais, vias biliares e parede abdominal (tudo menos pele e osso) 
 
 - Poliglecapronte 25: monocryl 
 # Transparente para não marcar pele. 
 # Costuma deixar cicatriz. 
 # Indicações: pele. 
 # Intestino 
 # Monofilamentar 
 # Absorvível 
 # Agulha cortante 
 # Maleável 
 
Quanto a origem 
 - Biológico 
 # Maior reação tecidual 
Maior o calibre, menor a absorção 
 # Maior custo 
 # Caindo em desuso 
 - Sintético 
 # Menor reação tecidual 
 # Tempo de absorção previsível (diferente do categute, que depende do calibre) 
 # Vycril: poligalactina 910 
 
Quanto a configuração 
Monofilamentos 
 - Menos maleáveis 
 # Tem memória: ele volta para o modo como foi embalado, sendo isso prejudicial, pois se deve ter cuidado 
ao usá-lo no paciente. 
 - Menor atrito 
 # Nó sai mais rápido, o que da menos segurança. 
 - Menor segurança dos nós 
 - Menos nidus 
 # São os pontinhos que ficam na pele, ai se retirar o fio. 
 - Prolene: polipropileno 
 
Multifilamentar 
 - Mais maleáveis 
 - Maior atrito 
 - Maior segurança dos nós 
 - Maior adesividade bacteriana 
 - SEDA 
 
Quanto a elasticidade 
Capacidade de se alongar sob tensão 
 - Edema da fase inflamatória 
 # Tecido edemacia de forma fisiológica, sendo que o ponto deve ter capacidade de estender para isso, de 
forma que não estrangula o tecido quando ele inflama. 
 - Permite acomodação, sem estrangulamento 
 - NYLON 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
16 
 
Características do fio de sutura ideal 
 - Ter força tensil inalterada até o final da cicatrização 
 - Ser de fácil manuseio e ser maleável 
 - Ter boa elasticidade 
 - Ter resistências a trações e torços 
 - Segurança causar menos atrito tecidual 
 - Apresentar boa viabilidade 
 - Custo e benefícios 
 - Esterilização fácil 
 - Não prolongar o uso, insistir, quando alergia ou rejeição 
 - Não aumentar risco de infecções 
 
Instrumental cirúrgico 
Todo material utilizado em intervenções cirúrgicas. 
Classificam-se em comuns ou especiais. 
 
Comuns 
Instrumentais básicos utilizados em qualquer tipo de intervenção cirúrgica nos tempos fundamentais 
 
Porta-agulha de Hegar- Permite a condução da agulha 
 - Segurar todos instrumentos de argola com polegar + 4º dedo. 
 - Sinal padronizado mundialmente → mão fechada, mão para cima, movimentar o 
pulso naturalmente. 
 - Imagem ao lado. 
 
Cabo de bisturi 
 - São instrumentos de diérese no tamanho 3 e 4. 
 - Empunhadura como se pega em um lápis. 
 
Bisturi 
Seccionando todo o plano com um movimento único e sua sinalização; 
 - Pega, inclina a lâmina a 90º da pele (é a barriga que corta, não a ponta) → acabar com o bisturi na vertical. 
 
Tesoura de metzembaum 
 - Reta ou curva (De dissecção); mais fina. 
 - Corte de tecidos: somente pela tecida curva. 
 
Tesoura de mayo 
 - Reta ou curva; mais larga. 
 - Corte fios de sutura, gaze ou outros materiais. 
 # A tesoura masca se usar a mesma para isso e para tecido, mascando o tecido. 
 
Hemostasia 
 - Pinçamento de vasos sangrantes 
 # Pinças de kelly 
 # Kocher 
 # Hastead 
Curvas: para pinças o vaso 
Reta: para fios, gazes, entre outros. 
 
Pinças de dissecção 
 - Pinças auxiliares 
 - Pinça de dissecção: anatômica 
 # Não se usa na pele. 
 - Pinça de disseção de pele: dente de rato. 
 
Material de síntese: para união das bordas dos tecidos 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 - Porta-agulhas 
 
Pinça de campo ou de backhaus 
 - Não tem sinal 
 - Função: prender campo cirúrgico. 
 # Grava o pano, não a pele. 
 
Afastadores 
 - Facilitam a exposição do campo operatório 
 - Manuais (solta, acaba) ou ortostáticos. 
 # Gosset, balofour, etc. 
 - Manual: farabeuf (Tem que saber, se usa em toda cirurgia). 
 
Mesa cirúrgica 
Deve-se dispor materiais, da que esquerda para a direita de acordo com a frequência de uso 
 - Diérese → secção → hemostasia e síntese. 
 
Não misturar as coisas 
 - Diérese 
 - Preensão 
 - Hemostasia 
 - Exposição 
 - Especial 
 - Síntese 
 
Materiais auxiliares 
 - Gazes 
 - Luvas. 
 
Outros materiais 
 - Dreno de látex: é como uma luva, se deixando para se drenar secreções do interior do paciente para o 
exterior. 
 - Pemroso: não pode colabar. 
 # Uma ponta dentro do paciente, outra fora. 
 - Dreno de Kehr 
 # Em T. 
 # Bom para via biliar: toda bile sai para fora da cavidade. 
 - Dreno de Tórax: tubular armado 
 # Dreno do tórax, preço em um sistema de água. 
 # Sistema fechado 
 - Sonda de Fohler 
 # Vesical: via que insufla e faz o balonete a fim de que a sonda não saia, ficado travado. 
 # Conectado em um coletor urinário. 
 
Nomenclatura em técnica cirúrgica 
Nomen: nome 
 
Calare: chamar, convocar. 
 
Entende-se por nomenclatura, os termos empregados em uma ciência ou técnica, assim como a 
classificação desses termos 
 
Sinalização cirúrgica 
 - Gestos manuais executados. 
 - Sinal de bisturi: segura caneta com a mão + dedo indicador na parte de cima + movimento cortante 
(caneta de modo ilustrativo 
 - Tesoura curva: faz um “V” com o dedo indicador + médio. 
 - Tesoura reta: faz um “V” com o dedo indicador + médio, e curva ambos os dedos para a frente. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
18 
 
 - Pinça reta: dedo indicador esticado para cima. 
 - Pinça curva: dedo indicador esticado, levemente encurvado para a frente. 
 - Pinça de mixer: dedo indicador esticado e fechado 
 # Passa fio. 
 - Pinça anatômica: usa dedão e indicador esticados, em movimento de pinça. 
 - Pinça dente de rato: usa dedão e indicador dobrados, em movimento de pinça. 
 - Farabeuf: usa dedão e indicador dobrados e abertos. 
 - Compressa: palma dão mãos para cima 
 - Gaze: mão em coxinha em movimento para cima e para baixo. 
 
Pré-operatório 
Conceitos 
Definição: período compreendido entre a indicação da cirurgia até a realização da mesma. 
 - Exemplo: paciente esfaqueado → pré-operatório: do momento que se foi visto qual a decisão a ser 
tomada pelo profissional da saúde até o início do procedimento. 
 paciente de 85 anos com hérnia desde que nasceu → período pré-operatório de 85 anos. 
 
Determinação do risco cirúrgico 
 - Nível II a IV: pré-operatório realizado por especialista. 
 - Avaliação pré-operatória: anestesista. - 
 - Quem determina o risco cirúrgico é o cirurgião. 
 
Período pré-operatórios 
Exames pré-operatórios 
 - Cirurgia eletiva 
 # Exames de rotina 
 - Cirurgia de urgência 
 # Exames essenciais: leucograma, TCL, coagulograma e só. 
 - Cirurgia de emergência 
 # Protocolo de atendimento → ATLS 
 # ABCDE 
 
Momento pré-operatório 
 - Preparo psicológico do paciente e família 
 # Não é fácil, a medo quanto ao risco de vida, entre outros. 
 # Varia de acordo com o paciente e a família. 
 - Anamnese e exame físico 
 # Direcionado a queixa do paciente. 
 # Comorbidades 
 # Uso de medicamento 
 # Alergia 
 # Cirurgias e procedimentos anteriores → houve intercorrência? 
 - Exames laboratoriais e de imagem, orientados pelo exame físico do paciente. 
 # Não é de rotina. 
 # Pacientes hígidos, sem qualquer comorbidade: pode haver alterações de exames sem significado clínico. 
Hemograma, leucograma, coagulograma → desnecessários. 
 # Pode acontecer do paciente ter clínica clássica e exame físico e de imagem normal → opera do mesmo 
jeito, porque a imagem pode não ter pegado a área atingida. 
 - Controlar afecções associadas 
 # Muitos pacientes têm HAS não controlada (paciente mente dizendo que está controlada, que toma 
remédio, entre outros), DM curada, entre outros. 
 - Orientações 
 # Interromper tabagismo → problema → alteração da função ciliar → sem fumo por 2 semanas há 
diminuição da quantidade de malefício do cigarro 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
19 
 
 → Sem fumo por 2 meses e 2 
semanas → paciente começa a acumular muito muco → infecção por conta da de aspiração. 
 # Jejum pré-operatório → inibição do problema da aspiração do paciente. 
 Por 8h: mais não faz sentido. 
Gatorade e água pode tomar sem problemas. 
Quando o paciente tem jejum pode haver hipoglicemia na mesa, principalmente por conta de 
nervosismo → lipotimia, convulsões → complicado na mesa operatória. 
 X Paciente deve comer alguma antes da cirurgia (não muito). 
 # Medicamentos 
 - Reserva de órtese/prótese, CEC, hemoderivados, CTI 
 # Muito específico. 
 
Exames laboratoriais e de imagem 
 - “Segurança” jurídica X custo e significância 
 # Não se garante segurança do paciente pedindo exames inespecíficos 
 - Orientados pela avaliação clínica e pelo porte da cirurgia 
 # Cirurgia de porte grande 
 
 - Radiografia de tórax – indicações 
 # Cirurgia torácica 
 # 65 anos → não é regra 
 # HAS → não é regra 
 # Fumantes 
 Pode se avaliar se ele andou sem cansar, entre outros. 
 
 - ECG – indicações 
 # Homens com mais de 40 anos, mulheres com mais de 50 
História de HAS: tabagismo, dislipidemia, DMC, IRC, coronariopatia 
 - Outros Hemograma, coagulograma, função renal, clicemia, EUR 
 
 - Contra indicação absoluta para realização de cirurgia eletiva → IAM com menos de 6 meses 
 
Interações medicamentosas 
Drogas que atuam no sistema cardiovascular 
 
Alfa agonistas (prazosim) e beta bloqueadores (propranolol) → devem ser mantidos 
 - São de rotina 
 - O beta bloqueador leva a um pico de hipertensão se suspender o medicamento. 
 
Bloqueadores de canal de cálcio (nifedinipina) → devem ser mantidos 
 
Inibidores de EC captopril → hipotensão peroperatório -→ suspensão 
 - Deixa o paciente menos anestesiado em paciente que podem ter hipotensão 
 
Diuréticos: hipotensão peroperatória → suspensão 
 
Antiarrítimicos – amiodarona -→ suspensão 
 - As vezes, se arritmia grande, é importante colocar um marcapasso, para evitar problemas durante e pró-
operatório. 
 
AINES 
 - AAS → deve ser mantido 
 
Anticoagulante- Cumarínico → suspensão 3 dias antes (meia vida); Ele é muito eficaz e é usado em pacientes mais graves, 
com tendência a formação de trombos. 
 → Vitamina suspensão 3 dias antes (para reversão do efeito) 
 → Heparina de baixo peso suspensão 3 dias antes → essa é ofertada após a cirurgia, e 
posteriormente se oferece cumarínico, se fazendo uma transição lenta do medicamento. 
 
Hipoglicemiantes → substituição por insulina (2 dias antes) 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
20 
 
 - Meia vida dele é muito longa, e o risco de hipoglicemia em pacientes entubados é muito grande. 
 - Hiperglicemia mata muito menos que a hipoglicemia. 
 
Preparo de cólon 
 - Clistér – 1000ml → infundido via anal (as vezes tem que ser 250ml 4 vezes, por não se conseguir essa 
quantidade de uma vez. 
 - Dieta sem resíduo – 3 dias → para não formação de resíduos durante o preparo do cólon. 
 # Ingestão de sopas, coisas mais líquidas, sem feijão, carne, entre outros. 
 - Manitol 10% - 1.5000ml 
 # Desidrata o paciente → evacuação potente. 
 
Classificação do risco anestésico 
Risco cirúrgico pode ser definido como um cálculo realizado a partir da avaliação clínica e laboratorial do 
paciente, a fim de determinar sua condição de saúde e recomendar, ou não, o procedimento cirúrgico. 
 
ASA I é utilizado para pessoas saudáveis, sem doenças 
crônicas ou graves e que não adotam comportamentos 
de risco, como fumar e consumir álcool em excesso. 
 
ASA II classifica indivíduos com patologias sistêmicas 
leves a moderadas. 
 
ASA III revela uma doença sistêmica grave, que 
envolve limitações, porém não incapacita o paciente. 
 - Doença sistema grave, sem risco de morte. 
 # Com enfisema, DPOC, hipertensão, DM. 
 
ASA IV assinala patologia grave e incapacitante. 
 - Doenças sistêmica grave, com risco de morte. 
 # Coronaropatias. 
 
ASA V é usado para identificar um paciente que, provavelmente, não sobreviverá por mais de 24 horas sem 
que a cirurgia seja realizada. 
 - Sobrevida de até 24h. 
 # Independe do que você faz. 
 # Não se leva a sala de cirurgia. 
 
ASA VI indica a operação para uma pessoa que teve morte encefálica, e terá os órgãos retirados para 
doação. 
 
Já os procedimentos cirúrgicos de emergência devem ser marcados com a letra E. Por exemplo: ASA IIIE. 
 
Obstrução intestinal 
 - SNG: Sonda Nasogástrica 
 - Conteúdo não vai pra frente. 
 - Risco de aspiração e vomito grande, se passando a sonda para descomprimir a luz do estomago. 
 # Se obstrução intestinal: as vezes também sobe. 
 - Não faz preparo do cólon. 
 
Profilaxia de tromboembolismo 
 - Heparina de baixo peso por 12h antes e manutenção no pós-operatório 
 # Até que o paciente volte a andar (não esteja mais acamado), aumentando a circulação e diminuindo o 
risco de tromboembolismo. 
 - É feita em praticamente todos pacientes que serão operados. 
 - Meias elásticas e com compressão intermitente 
 # Muita apertada para se fazer um grande de pressão do sangue venoso (mais apertada no pé, menos no 
calcanhar, menos na perna) 
 - Fisioterapia 
 - Deambulação precoce 
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/calculo-do-risco-cirurgico
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
21 
 
Peroperatório 
Introdução 
Compreende o período entre o início ao termino da cirurgia. 
 
Posicionamento na maca cirúrgica 
 - Há diversas posições, dependendo do tipo de 
cirurgia, como a posição ginecológica (imagem ao 
lado à direita), posição de canivete (imagem ao lado, 
à esquerda; para processos anais, cisto piramidal, 
hemorroidal), posição de trendelemburg invertido ou 
proclive (imagem ao lado, à direita) utilizada para 
operar a parte superior do abdome (a alça desce por 
cavidade; dificuldade de retorno venoso muito 
grande, sendo obrigatório usar meias de compressão, 
sendo que isso corre muitas vezes quando o paciente 
é obeso), posição trendelemburg (imagem ao lado, à 
esquerda; apendicite, histerectomia, gravidez ectópica, entre outros, 
pois órgãos vão para o tórax superior, se podendo operar bem a pelve), posição lateral (se faz o pilé, abrindo 
espaço entre o arco costal e a espinha ilíaca, se criando um espaço para operar, sendo usado em 
nefrectomia). 
 
Monitorização 
 - Se consegue avaliar tudo, desde frequência cardíaca, PA, saturação, etc. 
 
Redução da ansiedade 
 - Pacientes muito nervosos → Clonidina: vasodilatação com queda da hipertensão de forma química e o 
paciente fica com a pressão normal. 
 - Avaliação clínica na sala de cirurgia 
Seleção da técnica de anestesia: por conta do anestesista. 
 
Acesso venoso 
 - Acesso venoso tem que ser eficiente 
 # Se não for eficiente tem que até suspender a cirurgia, pois o paciente pode acordar a qualquer momento. 
 - Acesso venoso central: PVC 
 # Cateter na veia jugular chegando ao átrio direito → se pressão aumentada → pode ser por hiper-
hidratação ou bomba cardíaca parando. 
 → se pressão baixa → pode ser por hipohidratação 
ou bomba cardíaca faliu. 
 - PIA 
 # Pressão Inter Arterial 
 # Acesso venoso na artéria radial → o risco é que se trombosar paciente perde a mão. 
 
ECG 
 
Oximetria 
 
Capnografia 
 - Curva de CO2 expirado 
 # Quando o paciente inspira na máquina não há CO2 
no tubo, quando ele inspira, há CO2. 
 # CO2 é muito difusível, sendo que se deve saber se 
ele está em excesso ou não. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
22 
 
 # Curva baixa: entubou o esôfago → ele não produz 
CO2. 
 # Situações que o paciente aumenta CO2 → 
paciente em acidose → tem que colocar CO2 para fora 
→ então se sabe que tem que aumentar a frequência 
cardíaca → se dando uma medicação para isso. 
 
Controle neuromuscular 
 - Estimulo de nervo periférico a fim de avaliar a contração muscular 
 - Paciente bloqueou de forma eficaz → estimula e não contrai 
 - Não foi eficaz → estimula e contrai 
 
Temperatura corporal 
 - Intraesofagiana: única que avalia de forma eficaz 
 - Via anal, oral e axilar não se usa. 
 
Gasometria arterial 
 
Cateterismo nasogástrico 
 - Tem que ser um tubo fino 
 - Tubo distende o nariz, paciente deve engolir a sonda. 
 - Incomoda muito. 
 - Radiografia é a única eficaz, porque se a ponta estiver dobrada, não se consegue voltar o líquido 
 
Cateterismo vesical de demora 
 - Balonete insuflado não permite saída. 
 - Válvula de distenção e válvula de eliminação. 
 
Escolha de via de acesso 
 - Laparoscópica ou laparotômica 
 # São cirurgias idênticas, mudando apenas a via de acesso. 
 # Laparoscópica: menos trauma e recuperação mais rápida e fácil. 
 Tem maior dor também, sendo uma morbidade maior. 
 # Complicações → obesos tendem a ter hérnia incisional (não é considerado nem complicação, por ser 
frequente). 
 
Peroperatórios especiais 
Megaesôfago 
 - Acalasia: é como se fosse uma obstrução mecânica, de forma que o alimento vai caindo e estendendo a 
região. 
 - Há níveis diferentes. 
 - Pode haver a compressão do esfíncter por vários motivos, como fibrose, cancer, entre outros. 
 - Contraste 
 - Sonda nasogástrica: vai ficar no esôfago, se retirando a comida aos poucos → oferece soro e puxa com 
comida até sair um líquido hialino. 
 - Retenção de alimentos 
 - Crescimento bacteriano 
 - Realiza aspiração e lavagem de luz do esôfago 
 - Entubação com paciente acordado, em sequência rápida, com proteção das vias aéreos 
 # Apertar a cricoide contra o esôfago para comprimir a luz dele e o paciente entrar com certeza na via 
aérea 
 
Estenose pilórica 
 - Mesmo que o megaesôfago. 
 - Alcalose metabólica hipocloremica: ocorre devido a produção de HCl, sendo que o paciente fica básica. 
 # Como sai cloro também, a depleção dele. 
 - Hipovolemia. 
 - Desnutrição. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
23 
 
 - Proceder a aspiração e lavagemda luz do estômago. 
 - Indicação de entubação 
 
Icterícia 
 - Hiperhidratação 
 - Não utilizar drogas de metabolismo hepático (halotano) 
 - Riscos: encefalopatia hepática → torpor até parada respiratória. 
 - A única alternativa é expandir volume → para aumento da urina e da colúria, havendo excreção de bile. 
 
Gravidez 
 - Primeiro trimestre 
 # Aumento do debito cardíaco, da PA, entre outros. 
 - Segundo trimestre 
 # Queda da resistência vascular periférica → menor pressão arterial. 
 # Ela evolui para caso contrario 
 - Terceiro trimestre 
 # Aumento do volume plasmático 
 # Compressão da veia cava inferior e diafragmática 
 # Deitar em decúbito lateral: para evitar compressão da cava 
 
Pós operatório 
Período que compreende do término da cirurgia até o retorno das atividades habituais. 
 
Resposta endócrina metabólica ao trauma 
Visa disponibilizar mais oxigênio e glicose para ocorrer a recuperação tecidual, sendo necessário 
hiperventilação. 
 
Fisiológica 
 - Estoque de glicogênio é temporário, de forma que só dura um certo momento. 
 # Sem ofertar nutrientes pro paciente ele fica bem. 
 - Hipermetabolismo e catabolismo 
 # Glicose do paciente vai a 150, se ele é normal; até 200 se diabético. 
 # Se essa resposta for muito grande, não necessita complementar a nutrição, se não faz mal ao paciente, 
podendo ocorrer problemas renais. 
 
Disponibilização de glicose: proteólise 
 # Paciente defina sem oferta de nutrientes. 
 
Cirurgias grandes, como transplante, ou que sangram muito, sepse, quadros infecciosos, como pancreatite. 
 
Aumento da temperatura corporal, débito cardíaco e consumo de O2. 
Principal mediador: hormônio adrenocortcotrófico (ACTH) – cortisol, glucagon e catecolaminas: levam ao 
aumento da frequência cardíaca. 
 - Problema em pacientes com suficiência de suprarrenal → pacientes com problemas de recuperação, 
regeneração tecidual. 
 
Fase final da REMT: anabolismo. 
 
Febre pós-operatória 
Atelectasia 
 - Principal causa de febre nos primeiros 3 dias P.O. 
 - Causa não infecciosa, mas o risco de infecção secundária é considerável. 
 - Muito relacionado a cirurgia torácica na qial há dificuldade de fazer respiração profunda → há dor → deve 
haver fisioterapia, evitando atelectasia. 
 - Fatores de risco: 
 # Obeso. 
 # Doença pulmonar crônica. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
24 
 
 # Cirurgia torácica ou em andar superior do abdome 
 - Causas: Analgesia ineficaz 
 # Sem dor ele consegue ventilar melhor. 
 - Prevenção: fisioterapia respiratória → com as bolinhas. 
 - Tratamento: fisioterapia respiratória. 
 # Risco de evolução para pneumonia é muito grande. 
 - Outras causas: Pode ser trombose venosa, quadro infeccioso prévio a cirurgia. 
Infecção do trato urinário 
 - Principal causa de febre entre o 3º e 5º dia P.O. 
 - Tratamento: retirada da SVD (Sonda Vesical de Demora) e ATB (gram negativos). 
 # Relacionada a infecção por manipulação na região, antissepsia mal feita. 
 
Infeção de ferida operatória 
 - Principal causa de febre entre 5º e o 7º dia; P.O. 
 - Mais propensos: cirurgia em trato digestório e imunossuprimidos 
 # Não tem como fazer a esterilização, de forma que é quase inevitável. 
 - Geralmente antissepsia do paciente feita de forma ineficaz 
 - Tratamento: conservador, drenagem e/ou ATB (gram positivos e anaeróbios). 
 # ATB só é dado quando o paciente estiver com hipoxemia, pois o organismo dele é responsável para 
manter o processo organizado e resolver o processo espontaneamente. 
 # Não se faz cirurgia em pacientes com processos infecciosos → amigdalite? Unha encravada? Trata 
primeiro o processo pequeno. 
 - Deiscência da ferida; pontos não suportam, arrebentando; formação de fibrina, tecido de granulação; 
cicatrização do centro para a periferia (ativação de miócitos), sendo que a ferida involui (na maior parte das 
vezes não tem problema, mas dependendo, paciente pode perder movimento, devendo-se tratar. 
 
Tromboflebite 
 - Infecção de acesso venoso 
 # Dor no trajeto venoso da veia canulada.. 
 - Causa de febre a partir do 3º dia P.O. 
 - Sinais de bacteremia: calafrios 
 - Tratamento: troca de cateter e ATB (Gram positivos). 
 
TVP – Trombose Venosa profunda 
 - Causa de febre após a 2ª semanas P.O. 
 - Dor no trajeto da veia e dor na panturrilha 
 - Exames de imagem: dupplex scan (não invasivo) e venografia (maior acurácia). 
 # Dupplex scan: por via de ultrassom, localiza a veia e vê o seu fluxo, que deve ser azul (unidirecional) → 
se tender para o amarelo, ele está com estase (sugere TVP). 
 # Venografia: melhor diagnóstico, mas é exame invasivo e não é feito de rotina. 
 - Maior causa de lipotimia: não mexer a panturrilha (compressão externa na parede da veia não ocorre) → 
diminui o retorno venoso → sangue arterial não volta bem quando o paciente está em pé. 
 # Valvulopatia: sangue sobe e desce, não subindo de forma eficaz. 
 - Profilaxia: 
 # Heparina de baixo peso → uso 12h antes da cirurgia e de 12 em 12 horas → paciente troca por warfarina 
em seguida. 
 # Meias elásticas: há as meias mecânicas, principalmente em pacientes obesos, que ficaram em posições 
que favorecem a estase → ela vai contraindo a região inferior da perna, seguida pela região superior e pela 
região da coxa. 
 # Bomba de compressão intermitente. 
 # Fisioterapia. 
 # Deambulação precoce: é o que mais previne. 
 - Tratamento: anticoagulação. 
 
Equilíbrio hidroeletrolítico 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
25 
 
Água 
 - Cálculo do balanço hídrico. 
 # o que o paciente tomou menos o que ele perdeu 
 # 30 a 50 ml/kg/dia. 
 Dá menos em crianças, idosos e subnutridos (extravasamento de líquido) 
 # Ganho endógeno: 500ml/dia 
 Devido a reações em nosso corpo que produzem água → tudo produz CO2 e água. 
 # Perdas insensíveis: 1.000ml/dia. 
 Transpiração e respiração. 
 # Diurese: 50ml/h 
 Diurese mínima: 1.200ml 
 Oligúria: >600ml <1200ml → deve aumentar a perfusão renal / a diurese. 
 
Glicose 
 - Primeiras 24h – REMT: 100G/dia 
 - A partir do 2º dia de P.O.: 150-200g/dia 
 
Potássio (3,5 a 5mEq/I) 
 - Principal íon: não ofertado nas primeiras 24h, pois o corpo produz potássio devido a lise celular. 
 - Depois: 1,0mEq/Kg/dia 
 - Avaliar diurese: <600ml/dia 
 # Retenção de potássio, devendo ser feito um controle. 
 - Controle de hipercalemia (colocar potássio para dentro da célula): salbutamol, gluconato de cálcio, 
solução polarizante (ofertar glicose e insulina ao paciente, pois a glicose coopera para a entrada de potássio), 
diálise. 
 
Sódio (135 a 145mMol/l 
 - Controle dos níveis plasmáticos: sistema renal e endócrino (aldosterona e HAD). 
 - Hiponatremia: administração iatrogenia de fluidos hipoosmolares, deficiência de aldosterona, diarreias 
(perde muito muco e tende a fazer acidose, pois o muco é básico) e vômitos (não se pode repor 100% do 
déficit nessas ocasiões). 
 # Tratamento: reposição 
 - Hipernatremia: perda de água livre: diarreia, vomito, sudorese profusa, dureise excessiva (TCE – paciente 
perde função de segurar l[íquidos) 
 # Tratamento: hidratação diurético 
 # Rim produz 180L de infiltrado glomerular e desses 178 são reabsorvidos. 
 Primeira fase de insuficiência renal aguda → poliúria 
 
Anestesia Local 
Definição 
São aquelas realizada para procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticas, após o qual o paciente 
permanece na unidade somente até a recuperação de suas funções física e mentais, quando então recebera 
alta hospitalar, sem passar a noite no hospital. Ou seja, permite que o paciente tenha alta o mesmo dia. 
 
Em todos os anestésicos a potência é proporcional a toxicidade. 
 
Anestesia para Cirurgia Ambulatorial 
Com a evolução da técnica anestésica e da parte farmacêutica se conseguiu desenvolver desde de bloqueio 
raquimedular até a anestesia geral 
 
3 critérios para o paciente serliberado 
 - Tolerar líquidos 
 - Deambular 
 - Tem que urinar 
 
Atualmente a metabolização de drogas anestésicas são instantâneas 
 - Indução da anestesia geral 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 # Se oferece 3 drogas: BZD, hipnótico (propofol – metabolização quase imediata) e bloqueio 
neuromuscular (para permitir entubação) 
 
A monitorização pré-operatória coopera também para a anestesia, sendo que há sinais que indicam que a 
anestesia está passando: 
 - Aumento da FC. 
 - Hipertensão. 
 
Anestésico local 
Conceito 
 - São agentes farmacológicos que bloqueiam a condução nervoso de forma temporária e irreversível, de 
pendendo da concentração são capazes de produzir tanto bloquei sensitivo quanto motor. 
 
Os procedimentos anestésicos podem ser temporários e reversíveis 
 - Dores de difícil controle, como de tumores → alcoolização em terminação nervosa → processo de 
bloqueio anestésicos local daquela terminação nervosa que leva a morte do nervo. 
 
Há 3 níveis de bloqueio anestésicos 
 - Sempre: dor → tato → motor 
 - Mais superficial → dor 
 # Menos massa anestésica: bloqueio sensitivo 
 # É o necessário: se dá a menor concentração de substancia. 
 - Bloqueio do tato. 
 - Bloqueio motor. 
 
Histórico 
1º agente 
 - Cocaina; Alemanha – 1860 
 - É o único agente anestésico local capaz de estimular o córtex cerebral e levar a dependência química 
 # Paciente fica chapado em cirurgias mais longas e fica viciado. 
 - É o único que provoca vasoconstrição local. 
 # Metabolismo é feito intervascular pela colinesterase plasmática (principalmente por ela) e citocromo 
p450 
 # Vasoconstrição: efeito positivo, pois diminui o fluxo sanguíneo do agentes anestésico, de forma que ele 
fica mais tempo no tecido e seu tempo de ação aumenta. 
Não inunda o campo operatório. 
Tônus normal → vasodilatação → moléculas chegam mais rápido e saem mais rápido e a 
metabolização também → vasodilatação não é o que se quer. 
 
Procaína (1905) 
 - Menos tóxica, não causa dependência ou efeito psíquico. 
 Mais efetiva em relação a cocaína, principalmente se pensar em repetição de dose. 
 - Uso sistêmico 
 
Lidocaína (1943) 
 - Anestésico local de escolha 
 - Bloqueio de condução mais rápido: latência anestésica de 30 segundos. 
 # As outras funcionam em cerca de 30 minutos a 1h30. 
 # Tem que explicar ao paciente que está anestesiado, mas que ele vai sentir coçar, mas não dor. 
 - Mais intensa 
 # Menos quantidade de moléculas produzem o mesmo efeito que os anestésicos anteriores. 
 - Mais duradoura → Sem vaso constritor: 3 a 4 horas 
 → Com vaso constritor: cerca de 6 horas → é sempre mais segura, pois o risco da 
quantidade de anestesia entrar no vaso e levar a uma reação é menor, pois ela é absorvida ao longo do 
tempo → da tempo da anticolinesterase metabolizar. 
 # Vasoconstritores: sempre (em qualquer parte do mundo) que presente estará sinalizado por uma faixa 
roxa; e a lidocaína está sempre simbolizada por uma faixa cinza. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 # Bloqueio total de circulação local: não se pode bloquear toda a região (dedo, pênis, mamilo, pequeno 
lábio, orelha (pavilhão auricular) e oferecer vasoconstritor → não chega circulação no local, podendo haver 
necrose. 
 - Mais específico. 
 - Antiarrítmica → a parada cardíaca tem haver com a toxicidade da medicação. 
 # Bôlus de 10ml de lidocaína pura, 1%, antes de induzir a anestesia, por que? Para fazer a proteção do 
coração (cardioprotetora) em casos selecionados, além de diminuir a dor pela injeção dos outros 
medicamentos. 
 Nesses casos não se uso o vasoconstritor, pois se usar, induz ataque cardíaco e arritmia. 
 - Resolve todos os problemas, funciona em todos os pacientes. 
 
Estrutura química 
Composição do Anestésicos 
 - Grupo aromático. 
 - Cadeira intermediária. 
 - Grupo amina 
 
Radical aromático (compõe todos os anestésicos) 
 - Porção lipofílica da molécula: quanto mais lipofílica, 
mais ela entra no nervo e mais ela age. 
 # Ação intracelular 
 - Responsável pela penetração da membrana neural: composta de 
90% de lipídeos. 
 
Cadeia intermediária 
 - Elemento estrutural dos anestésicos 
 - Determina a potência e toxicidade 
 # Lidocaína < Bubivacaína < robovacaína. 
 - Avidez pela ligação a molécula → mais ela gruda e mais ela fica 
 # Bubivacaina: 8 a 12 horas. 
 # Robivacaína: 24-36h de anestesia. 
 
Grupo amina 
 - Porção hidrofílica da molécula: dispersa no tecido 
 - Velocidade de ação: latência 
 # É o tempo entre o momento que anestesia e de teste da anestesia, ou seja, o tempo que o anestésico 
infiltra até o momento que ele chega ao nervo. 
 - Porção / Região ionizável 
 
Tem que entender → o agente anestésico eficiente tem que ser → lipossolúvel: para estar disponível 
 → potente: para se ligar com avidez ao 
canal de sódio 
 → hidrossolúvel: para dispersar no tecido e 
estar disponível perto do nervo quando necessário. 
 
Mecanismo de ação 
Local de ação 
 - Face interna da membrana celular 
 - Ligam-se aos canais de sódio e bloqueiam a condução nervosa (por isso bloqueia também parede 
muscular de artéria e promove vasodilatação) 
 # A vasodilatação é um efeito secundário da ação da lidocaína ao bloquear a condução nervosa nas fibras 
musculares lisas, o que é um efeito ruim (faz com que haja um maior afluxo sanguíneo → remove mais 
precocemente o agente anestésico do meio → a quantidade de agente anestésico disponível no sangue para 
eventuais efeitos colaterais será maior). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 # A ação vasodilatadora acontece porque da mesma forma que a lidocaína bloqueia canais de sódio dentro 
de nervo sensitivo, ela bloqueia canal de sódio dentro de nervo que estimula a parede arterial a contrair, por 
esse motivo, a lidocaína por si só não é tão boa. 
 
A única contraindicação absoluta de lidocaína com vasoconstritor é para bloqueio total de circulação 
terminal (já foi falado antes – importante). 
 - Ou seja, não pode fazer o bloqueio do dedo inteiro (bloqueio troncular na base do dedo como forma de 
levar a vasoconstrição) para uma cirúrgica na ponta do dedo → bloqueia toda a irrigação do dedo. 
 # Poderia ser feito um botão anestésico com vasoconstritor e lidocaína na ponta do dedo. 
 
Massa anestésica 
A quantidade de anestésico é proporcional a: 
 - Profundidade 
 # Se der uma quantidade pequena de anestesia você bloqueia dor → aumenta quantidade → também 
bloqueia o tato → aumenta mais a quantidade → também bloqueia o motor 
 - Duração 
 # Maior a quantidade de anestésico no meio, maior vai ser o tempo para aquela substância ser carreada, 
mais moléculas de agente anestésico vão perdurar no tecido 
 - Menor período de latência 
 # A hidrossolubilidade é o necessário para a molécula do agente anestésico dispersar no tecido e chegar 
na bainha do nervo → se você injeta um volume muito grande de anestesia, uma massa muito grande, as 
moléculas de trás, vão naturalmente empurrar as da frente → elas vão chegar mais rápido. 
 # Dose máxima: 500 mg (10mg/kg/peso) 
 
Conformações da lidocaína 
 # 1%: significa que a cada 100 ml da solução, você tem 1g do sal, ou seja, como a dose máxima é 500 mg, 
você pode dar no máximo metade dessa solução, pode dar 50 ml 
 # 2%: significa que pode injetar no máximo 25ml e dependendo da cirurgia, tem que avaliar se a massa do 
agente anestésico necessária para bloquear aquela região inteira pode ultrapassar a dose de segurança de 
500 mg. 
Mas a lidocaína é ativa até a concentração de 0,33% então se você pegar 10 ml de lidocaína a 2% e 
diluir com 10ml de agua bidestilada→ você terá 20ml de solução a 1% → se você diluir com mais 20 ml de 
água → você terá 40 ml de solução a 0,5% de concentração de lidocaína 
 
Vasoconstritor (slide não dado) 
 - Aumenta a profundidade e a duração da anestesia. 
 - Aminas em solução de 1:2000.000 ou 1:400.000 
 
Estado metabólico do paciente 
 - Hepatopatias apresentam um prolongamento no tempo de ação dos anestésicos. 
 # Parte das moléculas do anestésico é metabolizada no fígado pelo citocromo p450, então pacientes 
hepatopatas terão dificuldade em metabolizar as moléculas do anestésico, motivo pelo qual você tem que 
diminuir a quantidade, não pode respeitar a regra 10mg/kg/peso, tem que dar menos. 
 
Alcalinização da solução anestésica 
 - Adicionar uma substancia básica a solução de anestésico. 
 - A lidocaína vem na forma de cloridrato de lidocaína, que é um sal de ph baixo (um sal ácido), sendo que a 
acidez da solução anestésica tende a provocar dor no tecido → se você adicionar bicarbonato tende a 
diminuir a sensação de dor, devido a diminuição da acidez → melhora a qualidade da anestesia. 
 # Bicarbonato de sódio a 8,4% em solução a 10%. 
 
Absorção sistêmica 
 - Local de injeção 
 # Intravascular 
Problema em relação a metabolização: o agente anestésico é metabolizado pela colinesterase 
plasmática, mas é apresentado a ela ligado a albumina → quando existe maior concentração do anestésico 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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do que da albumina parte da concentração do anestésico ficará livre → essa fração livre é tóxica (cardio- e 
neuro-tóxica). 
Se a injeção intravascular for com vasoconstritor → perigo (não é certeza) de quadro cardíaco. 
Se a injeção intravascular for sem vasoconstritor, mas for uma massa anestésica muito grande → 
disponibilização intravascular de anestésico será maior que a disponibilidade de albumina e colinesterase → 
haverá uma fração livre muito alta → quadro de toxicidade sistêmica. 
 - Vasoconstritor 
 # Diminui as reações tóxicas. 
 - Propriedades farmacológicas das drogas 
 # Dependem da lipossolubilidade (penetração em vasos sanguíneos) e vasodilatação 
 
Distribuição sistêmica 
 - Ligação com proteínas plasmáticas (albumina) 
 # Depende da afinidade do anestésico às proteínas plasmática e da quantidade de proteína disponível no 
sangue. 
 - A fração livre é a forma ativa 
 # Será maior em desnutridos 
 
Distribuição tecidual 
 - Depende do coeficiente de partição tecido/sangue e da perfusão tecidual 
 - Coeficiente de partição tecido/sangue 
 # É a avidez que o tecido tem pela molécula do agente anestésico. 
 # A albumina tem uma avidez pelo anestésico (ela carrea o anestésico) → se ela passar por um tecido que 
tenha maior avidez que ela pelo anestésico → o tecido rouba o anestésico da albumina. 
Isso acontece com o pulmão: o pulmão tem uma avidez pelo agente anestésico maior que a 
albumina, sendo assim, há um armazenamento temporário do agente anestésico no pulmão. 
 X Isso é bom, pois na hora que o sangue vem pela veia cava (com a albumina carreando o 
anestésico) → entra no coração direito, antes de ir para o SNC, ele passa no pulmão → o agente anestésico 
é retido em boa parte no pulmão ou na medida da capacidade da reserva do órgão → isso gera uma proteção 
fisiológica da neurotoxicidade causada pela lidocaína. 
 - Pulmão 
 # Grande coeficiente de partição: armazenador temporário de anestésico → o que gera uma proteção do 
SNC. 
 - Fígado e rins 
 # Apresentam grande afluxo sanguíneo. 
 # Parte da degradação é feita pelo p450 hepática. 
 - Placenta 
 # Quanto maior a proporção de anestésico ligado a proteína menor é a transferência para o feto 
 
Toxicidade 
 - Sobredose ou injeção intravascular 
 # Injetar mais que 500 mg no tecido ou injetar, por exemplo, 100 mg de uma forma muito rápida 
intravascular (vai disponibilizar uma quantidade muito grande de fração livre que é a forma ativa). 
 - Proporcional a potência 
 # Buivacaína é quatro vezes mais tóxica que a lidocaína. 
 - Quadro clínico: formigamento de lábios, zumbidos, distúrbios visuais, abalos musculares, convulsão, 
inconsciências, coma e parada cardío respiratória. 
 - Tratamento: oxigenação, hidratação venosa (com objetivo de diluir a substância em excesso) e suporte 
ventilatório (não existe tratamento específico contra a lidocaína) 
 
Descolamentos, retalhos, enxertos e biópsias 
Introdução 
Ao se tratar uma ferida, traumática, cirúrgica, entre outros, o ideal é que você faça o fechamento primário, 
a síntese, fechando toda a abertura da ferida. Você também pode deixar a ferida fechar de acordo com o 
processo cicatricial do próprio paciente (cicatrização por segunda intenção). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 - Por segunda intenção: em casos de evolução de complicação, síntese primária, infecção de sítio cirúrgico, 
abscesso, ou então feridas grosseiramente contaminadas de rua e trauma, de mais de 8h pós trauma. 
 
Descolamento 
Anatomia e fisiologia da pele 
 - A pele é um tecido fibro-elástico. 
 - O tecido subcutâneo aderido na aponeurose 
muscular é o que impede que a pele aproveite toda 
sua elasticidade. 
 
Principal alternativa. 
 - Imagem ao lado. 
 - Nele se separa o subcutâneo da aponeurose, 
desfazendo a aderência → dissecção → retalho com 
segmento de pele que levanta, sendo elástico → se 
consegue fechar. 
 
Retalho 
São transplantes lipocutâneos suja principal característica 
é a persistência de um pedículo vascular fixo. 
 - Os vasos mais calibrosos que nutrem a pele passam 
pelo tecido gorduroso → se deve preservá-los, pois a 
irrigação do retalho é feita por eles. 
 - É a associação de descolamento e incisão. 
 - O pedículo pode ser temporário ou fixo. 
 
Exemplo: ferida circular 
 - Tenta e ponto não fecha. 
 - Não quer deixar por segunda intenção, pois não é uma opção nesse caso. 
 - Com a ferida aberta, se descola todo o subcutâneo da aponeurose de forma circular → se consegue 
aproximar com mais facilidade e faz um jogo de incisões para se fechar com mais facilidade. 
 
Indicação 
 - Tem controvérsias 
 - São indicados para cobertura de área receptores que não apresente condição de enxertia (ossos, nervos e 
tendões), ou para preenchimento de depressão. 
 # Contra-indicações absolutas para enxertia: área doadora ou receptora infectada, ou receptora 
isquêmica ou irregular. 
 Enxerto não leva subcutâneo → se enxertar sobre depressão, ficaria epitelizada a depressão, mas 
ela não se elvaria nunca mais, pois o subcutâneo não é regenerado → o enxerto deixa a superfície da ferida 
abulada e para cima → se fosse feito o retalho, ele levaria subcutâneo, se preenchendo a depressão. 
 # Osso, nervo e tendão: bastam estar revestidos pelos tecidos que os recobre / os da origem para ser 
permitido o enxerto, sendo, respectivamente, periósteo, perineuro e peritendão; pois a irrigação deles vem 
a partir desses tecidos. 
 - Apresentam melhor resultado estético do que o enxerto (quando dá muito certo, é melhor do que o 
retalho). 
 # O retalho, se tecnicamente certo, vai dar 
certo. 
 
Retalho de rotação 
 - Pode ser visto na imagem ao lado. 
 # Se quer fechar uma ferida, se fazendo 
uma incisão circular, sendo que o pedículo 
vascular que vai irriga-lo fica próximo a região 
da ferida → abre o retalho e o fixa. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 - Ao lado pode ser visto outro exemplo. 
 
 
Retalho de transposição 
 - Incisão, descolando a região inferior, não o abrindo e 
esticando, mas sim o levantando e o mudando de 
posição → desloca a ferida cirúrgica → 
ai se tem que tratar a ferida, por 
enxerto, deslocamento, entre outros. 
 - Porque fazer isso? 
 # Há regiões que não podem ficar 
expostas, de forma que se tem que 
fazer um coxim de tecido. 
 # Há região que foi exposta após o 
retalho, pode ter outro tratamento, 
diferente da primeira (como áreas 
próximos ou superiores a vasos 
importantes →área de jugular, carótida, de pescoço, na qual se pode ressacar a região dos casos e levar a 
eclodir, de forma que o paciente morreria rapidamente). 
 - Na imagem ao lado se mantém o 
pedículo, de forma que fica um 
pedículo / um retalho em ponte → ele 
é mais complicado → á área da ferida 
é coberta pela ponta, a área de onde 
parte dele foi retirado é suturada e 
após cicatrização, se ‘corta a ponte”. 
 # Nele se consegue manter a 
nutrição da área também. 
 # Um exemplo: paciente (evolução 
vista nas imagens ao lado) com 
carcinoma na região nasal → ressecção 
com margem cirúrgica → para doar 
tecido, não se conseguiria pegar do 
rosto (tiraria expressão do paciente), se 
deslocando da região da testa) → 
fazendo a incisão, descolamento do 
retalho, rotação do pedículo vascular 
com técnica correta (para não torcer os 
vasos e causar isquemia o tecido) → 
fechamento primário da incisão e do 
nariz → cicatrização → pós operatório e 
tratamento do pedículo vascular (se 
deve resseca-lo e fazer autonomização) 
→ nutrição do nariz começa a ser pela 
base. 
 Autonomização: hipertrofia 
vascular da parte que recebeu o retalho e 
penetração dos vasos no tecido (3 
semanas) → se pode cotar o pedículo que não isquemia. 
 
Retalho de deslizamento 
 - Também chamado de retalho 
de avançamento 
 - Muito usado 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 - Usado para feridas cirúrgicas → incisões paralelas, se avançando o retalho para fechar a lesão. 
 - Mais simples. 
 
Técnicas 
Proporção 
 - Sempre inferior a 2:1 → olhar ao lado. 
 - O pedículo (espessura) tem que ser no mínimo metade do comprimento lateral. 
 - Retalhos muito compridos: irrigação é ruim → isquemia. 
 
Autonomização 
 - 2 a 3 semanas 
 - Principal causa de perda de retalho. 
 # Insuficiência vascular venosa por tração exagerada (para fixação) → tem 
pressão arterial, mas o retorno venoso não ocorre → estase → edema → isquemia e necrose. 
 
Retalhos expandidos 
 - Quando se precisa ampliar o tecido de retalho, 
antes de fazer o retalho. 
 - Quando a área doadora não apresenta 
tamanho suficiente → se coloca uma bolsa 
expansora (vazia) entre o plano muscular e a 
aponeurose → conecta a bolsa no conduto → se 
injeta solução salina → vai distendendo a bolsa e 
a pele de cima (mesmo pensamento em abdome 
gravídico). 
 # Injeções salina em expansor a cada 5-7 dias. 
 - Imagem ao lado 
 # Entre a aponeurose (imagem tá errado) e o 
músculo) até ter ganho de superfície. 
 - Imagens a baixo: 
 # Na primeira imagem se vê o conduto que liga o reservatório até a bolsa. 
 # E o resultado da expansão → ganhou pele boa para fazer retalho 
 
 
Plástica MW 
 - Técnica que visa ampliar a extensão da cicatriz. 
 - Paciente com trauma com cicatriz perpendicular, na fossa cubital → pelo 
movimento do braço se tem hipertrofia da cicatriz → limitação do movimento → 
para evitar → cirurgia para recuperar a amplitude do movimento. 
 - É um zig-zag, com ângulo de 60 a 90º com base de um centímetro. 
 - Se rompe inclusive as fibras da cicatriz (tem que deixar o tecido normal exposto). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 # A diérese é feita em zig-zag e a sutura o membro fletido, para quando ele for extendido a cicatriz ficar 
reta. 
 - Não se faz ressecção, apenas faz secção em toda região da cicatriz 
(profundidade). 
 - Na imagem da mão ao lado, o zig zag fica quando a pessoa não está 
com a mão em movimento, parada, mas ao esticá-la, deveria ficar uma 
linha reta (é o resultado quando se tem amplitude de movimento 
restaurada) 
 # Está em zig zag por questão didática. 
 
Zetaplastia 
 - Também chamada de Z-plastia 
 - Parece com a Plástica MW, só que ela 
é apenas um Z, enquanto a outra 
aparenta ser denteada. 
 - É uma dupla transferência de retalho 
que visa mudar a cicatriz. 
 # Se quer mudar a orientação da 
cicatriz para evitar a retração cicatricial. 
 - Ao lado, à esquerda, pode ser visto um 
paciente com uma cicatriz no rosto, 
causando retração, sendo que após o 
retalho, se mudou isso. 
 - Ao lado à esquerda pode ser visto 
também como há diferença ao mudar a 
direção do tecido. 
 
 
 
Enxerto de pele 
São tecidos (Exclusivamente pele) transplantados de uma área 
doadora para uma área receptora, sem que permaneça qualquer 
ligação vascular entre as duas áreas (ausência de pedículo 
vascular fix0). 
 - Qualquer tecido vascularizado é apto a essa. 
 - Na imagem ao lado se vê que há uns “buracos” → ao se fazer a 
incisão se amplia a área do enxerto, e os “buracos” feicharão por 
segunda intenção. 
 # Se faz isso quando a área do tecido doado não é suficiente. 
 - O retalho tem que ter subcutâneo → faz com que ele preencha a depressão. 
 # O enxerto não preenche a depressão, ele apenas tampa. 
 - Nutrição: feita pela área receptora 
 # No retalho tem que ser entre regiões próximas devido a ligação vascular. 
 
A sobrevivência do enxerto depende exclusivamente da irrigação da área receptora 
 
Tipos 
 - Auto-enxerto: área doadora do mesmo indivíduo. 
 - Isoenxerto: área doadora do gêmeo homozigótico. 
 - Homoenxerto: doador da mesma espécie → muito raro. 
 - Heteroenxerto: doador de espécie diferente → experimental. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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Necrose 
 - Necessidade de desbridamento 
cirúrgico (imagem ao lado à direita), com 
remoção do tecido necrosado. 
 - Em seguida se enxerta a pele sobre a 
ferida → geralmente o resultado é 
parecido com o visto na imagem mais à 
direita. 
 
Indicações 
 - Nos casos de perda cutânea em que o fechamento primário da lesão não é possível. 
 - Fechamento primário → descolamento → retalho e/ou enxerto ou cicatrização por segunda intenção. 
 - Pode ser usado sobre qualquer superfície, se osso com periósteo, cartilagem com pericôndrio e tendão 
com peritendão ou depressão. 
 
Sistema de sobrevivência / de manutenção 
 - 1ª fase: Embebição plasmática 
 # Fase mais problemática 
 # Se pega o tecido e coloca sobre a área doadora → ele é mantido nas primeiras 24h por lâmina de 
transudato que se forma no fundo da área receptora → ela tem pouco oxigênio e glicose, mas que é 
suficiente para, por difusão, nutrir as camadas das células do enxerto → quanto mais fino o enxerto, 
menores são as camadas → maior a pega. 
 → quanto mais grosso o enxerto, 
maiores são as camadas de células → mais difícil é a difusão. 
 
 - 2ª fase: Inoculação de vasos 
 # Vasos da área receptora com tropismo pelos vasos seccionados pelo enxerto, crescem e anastomosam. 
 # Inicia após 14 horas. 
 
 - 3ª fase: Revascularização 
 # Inicia-se após 7 dias, mas é com duas semanas que se sabe se o enxerto deu certo ou errado. 
 # Penetração de vasos, havendo uma penetração dos vasos da área receptora no tecido. 
 
 - OBS: “Pega” tem que ser de primeira → tem que fazer um enxerto fino → problema é que se pega a parte 
superficial e os anexos do tecido estão na parte profunda 
 Não pode conter tecido adiposo 
 Área receptora em boas condições: regular, vascularizada e sem infecção. 
 
Pacientes mais comuns 
 - Área de queimadura extensa. 
 - Não se tem garantia estética da área, o importante é tratar o paciente. 
 
Classificação de acordo com a espessura 
 - Enxerto de pele parcial 
 # Epiderme e derme parcial. 
 # Enxerto fino (pega 1/3 
superficial), de ½ espessura (pega 
metade) ou de ¾ espessura. 
 A derme tem a derme 
papilar e a reticular, que são 
distintos embriologicamente, sendo 
que os ductos que levam a secreção 
sebáceo e o capilar para fora estão 
todos na derme papilar e os anexos 
estão todos na derme reticular. 
 X Quanto mais superficial, mais próximo da epiderme e derme papilar, for a ressecção menos 
células tem que ser nutridas (ou seja, a pega do enxerto vai

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