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Questões de Patologia - Neoplasias

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Questões de Patologia - Neoplasias
1) Dado os nomes abaixo diga se é uma neoplasia benigna ou maligna e de que órgão,
e se epitelial ou mesenquimal.
a) Angiossarcoma
Resposta: É uma neoplasia maligna dos vasos sanguíneos. É do tipo mesenquimal.
b) Adenoma
Resposta: É uma neoplasia benigna do epitélio glandular. É do tipo epitelial.
c) Carcinossarcoma
Resposta: É uma neoplasia maligna que pode acometer o endométrio uterino. É do
tipo misto (epitelial e mesenquimal).
d) Leiomioma
Resposta: É uma neoplasia benigna do tecido muscular liso. É do tipo mesenquimal.
Referência: Cotran RS, Kumar V, Robbins SL – Robbins & Cotran Patologia. Bases
Patológicas das Doenças. 9a. Edição. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ,
2015.
2) Correlacione e justifique a resposta para cada ítem
1. Carcinoma de colo uterino ( 3 ) LMP-1
2. Adenocarcinoma gástrico ( 4 ) Benzopireno
3. Linfoma de Burkitt ( 1 ) E6 e E7
4. CEC de pulmão ( 2 ) CagA
Justificativa:
1. A correlação entre o carcinoma de colo uterino e oncoproteínas virais E6 e E7
é a seguinte: Dentre os vários tipos do vírus HPV (Vírus do Papiloma Humano),
existem os chamados HPVs de alto risco, os quais estão envolvidos na gênese
do carcinoma de colo uterino em humanos. Esse potencial oncogênico do vírus
HPV está relacionado justamente com a atividade das oncoproteínas virais E6 e
E7. A proteína E6 liga-se e faz a mediação da degradação de p53, e também
estimula a expressão da TERT, a subunidade catalítica da telomerase, a qual
contribui para a imortalização das células. Enquanto isso, E7 se liga à proteína
RB e desloca os fatores de transcrição E2F que normalmente estão
sequestrados por RB, promovendo a progressão através do ciclo celular. Em
síntese, as oncoproteínas E6 e E7 expressas pelo HPV inativam os supressores
de tumor, ativam ciclinas, inibem a apoptose e combatem a senescência celular,
o que contribui para o desenvolvimento do carcinoma de colo uterino.
2. A correlação entre o adenocarcinoma gástrico e citotoxina CagA é a seguinte:
A infecção pelo H. pylori (uma bactéria espiralada gram-negativa que coloniza o
estômago humano) constitui fator de risco para o desenvolvimento de
adenocarcinomas gástricos. Isso ocorre pois o genoma do H. pylori contém
genes diretamente associados à oncogênese, que são justamente os genes
associados à produção da citotoxina A (CagA). Apesar de o H. pylori não ser
invasivo, o CagA penetra nas células epiteliais gástricas, onde apresenta uma
variedade de efeitos, incluindo a iniciação de uma cascata de sinalização que
mimetiza a estimulação desregulada de fatores de crescimento.
3. A correlação entre o Linfoma de Burkitt e a proteína LMP-1 é a seguinte: O
vírus EBV (Vírus Epstein-Barr), membro da família de herpesvírus, está
envolvido na patogenia de diversos tumores humanos, incluindo a forma
africana do linfoma de Burkitt. Um dos mecanismos importantes de
transformação maligna associada à infecção pelo EBV está relacionado às
propriedades da proteína latente de membrana (LMP-1), a oncoproteína viral
mais importante. A LMP-1 promove a proliferação de linfócitos B por ativação
constitutiva da via NF-kB, o que também ocasiona menor susceptibilidade à
apoptose em virtude da inibição de proteínas antiapoptóticas, como bax. Além
disso, a LMP-1 evita a apoptose através da ativação do BCL-2.
4. A correlação entre o CEC (carcinoma de células escamosas) de pulmão e o
benzopireno é a seguinte: O benzopireno é um hidrocarboneto policíclico
aromático que é formado durante a combustão em altas temperaturas de
cigarros. Também podem ser produzidos a partir da gordura animal durante o
processo de assar ou grelhar as carnes e estão presentes em carnes e peixes
defumados. O benzopireno é um importante agente carcinogênico químico
indireto (requer conversão metabólica para que se torne um carcinógeno ativo),
estando relacionado ao desenvolvimento do CEC de pulmão.
Referência: Cotran RS, Kumar V, Robbins SL – Robbins & Cotran Patologia. Bases
Patológicas das Doenças. 9a. Edição. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ,
2015.
3) Dado a descrição de um câncer renal e as duas tabelas de estadiamento a seguir,
diga qual o TNM e seu estágio final:
Descrição: Nódulo com 8 cm de maior diâmetro, localizado em pólo inferior do rim e
invadindo sistema pielo-calicial. Isolados 8 linfonodos, dois deles acometidos pelo
tumor. Ausência de metástase à distância. Na microscopia foram identificadas células
renais atípicas com distribuição difusa e necrose.
Resposta: TNM: T3a, N1, M0. Estágio: III
4) Paciente de 65 anos, masculino, tabagista possui diagnóstico de carcinoma de
pequenas células pulmonar e começou a apresentar facilidade em fraturar os ossos.
Sempre teve dieta rica em cálcio, nunca usou corticóide, mas antes mesmo do
diagnóstico apresentou um episódio de fratura de punho e de tíbia. Levando em
consideração a neoplasia pulmonar, o que pode explicar este quadro de fratura óssea?
Resposta: A fragilidade nos ossos do paciente provavelmente está associada a um
quadro de hipercalcemia, ou seja, elevação anormal dos níveis séricos de cálcio a partir
da retirada de cálcio dos ossos, o que os torna mais frágeis. Como o paciente afirma
que sempre teve uma dieta rica em cálcio, surgem duas possíveis causas para a
hipercalcemia: 1) O carcinoma de pequenas células pulmonar do paciente sofreu
metástase e atingiu os ossos, os quais estão sendo desgastados (osteólise), causando a
fragilidade deles e a hipercalcemia. 2) O paciente possui um quadro de síndrome
paraneoplásica, ou seja, está ocorrendo no pulmão a produção de proteína
relacionada ao PTH (PTHrP). A PTHrP tem estrutura e ação semelhantes às do PTH,
embora seja imunologicamente distinta, o que permite sua dosagem laboratorial. Ela
promove a reabsorção óssea por meio da inibição da secreção de osteoprotegerina e
aumento da expressão do fator de diferenciação osteoclástica RANK pelos
osteoblastos, o que leva a maior diferenciação e ativação de osteoclastos. Em resumo,
podemos dizer que os ossos do paciente estão sendo fraturados mais facilmente pois
estão mais frágeis, já que ou estão sendo desgastados em decorrência de metástase ou
estão sendo reabsorvidos em decorrência de uma síndrome paraneoplásica.
Referência: BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo. Patologia Geral. 9a edição. Editora
Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2016
5) Cite 3 características macroscópicas de uma lesão maligna e 5 microscópicas.
Resposta:
Características macroscópicas:
1. Lesões malignas geralmente possuem limites imprecisos, com bordas serrilhadas ou
mesmo indiscerníveis.
2. Lesões malignas geralmente apresentam crescimento rápido e aspecto
invasivo/infiltrativo (invadem e destroem tecidos próximos).
3. Nas lesões malignas é comum a presença de fenômenos degenerativos como
necrose e hemorragia.
Características microscópicas:
1. Apresentam células com pleomorfismo (grande variação de forma e tamanho).
2. Apresentam células com aumento da relação núcleo/citoplasma.
3. Apresentam células hipercromáticas (cromatina com coloração mais escura).
4. Apresentam número aumentado de células realizando mitose, podendo haver a
presença de mitoses atípicas (fusos tripolares, quadripolares ou multipolares).
5. Apresentam células com perda de polaridade (orientação bem alterada).
Referência: FRANCO, M.; MONTENEGRO, M.R.; DE BRITO, T.; BACCHI, C.E. & CARDOSO
DE ALMEIDA, P. - Patologia. Processos gerais. 5ª edição. São Paulo, Atheneu, 2010

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