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Neoplasias em Animais: Causas e Diagnóstico

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Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Neo significa novo e plasia significa 
formação ou crescimento, então a neoplasia 
é um novo crescimento de células anormais 
derivadas de células normais, sendo uma 
massa de tecido anormal com crescimento 
atípico e sem finalidade biológica. 
Porque as neoplasias aparecem com 
os animais idosos porque existe um fator 
chamado de fator progressivo de acúmulo de 
carcinógenos. Devido ao aumento da 
expectativa de vida dos animais, aumentam 
também o número de ocorrências de 
neoplasias e também aumentaram os 
tratamentos para os animais e melhores 
cuidados. A nutrição, as vacinas, os 
vermífugos e os tratamentos modernos 
diagnósticos e terapêuticos, isso favorece a 
expectativa de vida dos animais. 
NOMENCLATURAS PARALELAS A 
NEOPLASIAS: 
TUMOR: É um nome genérico que 
significa um aumento de volume do tecido ou 
órgão, como um “inchaço”. A oncologia é o 
estudo dos tumores. Na maioria das neoplasias 
há ocorrência de tumores. Oncócito é a célula 
tumoral, oncologista é o profissional que 
estuda oncologia. Portanto, o prefixo onco 
indica que há a ocorrência de um tumor 
especificamente voltado para a área 
neoplásica. O tumor pode ser neoplásico ou 
não. Exemplos: picada de abelha 
(edema/tumor), inflamação e granuloma. 
CÂNCER – O câncer é uma neoplasia 
maligna. A neoplasia maligna é só diagnosticada 
por exames, mas há aspectos clínicos onde 
se consegue evidenciar uma neoplasia maligna: 
crescimento rápido, infiltrativo, metastático, 
recidivante, não capsulado, ulcerado, etc. Pode 
haver um câncer onde há a ocorrência de 
todas essas características, poucas delas ou 
nenhuma. Elas apenas sugerem a ocorrência 
de um câncer, mas não são confirmatórias. 
Para o diagnóstico é necessário uma série de 
exames específicos. Neoplasma é sinônimo de 
neoplasia. 
Alterações pré-neoplásicas – 
ocorrem antes do desenvolvimento tumoral 
ou cancerígeno. Aparecem por lesões 
irritantes ou inflamatórias crônicas e tendem 
a ser reversíveis. 
A primeira alteração é a hiperplasia 
(aumento no número de células normais), 
metaplasia – é a transformação de uma 
célula em outra. As células com os epitélios 
mais sensíveis, devido a agentes irritantes, 
vão morrendo com o passar do tempo e vão 
degenerando e em seu lugar, crescem um 
outro tipo de célula e epitélio mais resistente, 
que fazem com que os agentes agressores 
não causem muitos danos. 
Displasia – é o padrão anormal de 
crescimento. Cresce sem a uniformidade 
epitelial e com um arranjo desordenado. 
Cél normais - 
Hiperplasia - 
Atrofia – 
Displasia – 
Hipertrofia - 
Metaplasia – 
Neoplasia - 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Diagnóstico diferencial de tumores – 
Hiperplasia mamária felina (tratamento pode 
ser feito com castração já ele é hormônio 
dependente e a castração permite que suas 
glândulas voltem ao normal). 
Mastite canina – onde ocorre por 
fatores hormonais e agentes inflamatórios e 
infecciosos. 
Hiperplasia epidérmica “calo” – onde 
as células estão aumentadas em função de 
uma lesão física, traumática e crônica, onde 
ocorre a multiplicação das células para função 
de proteção. 
Granuloma inflamatório – pode ser 
em função de uma vacina onde formará um 
granuloma que pode ser também um abcesso. 
É um aumento de volume, é infiltrativo, de 
crescimento rápido, mas não se trata de um 
tumor. 
A principal etiologia das neoplasias é a 
mutação genética. 
A ocorrência de uma radiação faz 
com que haja a quebra das ligações entre os 
genes e fazendo também uma ligação errada 
entre as bases, originando um erro no DNA, 
chamado de mutação. Essa mutação é o que 
leva a multiplicação das células de maneira 
exagerada e sem controle, gerando o câncer. 
90% desse crescimento do tumor são 
originados em função dos hábitos dos 
humanos e animais. Os principais hábitos são: 
sedentarismo, sexo sem proteção 
(transmissão do TVT através da cópula), má 
alimentação, álcool (para humanos), cigarro (o 
animal é um fumante passivo), falta de 
vacinação e medicamentos e substâncias 
tóxicas. 
Todo o problema está na multiplicação 
celular. A base molecular da carcinogênese 
afeta os genes da mitose. Se uma célula quer 
se multiplicar demais, ela estimula a mitose. Se 
a célula quer parar, ela inibe a mitose. 
O processo da carcinogênese é a 
mutação dos genes que controlam a divisão 
celular através das citocinas. Há 4 classes de 
genes reguladores: promotores (estimulam a 
mitose), inibidores (inibem a mitose, exemplo: 
câncer-supressor genes), genes que regulam 
a apoptose e os genes de reparo de DNA. A 
cadela em lactação aumenta os genes 
promotores, quando a lactação parar ela 
estimula a classe inibidora e os genes que 
regulam a apoptose, por exemplo. 
Nas neoplasias, todas as 4 classes estarão 
alteradas. 
Se há uma intensa mitose, os 
promotores estarão estimulados e os outras 
classes estarão bloqueadas, porque se inibir, 
o crescimento vai parar, se ocorrer de os 
apoptóticos estiverem ativados, a célula irá 
morrer e os genes de reparo de DNA estarão 
bloqueados para que não haja o “conserto” da 
mutação (a mutação sempre ocorre no corpo 
porque as células estão sempre em processo 
de multiplicação, se elas se multiplicam muito 
rápido é normal que ocorra mudanças no DNA. 
Assim, existem um grupo de genes que fazem 
o reparo de possíveis danos que o DNA pode 
ter sofrido. Esses genes param o ciclo celular 
no ponto onde houve a mutação, abre a 
cadeia de DNA, elimina a parte lesionada e 
restaura o DNA fazendo o encaixe da parte 
saudável). Assim, o centro da carcinogênese 
é o dano genético não letal, pois ocorre a 
perda ou lesão dos genes supressores, 
duplicação de genes promotores, perda ou 
lesão de genes apoptóticos e dos genes de 
reparo do DNA. 
O gen de reparo é uma classe de 
genes onde existe inúmeros com função de 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
reparo, mas o mais importante é o chamado 
de P53 (proteína com peso molecular 53) que 
é chamada de guardiã do genoma e tem a 
função de manter a estabilidade genética. 
Quando há um dano do DNA, o gen P53 é 
ativado, produzindo a proteína 53 que age no 
ciclo celular podendo fazer duas coisas: 
arrumar o dano e o ciclo celular recomeça. Ou, 
em algumas situações, principalmente quando 
há múltiplas lesões, a célula não consegue ser 
consertada, assim, o P53 realiza a apoptose 
(pela ativação do gen apoptótico) com a morte 
e eliminação do dano celular. Ambas situações 
levam a estabilidade celular genética. Como 
uma das causas de neoplasias é uma mutação 
nesse gen (que arruma as mutações), quando 
ele é bloqueado, ocorre uma mutação que não 
pode ser arrumada porque o gen está 
bloqueado e o câncer se desenvolve. A outra 
lesão é quando ocorre um bloqueio do gen 
apoptótico pela neoplasia. Por mais que gen 
P53 chegue para estimular a apoptose, se ele 
estiver bloqueado não consegue fazer a 
morte programada e as células não morrem, 
assim a lesão/mutação é passada pra frente 
e o animal desenvolve o câncer. 
Características principais de uma 
neoplasia – A primeira é uma autossuficiência 
em fatores de crescimento, ou seja, pra 
célula crescer, é necessário que haja 
estímulos. A célula cancerígena cresce 
independente desses fatores de crescimento. 
A segunda característica é a 
insensibilidade aos inibidores de crescimento 
(os genes que inibem a mitose estão 
bloqueados e nada segura seu crescimento), 
evasão à apoptose (bloqueio do gen 
apoptótico), imortalidade (já que a apoptose 
não ocorre), angiogênese sustentada (auto 
produção de vasos sanguíneos para gerar 
energia para a multiplicação) e capacidade de 
invasão (capacidade de driblar o sistema 
imunológico e invadir tecidos específicos). 
Todas essas características em apenas um 
tipo de câncer, dá a célula um poder mitótico 
muito forte, gerando um câncer com 
crescimento muito rápido, metástases, etc. A 
célula que não tem muito poder, não tem 
todas essas características(poder limitado de 
mitose com característica de benignidade). 
O que confere malignidade, agressividade e 
benignidade ao tumor é a união dessas 
características em cada célula cancerígena. 
 Os oncogenes (estimuladores) e os 
supressores (inibidores) são os responsáveis 
pelo crescimento do tumor, porém é 
necessário que haja a mutação. O câncer 
possui 3 estágios: iniciação (iniciando o 
processo cancerígeno caracterizada pela 
alteração da molécula de DNA. É onde ocorre 
a mutação ou epigenética), promoção (onde 
ocorre a ativação do oncogene e inativação do 
supressor. Pode durar de 0 – 40 anos. A 
partir da ativação desses genes ele passa 
para a próxima fase) e progressão (onde 
ocorre um poder mitótico descontrolado). 
Um fator extremamente importante 
é que seja descoberto o câncer na fase de 
iniciação ou promoção, isso pode ser feito 
através do mapeamento genético e a partir 
dele pode haver a determinação se o paciente 
tem ou não mutações em seu DNA. 
Uma neoplasia é formada por dois 
tipos de tecido: parênquima (que é formado 
pelas células que estão constantemente em 
mitose se proliferando chamadas de células 
neoplásicas que podem ter origem epitelial, 
mesenquimal ou melanocíticas) e estroma 
(tecido não neoplásico que dá sustentação 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
para o parênquima, fornecendo tecido 
fibrovascular de sustentação e nutrição). 
A angiogênese neoplásica é a 
formação de novos vasos e é ativada na fase 
inicial, onde são formados vasos sanguíneos 
independentes. Esses vasos levam a um 
aporte nutricional, oxigenação e água. Quando 
um tumor está crescendo, ele libera 
substâncias atrativas que atraem os vasos 
sanguíneos para lá e quando ele chega ocorre 
a angiogênese em alto grau e quando o vaso 
leva o sangue para o tumor, ele cresce e 
aumenta o seu poder mitótico. A capacidade 
angiogênica define o tipo de neoplasia, o 
crescimento e a aparência. Se ele produzir 
muitos vasos o tumor cresce muito rápido e 
geralmente é maligno (o contrário também é 
verdadeiro).  Esses vasos são produzidos 
pela VEGF (fator de crescimento endotelial 
vascular que é liberado pela própria célula 
cancerígena).   Toda neoplasia (benigna 
ou maligna) tende a ser extremamente 
vascularizada. 
Os tumores tem 3 origens básicas: 
epitelial (todo tipo de epitélio), melanocíticos 
(melanócitos), mesenquimatosos (tecidos 
específicos de origem mesenquimal como 
gordura, tecido fibroso, muscular, cartilagem 
e osso) e outros. A grande maioria dos 
tumores tem origem mesenquimatosas, em 
segundo lugar os epiteliais e em terceiro lugar 
os melanocíticos. 
Nomenclatura das neoplasias: o nome 
do tumor dá duas informações: origem celular 
e se ele é benigno ou maligno. Para dar a 
nomenclatura do tumor se depende da sua 
origem. 
Epitelial – Se ele for benigno se dá o 
tecido de origem + OMA no final (lipoma, 
osteoma, etc). Se ele for maligno se dá o 
nome CARCINOMA + o nome do tecido 
(carcinoma gástrico, carcinoma hepático, etc) 
e no caso das glândulas, já que toda glândula 
é epitelial se coloca o prefixo adeno tanto 
para benigno (adenoma de tireoide, adenoma 
mamário, etc) quanto para maligno (adeno 
carcinoma de tireoide, adeno carcinoma 
mamário, etc). 
Mesenquimal – Se for benigna se 
coloca o nome do tecido + OMA (não existe 
diferença para nomenclatura de tumores 
benignos. Exemplos: lipoma, mioma, 
hemangioma, osteoma, fibroma, condroma), 
se for maligna coloca o tecido + SARCOMA 
(liposarcoma, miosarcoma, 
hemangiossarcoma, osteosarcoma, 
fibrosarcoma, condrossarcoma).  Os 
tecidos são: adiposo, muscular, vasos, ossos, 
fibroso e cartilagem. 
As exceções geralmente são 
malignas e formadas por tumores de células 
que estão presentes no sangue ou soltas nos 
tecidos (células do sangue, do SNC e dos 
melanócitos). São exceções porque não valem 
o sufixo OMA e falar que é benigno, por 
exemplo: 
Linfócito = linfoma  Todo linfoma é maligno. 
Macrófago = histiocitoma 
Mastócitos = mastocitoma 
Melanócitos = melanoma (maligno), 
melanocitoma (benigno) 
Células da glia = glioma 
Astrócitos = astrocitoma 
Leucemias = células progenitoras da medula 
óssea.  Nome diferente de todos. 
A classificação histogenética é 
classificada na diferenciação: se for bem 
diferenciado é um tumor benigno, se for 
moderadamente diferenciado, pouco 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
diferenciado e anaplásico, indiferenciado ou 
descritivo significa que já aumentam o grau 
de diferenciação, então podem ser ou são 
malignos. 
 Há dois tipos de fatores ao dividir as 
neoplasias em dois grandes grupos: 
constitucionais ou endógenos (se referem aos 
fatores individuais como genótipo, fenótipo e 
enfermidades anteriores que predispõem ao 
câncer) e os exógenos (fatores que vem e 
fora para dentro, como o meio ambiente em 
que o animal se encontra: água, terra, ar, 
ambiente ocupacional como indústrias 
químicas, ambiente de consumo como 
alimentos, medicamentos, produtos 
domésticos e ambiente cultural como o estilo 
e hábito de vida). 
Além disso, existem fatores 
hereditários. A ação dos carcinógenos 
depende da suscetibilidade relativa individual 
que é transmitida geneticamente. A 
suscetibilidade genética é transmitida para 
seus descendentes por um motivo 
desconhecido, mas a neoplasia não é herdada 
(apenas mutações genéticas). O indivíduo irá 
desenvolver ou não a neoplasia, isso depende 
de vários fatores, principalmente 
diferenciação nos ambientes ocupacionais, 
químicos, de consumo e cultural. 
Existem dois tipos de mutação: 
espontâneas (com causas desconhecidas) e 
induzidas (causas conhecidas por agentes 
mutagênicos e é importante saber o que 
causou para que seja prevenido o 
aparecimento de mais. Os agentes 
mutagênicos são divididos por 3 grandes 
grupos: físicos como traumatismos, raio X, 
raios UV, químicos, que são todas as drogas e 
tudo que é químico que se tem contato no dia 
a dia e biológicos, que são os microrganismos 
como bactérias, fungos, parasitas e 
principalmente os vírus). 
Causas físicas – Dentre as causas 
físicas, a radiação ultravioleta que é emitida 
pelo sol é a principal causa de neoplasias. Há 
dois tipos de radiação: UV-A e UV-B, sendo a 
UV-A menos danosa, causando o 
envelhecimento precoce da pele. A radiação 
UV-B causa queimaduras e está presente nos 
raios solares entre 10 da manhã às 14 com 
pico às 12:00 h. O raio UV-B ativa a vitamina 
D que é essencial para saúde quando for 
“pego sol” de maneira consciente, ou seja, 10 
minutos no horário de pico (para pele mais 
clara) e 30 minutos (para pele mais escura). 
Para os animais, isso não importa tanto, mas 
nas áreas mais expostas, pode haver 
queimaduras porque eles não ficam expostos 
ao sol de maneira consciente. O problema da 
radiação é o comprimento de onda, um 
comprimento de onda curto (320 - 290 nm) 
que é a radiação UV-B tem o poder de 
penetrar nas células causando mutação 
genética. O comprimento dos raios UV-A é 
maior (400-320nm), então não há tanto 
poder de penetração nas células. 
As predisposições são animais 
brancos, albinos ou despigmentados pela 
ausência de melanina, principalmente gatos 
brancos despigmentados, bovinos/ovinos e o 
Bull terrier (tem o frontal bastante 
desenvolvido e sem pelos). 
Há 3 tipos de tumores de pele mais 
importantes: carcinoma epidermóide (afeta 
células mais superficiais. Felinos e na pálpebra 
de bovinos), carcinoma de células basais 
(afetam células mais profundas) e o 
melanoma (tumor de melanócitos). Os animais 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
começam com uma lesão discreta nas pontas 
das orelhas, focinho e pálpebras que são 
semelhantes a queimaduras. 
Carcinoma de células escamosas - É 
importante diferenciar as lesões do 
carcinoma das lesões de infecções fúngicas 
sistêmicas como esporotricose e 
criptococose, a única maneira de se 
diferenciar é o exame histopatológico, se for 
carcinoma haverá a presença de células 
cancerígenas e senão for haverá presença 
de macrófagos, fungos, etc. 
Microscopicamente, o aspecto microscópico 
apresenta a presença de queratina nas 
regiões dérmicas porque a queratina é uma 
proteína que fica na superfície da pele. No 
exame histopatológico a queratina é 
encontrada na região profunda da pele, 
epiderme e derme (mais comum).  As 
lesões iniciais são chamadas de dermatoses 
actínicas. 
 Radiação solar não é o único fator 
que leva a um carcinoma, mutações genéticas 
induzidas quimicamente, mutações da P53, 
etc também podem causar. Assim, animais 
mais escuros podem ter neoplasias, a 
melanina apenas diminui as chances. 
Osteosarcoma é a neoplasia mais 
frequente em cães, tem causa idiopática. 
Geralmente ocorre em ossos longos de raças 
grandes e em animais mais velhos com 98% 
com apresentação de metástases.  
Ocorre proliferação óssea, lise óssea e 
aumento de volume dos membros 
principalmente nas regiões citadas acima. No 
diagnóstico radiológico ocorre a proliferação 
óssea com a presença de osteólise intensa. 
Agentes químicos – pode ter ação 
direta (a própria substância age no câncer. 
Exemplos: DMSO, imidazol) ou indireta (quando 
a substância passa pelo fígado, é 
metabolizada e o composto resultado da sua 
metabolização é tóxico. Exemplos: alcatrão, 
nicotina, griseofulvina, inseticidas).  Em 
animais que são fumantes passivos ocorre a 
incidência de neoplasias principalmente em 
gatos, pois a nicotina se fixa ao seu pelo e 
eles se lambem. Os agentes químicos fazem 
mal a depender do período de exposição (se é 
por dias, meses ou anos, depende do agente 
agressor e dos metabólitos) e podem ser 
reversíveis a partir da cessação da exposição 
ao agente. 
Agentes biológicos – São provocados 
por microrganismos como bactérias, fungos, 
parasitas e principalmente por vírus 
oncogênicos. Há 22 famílias de vírus 
oncogênicos formados principalmente de DNA 
como o poxvírus, herpesvírus, adenovírus, 
papovavírus e o vírus da hepatite B e vírus 
de RNA como oncornavírus. 
Papilomavírus – tem uma resistência 
ambiental alta e consegue através do contato 
direto contaminar o outro animal, se o animal 
estiver imunossuprimido devido a algum fator 
ele desenvolve a forma grave da doença. A 
principio ocorre apenas algumas lesões orais, 
cutâneas (mais comum onde aparecem 
verrugas) e oculares. As verrugas crescem 
porque o vírus afeta as células basais do 
trato germinativo e há a estimulação da 
mitose dessas células. Em grandes animais 
ocorre o mesmo aspecto verrucoso, mas ele 
pode afetar a glândula mamária, pele e 
mucosas e em grandes infestações ocorre a 
parte generalizada da doença. O vírus do 
papiloma é espécie específico. É interessante 
que ao fazer a cirurgia para retirada dos 
nódulos, seja feita uma vacina por meio de 
alguns desses nódulos para que seja feita a 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
imunização do animal.  os nódulos mais 
recentes que tem uma carga viral maior são 
colhidos cirurgicamente e são levados para o 
laboratório onde são triturados e formados 
um estrato de partículas virais e se 
acrescenta uma substancia para neutralizar 
o vírus e assim é formado a vacina que é 
injetada no animal e as lesões tendem a 
involuir pela produção de anticorpos em 
função da vacina. 
A prevalência dos tumores cutâneos 
de equinos tem em primeiro lugar o sarcoide, 
que é muito parecido com o papiloma. Assim é 
preciso ter cuidado para não confundir os 
tumores e a diferenciação é feita apenas por 
meio de exames. O sarcoide tem causas 
idiopáticas, mas alguns autores afirmam que 
pode ser causada pelo papiloma vírus. 
O sarcoide é uma neoplasia muito 
parecida com o papiloma com a formação de 
massas verrucosas e o principal é derivado 
de tecido fibroso podendo ser fibroblastico, 
verrucoso ou misto. Apesar de ser uma 
neoplasia comum, é benigno e localmente 
invasivo.  Pode ser único ou vários. O 
tratamento é cirúrgico. Microscopicamente 
ocorre a projeção da epiderme, proliferação 
das células epiteliais e fibroblastos (células do 
tecido conjuntivo) e no papiloma os aspectos 
microscópicos envolvem a multiplicação das 
células epiteliais formando projeções 
digitiformes (semelhante a dedos). 
Vírus da leucemia felina (Felv) – 
Causam neoplasias em gatos. Apesar do 
nome, provoca linfoma e leucemia. O linfoma 
é uma neoplasia de tecido linfoide, 
principalmente linfonodos, mas pode 
aparecer em qualquer tecido linfoide. É um 
retrovírus com 4 subtipos (A, B, C, T) sendo 
o B, C e T mutações do A e ele pega através 
do contato direto e intimo com animais (saliva, 
secreções naturais). É comum em animais que 
tem acesso à rua e tem contato com outros 
animais não vacinados. Geralmente acometem 
animais mais jovens. A leucemia é uma 
neoplasia de células de medula óssea (células 
progenitoras de medula óssea chamadas de 
células tronco da medula óssea que é a 
“fábrica” de produção das células do sangue) 
e sua nomenclatura é exceção. As leucemias 
são menos comuns. 
O linfoma do cão tem origem no 
tecido linfoide principalmente em linfonodos, 
baço e fígado. É a neoplasia hematopoiética 
mais comum entre os cães e se classificam 
de acordo com o aparecimento do local 
anatômico: multicêntrico (aumento de todos 
os linfonodos, sendo necessário o diagnóstico 
diferencial de causas infecciosas como 
leishmaniose que causa linfadenopatia 
bilateral, mas pode acometer apenas um), 
alimentar (afeta mais o TGI e linfonodos 
mesentéricos), mediastínico (afeta o linfonodo 
mediastínico e é menos comum). Além disso 
pode ser extranodal (fora dos linfonodos e 
pode ser em quaisquer órgãos, inclusive no 
cérebro) e epiteliotrópica (afeta a pele e 
também é chamada de linfoma cutâneo). 
As neoplasias induzidas por parasitas 
levam a uma irritação crônica do tecido, é 
importante lembrar que essa também é a 
principal causa de hiperplasias, com o passar 
do tempo a hiperplasia pode virar uma 
neoplasia. No caso dos vermes isso ocorre 
também. Exemplos: Cysticercus fasciolaris 
(gatos) e Spirocera lupi (cães e tem o sítio de 
parasitose o esôfago que forma um nódulo 
que irrita a mucosa de forma crônica e 
futuramente desenvolve um sarcoma). 
Patologia Veterinária I MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Sarcoma de aplicação (antigamente 
chamado de sarcoma vacinal) - Outra causa 
de inflamação crônica são as reações vacinais 
(principalmente em gatos) que levam a uma 
irritação crônica, formando também um 
nódulo que é o resultado de uma inflamação 
que dure mais que 3 meses e que com o 
passar do tempo vira uma neoplasia. Porém 
ainda há antibióticos e várias medicações 
injetáveis que levam ao aparecimento de 
sarcomas. As principais vacinas são as de 
FeLV e raiva porque na composição dessas 
vacinas há o alumínio que causa o processo 
inflamatório. 
Foi afirmado que o local de aplicação 
da vacina e outras substancias seria melhor 
nos membros e as áreas de maior pelo, pele 
e gordura deveriam ser evitados porque 
haveria uma predisposição ao 
desenvolvimento de sarcoma. Porém, um 
tempo depois foi afirmado que o melhor local 
seria a ponta da cauda onde aplicações mais 
volumosas podem ser divididas e aplicadas em 
locais diferenciados da cauda. 
As neoplasias mamárias são as 
neoplasias mais importantes das fêmeas onde 
a mama fica grande e com aspectos 
nodulares. A principal causa é o estrógeno e 
progesterona, ou seja, os anticoncepcionais. O 
principal anticoncepcional é o ciprionato de 
estradiol. O problema é que há uma variedade 
de carcinomas e sarcomas que podem 
ocorrer nas mamas. A formação de nódulos 
nas mamas podem ser múltiplos ou únicos e 
podem ocorrer em várias mamas ou em 
apenas em uma. A grande maioria dos 
tumores em gatos são malignos, cerca de 
95%, já nas cadelas a porcentagem é de 50-
60%.  As neoplasias mamárias podem 
inflamatórias, sendo o seu pior tipo. Se a 
neoplasia for benigna tem um tempo de 
sobrevida alto, se for maligno como um 
carcinoma simples o tempo de sobrevida 
diminui.

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