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Campus Canoas: Rua Santos Dumont, 888, Bairro Niterói, CEP 92120-110. Campus Porto Alegre: Avenida Manoel Elias, 2001, Bairro Passo das Pedras, CEP 91240-261. E-mails: gabrielle.pereira@uniritter.edu.br ou fernanda.feijo@uniritter.edu.br WhatsApp: (51) 98025.3776 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE CANOAS/RS DIEGO DA SILVA AIRES, brasileiro, menor impúbere neste ato representado por sua mãe CARINA DA LUZ DA SILVA, brasileira, solteira, profissão auxiliar de limpeza, portadora da cédula de RG nº 8115960471 SSP, inscrita no CPF nº 977.571280-72, residente e domiciliada na rua Dona Maria Isabel, CEP 92320-141, bairro Mato Grande, cidade de Canoas, Estado do Rio Grande do Sul vem, respeitosamente, a presença Vossa Excelência através de seus procuradores, conforme instrumento procuratório em anexo (DOC 1), ..., com escritório Rua..., número..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., com endereço eletrônico......propor a presente AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS / AJG Contra ALEXSANDRO MORAIS AIRES, brasileiro, estado civil.., profissão..., portador da cédula de RG nº ......, inscrito no CPF nº ......, ..., residente e domiciliado na rua ......, CEP......, bairro ......, cidade de ... , pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos. I – DO PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA Excelência, os Autores, com fundamento na Constituição Federal e no artigo 98 do Novo Código de Processo Civil, requerem lhes seja concedido o benefício da Gratuidade da Justiça, visto que se encontram em estado de Campus Canoas: Rua Santos Dumont, 888, Bairro Niterói, CEP 92120-110. Campus Porto Alegre: Avenida Manoel Elias, 2001, Bairro Passo das Pedras, CEP 91240-261. E-mails: gabrielle.pereira@uniritter.edu.br ou fernanda.feijo@uniritter.edu.br WhatsApp: (51) 98025.3776 insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios, conforme também disposto na Lei 1.060/50, com a redação introduzida pela Lei 7.510/86 e art. 28 da Lei 11.340/2006. Em anexo, fazem a juntada dos contracheques de sua genitora para comprovarem sua situação econômica. Assim, por tais razões, pleiteiam o benefício da GRATUIDADE DA JUSTIÇA, assegurada pela Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV e pelo art. 98 e ss, do CPC. II – DOS FATOS O autor é filho da represente e do réu, atualmente Diego da Silva Aires possui 15 anos de idade, conforme certidão de nascimento anexada e residindo junto com a mãe e seu irmão mais velho, que possui 18 anos. No ano de 2016, segundo o termo de audiência, foi fixado em acordo, o percentual de 12,5% do salário mínimo nacional em razão do menor, valor este que vinha sendo pago pelo genitor, sem muito compromisso. Atualmente, além de Diego estar na adolescência, momento em que as despesas naturalmente aumentam, no próximo ano letivo, irá necessitar de transporte público para deslocar-se até as dependências da escola onde estuda, criando mais um gasto na qual sua mãe, recebendo tal insuficiente valor à título de pensão alimentícia, junto de singelo salário, não consegue arcar. É sabido que o alimentante atua atualmente como encarregado de manutenção/obras no Shopping Bourbon, e aufere por volta de R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais) mensais, e nessa situação, auxilia Diego em suas despesas básicas apenas quando lhe convém. Por fim, anotasse que o relacionamento do genitor com os filhos é saudável e sem demais problemas, visitando os filhos esporadicamente. Campus Canoas: Rua Santos Dumont, 888, Bairro Niterói, CEP 92120-110. Campus Porto Alegre: Avenida Manoel Elias, 2001, Bairro Passo das Pedras, CEP 91240-261. E-mails: gabrielle.pereira@uniritter.edu.br ou fernanda.feijo@uniritter.edu.br WhatsApp: (51) 98025.3776 III – DOS ALIMENTOS Atualmente o genitor tem repassado somente o valor de 12,5% (doze vírgula cinco por cento) do salário mínimo nacional, para o filho, sendo a título judicial do acordo realizado em 27/10/2016. Excelência, o valor repassado atualmente não condiz com a realidade fática, tampouco, com a possibilidade do genitor e as necessidades do menor. Para um adulto talvez isso não incomode, porém, para uma criança em plena formação da personalidade isso afeta demais. Abala no sentido de que seu genitor coloca todos os seus problemas em primeiro lugar, para depois olhar para seu filho. Assim, torna-se inquestionável que, desde que estabelecida a verba no ano de 2016, as premência do alimentando em experimentar algum aumento da verba alimentar em razão do próprio avançar da idade, valendo observar que atualmente conta com 15 anos de idade, e, ao tempo do acordo estava com 10 anos de vida, e hoje ainda estão em idade escolar, dependendo de transporte escolar para o próximo ano letivo. Diante dos fatos narrados (mudança de padrão de vida e revisão do título), dos custos naturais, dos comprovantes juntados e da quantia repassada atualmente pelo genitor ao menor a título de alimentos, ou seja, 12,5% (doze vírgula cinco por cento) do salário mínimo nacional, urgente a necessidade da readequação do título judicial, com a consequente MAJORAÇÃO dos alimentos para 30% (trinta por cento) do salário mínimo nacional, respeitando a proporcionalidade do binômio necessidade/possibilidade, valores que, por ora, se mostram razoáveis se sopesados às necessidades do menor. IV- DO DIREITO Partindo da afirmação fundamental de que os alimentos são expressão concreta do princípio da dignidade da pessoa humana e asseguram a própria subsistência da pessoa humana, é fácil depreender a natural exigência de Campus Canoas: Rua Santos Dumont, 888, Bairro Niterói, CEP 92120-110. Campus Porto Alegre: Avenida Manoel Elias, 2001, Bairro Passo das Pedras, CEP 91240-261. E-mails: gabrielle.pereira@uniritter.edu.br ou fernanda.feijo@uniritter.edu.br WhatsApp: (51) 98025.3776 mecanismos ágeis, fáceis, céleres e eficazes nas cobranças das prestações alimentícias constantes da nossa legislação pátria. O filho DIEGO DA SILVA AIRES, nascido, em 07/03/2006, atualmente com 15 anos de idade, têm as necessidades presumidas em virtude da menoridade. É inegável que com o transcurso do tempo e a faixa etária em que se encontram (adolescência), as despesas com o sustentam dos alimentandos são maiores do que na época em que celebrado o acordo. Ademais, o patamar fixado originalmente não corresponde mais com as necessidades do menor. Ainda, é imperioso trazer os ensinamentos do Ilustre Jurista Yussef Said Cahali, o qual afirma que “a decisão ou estipulação de alimentos traz ínsita a clausula rebus sic stantibus: o respectivo quantum tem como pressuposto a permanência das condições de possibilidade e necessidade que o determinam; daí a sua mutabilidade, em função do caráter continuativo ou periódico da obrigação” (Cahali, Yussef Said. Op. Cit., p.887.) Como ensina de forma brilhante o Dr. Cahali, o pagamento dos alimentos é perfeitamente mutável, haja vista que se trata de uma obrigação contínua e mutável, COM BASE NAS NECESSIDADES DO ALIMENTADO E AS CONDIÇÕES DO ALIMENTANTE. O binômio da necessidade possibilidade está previsto no Código Civil no artigo 1.694, § 1º, do Código Civil: Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. § 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. Vejamos o entendimento do TJ/RS acerca da aplicação do binômio possibilidade necessidade, em casos de MAJORAÇÃO dos alimentos anteriormente fixados: Campus Canoas: Rua Santos Dumont, 888, Bairro Niterói, CEP 92120-110. Campus Porto Alegre: Avenida Manoel Elias,2001, Bairro Passo das Pedras, CEP 91240-261. E-mails: gabrielle.pereira@uniritter.edu.br ou fernanda.feijo@uniritter.edu.br WhatsApp: (51) 98025.3776 APELAÇÃO CÍVEL. REVISIONAL DE ALIMENTOS. MAJORAÇÃO. MUDANÇA NO BINÔMIO ALIMENTAR. AUMENTO DAS NECESSIDADES DOS ALIMENTADOS. A procedência de pedido revisional de alimentos exige prova de mudança em alguma das variáveis da obrigação alimentar: necessidade de quem a recebe ou possibilidade de quem as paga. Os alimentados comprovaram aumento de suas necessidades a justificar o pleito majoratório. O alimentante não comprovou a extensão de seus rendimentos a comprovar a alegada impossibilidade em alcançar o valor dos alimentos reclamados. Ademais, o alto padrão de vida vivenciado pelo alimentante contraria suas alegações de desemprego e encerramento das atividades empresariais. Sentença mantida, alimentos majorados a 02 (dos) salários mínimos. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. (Apelação Cível, Nº 70081989733, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em: 22-08-2019). APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. MAJORAÇÃO DA VERBA. PEDIDO DE RESTABELECIMENTO DO PENSIONAMENTO NO PATAMAR ANTERIOR. DESCABIMENTO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. Irretocável a sentença de parcial procedência do pedido de majoração da verba alimentar de 20% para 40% do salário mínimo, uma vez que as provas demonstram que houve alteração na condição de fazenda do alimentante e nas necessidades da alimentada, que se encontra em idade escolar. Manutenção da sentença. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível, Nº 70079204491, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em: 21- 03-2019. APELAÇÃO CÍVEL. REVISÃO DE ALIMENTOS. Considerando que, quando foi estipulado o encargo alimentar em 30% do salário mínimo, a beneficiária contava 11 anos de idade e atualmente está com 17 anos, é razoável presumir o aumento de sua necessidade, em face do incremento etário, com despesas atuais inerentes à adolescência. De outra banda, o alimentante não se desincumbiu do ônus de comprovar sua impossibilidade de arcar com o valor pleiteado, de 50% do salário mínimo, conforme se impunha para a improcedência do pedido, na linha da conclusão nº 37 do Centro de Estudos deste Tribunal. Desta forma, considerando o aumento da necessidade da beneficiária e a falta de prova da impossibilidade do prestador, a procedência do pedido revisional, com a majoração dos alimentos para 50% do salário mínimo, é medida que se impõe. DERAM PROVIMENTO. UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 70079505582, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em: 22-11-2018). O pedido de MAJORAÇÃO está positivado no Novo Código de Processo Civil, em seu artigo 533 § 3º, senão vejamos: Art. 533. Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, caberá ao executado, a requerimento do exequente, constituir capital cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da pensão. Campus Canoas: Rua Santos Dumont, 888, Bairro Niterói, CEP 92120-110. Campus Porto Alegre: Avenida Manoel Elias, 2001, Bairro Passo das Pedras, CEP 91240-261. E-mails: gabrielle.pereira@uniritter.edu.br ou fernanda.feijo@uniritter.edu.br WhatsApp: (51) 98025.3776 § 3o Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação. O exame da necessidade de quem pede e a real situação econômico financeira de quem paga é imperativo em cada caso concreto, observado o princípio da proporcionalidade. A fixação de alimentos deve, efetivamente, obedecer à necessidade dos alimentandos e a possibilidade do alimentante, a teor do artigo 1.694, § 1º do Código Civil. Dessa feita, encontra-se fundamentado o pedido do autor, sendo legítimo e urgente, sob pena de prejuízos irreparáveis para o menor, razão pela qual, não restando alternativa, nesta oportunidade, vem bater às portas do Poder Judiciário visando a satisfação da pretensão. V – DOS PEDIDOS DIANTE DO EXPOSTO, requer: Primeiramente: A) Seja deferido o pedido da gratuidade da justiça aos autores, tendo em vista a sua insuficiência de recursos para arcarem com as custas processuais, nos termos do artigo 98 e 99, § 4º do Código de Processo Civil/2015 e artigo 4 º da Lei 1.060/50; B) Que seja expedido ofício aos órgãos públicos (INSS, Receita Federal, Banco Central), ou empresas de telefonia, a fim de que se encontre endereço atualizado da parte adversa para compor a lide; Campus Canoas: Rua Santos Dumont, 888, Bairro Niterói, CEP 92120-110. Campus Porto Alegre: Avenida Manoel Elias, 2001, Bairro Passo das Pedras, CEP 91240-261. E-mails: gabrielle.pereira@uniritter.edu.br ou fernanda.feijo@uniritter.edu.br WhatsApp: (51) 98025.3776 C) Que seja fixado imediatamente os alimentos para 30% (trinta por cento) do salário mínimo nacional, mensalmente na conta indicada pela genitora; No mérito: D) O recebimento e processamento da presente ação, tendo em vista que preenche os requisitos legais; E) A citação da parte adversa, por mandado, no endereço encontrado, para que, querendo, responda à presente ação no prazo legal; F) A intimação do Ministério Público; Fone/Fax: (51) 3472- 6866, Rua Lenine Nequete, nº 200, Centro - CEP: 92310- 205- Canoas – RS, e-mail: mpcanoas@mprs.mp.br. G) A juntada de todos os documentos que acompanham a presente inicial; H) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do requerido, a juntada de novos documentos, a oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas e todos os meios de prova que se prestarem ao deslinde do feito; I) A procedência integral dos pedidos, bem como a condenação do demandado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios ao procurador dos autores no patamar de 20%. Dá-se a causa, provisoriamente, o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), tendo em vista os autores não possuírem meios de mensurar exatamente os valores recebidos mensalmente por seu genitor. Campus Canoas: Rua Santos Dumont, 888, Bairro Niterói, CEP 92120-110. Campus Porto Alegre: Avenida Manoel Elias, 2001, Bairro Passo das Pedras, CEP 91240-261. E-mails: gabrielle.pereira@uniritter.edu.br ou fernanda.feijo@uniritter.edu.br WhatsApp: (51) 98025.3776 Nestes termos, pede e espera o deferimento. Canoas, 21 de outubro de 2021. FERNANDA FEIJÓ DE OLIVEIRA GABRIELLE ZIMMERMANN PEREIRA OAB/RS 113.769 OAB/RS 117.633
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