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Gessos em Odontologia_

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Prévia do material em texto

Ge​ss​o​s ​em​ O​do​nt​ol​og​ia​: 
 
Mo​ld​ag​em​/ ​Mo​ld​e/​ Mo​de​lo​: 
 
O ​modelo é essencial para restaurações protéticas, deve ter uma boa ​cópia da                         
anatomia de forma fiel, facilitando o trabalho do protético e para este desenvolver o                           
melhor resultado​.  
 
Para a confecção de um bom modelo é necessário ter realizado uma boa moldagem e                             
um bom molde. A ​moldagem é a ação de moldar o paciente​, a foto abaixo representa                               
uma moldagem: 
 
 
 
É após a moldagem que obtemos o molde, o ​molde é caracterizado por ser uma réplica                               
em negativo da boca do paciente​. A imagem abaixo representa um molde: 
 
 
 
Fazemos o vazamento do gesso no molde, assim deste molde, obtemos o modelo, o                           
modelo é caracterizado por ser uma réplica em positivo da boca do paciente. A                           
imagem abaixo representa um modelo:  
 
 
 
Produtos à base de gesso têm sido os materiais mais usados na confecção de modelos                             
odontológicos.  
 
Pr​op​ri​ed​ad​es​ I​de​ai​s ​do​ G​es​so​ O​do​nt​ol ​óg​ic ​o:  
 
Estabilidade Dimensional:  
Em grande parte, esse trabalho, é indireto (fora da boca do paciente). Dimensão                         
significa tamanho/área e estabilidade significa sem alterações/mudanças. Logo, o                 
gesso tem propriedade de ​estabilidade no seu tamanho, o gesso é um material que não                             
sofre muitas variações de tamanho​.  
 
Facilidade de Uso: 
A ​manipulação do gesso é simples​, não é nada complexo. 
 
Reprodução de Detalhes do Molde: 
O gesso é um material que ​consegue copiar/replicar bem os detalhes anatômicos da                         
boca do paciente, é fiel à anatomia do paciente. ​Para isso, é necessário que ele tenha                               
uma certa fluidez, desta forma, se espalha bem no molde e preenche todos os detalhes,                             
é necessário uma ​boa fluidez e bom espalhamento​.  
★ As batidas que o CD exerce com o gesso na bancada ou submissão dos mesmos                             
em um aparelho vibratório tem tudo a ver com essa questão. Pois, quanto mais esses                             
movimentos são realizados, mais fluido o material fica, pois ocorre tixotropia                     
(material muda sua forma de acordo com perturbações), ​dessa forma o gesso fica                         
mais fluido e com melhor espalhamento.  
 
Resistência à Abrasão: 
O gesso escolhido deve ser do tipo que não desgaste muito com a manipulação, a                             
principal propriedade mecânica a ser priorizada para esse material é a de ​dureza                         
quando procuro um gesso mais forte, com ​menor desgaste possível.  
 
Preço Acessível: 
Existe uma ​grande variedades de tipos e preços​ do gesso odontológico.  
 
Cor Contrastante: 
A ​cor diferente da cor do dente é importante para facilitar a visão dos protéticos,                             
pigmentados para fins de identificação, com cores diferenciadas fica ​mais fácil que o                         
protético enxergue os detalhes e as estruturas do dente​, facilita a visão dos protéticos,                           
menores chances de erros​. 
 
Ou​tr​os​ u​so​s: 
 
O gesso odontológico é um material que também pode ser usado eventualmente para: 
★ Moldagem de próteses no ramo Bucomaxilofacial  
★ Revestimento de ligas metálicas 
★ Estudo e pesquisa 
 
Ma​te​ri​al​:  
 
Os gessos são ​produtos da gipsita (CaSO4 . 2H2O)​. A gipsita é um mineral pronto,                             
encontrado em minas no mundo inteiro, composto por uma molécula de Sulfato de                         
Cálcio para duas moléculas de Água. Nessa forma, esse composto é denominado como                         
Dihidratado. 
 
Para fabricar o gesso, os fabricantes realizam o ​processo de calcinação. Fazem a                         
trituração e aquecimento da gipsita (CaSO4 . ½ H2O). A calcinação faz a água                           
evaporar em grande parte, ​reduz a quantidade de água de 2 moléculas para ½ . Esse                               
composto é denominado como ​Hemihidratado​, e esse é o gesso que compramos nas                         
dentais.  
 
Quando manipulamos o gesso que vem em ​pó, adicionamos água. Isso causa uma                         
reação exotérmica​, o gesso libera calor para o ambiente, ​invertendo a reação física e                           
cristalizando o material​, novamente.  
 
Portanto, a composição do gesso é de ​sulfato de cálcio hemihidratado, quando                       
adicionamos água a composição reverte para sulfato de cálcio dihidratado. 
 
Dependendo do método de calcinação, surgem ​3 formas do hemidrato ser gerado, a                         
diferença entre os tipos está na natureza física/formato dos pós​, que resulta de                         
fabricações diferentes: 
★ Beta-Hemidrato  
★ Alfa-Hemidrato  
★ Alfa-Hemidrato Modificado/Melhorado 
 
Ti​po​s ​de​ G​es​so​: 
 
O pó de Gesso comprado nas dentais odontológicas, pode aparecer dessas 3 formas de                           
hemidrato. 
 
Gesso Tipo I:  
★ É um tipo de gesso que ​parou de ser produzido e utilizado, suas propriedades                           
não eram usuais perto dos outros tipos. 
 
Gesso Tipo II:  
★ Também é denominado como ​Gesso Comum ou Gesso Paris​;  
★ Nele, a ​gipsita é aquecida em forno aberto (a aproximadamente 120° C),                       
calcinação a seco em continentes abertos​, desta forma, surgem as partículas de                       
Beta-Hemidrato​;  
★ Essas ​partículas têm forma irregular, com aspecto esponjoso ou poroso​; Embora a                       
estrutura cristalina se altere, para formar o hemihidrato, não existe reorganização                     
das próprias partículas que retém forma e tamanho da gipsita original (irregular e                         
porosa). 
★ Esse gesso precisa de grandes quantidades de água para a obtenção de uma                         
mistura satisfatória, aproximadamente 50% de água​; 
★ Caracterizado pela ​baixa resistência mecânica, baixa reprodução de detalhes e                   
baixa resistência à abrasão​; 
★ Indicações como ​material acessório/auxiliar, como em preenchimento de mufla,                 
fixação de modelos em articuladores, base para modelos confeccionados com algum                     
outro tipo de gesso e modelos de estudo​; 
 
Gesso Tipo III:  
★ Também é denominado como ​Gesso Pedra​;  
★ Nele, a ​gipsita é aquecida com pressão de vapor d'água, calcinação feita em                         
autoclave sob pressão​, desta forma, surgem as partículas de ​Alfa-Hemidrato​;  
★ Essas ​partículas são prismáticas, pequenas, mais regulares e menos poros​;                   
Possuem uma área de superfície relativamente menor e um volume menor que o gesso                           
comum. 
★ Esse gesso ​precisa de menos água para uma mistura satisfatória, pela                     
característica de suas partículas, aproximadamente 30% de água​. 
★ Caracterizado por uma ​boa resistência mecânica, boa resistência à abrasão e                     
boa reprodução dos detalhes​. 
★ Indicações para obtenção de ​modelos anatômicos de próteses totais, modelos                   
para confecção de próteses parciais removíveis, modelos para confecção de placas de                       
clareamento ou de mordida e modelos antagonistas. 
 
Gesso Tipo IV:  
★ Também é denominado como ​Gesso Pedra Especial​;  
★ Nele, a ​gipsita é aquecida com pressão de vapor d’água, autoclave sob pressão, o                           
material é fervido com a adição de uma solução de cloreto de cálcio e cloreto de                               
magnésio à 30%, o que diminui a aglutinação​, dessa forma, surgem as partículas                         
Alfa-HemidratoModificado/Melhorado​;  
★ Essas ​partículas são cubóides, lisas, regulares, densas, menos porosas​, ainda                   
mais compactas que as presentes no gesso tipo pedra 
★ As partículas desse gesso ​precisam de ainda menos água para uma mistura                       
satisfatória , justamente pela característica de suas partículas, aproximadamente 20%                   
de água​. 
★ Caracterizado por ​melhor resistência mecânica, excelente detalhamento da               
reprodução e melhor resistência à abrasão​. 
★ Indicações para ​troquéis, procedimentos de maior complexidade de reabilitação                 
protética em que precisa do máximo de detalhes. 
 
Portanto… 
A ​diferença de partículas Alfa e de partículas Beta são justamente o formato das                           
partículas, as partículas Alfa são regulares e menos porosas e as partículas Beta são                           
irregulares e mais porosas.  
★ A ​diferença do formato dessas partículas tem relação com a resistência do                       
gesso, as partículas mais irregulares e porosas (Beta) são aquelas que precisam de                         
mais água adicionada, pois pelas irregularidades há maior dificuldade de                   
molhamento, maior área para a água alcançar, precisa adicionar mais água e a                         
água em maior quantidade diminui a resistência do material. ​Quanto mais água for                         
adicionada mais fraco fica o gesso. 
★ As ​partículas Alfa mais regulares e menos porosas, são de mais fácil                       
molhamento, menor área para a água alcançar, usando menos água e resultando na                         
maior resistência do material. ​Quanto menor a adição de água mais forte fica o gesso.  
 
Re​aç​ão​ d​e ​Pr​es​a ​do ​Ge​ss​o:  
 
A reação de presa é ​exotérmica​, libera calor para o ambiente.  
 
A ​reação de obtenção do dihidrato​ é a seguinte: 
★ CaSO4 . ½ H2O + 1 ½ H2O -> CaSO4 . 2 H20 
 
Reação de Presa​ é a seguinte:  
1. Hemihidrato + H2O -> suspensão fluida. Mistura-se o hemihidrato na água.  
2. Hemihidrato dissolve-se em uma solução saturada de hemihidrato. Após a                   
mistura o hemihidrato vai se dissolvendo na água, formando núcleos de calcificação,                       
que são núcleos com quantidade maior de sulfato do que de água. 
3. Precipitação de dihidratos transformam-se em cristais, que crescem a partir dos                     
núcleos. Aos poucos os núcleos vão formando cristais em forma de espículas/espinhos,                       
formando novamente o dihidrato. 
4. Ocorre a mistura e o cruzamento desses cristais. Os cristais de forma agulhada                         
se entrelaçam e provocam a presa do material (forma gipsita novamente-                     
cristalização) 
 
Os ​cristais mudam a sua forma com a adição de água, é isso que ocorre na reação                                 
física do gesso​. É importante saber que esses cristais não preenchem o espaço do gesso                             
completamente, ​quanto mais água é adicionada maior serão esses espaços                   
(porosidades), pois essa água em excesso evapora e os espaços continuam​. Logo,                       
sabemos, que gessos do ​tipo Beta são os que precisam de maior adição de água e                               
ficam mais porosos​. 
 
Expansão de Presa: 
Sempre ocorre uma ​expansão linear (isotrópica) no gesso durante a presa, resultante                       
do crescimento e contato dos cristais entre si. A expansão ​geralmente é muito pequena                           
e a cimentação das coroas preenchem esses espaço da mínima expansão do gesso.                         
Isso ocorre porque os ​cristais vão crescendo e se tocando/entram em contato um com o                             
outro, um cristal empurra o outro, com isso o modelo fica ligeiramente maior.  
 
Quanto maior for a quantidade de água, mais afastados ficam os núcleos um do                           
outro, logo, menor é essa expansão. Quanto menos água, maior é a expansão de presa,                             
pois menor é o contato dos núcleos. Porém, quanto mais água maior é a porosidade do                               
gesso.  
 
Mais ​tempo e força no ato de espatulação fratura os cristais, o que gera mais contato,                               
portanto, maior expansão​. Quanto maior o tempo de espatulação maior é a expansão                         
de presa. Quanto maior a força de espatulação maior é a expansão de presa. ​O maior                               
entrelaçamento entre os cristais aumenta a expansão de presa, mas também aumenta                       
a resistência do material endurecido. 
 
Efeito da Água Presente na Reação: 
A quantidade de água misturada ao pó é relacionada ao formato das partículas.                         
Partículas mais porosas e irregulares (beta) tem maior área de superfície e requerem                         
mais água para que possa haver uma consistência de manipulação ideal.  
 
Comparações 
Tipo: II III  IV V 
Relação A/P 50% 30% 20% 18% 
 
Água (ml/100g de pó) 18% 18% 
 
18% 
 
18% 
 
Água em excesso 32% 12% 2% 
 
0% 
 
Resistência à compressão (MPa) 10 
 
18 
 
40 ou mais 
 
~ até 80 
Expansão de Presa 0,3% 0,2% 0,1% 0,3% 
Controladores de Expansão ñ s s ñ 
 
O ​excesso de água enfraquece o modelo​, deixa uma porosidade microscópica que                       
enfraquece o gesso, a água residual é menor no gesso pedra e no gesso especial. 
 
A porosidade microscópica ocorre pela presença tanto de excesso de água que não                         
reagiu e permaneceu no bloco endurecido, quanto pelo fato dos cristais se empurrarem                         
no crescimento cristalino​, o que ocorre principalmente nos gessos que usam menos                       
água. Sim, é ​uma dualidade​, a porosidade microscópica ocorre nos gessos beta e alfa                           
por esses dois motivos.  
 
As alterações físicas que acompanham o processo de presa ocorrem mais rapidamente                       
em misturas espessas, pois, o volume menor de fase aquosa permite uma interação                         
prematura dos cristais de gipsita em crescimento. Os tempos de manipulação e de                         
presa são, inversamente proporcionais à relação A/P. ​Quanto menor a quantidade de                       
água mais rápido o gesso fica pronto/esfria.  
 
Tempo de Trabalho e Tempo de Presa: 
Tempo de espatulação: aproximadamente, ​45 segundos a 1 minuto (manual, com                     
espátula metálica) e de 20 a 30 segundos (mecânica).  
 
Tempo de trabalho: aproximadamente, ​3 minutos (da espatulação até fim do                     
preenchimento do molde) 
 
Tempo de presa: ​presa inicial de aproximadamente 10 minutos (perda do brilho, água                         
evapora, massa plástica) e presa final de aproximadamente 20 minutos (término de                       
exotermia, esfriamento do material, período para que o gesso possa ser separado do                         
molde, massa sólida). 
Controle de Tempo de Presa; 
Devemos prestar ​atenção às orientações do fabricante. 
 
Operador: ​alterando a relação A/P, se aumentar a água maior é o tempo de presa;                             
pela espatulação, se aumentar sua velocidade, seu tempo e sua energia, menor é o                           
tempo de presa; adicionando um acelerador, como o sal em pequenas quantidades. 
 
Expansão Higroscópica:  
Cristalização com o gesso imerso em água, ou com excesso de água, além da água                             
proporcionada na manipulação, após a presa inicial e expansão tardia, após a                       
expansão de presa já existente. ​Quando antes da presa final, o gesso está imerso                           
dentro da água, ocorre esse tipo de expansão adicional, denominada como                     
Higroscópica​. Esse tipo de expansão é ​usadaem processos de fundição de ligas                         
metálicas​. No dia a dia e confecção de modelos o dentista jamais deve adicionar mais                             
água no gesso, pois essa expansão extra altera a dimensão final do modelo. 
 
Resistência:  
Quanto maior a relação A/P maior é a porosidade, ​quanto mais água for adicionada                           
mais poroso e fraco é o gesso. 
 
Quanto mais ​super espatulação, menor é o entrelaçamento cristalino, fratura/quebra                   
dos cristais. 
 
Adição de aceleradores e retardadores, diminuem a resistência do gesso. ​São eles                       
alguns produtos que podem acelerar ou diminuir a presa dos gessos, podendo ser                         
cloreto de sódio, sulfato de potássio, sulfato de cálcio dihidratado, bórax, citrato de                         
potássio, dentre outros. Alguns retardadores podem diminuir a expansão de presa. Os                       
aceleradores e retardadores, além de mudar o tempo podem controlar a expansão. São                         
esses controladores de expansão que diferenciam o Gesso tipo ​IV e o Gesso tipo ​V​, o                               
último não possui controladores de expansão. 
 
Entendemos que ​Gessos Comuns são os que precisam de maior adição de água, são                           
menos resistentes e possuem menor expansão de presa. E os Gessos Pedra e Pedra                           
Especial são os que precisam de menor adição de água, são mais resistentes e possuem                             
maior expansão.  
 
Sabemos que o ​Gesso Pedra e Pedra Especial são os mais indicados para tratamentos                           
odontológicos de maior detalhamento, complexidade e precisão​. Para melhorar o                   
quesito expansão, os fabricantes acrescentam os controladores de expansão. ​Aditivos                   
controlam o tempo e expansão, mas diminuem a resistência. 
 
O ​gesso endurecido é um material frágil​. 
 
In​di​ca ​çõ ​es​ d​os​ T​ip​os​ d​e ​Ge​ss​o:  
 
Gesso Comum ou Tipo II:  
É um ​Beta-Hemidrato​, sendo poroso e irregular; Indicado como material acessório e                       
modelo de estudo; Proporção Água para Pó (A/P) de 50%; Expansão de Presa de                           
0,3%; Resistência à compressão de 10 MPa. 
 
Gesso Pedra ou Tipo III:  
É um ​Alfa-Hemidrato​, sendo prismático e regular; Indicado para modelos de estudo                       
e antagonistas, modelo de trabalho para aparelhos móveis em ortodontia, teste de                       
oclusão, confecção de placas de bruxismo, briquismo, clareamento e modelos de                     
trabalho em prótese; Proporção Água para Pó (A/P) é de 30%; Expansão de Presa é                             
de 0,1%; Resistência à Compressão de 20 MPa. 
 
Gesso Pedra Especial ou Pedra Modificado ou Tipo IV:  
É um ​Alfa-Hemidrato Modificado/Melhorado​, sendo de melhor distribuição de                 
partículas e denso; Indicado para modelos de trabalho em prótese e troquéis;                       
Proporção Água para Pó de 20%; Expansão de presa de 0,05% (modificadores);                       
Resistência à compressão de 50 MPa. 
 
Gesso Especial de Alta Expansão ou Tipo V:  
Esse tipo de gesso é usado ​apenas por protéticos em casos específicos​, também é de                             
partículas alfa modificadas, porém sua expansão de presa é muito maior, usada em                         
casos que essa ​expansão maior compensa a contração de ligas metálicas​. Indicado                       
para modelos de trabalho e troquéis; Proporção Água para Pó de 18 a 24%; Expansão                             
de presa de 0,1 a 0,3%; Resistência à compressão de 50 MPa; Peças metálicas                           
confeccionadas em ligas com alta temperatura de fusão.  
 
 
 
Ma​ni​pu​la ​çã ​o: 
 
Lembrando que é muito importante ​o molde deve estar sempre limpo e seco​, para a                             
confecção do modelo.  
 
O ​proporcionamento deve obedecer a relação A/P, tentar ter o menor uso de água                           
possível de uma forma que mantenha o escoamento (fluidez) e o pó deve ser medido                             
por volume, proporcionado com o auxílio de uma balança e a água em uma seringa​.                             
Seguindo sempre as recomendações do fabricante. 
 
Pó polvilhado sobre a água, espargir o pó do gesso sobre a água (espalhar), primeiro                             
despejamos a água no recipiente e depois despejamos gradualmente o pó na água​. 
 
Espatulação deve ser vigorosa contra as paredes da cuba, pressionar contra as paredes                         
do gral de borracha, até adquirir uma massa homogênea, com menor quantidade de                         
bolhas e viscosidade ideal. 
 
Essa ​mistura é vertida/vazada no molde aos poucos, enquanto ainda estiver                     
líquida/fluida, em pequenas porções, sempre seguindo o mesmo caminho​. 
 
Periodicamente ​bater a mistura com a espátula ou o molde na bancada, para que                           
ocorra espalhamento. Vibrar a mistura auxilia o escoamento para o interior dos                       
detalhes do molde, ​diminuindo as chances de bolhas de ar. Preenchendo o molde sob                           
vibração, deixando o gesso fluir nos detalhes do molde.  
 
Espatulação a vácuo, é um recurso usado por alguns protesistas e especialistas em                         
prótese, com um equipamento específico, diminuindo o tempo de trabalho.  
 
Aguardar a ​presa final para separar o modelo do molde, presa em 30 minutos ou                             
quando o gesso esfriar​..  
 
Não deixar o pote de gesso aberto, evitar contaminação por umidade. O gesso absorve                           
umidade da atmosfera, causando deterioração gradual. Devemos armazenar em                 
continentes vedados, à prova de água, em um local seco do laboratório. 
 
Dessa forma, obtemos sucesso no procedimento, o modelo de gesso obtido apresentará                       
resistência mecânica esperada, estará menos poroso possível, livre de bolhas e com                       
maior fidelidade na reprodução dos mínimos detalhes anatômicos do paciente. 
 
Concluindo, para a confecção de modelos de gesso com as melhores propriedades, o                         
proporcionamento e a manipulação devem ser precisos.  
 
Tr​oq​ué​is​: 
 
Os troquéis proporcionam que ​trabalhemos com o dente de interesse solto,                     
individualmente, é importante que o troquel tenha dureza e seja feito com gesso tipo ​IV​,                             
a base pode ser feita com qualquer tipo de gesso, pois ela só apoia o troquel. Quando                                 
trabalhamos com um modelo troquelizado enxergamos a peça em todos os ângulos,                       
inclusive o ângulo cavo superficial. 
 
Para troquéis ​a precisão e as propriedades do gesso são de extrema importância​. 
 
O troquel é um ​modelo único ou mais dentes preparados​, pode ser obtido por Gesso tipo                               
IV ou V​. 
 
Finalidade: ​os troquéis permitem acesso direto à região interproximal do dente de                       
interesse, dessa forma facilita a confecção da restauração daquele elemento. Além                     
disso, permite o reposicionamento do dente ao modelo inteiro, podendo verificar                     
contatos oclusais e proximais. Permite uma restauração de maior qualidade. 
 
 
   
Sabemos que ​os gessos indicados para a confecção de troquéis são aqueles com                         
melhores propriedades. 
 
O troquel é ​feito com riqueza de detalhes, presenças de bolhas mínimas podem                         
arruinar a confecção de um troquel​. O gesso é vazado/vertido em pequenas porções, sob                           
vibração e com extremo cuidado por parte do operador​ para a sua confecção.  
 
Pequenas ​aglutinações irregulares, denominadas como suspiros,são feitas para                 
garantir a união entre os gessos, mas não podem invadir o troquel, garantem que o                             
troquel possa ser separado do modelo. Suspiros são feitos para que o gesso tenho uma                             
retenção ao gesso anterior, suspiros devem ser irregulares, são feitos fora da região de                           
interesse de isolar. 
 
O ​pino de troquel é inserido no gesso especial antes da presa​, reposicionando o troquel                             
no modelo.  
 
Com a presa ​o pino é retido no gesso, após a presa inicial ele é isolado com vaselina,                                   
que impede a união do gesso especial e do gesso pedra​. 
 
Esperamos a presa inicial do primeiro gesso (perder o brilho). Antes de colocar o gesso,                             
é indicado colocar uma bolinha de cera na ponta do pino com fins de identificação.                             
Colocamos a camada de gesso pedra, aumentando a altura do modelo, servindo                       
apenas para a construção da base do modelo​, não é uma região crítica, pode ser                             
usado um gesso de menor precisão. 
 
Após a presa total de todo o modelo, o troquel é cortado com auxílio de uma serra                                 
para troquel e separado do restante do modelo. Assim o dente de interesse é trabalho                             
com visão direta, em todas as faces, removido do restante e inserido no modelo quando                             
preciso, o pino serve para garantir o reposicionamento. 
 
Essa é ​uma das várias formas de produzir um troquel​. O mais importante é                           
entendermos suas indicações.  
 
Ex​er​cí​ci​os​: 
 
1- Qual o tipo de gesso mais indicado para a confecção de troquéis? Qual a proporção 
água e pó, deste tipo de gesso? 
 
a) Gesso Tipo II, comum, 30%. 
b) Gesso Tipo III, pedra, 30%. 
c) Gesso Tipo IV, especial, 20%. 
d) Gesso Tipo III, pedra, 20%. 
e) Gesso Tipo II, comum, 50%. 
 
2- O que muda na composição do pó de um tipo de gesso para outro que faz com que 
tenham resistências diferentes? 
 
a) O fabricante acrescenta metal nos gessos mais resistentes. 
b) Apenas o formato de suas partículas. 
c) Alguns tipos de gesso tem retardadores de presa. 
d) Alguns tipos de gesso tem aceleradores de presa. 
e) Nenhuma das opções acima. 
 
3- Os gessos odontológicos sofrem expansão durante a cristalização devido ao choque 
entre os núcleos de cristalização em formação. Com base nessas informações analise as 
afirmativas abaixo e escolha a alternativa correta. 
 
I. O gesso tipo II sofre pouca expansão de presa durante a cristalização devido à maior 
relação água/pó. 
II. O gesso tipo IV sofre pouca expansão de presa durante a cristalização devido à presença 
dos modificadores de expansão. 
 
III. O gesso tipo V sofre maior expansão de presa durante a cristalização devido à ausência 
dos modificadores de expansão. 
 
a) Apenas as afirmações I e II são corretas. 
b) Apenas as afirmações I e III são corretas. 
c) Apenas a afirmação I está correta. 
d) Todas as afirmações estão corretas. 
 
4- Em relação aos Gessos Odontológicos, assinale a correta: 
 
a) Gesso Pedra é indicado para modelo de trabalho quando ligas de alto ponto de fusão 
são usadas. 
b) Gesso Comum possui partículas beta e uma relação água e pó de 50%. 
c) Gesso Especial é indicado para a confecção de modelos de estudos. 
d) Sal de cozinha adicionado à mistura retarda a presa do gesso. 
 
5- Em relação ao troquel, assinale a correta: 
 
a) Uma vez removido o troquel do modelo, não poderá mais ser recolocado, dificultando 
o ajuste oclusal. 
b) O pino para troquel deve ser totalmente imerso no gesso especial utilizado para 
preencher a região dos dentes impressos no molde. 
c) O troquel facilita a confecção, o acabamento e o polimento das faces proximais da 
prótese produzida 
d) A confecção do troquel dificulta a manipulação do dente preparado para receber a 
prótese, pois o pino para troquel fica retido no gesso pedra tipo lll. 
e) O arco de serra deve ser utilizado para separar o gesso especial do gesso pedra e, 
assim, remover o troquel, independentemente do uso da vaselina entre os gessos. 
 
6- Em relação ao troquel, assinale a correta: 
 
a) O troquel deve ser confeccionado no modelo antagonista. 
b) O gesso indicado para a confecção de um troquel é o gesso comum. 
c) O troquel facilita o acesso às paredes proximais, melhorando a adaptação da 
prótese. 
d) O troquel dificulta o acabamento e o polimento da prótese, já que nessa etapa não 
deve ser removido do modelo. 
e) O troquel deve ser utilizado apenas quando for necessária a confecção de onlays. 
7- ​O tipo de gesso utilizado para a confecção do troquel é de fundamental importância. 
Com base nesta informação, assinale a alternativa que contém o gesso mais indicado e a 
justificativa correta. 
 
a) Gesso tipo l. A presença de amido facilita o corte e a remoção do troquel. 
b) Gesso tipo ll. As partículas alfa garantem a resistência mecânica para o corte e 
remoção do troquel. 
c) Gesso tipo lll. As partículas beta aumentam a resistência mecânica facilitando o corte 
e a remoção do troquel. 
d) Gesso tipo lV. As partículas alfa produzidas com uso de aditivos garantem alta 
resistência mecânica permitindo o corte e remoção do troquel. 
e) Gesso tipo V. As partículas beta sofrem alta expansão dificultando o corte e a 
remoção do troquel. 
 
8- Qual o tipo de gesso que pode ser usado para preenchimento de muflas e fixar modelos 
no articulador? 
 
Resposta: Gesso Tipo II (Comum ou Paris) e , também podemos usar o tipo III (Pedra). Não 
há necessidade de usar o Gesso Tipo IV pelo seu preço ser muito mais elevado e não ser 
preciso tantas propriedades para esse trabalho. 
 
9- Qual o tipo de gesso que pode ser usado para a obtenção de modelos de estudo 
(anatômicos)? 
 
Resposta: Gesso Tipo II (Comum ou Paris) e, também podemos usar o tipo III (Pedra). Não há 
necessidade de usar o Gesso Tipo IV pelo seu preço ser muito mais elevado e não ser preciso 
tantas propriedades para esse trabalho. 
 
10- Qual o tipo de gesso que pode ser usado para se obter modelos antagonistas? 
 
Resposta: Gesso tipo III (Pedra). Não há necessidade de usar o Gesso Tipo IV pelo seu preço 
ser muito mais elevado e não ser preciso tantas propriedades para esse trabalho. 
 
11- Qual é o tipo de gesso que pode ser utilizado para se obter um troquel? 
 
Resposta: Gesso tipo IV (Especial). 
 
12- O que acontece quando colocamos mais água que o recomendado na manipulação dos 
gessos com a (o): 
 
a) Resistência Mecânica:​ diminui 
 
b) Expansão de Presa:​ diminui 
 
c) Tempo de Trabalho:​ aumenta 
 
13- Por quê a expansão de presa diminui quando adicionamos água em excesso no modelo 
de gesso? 
 
Resposta: A expansão de presa diminui, porque a presença de água maior do que o 
recomendado afasta os cristais da gipsita, logo, os cristais ficam afastados, cristais não se 
empurram e não ocorre a expansão, a expansão diminui mas a porosidade aumenta. 
 
14- De que forma fazemos com que o Gesso preencha toda a superfície do molde? 
 
Resposta: Após a manipulação correta do material, com o auxílio de uma espátula metálica 
menor (como a 24 ou a 36), aplicamos o gesso em pequenas porções em uma mesma região 
do modelo, com o auxílio de vibrações (como batidas na bancada) vai ocorrendo o 
espalhamento e o molhamento do gesso, que irá fluir e preencherá os detalhes do molde,com o mínimo risco de criar bolhas. 
 
15- Por quê não é indicado o uso da espátula metálica que é utilizada para manipular o 
gesso na aplicação ou seja para incluirmos as primeiras porções de gesso no molde? 
 
Resposta: Pois essa espátula usada na mistura é consideravelmente grande, na aplicação 
das porções é indicado incluir-se porções pequenas, portanto, é recomendado o uso de uma 
espátulas 24 ou 36. 
 
16- Quando devemos remover um modelo de gesso, de um molde de um material elastômero? 
 
Resposta: Podemos retirar com cuidado o gesso do modelo em 30 minutos (soma para sua 
presa final), mas é recomendado que se espere cerca de 60 minutos, para correr menos 
riscos e ter certeza que o material está em sua presa final. 
 
17- Cite, no mínimo, 3 vantagens de se confeccionar um modelo troquelizado? 
 
Resposta: Quando usamos um troquel, trabalhamos com o elemento dentário de interesse 
solto individualmente, o troquel permite a visão direta de todas as faces e ângulos (inclusive 
o ângulo cavo superficial), teremos acesso direto à região interproximal, permite 
restaurações com maior garantia de qualidade, riqueza de detalhes e sucesso no resultado, 
além disso, o troquel pode ser reposicionado para a verificação de contatos oclusais e 
proximais com os dentes vizinhos e antagonistas. 
 
18- Qual a quantidade de água necessária para a manipulação de um gesso: 
 
a) Comum:​ ​50% 
 
b) Pedra:​ ​30% 
 
c) Especial: ​20%

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