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Gessos em Odontologia: Moldagem/ Molde/ Modelo: O modelo é essencial para restaurações protéticas, deve ter uma boa cópia da anatomia de forma fiel, facilitando o trabalho do protético e para este desenvolver o melhor resultado. Para a confecção de um bom modelo é necessário ter realizado uma boa moldagem e um bom molde. A moldagem é a ação de moldar o paciente, a foto abaixo representa uma moldagem: É após a moldagem que obtemos o molde, o molde é caracterizado por ser uma réplica em negativo da boca do paciente. A imagem abaixo representa um molde: Fazemos o vazamento do gesso no molde, assim deste molde, obtemos o modelo, o modelo é caracterizado por ser uma réplica em positivo da boca do paciente. A imagem abaixo representa um modelo: Produtos à base de gesso têm sido os materiais mais usados na confecção de modelos odontológicos. Propriedades Ideais do Gesso Odontol ógic o: Estabilidade Dimensional: Em grande parte, esse trabalho, é indireto (fora da boca do paciente). Dimensão significa tamanho/área e estabilidade significa sem alterações/mudanças. Logo, o gesso tem propriedade de estabilidade no seu tamanho, o gesso é um material que não sofre muitas variações de tamanho. Facilidade de Uso: A manipulação do gesso é simples, não é nada complexo. Reprodução de Detalhes do Molde: O gesso é um material que consegue copiar/replicar bem os detalhes anatômicos da boca do paciente, é fiel à anatomia do paciente. Para isso, é necessário que ele tenha uma certa fluidez, desta forma, se espalha bem no molde e preenche todos os detalhes, é necessário uma boa fluidez e bom espalhamento. ★ As batidas que o CD exerce com o gesso na bancada ou submissão dos mesmos em um aparelho vibratório tem tudo a ver com essa questão. Pois, quanto mais esses movimentos são realizados, mais fluido o material fica, pois ocorre tixotropia (material muda sua forma de acordo com perturbações), dessa forma o gesso fica mais fluido e com melhor espalhamento. Resistência à Abrasão: O gesso escolhido deve ser do tipo que não desgaste muito com a manipulação, a principal propriedade mecânica a ser priorizada para esse material é a de dureza quando procuro um gesso mais forte, com menor desgaste possível. Preço Acessível: Existe uma grande variedades de tipos e preços do gesso odontológico. Cor Contrastante: A cor diferente da cor do dente é importante para facilitar a visão dos protéticos, pigmentados para fins de identificação, com cores diferenciadas fica mais fácil que o protético enxergue os detalhes e as estruturas do dente, facilita a visão dos protéticos, menores chances de erros. Outros usos: O gesso odontológico é um material que também pode ser usado eventualmente para: ★ Moldagem de próteses no ramo Bucomaxilofacial ★ Revestimento de ligas metálicas ★ Estudo e pesquisa Material: Os gessos são produtos da gipsita (CaSO4 . 2H2O). A gipsita é um mineral pronto, encontrado em minas no mundo inteiro, composto por uma molécula de Sulfato de Cálcio para duas moléculas de Água. Nessa forma, esse composto é denominado como Dihidratado. Para fabricar o gesso, os fabricantes realizam o processo de calcinação. Fazem a trituração e aquecimento da gipsita (CaSO4 . ½ H2O). A calcinação faz a água evaporar em grande parte, reduz a quantidade de água de 2 moléculas para ½ . Esse composto é denominado como Hemihidratado, e esse é o gesso que compramos nas dentais. Quando manipulamos o gesso que vem em pó, adicionamos água. Isso causa uma reação exotérmica, o gesso libera calor para o ambiente, invertendo a reação física e cristalizando o material, novamente. Portanto, a composição do gesso é de sulfato de cálcio hemihidratado, quando adicionamos água a composição reverte para sulfato de cálcio dihidratado. Dependendo do método de calcinação, surgem 3 formas do hemidrato ser gerado, a diferença entre os tipos está na natureza física/formato dos pós, que resulta de fabricações diferentes: ★ Beta-Hemidrato ★ Alfa-Hemidrato ★ Alfa-Hemidrato Modificado/Melhorado Tipos de Gesso: O pó de Gesso comprado nas dentais odontológicas, pode aparecer dessas 3 formas de hemidrato. Gesso Tipo I: ★ É um tipo de gesso que parou de ser produzido e utilizado, suas propriedades não eram usuais perto dos outros tipos. Gesso Tipo II: ★ Também é denominado como Gesso Comum ou Gesso Paris; ★ Nele, a gipsita é aquecida em forno aberto (a aproximadamente 120° C), calcinação a seco em continentes abertos, desta forma, surgem as partículas de Beta-Hemidrato; ★ Essas partículas têm forma irregular, com aspecto esponjoso ou poroso; Embora a estrutura cristalina se altere, para formar o hemihidrato, não existe reorganização das próprias partículas que retém forma e tamanho da gipsita original (irregular e porosa). ★ Esse gesso precisa de grandes quantidades de água para a obtenção de uma mistura satisfatória, aproximadamente 50% de água; ★ Caracterizado pela baixa resistência mecânica, baixa reprodução de detalhes e baixa resistência à abrasão; ★ Indicações como material acessório/auxiliar, como em preenchimento de mufla, fixação de modelos em articuladores, base para modelos confeccionados com algum outro tipo de gesso e modelos de estudo; Gesso Tipo III: ★ Também é denominado como Gesso Pedra; ★ Nele, a gipsita é aquecida com pressão de vapor d'água, calcinação feita em autoclave sob pressão, desta forma, surgem as partículas de Alfa-Hemidrato; ★ Essas partículas são prismáticas, pequenas, mais regulares e menos poros; Possuem uma área de superfície relativamente menor e um volume menor que o gesso comum. ★ Esse gesso precisa de menos água para uma mistura satisfatória, pela característica de suas partículas, aproximadamente 30% de água. ★ Caracterizado por uma boa resistência mecânica, boa resistência à abrasão e boa reprodução dos detalhes. ★ Indicações para obtenção de modelos anatômicos de próteses totais, modelos para confecção de próteses parciais removíveis, modelos para confecção de placas de clareamento ou de mordida e modelos antagonistas. Gesso Tipo IV: ★ Também é denominado como Gesso Pedra Especial; ★ Nele, a gipsita é aquecida com pressão de vapor d’água, autoclave sob pressão, o material é fervido com a adição de uma solução de cloreto de cálcio e cloreto de magnésio à 30%, o que diminui a aglutinação, dessa forma, surgem as partículas Alfa-HemidratoModificado/Melhorado; ★ Essas partículas são cubóides, lisas, regulares, densas, menos porosas, ainda mais compactas que as presentes no gesso tipo pedra ★ As partículas desse gesso precisam de ainda menos água para uma mistura satisfatória , justamente pela característica de suas partículas, aproximadamente 20% de água. ★ Caracterizado por melhor resistência mecânica, excelente detalhamento da reprodução e melhor resistência à abrasão. ★ Indicações para troquéis, procedimentos de maior complexidade de reabilitação protética em que precisa do máximo de detalhes. Portanto… A diferença de partículas Alfa e de partículas Beta são justamente o formato das partículas, as partículas Alfa são regulares e menos porosas e as partículas Beta são irregulares e mais porosas. ★ A diferença do formato dessas partículas tem relação com a resistência do gesso, as partículas mais irregulares e porosas (Beta) são aquelas que precisam de mais água adicionada, pois pelas irregularidades há maior dificuldade de molhamento, maior área para a água alcançar, precisa adicionar mais água e a água em maior quantidade diminui a resistência do material. Quanto mais água for adicionada mais fraco fica o gesso. ★ As partículas Alfa mais regulares e menos porosas, são de mais fácil molhamento, menor área para a água alcançar, usando menos água e resultando na maior resistência do material. Quanto menor a adição de água mais forte fica o gesso. Reação de Presa do Gesso: A reação de presa é exotérmica, libera calor para o ambiente. A reação de obtenção do dihidrato é a seguinte: ★ CaSO4 . ½ H2O + 1 ½ H2O -> CaSO4 . 2 H20 Reação de Presa é a seguinte: 1. Hemihidrato + H2O -> suspensão fluida. Mistura-se o hemihidrato na água. 2. Hemihidrato dissolve-se em uma solução saturada de hemihidrato. Após a mistura o hemihidrato vai se dissolvendo na água, formando núcleos de calcificação, que são núcleos com quantidade maior de sulfato do que de água. 3. Precipitação de dihidratos transformam-se em cristais, que crescem a partir dos núcleos. Aos poucos os núcleos vão formando cristais em forma de espículas/espinhos, formando novamente o dihidrato. 4. Ocorre a mistura e o cruzamento desses cristais. Os cristais de forma agulhada se entrelaçam e provocam a presa do material (forma gipsita novamente- cristalização) Os cristais mudam a sua forma com a adição de água, é isso que ocorre na reação física do gesso. É importante saber que esses cristais não preenchem o espaço do gesso completamente, quanto mais água é adicionada maior serão esses espaços (porosidades), pois essa água em excesso evapora e os espaços continuam. Logo, sabemos, que gessos do tipo Beta são os que precisam de maior adição de água e ficam mais porosos. Expansão de Presa: Sempre ocorre uma expansão linear (isotrópica) no gesso durante a presa, resultante do crescimento e contato dos cristais entre si. A expansão geralmente é muito pequena e a cimentação das coroas preenchem esses espaço da mínima expansão do gesso. Isso ocorre porque os cristais vão crescendo e se tocando/entram em contato um com o outro, um cristal empurra o outro, com isso o modelo fica ligeiramente maior. Quanto maior for a quantidade de água, mais afastados ficam os núcleos um do outro, logo, menor é essa expansão. Quanto menos água, maior é a expansão de presa, pois menor é o contato dos núcleos. Porém, quanto mais água maior é a porosidade do gesso. Mais tempo e força no ato de espatulação fratura os cristais, o que gera mais contato, portanto, maior expansão. Quanto maior o tempo de espatulação maior é a expansão de presa. Quanto maior a força de espatulação maior é a expansão de presa. O maior entrelaçamento entre os cristais aumenta a expansão de presa, mas também aumenta a resistência do material endurecido. Efeito da Água Presente na Reação: A quantidade de água misturada ao pó é relacionada ao formato das partículas. Partículas mais porosas e irregulares (beta) tem maior área de superfície e requerem mais água para que possa haver uma consistência de manipulação ideal. Comparações Tipo: II III IV V Relação A/P 50% 30% 20% 18% Água (ml/100g de pó) 18% 18% 18% 18% Água em excesso 32% 12% 2% 0% Resistência à compressão (MPa) 10 18 40 ou mais ~ até 80 Expansão de Presa 0,3% 0,2% 0,1% 0,3% Controladores de Expansão ñ s s ñ O excesso de água enfraquece o modelo, deixa uma porosidade microscópica que enfraquece o gesso, a água residual é menor no gesso pedra e no gesso especial. A porosidade microscópica ocorre pela presença tanto de excesso de água que não reagiu e permaneceu no bloco endurecido, quanto pelo fato dos cristais se empurrarem no crescimento cristalino, o que ocorre principalmente nos gessos que usam menos água. Sim, é uma dualidade, a porosidade microscópica ocorre nos gessos beta e alfa por esses dois motivos. As alterações físicas que acompanham o processo de presa ocorrem mais rapidamente em misturas espessas, pois, o volume menor de fase aquosa permite uma interação prematura dos cristais de gipsita em crescimento. Os tempos de manipulação e de presa são, inversamente proporcionais à relação A/P. Quanto menor a quantidade de água mais rápido o gesso fica pronto/esfria. Tempo de Trabalho e Tempo de Presa: Tempo de espatulação: aproximadamente, 45 segundos a 1 minuto (manual, com espátula metálica) e de 20 a 30 segundos (mecânica). Tempo de trabalho: aproximadamente, 3 minutos (da espatulação até fim do preenchimento do molde) Tempo de presa: presa inicial de aproximadamente 10 minutos (perda do brilho, água evapora, massa plástica) e presa final de aproximadamente 20 minutos (término de exotermia, esfriamento do material, período para que o gesso possa ser separado do molde, massa sólida). Controle de Tempo de Presa; Devemos prestar atenção às orientações do fabricante. Operador: alterando a relação A/P, se aumentar a água maior é o tempo de presa; pela espatulação, se aumentar sua velocidade, seu tempo e sua energia, menor é o tempo de presa; adicionando um acelerador, como o sal em pequenas quantidades. Expansão Higroscópica: Cristalização com o gesso imerso em água, ou com excesso de água, além da água proporcionada na manipulação, após a presa inicial e expansão tardia, após a expansão de presa já existente. Quando antes da presa final, o gesso está imerso dentro da água, ocorre esse tipo de expansão adicional, denominada como Higroscópica. Esse tipo de expansão é usadaem processos de fundição de ligas metálicas. No dia a dia e confecção de modelos o dentista jamais deve adicionar mais água no gesso, pois essa expansão extra altera a dimensão final do modelo. Resistência: Quanto maior a relação A/P maior é a porosidade, quanto mais água for adicionada mais poroso e fraco é o gesso. Quanto mais super espatulação, menor é o entrelaçamento cristalino, fratura/quebra dos cristais. Adição de aceleradores e retardadores, diminuem a resistência do gesso. São eles alguns produtos que podem acelerar ou diminuir a presa dos gessos, podendo ser cloreto de sódio, sulfato de potássio, sulfato de cálcio dihidratado, bórax, citrato de potássio, dentre outros. Alguns retardadores podem diminuir a expansão de presa. Os aceleradores e retardadores, além de mudar o tempo podem controlar a expansão. São esses controladores de expansão que diferenciam o Gesso tipo IV e o Gesso tipo V, o último não possui controladores de expansão. Entendemos que Gessos Comuns são os que precisam de maior adição de água, são menos resistentes e possuem menor expansão de presa. E os Gessos Pedra e Pedra Especial são os que precisam de menor adição de água, são mais resistentes e possuem maior expansão. Sabemos que o Gesso Pedra e Pedra Especial são os mais indicados para tratamentos odontológicos de maior detalhamento, complexidade e precisão. Para melhorar o quesito expansão, os fabricantes acrescentam os controladores de expansão. Aditivos controlam o tempo e expansão, mas diminuem a resistência. O gesso endurecido é um material frágil. Indica çõ es dos Tipos de Gesso: Gesso Comum ou Tipo II: É um Beta-Hemidrato, sendo poroso e irregular; Indicado como material acessório e modelo de estudo; Proporção Água para Pó (A/P) de 50%; Expansão de Presa de 0,3%; Resistência à compressão de 10 MPa. Gesso Pedra ou Tipo III: É um Alfa-Hemidrato, sendo prismático e regular; Indicado para modelos de estudo e antagonistas, modelo de trabalho para aparelhos móveis em ortodontia, teste de oclusão, confecção de placas de bruxismo, briquismo, clareamento e modelos de trabalho em prótese; Proporção Água para Pó (A/P) é de 30%; Expansão de Presa é de 0,1%; Resistência à Compressão de 20 MPa. Gesso Pedra Especial ou Pedra Modificado ou Tipo IV: É um Alfa-Hemidrato Modificado/Melhorado, sendo de melhor distribuição de partículas e denso; Indicado para modelos de trabalho em prótese e troquéis; Proporção Água para Pó de 20%; Expansão de presa de 0,05% (modificadores); Resistência à compressão de 50 MPa. Gesso Especial de Alta Expansão ou Tipo V: Esse tipo de gesso é usado apenas por protéticos em casos específicos, também é de partículas alfa modificadas, porém sua expansão de presa é muito maior, usada em casos que essa expansão maior compensa a contração de ligas metálicas. Indicado para modelos de trabalho e troquéis; Proporção Água para Pó de 18 a 24%; Expansão de presa de 0,1 a 0,3%; Resistência à compressão de 50 MPa; Peças metálicas confeccionadas em ligas com alta temperatura de fusão. Manipula çã o: Lembrando que é muito importante o molde deve estar sempre limpo e seco, para a confecção do modelo. O proporcionamento deve obedecer a relação A/P, tentar ter o menor uso de água possível de uma forma que mantenha o escoamento (fluidez) e o pó deve ser medido por volume, proporcionado com o auxílio de uma balança e a água em uma seringa. Seguindo sempre as recomendações do fabricante. Pó polvilhado sobre a água, espargir o pó do gesso sobre a água (espalhar), primeiro despejamos a água no recipiente e depois despejamos gradualmente o pó na água. Espatulação deve ser vigorosa contra as paredes da cuba, pressionar contra as paredes do gral de borracha, até adquirir uma massa homogênea, com menor quantidade de bolhas e viscosidade ideal. Essa mistura é vertida/vazada no molde aos poucos, enquanto ainda estiver líquida/fluida, em pequenas porções, sempre seguindo o mesmo caminho. Periodicamente bater a mistura com a espátula ou o molde na bancada, para que ocorra espalhamento. Vibrar a mistura auxilia o escoamento para o interior dos detalhes do molde, diminuindo as chances de bolhas de ar. Preenchendo o molde sob vibração, deixando o gesso fluir nos detalhes do molde. Espatulação a vácuo, é um recurso usado por alguns protesistas e especialistas em prótese, com um equipamento específico, diminuindo o tempo de trabalho. Aguardar a presa final para separar o modelo do molde, presa em 30 minutos ou quando o gesso esfriar.. Não deixar o pote de gesso aberto, evitar contaminação por umidade. O gesso absorve umidade da atmosfera, causando deterioração gradual. Devemos armazenar em continentes vedados, à prova de água, em um local seco do laboratório. Dessa forma, obtemos sucesso no procedimento, o modelo de gesso obtido apresentará resistência mecânica esperada, estará menos poroso possível, livre de bolhas e com maior fidelidade na reprodução dos mínimos detalhes anatômicos do paciente. Concluindo, para a confecção de modelos de gesso com as melhores propriedades, o proporcionamento e a manipulação devem ser precisos. Troquéis: Os troquéis proporcionam que trabalhemos com o dente de interesse solto, individualmente, é importante que o troquel tenha dureza e seja feito com gesso tipo IV, a base pode ser feita com qualquer tipo de gesso, pois ela só apoia o troquel. Quando trabalhamos com um modelo troquelizado enxergamos a peça em todos os ângulos, inclusive o ângulo cavo superficial. Para troquéis a precisão e as propriedades do gesso são de extrema importância. O troquel é um modelo único ou mais dentes preparados, pode ser obtido por Gesso tipo IV ou V. Finalidade: os troquéis permitem acesso direto à região interproximal do dente de interesse, dessa forma facilita a confecção da restauração daquele elemento. Além disso, permite o reposicionamento do dente ao modelo inteiro, podendo verificar contatos oclusais e proximais. Permite uma restauração de maior qualidade. Sabemos que os gessos indicados para a confecção de troquéis são aqueles com melhores propriedades. O troquel é feito com riqueza de detalhes, presenças de bolhas mínimas podem arruinar a confecção de um troquel. O gesso é vazado/vertido em pequenas porções, sob vibração e com extremo cuidado por parte do operador para a sua confecção. Pequenas aglutinações irregulares, denominadas como suspiros,são feitas para garantir a união entre os gessos, mas não podem invadir o troquel, garantem que o troquel possa ser separado do modelo. Suspiros são feitos para que o gesso tenho uma retenção ao gesso anterior, suspiros devem ser irregulares, são feitos fora da região de interesse de isolar. O pino de troquel é inserido no gesso especial antes da presa, reposicionando o troquel no modelo. Com a presa o pino é retido no gesso, após a presa inicial ele é isolado com vaselina, que impede a união do gesso especial e do gesso pedra. Esperamos a presa inicial do primeiro gesso (perder o brilho). Antes de colocar o gesso, é indicado colocar uma bolinha de cera na ponta do pino com fins de identificação. Colocamos a camada de gesso pedra, aumentando a altura do modelo, servindo apenas para a construção da base do modelo, não é uma região crítica, pode ser usado um gesso de menor precisão. Após a presa total de todo o modelo, o troquel é cortado com auxílio de uma serra para troquel e separado do restante do modelo. Assim o dente de interesse é trabalho com visão direta, em todas as faces, removido do restante e inserido no modelo quando preciso, o pino serve para garantir o reposicionamento. Essa é uma das várias formas de produzir um troquel. O mais importante é entendermos suas indicações. Exercícios: 1- Qual o tipo de gesso mais indicado para a confecção de troquéis? Qual a proporção água e pó, deste tipo de gesso? a) Gesso Tipo II, comum, 30%. b) Gesso Tipo III, pedra, 30%. c) Gesso Tipo IV, especial, 20%. d) Gesso Tipo III, pedra, 20%. e) Gesso Tipo II, comum, 50%. 2- O que muda na composição do pó de um tipo de gesso para outro que faz com que tenham resistências diferentes? a) O fabricante acrescenta metal nos gessos mais resistentes. b) Apenas o formato de suas partículas. c) Alguns tipos de gesso tem retardadores de presa. d) Alguns tipos de gesso tem aceleradores de presa. e) Nenhuma das opções acima. 3- Os gessos odontológicos sofrem expansão durante a cristalização devido ao choque entre os núcleos de cristalização em formação. Com base nessas informações analise as afirmativas abaixo e escolha a alternativa correta. I. O gesso tipo II sofre pouca expansão de presa durante a cristalização devido à maior relação água/pó. II. O gesso tipo IV sofre pouca expansão de presa durante a cristalização devido à presença dos modificadores de expansão. III. O gesso tipo V sofre maior expansão de presa durante a cristalização devido à ausência dos modificadores de expansão. a) Apenas as afirmações I e II são corretas. b) Apenas as afirmações I e III são corretas. c) Apenas a afirmação I está correta. d) Todas as afirmações estão corretas. 4- Em relação aos Gessos Odontológicos, assinale a correta: a) Gesso Pedra é indicado para modelo de trabalho quando ligas de alto ponto de fusão são usadas. b) Gesso Comum possui partículas beta e uma relação água e pó de 50%. c) Gesso Especial é indicado para a confecção de modelos de estudos. d) Sal de cozinha adicionado à mistura retarda a presa do gesso. 5- Em relação ao troquel, assinale a correta: a) Uma vez removido o troquel do modelo, não poderá mais ser recolocado, dificultando o ajuste oclusal. b) O pino para troquel deve ser totalmente imerso no gesso especial utilizado para preencher a região dos dentes impressos no molde. c) O troquel facilita a confecção, o acabamento e o polimento das faces proximais da prótese produzida d) A confecção do troquel dificulta a manipulação do dente preparado para receber a prótese, pois o pino para troquel fica retido no gesso pedra tipo lll. e) O arco de serra deve ser utilizado para separar o gesso especial do gesso pedra e, assim, remover o troquel, independentemente do uso da vaselina entre os gessos. 6- Em relação ao troquel, assinale a correta: a) O troquel deve ser confeccionado no modelo antagonista. b) O gesso indicado para a confecção de um troquel é o gesso comum. c) O troquel facilita o acesso às paredes proximais, melhorando a adaptação da prótese. d) O troquel dificulta o acabamento e o polimento da prótese, já que nessa etapa não deve ser removido do modelo. e) O troquel deve ser utilizado apenas quando for necessária a confecção de onlays. 7- O tipo de gesso utilizado para a confecção do troquel é de fundamental importância. Com base nesta informação, assinale a alternativa que contém o gesso mais indicado e a justificativa correta. a) Gesso tipo l. A presença de amido facilita o corte e a remoção do troquel. b) Gesso tipo ll. As partículas alfa garantem a resistência mecânica para o corte e remoção do troquel. c) Gesso tipo lll. As partículas beta aumentam a resistência mecânica facilitando o corte e a remoção do troquel. d) Gesso tipo lV. As partículas alfa produzidas com uso de aditivos garantem alta resistência mecânica permitindo o corte e remoção do troquel. e) Gesso tipo V. As partículas beta sofrem alta expansão dificultando o corte e a remoção do troquel. 8- Qual o tipo de gesso que pode ser usado para preenchimento de muflas e fixar modelos no articulador? Resposta: Gesso Tipo II (Comum ou Paris) e , também podemos usar o tipo III (Pedra). Não há necessidade de usar o Gesso Tipo IV pelo seu preço ser muito mais elevado e não ser preciso tantas propriedades para esse trabalho. 9- Qual o tipo de gesso que pode ser usado para a obtenção de modelos de estudo (anatômicos)? Resposta: Gesso Tipo II (Comum ou Paris) e, também podemos usar o tipo III (Pedra). Não há necessidade de usar o Gesso Tipo IV pelo seu preço ser muito mais elevado e não ser preciso tantas propriedades para esse trabalho. 10- Qual o tipo de gesso que pode ser usado para se obter modelos antagonistas? Resposta: Gesso tipo III (Pedra). Não há necessidade de usar o Gesso Tipo IV pelo seu preço ser muito mais elevado e não ser preciso tantas propriedades para esse trabalho. 11- Qual é o tipo de gesso que pode ser utilizado para se obter um troquel? Resposta: Gesso tipo IV (Especial). 12- O que acontece quando colocamos mais água que o recomendado na manipulação dos gessos com a (o): a) Resistência Mecânica: diminui b) Expansão de Presa: diminui c) Tempo de Trabalho: aumenta 13- Por quê a expansão de presa diminui quando adicionamos água em excesso no modelo de gesso? Resposta: A expansão de presa diminui, porque a presença de água maior do que o recomendado afasta os cristais da gipsita, logo, os cristais ficam afastados, cristais não se empurram e não ocorre a expansão, a expansão diminui mas a porosidade aumenta. 14- De que forma fazemos com que o Gesso preencha toda a superfície do molde? Resposta: Após a manipulação correta do material, com o auxílio de uma espátula metálica menor (como a 24 ou a 36), aplicamos o gesso em pequenas porções em uma mesma região do modelo, com o auxílio de vibrações (como batidas na bancada) vai ocorrendo o espalhamento e o molhamento do gesso, que irá fluir e preencherá os detalhes do molde,com o mínimo risco de criar bolhas. 15- Por quê não é indicado o uso da espátula metálica que é utilizada para manipular o gesso na aplicação ou seja para incluirmos as primeiras porções de gesso no molde? Resposta: Pois essa espátula usada na mistura é consideravelmente grande, na aplicação das porções é indicado incluir-se porções pequenas, portanto, é recomendado o uso de uma espátulas 24 ou 36. 16- Quando devemos remover um modelo de gesso, de um molde de um material elastômero? Resposta: Podemos retirar com cuidado o gesso do modelo em 30 minutos (soma para sua presa final), mas é recomendado que se espere cerca de 60 minutos, para correr menos riscos e ter certeza que o material está em sua presa final. 17- Cite, no mínimo, 3 vantagens de se confeccionar um modelo troquelizado? Resposta: Quando usamos um troquel, trabalhamos com o elemento dentário de interesse solto individualmente, o troquel permite a visão direta de todas as faces e ângulos (inclusive o ângulo cavo superficial), teremos acesso direto à região interproximal, permite restaurações com maior garantia de qualidade, riqueza de detalhes e sucesso no resultado, além disso, o troquel pode ser reposicionado para a verificação de contatos oclusais e proximais com os dentes vizinhos e antagonistas. 18- Qual a quantidade de água necessária para a manipulação de um gesso: a) Comum: 50% b) Pedra: 30% c) Especial: 20%
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