Buscar

GRUPO II - Das Associações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO BACHARELADO EM DIREITO 
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 
PROFESSOR: ROBERTO MOITA PIEROT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO II 
DAS ASSOCIAÇÃOES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2021 
 
 
 
 
CURSO BACHARELADO EM DIREITO 
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 
PROFESSOR: ROBERTO MOITA PIEROT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCENTES: 
CLAUDIO JOSE SUCUPIRA XIMENES 
DANILO DE OLIVEIRA SALES 
EDUARDO ALVES DA SILVA 
EDVAR SILVA VIEIRA 
GREYSON HARTMAN DE SOUSA OLIVEIRA 
LARROSIERE MENDES DA SILVA 
LUANDA NÁDIA AMARAL IBIAPINA 
MARIA EDUARDA SILVA 
MATEUS PACHECO DA SILVA 
WANESSA CARINE DE SOUSA ALVES 
 
 
TERESINA 
2021 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 
1.2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 4 
1.3 Pessoas Jurídicas de Direito Privado .................................................................... 4 
2. EXISTÊNCIA LEGAL .............................................................................................. 6 
3. REGISTRO DA ENTIDADE ..................................................................................... 6 
4. CONCEITO DE ASSOCIAÇÃO ............................................................................... 6 
5. CONTEÚDO DO ESTATUTO ................................................................................. 8 
6. DIREITOS DOS ASSOCIADOS .............................................................................. 9 
7. INTRANSMISSIBILIDADE DA QUALIDADE DE ASSOCIADO ............................. 10 
8. EXCLUSÃO DE ASSOCIADO ............................................................................... 10 
9. EXERCICIO DO DIREITO DE ASSOCIADO ......................................................... 10 
10. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA ASSEMBLÉIA GERAL .................................... 10 
11. CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL ........................................................ 11 
12. DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ...................................................................... 11 
13. REGULAMENTAÇÃO CONTÁBIL ...................................................................... 11 
14. LEI 10.406/2002 (Código Civil Brasileiro) ............................................................ 11 
15. PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO DE DOCUMENTOS .............................. 16 
16. INSCRIÇÃO ........................................................................................................ 16 
17. ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA E REGISTRO DE ATAS ...................................... 18 
18. INSCRIÇÃO DE FILIAL ....................................................................................... 20 
20. CANCELAMENTO (BAIXA) DE ASSOCIAÇÃO .................................................. 21 
21. MODELO DE REQUERIMENTO PARA INSCRIÇÃO ......................................... 22 
22. ASSOCIAÇÃO ..................................................................................................... 23 
23. MODELO DE REQUERIMENTO PARA REGISTRO DE ATA E ALTERAÇÃO 
ESTATUTÁRIA .......................................................................................................... 23 
24. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 24
4 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 De acordo com o art. 44 do Novo Código Civil (Lei 10.406 de 2002) são 
pessoas jurídicas de direito privado: as associações; as sociedades; as fundações; as 
organizações religiosas; os partidos políticos. 
Neste trabalho faremos um estudo sobre as associações, baseado em leitura e 
discussão dos arts. 53 à 61, sempre trazendo à tona comentários de doutrinadores 
abalizados e reflexões crítica. 
Estudando o Livro I, Título II do Código Civil brasileiro, referente às Pessoas 
Jurídicas, podemos verificar que estas se dividem no ramo do Direito Público, que por 
sua vez se bifurca em interno, circunscrevendo os entes citados no art. 41 do CC, e 
externo, concernente a todas as pessoas regidas pelo direito internacional público, 
como esclarece o art. 42 do mesmo código; e a ainda se apresentam no Direito 
Privado na forma de empresas, sociedades, associações e fundações, de acordo 
com o art. 44. Neste trabalho, vamos enfocar o incisos I do artigo 44 da Lei nº 10.406 
de 10 de Janeiro de 2002, quanto às associações, faremos um estudo baseado em 
leitura e discussão dos arts. 53 à 61, sempre trazendo à tona comentários de 
doutrinadores abalizados e reflexões críticas. 
1.2 DESENVOLVIMENTO 
1.3 Pessoas Jurídicas de Direito Privado 
Antes de adentrarmos no estudo específico das associações, é necessário 
pontuarmos algumas considerações sobre as pessoas jurídicas de direito privado. 
Segundo Sílvio de Salvo Venosa (2003), as pessoas dessa categoria surgiram 
quando o homem “percebeu a necessidade de conjugar esforços, de unir-se a outros 
homens, para realizar determinados empreendimentos, conseguindo, por meio dessa 
união, uma polarização de atividades em torno de um grupo reunido” (p. 249). 
Esse conceito, disponibilizado por Venosa, abarca em si uma densidade 
considerável da essência das pessoas jurídicas. Basta apenas acrescentar que 
apesar de nominais, ou irreais, como resolveram classificar alguns autores, elas 
possuem direitos e obrigações abarcados de forma geral no código civil, dentre os 
https://jus.com.br/tudo/sociedades
5 
 
 
arts. 40 à 52; a partir dos arts. 53 ao 61, o código trata especificamente das 
associações, às quais vamos ver com mais detalhes ao logo do trabalho. 
Por enquanto, detendo-nos às características gerais das pessoas jurídicas, 
além da divisão entre as de direito público e privado já citada na introdução, podemos 
falar que a pessoa jurídica é detentora de alguns direitos da personalidade que lhe 
couberem como, por exemplo, ao nome, a honra, entre outras. No entanto, a ação da 
pessoa jurídica é determinada por seus gestores internos, portanto é preciso ter um 
controle cauteloso, pois todos os atos irregulares praticados pela administração 
recaem sobre o nome da pessoa jurídica. 
Como esta entidade basicamente existe na letra dos ordenamentos, sua 
atividade se baseia em estatutos e se finda por ação dos mesmos. É bastante 
complexo e interessante o estudo sobre a natureza da pessoa jurídica e pretendemos 
abordá-lo de forma precisa nos assuntos que abordaremos a seguir. 
 
Lei 10.406 de 2002 
 
Art. 44 - São pessoas jurídicas de direito privado: (Art. 16 CC Lei 3.071/16) 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; (Acrescentado pelo art. 02, da Lei 10.825/03) 
V - os partidos políticos. (Acrescentado pelo art. 02, da Lei 10.825/03) 
 
§ 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o 
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-
lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu 
funcionamento. (Nova redação dada pelo art. 02, da Lei 10.825/03) 
§ 2º. As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente 
às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. 
(Acrescentado pelo art. 02, da Lei 10.825/03) 
§ 3º. Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto 
em lei específica. (Acrescentado pelo art. 02, da Lei 10.825/03) 
Em relação pessoas jurídicas de direito privado observa-se que: 
 
https://jus.com.br/tudo/direitos-da-personalidade
6 
 
 
a) ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS - São livres a criação, a organização, a 
estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao 
poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e 
necessários ao seu funcionamento; 
b) PARTIDOS POLÍTICOS- Os partidos políticos serão organizados e 
funcionarão conforme o disposto em lei específica. Assim, estas pessoas jurídicas 
serão reguladas por legislação própria; 
c) APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEGISLAÇÃO - As disposições 
concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são 
objeto do Livro II da Parte Especial do Novo Código Civil. 
2. EXISTÊNCIA LEGAL 
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo. Decai em três anos o direito de anular a 
constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, 
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro (prazo decadencial). 
3. REGISTRO DA ENTIDADE 
O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando 
houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse 
caso. 
4. CONCEITO DE ASSOCIAÇÃO 
Com já antecipado associação é um agrupamento organizado de pessoas, 
físicas ou jurídica com objetivos não empresários. Não pode, portanto, a associação 
visar à produção ou à circulação de bens ou de serviços para posterior distribuição 
7 
 
 
dos lucros aos seus sócios, característica essencial às sociedade e estranha ao 
conceito de associação, também podemos enfatizar como conceito que a associação 
é uma pessoa jurídica de direito privado tendo por objetivo a realização de atividades 
culturais, sociais, religiosas, recreativas etc., sem fins lucrativos, ou seja, não visam 
lucros e dotadas de personalidade distinta de seus componentes. 
 É importante lembrar que são poucas as diferenças estruturais entre as 
sociedades e as associações, visto que as duas são pessoas jurídicas colegiadas, ou 
seja, são agrupamentos de pessoas com personalidade conferida por lei. No entanto, 
as primeiras possuem a finalidade econômica explicitada no art.966. 
 As finalidades das associações são “culturais, sociais, pias, religiosas, 
recreativas etc.” (DINIZ, 2012). Exemplos são “os clubes recreativos, os sindicatos, os 
partidos políticos, as entidades religiosas, caritativas, etc.” (FIUZA, 1999). Enfim, a 
própria Constituição brasileira permite as associações para qualquer sejam os fins 
contanto que sejam lícitos, não permitindo as de caráter paramilitar (art. 5º, XVII, da 
CF/88). 
Com a aquisição da personalidade jurídica a associação passará a ser sujeito 
de direitos e obrigações. Em decorrência, cada um dos associados constituirá uma 
individualidade, e a associação uma outra, tendo cada um seus bens, direitos e 
obrigações, sendo que há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocas. 
 O parágrafo único do artigo comentado é baseado na não existência de 
atividade econômica que pressupõe a falta de vínculos entre os associados, sujeitos 
apenas aos direitos e obrigações em face da entidade a qual se afiliam. 
Ou seja, as associações são pessoas jurídicas de direito privado através da 
qual pessoas se congregam objetivando realizar determinada atividade fim sem intuito 
de obter lucro. 
Porém, mesmo sem ter lucros, as associações possuem patrimônio, que deve 
ser utilizado para atingir seus fins. 
Existem requisitos específicos que devem ser atendidos pelas associações 
para que possam usufruir de isenções fiscais. Tais requisitos se encontram disposto 
no art. 14 do Código Tributário Nacional. 
 
https://jus.com.br/tudo/sindicatos
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10590109/artigo-14-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
8 
 
 
5. CONTEÚDO DO ESTATUTO 
O estatuto associativo constituirá e regerá a associação e nele deverá conter 
determinados dispositivos (art. 54 do CC): 
Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção, ou seja, a maneira que os recursos 
serão captados para que a associação se mantenha, que será, principalmente, pelas 
contribuições de seus associados; 
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos (assembleia 
geral e conselho deliberativo) e, por não ter fins lucrativos é obrigatório estabelecer 
também no estatuto que a associação não remunera seus administradores/diretores; 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução; 
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
Importante ressaltar que os administradores devem agir dentro dos limites concedidos 
para sua função, podendo responder pessoalmente pelos atos que ultrapassarem 
suas atribuições. 
O estatuto deve ser inscrito no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme 
orientação da Lei nº 6.015/1973, que regulamenta os Registros Públicos. 
A constituição pela inscrição do estatuto é anulável no prazo de 3 anos a contar 
do registro por defeito do respectivo ato, conforme estipulação para a constituição de 
qualquer pessoa jurídica (art. 45, parágrafo único do CC). 
Mesmo sendo uma entidade privada, nada impede que a associação 
estabeleça parcerias com outras entidades privadas e também entidades públicas. 
Inclusive, o Estado pode fomentar organizações sociais (OS), que são 
associações cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao 
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura 
e à saúde (art. 1º da Lei nº 9.637/1998). 
Entretanto, as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs), 
possuem uma configuração jurídica diferenciada (Lei nº 9.790/1999). 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726831/artigo-54-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1034888/lei-de-registros-publicos-lei-6015-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727523/artigo-45-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727477/par%C3%A1grafo-1-artigo-45-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11536885/artigo-1-da-lei-n-9637-de-15-de-maio-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/107122/lei-9637-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109501/lei-9790-99
9 
 
 
Os associados não participam do patrimônio da associação e todas as 
aquisições feitas por ela serão registradas em seu próprio nome. 
Ressalte-se que a personalidade jurídica da associação também pode ser 
desconsiderada nos termos da lei, se responsabilizando seus dirigentes à época do 
ato ilícito. 
6. DIREITOS DOS ASSOCIADOS 
Os associados são aqueles que, por livre e espontânea vontade, compõem o 
quadro da associação. 
Devem ter direitos iguais, porém, o estatuto poderá estabelecer regras que 
instituam categorias de associados com vantagens especiais (art. 55 do CC). 
Assim como não há direitos e obrigaçõesentre associados (direitos e 
obrigações recíprocas) (parágrafo único do art. 53 do CC). 
A qualidade de associado é intransmissível, ou seja, não poderá passar para 
outra pessoa. A não ser que o estatuto preveja de forma diferente (art. 56 do CC). 
No caso de morte do associado titular ou aquisição por terceiro de quota ou 
fração ideal do patrimônio da associação, a transferência da quota ou fração ideal que 
possuía não quer dizer que o herdeiro ou adquirente automaticamente receberá a 
qualidade de associado, salvo se o estatuto prever de forma diversa (parágrafo 
único do art. 56 do CC). 
O associado somente poderá ser excluído da associação se houver justa causa 
para a exclusão. Devendo haver estabelecido no estatuto o procedimento de exclusão 
com direito à defesa do associado e recurso contra a decisão tomada (art. 57 do CC). 
Todavia, é importante estabelecer parâmetros que permitam a saída de forma 
voluntária do associado, sem justa causa. 
A não ser pelos casos previstos em lei ou no estatuto, nenhum associado 
poderá ser impedido de exercer seus direitos ou sua função que tenha lhe sido 
conferida de forma legítima (art. 58 do CC). 
Os próprios associados ou terceiros poderão ser contratados para trabalhar na 
associação ou para prestar trabalho voluntário, nos termos da Lei do Voluntariado (Lei 
nº 9.608/1998). 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726557/artigo-55-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726866/par%C3%A1grafo-1-artigo-53-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726904/artigo-53-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726509/artigo-56-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726474/par%C3%A1grafo-1-artigo-56-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726474/par%C3%A1grafo-1-artigo-56-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726509/artigo-56-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726375/artigo-57-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726348/artigo-58-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109379/lei-9608-98
10 
 
 
Ademais, os associados não respondem solidaria ou subsidiariamente pelas 
obrigações assumidas pela associação. 
7. INTRANSMISSIBILIDADE DA QUALIDADE DE ASSOCIADO 
A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o 
contrário. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da 
associação, a transferência daquela não importará, "de per si", na atribuição da 
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do 
estatuto. 
8. EXCLUSÃO DE ASSOCIADO 
A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim 
reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos 
termos previstos no estatuto. 
9. EXERCICIO DO DIREITO DE ASSOCIADO 
Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe 
tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei 
ou no estatuto. 
 10. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA ASSEMBLÉIA GERAL 
Compete privativamente à assembleia geral: 
I - destituir os administradores; 
II - alterar o estatuto. 
A assembleia geral é órgão deliberativo obrigatório de uma associação e 
deverá ser convocada periodicamente para a resolução de questões administrativas 
e institucionais. 
Além disso, a assembleia geral também pode ser convocada para destituir 
administradores e alterar o estatuto (art. 59, I e II do CC). 
Para destituir administradores e alterar o estatuto, é necessária convocação da 
assembleia especialmente para este fim, sendo o quórum estabelecido no estatuto, 
bem como os critérios de eleição dos administradores (parágrafo único do 
art. 59 do CC). 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726207/artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726156/inciso-i-do-artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726119/inciso-ii-do-artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726072/par%C3%A1grafo-1-artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726207/artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
11 
 
 
A assembleia geral deve ao menos ser realizada anualmente, especialmente 
no que diz respeito à necessidade da aprovação de suas contas. 
11. CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL 
A convocação dos órgãos deliberativos (assembleia geral e conselho 
deliberativo – sendo esse último facultativo) será feita na forma prevista no estatuto, 
garantindo a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de a promover (art. 60 do CC). 
12. DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO 
Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de 
deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do 
art. 56 do Novo Código Civil (Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou 
fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de 
per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo 
disposição diversa do estatuto), será destinado à entidade de fins não econômicos 
designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição 
municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes (art. 61 do CC). 
Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, 
poderão estes, antes da destinação do remanescente, receber em restituição, 
atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da 
associação (art. 61, § 1º do CC). 
Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em 
que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas, o que remanescer 
do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União 
(art. 61, § 1º do CC). 
13. REGULAMENTAÇÃO CONTÁBIL 
A matéria relativa às Entidade sem Finalidades de Lucros está regulamentada, 
do ponto de vista contábil, pela Resolução do Conselho Federal de Contabilidade 
926/2001, com a alteração dada pela Resolução do Conselho Federal de 
Contabilidade 966/2003. 
 14. LEI 10.406/2002 (Código Civil Brasileiro) 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726028/artigo-60-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725988/artigo-61-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725956/par%C3%A1grafo-1-artigo-61-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725988/artigo-61-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725956/par%C3%A1grafo-1-artigo-61-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
12 
 
 
 Art. 53 - Constituem-se as associações pela união de pessoas que se 
organizempara fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações 
recíprocos. 
 
Art. 54 - Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: 
 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Nova 
redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
(Acrescentado o item pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 
Vimos no art. 45 que a existência da pessoa jurídica de direito privado se dá 
pela inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. Quando o art. 54 coloca a 
situação “sob pena de nulidade”, significa que a associação pode ter seu registro e, 
consequentemente, sua existência impossibilitada nos casos de irregularidades no 
seu estatuto, que deve conter todas as especificações do artigo. 
 Segundo Venosa, os estatutos são uma espécie de lei orgânica dessas 
entidades, uma norma obrigatória para os fundadores da associação e futuros 
participantes; é necessária para que os novos membros venham a participar da 
associação a partir da adesão desses regulamentos. 
Art. 55 - Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir 
categorias com vantagens especiais. 
Este artigo deve ser analisado em dois momentos, antes e depois da vírgula. 
No primeiro, ressaltamos o princípio da isonomia associativa, como bem intitula Maria 
Helena Diniz, no qual se pressupõe que todos os membros possuem direitos iguais, 
insuscetíveis a violação, com peso no próprio pacto social. 
 Em um segundo momento, no caso concreto, temos a concessão de que a 
própria entidade pode formar categorias de membros dentro de seu estatuto, o que 
13 
 
 
pressupõe estratificação e, portanto, desigualdade. Segundo Venosa, nesse ponto se 
encontra uma dificuldade em saber se a atribuição de vantagens especiais a sócios 
contraria a primeira parte do dispositivo que prevê igualdade de direitos. 
Art. 56 - A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser 
o contrário. 
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do 
patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na 
atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição 
diversa do estatuto. 
O artigo pontua a impossibilidade de sucessão inter vivos ou causa 
mortis (casos de morte, exclusão ou retirada voluntária do membro) do cargo de 
associado, sendo de responsabilidade da entidade a regulamentação desse tipo de 
situação. 
Segundo a norma geral, expressa no código em questão, a transferência para 
o herdeiro da quota ou fração do associado será feita sem que isso influencie na 
transmissão da qualidade que o sucessor detinha. Diniz ainda acrescenta que essa 
atitude procura evitar o ingresso de pessoas alheias ao interesse da associação. 
Art. 57 - A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim 
reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos 
termos previstos no estatuto. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 
 O artigo trata do princípio individual garantido constitucionalmente pelo art. 5º, 
LV da CF/88, o direito assegurado da ampla defesa. No caso em questão o associado 
responde por desobediência ao estatuto que ele próprio aceitou. 
 Em pesquisa sobre o artigo, descobrimos que se trata de um texto bastante 
recente, editado pela Lei 11.127, de 2005. No texto anterior a revogação, a lei 
complementava que quando não havia justa causa prevista pelo estatuto, motivos 
grandes movidos pela maioria absoluta na assembleia geral poderiam abrir o processo 
de exclusão de um associado, ou seja, neste caso a assembleia funcionava como 
instância única. 
Venosa, em sua obra Direito Civil: Parte Geral, datado de 2003, já criticava o 
posicionamento do legislador externando que “esse dispositivo disse menos que 
devia: qualquer que seja a dimensão da sociedade ou gravidade da conduta do 
associado, deve ser-lhe concedido amplo direito de defesa”. Ele faz essa afirmação 
https://jus.com.br/tudo/direito-civil
14 
 
 
sob o argumento de que este tipo de processo para a exclusão do associado era 
sumário e defeituoso, e que certamente não resistiria ao exame do Judiciário, visto 
que é conveniente que o estatuto preveja o procedimento para a aplicação de 
penalidades, estabelecendo limites ao exercício dos direitos social, evitando assim a 
arbitrariedade (p.288-289). 
Parágrafo único. Revogado pelo Art. 1º, Lei 11.127/05. 
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função 
que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos 
na lei ou no estatuto. 
 Como já afirmamos em discussão sobre o art. 55, os direitos dos membros 
associados, além de dotados de certa isonomia, são insuscetíveis de violação. É 
exatamente o que retifica este artigo autoexplicativo, ele trata da garantia de direitos 
oriundos do pacto social fundamentado no estatuto. 
“Mostra-se, pois, intuitiva a disposição do presente artigo, que assegura ao 
associado o gozo ou fruição de direitos que o estatuto ou lei lhe atribuam, assim como 
lhe facultam o exercício de funções que o mesmo estatuto ou a lei lhe conferem”. 
(LOURES, J.C; LOURES T.M; 2003, p.34). 
Art. 59 - Compete privativamente à assembleia geral: (Nova redação dada 
pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 
I - destituir os administradores; (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 
II - alterar o estatuto. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste 
artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, 
cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos 
administradores. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 
Venosa, caracteriza a competência exercida pela assembleia como similar ao 
papel do poder legislativo, cabe notar que um órgão extremamente necessário na 
instituição. 
 Este texto também foi reeditado pela Lei n.11.127 de 2005, já citada 
anteriormente no art. 57. No texto revogado a assembleia tinha duas competências a 
mais que eram: eleger administradores, antigamente localizado no inciso primeiro, e 
aprovar as contas, que era o inciso terceiro. 
15 
 
 
 O parágrafo único do texto derrogado exigia dois terços da assembleia 
especialmente convocada para as deliberações dos incisos II e IV (que correspondem 
ao I e II da edição em vigor). José Costa Loures e Taís Maria Loures são da posição 
de que teria sido melhor se o legislador tivesse mantido quórum igual para as 
deliberações dos quatro incisos da norma revogada, por considerarem os quatro de 
igual importância. Já Venosa, crê que o legislador agiu assim para evitar os abusos 
que acontecem com frequência, mas o autor não concorda que tenha sido a melhor 
opção, pois, mais uma vez prevendo a correção do texto, dizia o dispositivo impedia 
a autonomia que a associação devia ter para deliberar essas normas. 
O parágrafo único estabelecido pela Lei n.11.127 de 2005 veio a atender não 
intencionalmente as expectativas de Venosa, pois concedeu ao estatuto a decisão de 
qual quórum adotar para os incisos I e II da nova redação. 
Art. 60 - A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, 
garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la. (Nova redação 
dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 
Nesse artigo a Lei 11.127/05 também promoveu mudanças.A versão anterior 
do dispositivo continha no lugar de “órgãos deliberativos” a expressão “assembleia 
geral”. Teoricamente, a assembleia geral é um tipo de órgão deliberativo, que se 
caracteriza por um grupo de pessoas fazendo deliberações ou discutindo algum 
assunto visando a um consenso. Então, o que se fez com o dispositivo foi aumentar o 
seu território de influência, fazendo com que mais situações pudessem ser regidas 
sob a sua letra. 
Art. 61 - Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, 
depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo 
único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no 
estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, 
estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
§ 1º. Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos 
associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, 
receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem 
prestado ao patrimônio da associação. 
§ 2º. Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, 
em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o 
16 
 
 
que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito 
Federal ou da União. 
Trata do destino do patrimônio acumulado em torno da associação, nos casos 
de dissolução da mesma. Depois de deduzidas as quotas ou frações ideais dos 
associados, o restante do patrimônio líquido será destinado a entidades também de 
fins não econômicos, sendo que esta estará designada pelo estatuto, nos casos em 
que isso não ocorrer, será escolhida uma entidade pública com fins semelhantes aos 
da associação através de deliberação dos membros. 
 Os autores José Costa Loures e Taís Maria Loures afirmam que o parágrafo 
primeiro é fonte de grande confusão. Sendo, transcrevendo suas palavras: “porta 
escancarada para intermináveis dificuldades e fonte de litígios” (p. 36). Tudo decorre 
da gama de significados que a expressão genérica “contribuições” pode desencadear, 
desde doações até o custeio normal das atividades da associação. Os autores ainda 
concluem que se torna “impraticável” a ação exigida no parágrafo primeiro. 
 O parágrafo segundo ainda complementa ao prever a eventualidade dos casos 
em que houver impossibilidade de exercer o estabelecido no caput do artigo 61, ou 
seja, se não houver instituições com as características especificadas para fazer a 
transferência, far-se-á a devolução do patrimônio restante ao Estado, ao Distrito 
Federal ou à União. 
Art. 2.031 - As associações, sociedades e fundações, constituídas na forma 
das leis anteriores, bem como os empresários, deverão se adaptar às disposições 
deste Código até 11 de janeiro de 2007. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 
11.127/05) 
15. PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO DE DOCUMENTOS 
O Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Teresina na Av. Elias João 
Tajra, 1816 - Jóquei, Teresina - PI, 64049-300, relaciona a documentação a ser 
anexada quando do registro das Associações e os demais atos. 
16. INSCRIÇÃO 
De conformidade com a legislação que regula a matéria, mencionada nos itens 
abaixo relacionados, o registro das Associações exige a apresentação dos seguintes 
documentos: 
17 
 
 
1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de 
Teresina assinado pelo representante legal da entidade, com indicação da residência 
do requerente, constando o nome completo e endereço da Associação, solicitando a 
inscrição (Art. 121 da Lei nº 6015/73); 
 
2 - Estatuto Social, em duas vias, devidamente assinado pelo presidente da 
sociedade, numerando-se as folhas e contendo visto de advogado com respectivo 
número de inscrição na OAB (Lei nº 8906/94, Art. 1º parágrafo 2º). Deverão constar 
os seguintes elementos básicos (Art. 46 e 54 do Código Civil, Art. 120 da Lei nº 
6015/73 e Provimento 01/98 da CGJ-RS): - denominação; fins; sede da associação; 
o tempo de duração; fundo social (quando houver); o modo como se administra e 
representa a Associação ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; se o 
estatuto é reformável, no tocante à administração, e de que modo; se os associados 
respondem ou não subsidiariamente pelas obrigações sociais; as condições de 
extinção da Associação; o destino de seu patrimônio no caso de extinção; os requisitos 
para admissão, demissão e exclusão dos associados; os direitos e deveres dos 
associados; as fontes de recursos para manutenção da Associação; o modo de 
constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos; condições para a alteração 
das disposições estatutárias; a forma de gestão administrativa e de aprovação das 
respectivas contas. 
3 - Ata de Fundação, na qual conste a aprovação do estatuto e a eleição da Diretoria, 
em duas vias, datilografada ou digitada e assinada pelo presidente e pelo secretário, 
contendo visto de advogado com respectivo número de inscrição na OAB (Lei nº 
8906/94, Art. 1º parágrafo 2º); 
 
4 - Relação dos componentes da Diretoria Atual (Diretoria e Conselhos), em duas vias, 
assinada pelo presidente, com indicação de nacionalidade, estado civil, profissão e nº 
do RG e CPF de cada um dos membros; 
5 - Relação dos associados fundadores, em duas vias, assinada pelo presidente, com 
indicação de nacionalidade, estado civil, profissão e nº do RG e CPF de cada um dos 
membros. 
 
 
Observações: 
18 
 
 
1- Todas as folhas do processo devem ser rubricadas pelo representante legal da 
Associação. 
2- Sugerimos a verificação da regularidade fiscal (perante a Receita Federal) das 
pessoas físicas componentes da pessoa jurídica ANTES do pedido de inscrição neste 
Serviço. 
3- Em cumprimento ao disposto nos artigos 196 e 197 do Provimento 01/98 CGJ-PI, 
01(uma) via dos documentos ficará arquivada no Serviço de Registro. Caso necessite, 
deverá o apresentante fornecer mais vias para autenticação. 
4- Observar os dispositivos relativos às Associações nos artigos 44 à 46 e 53 à 61 do 
Código Civil. 
5- Para os membros solteiros, indicar a maioridade, consoante art. 201, parágrafo 
primeiro do Provimento 01/98 CGJ-PI. 
6- Apresentar prova de permanência legal no país para os estrangeiros que participem 
da Associação, conforme exigência do art. 12 da Constituição Federal e arts. 96 e 99 
do Estatuto do Estrangeiro. 
7- Quando houver a participação de pessoa jurídica na Associação a ser registrada, 
deverá ser indicado o CNPJ e os dados de registro no órgão competente: Junta 
Comercial ou Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
8- Aprovação da autoridade competente, quando o funcionamento da Associação 
depender desta (parágrafo único do Art. 119 da Lei nº 6015/73). 
17. ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA E REGISTRO DE ATAS 
 
De conformidade com a legislação que regula a matéria, mencionada nos itens 
abaixo relacionados, o registro de alterações estatutárias exige a apresentação dos 
seguintes documentos: 
 
1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de 
Teresina assinado pelo representante legal, com indicação da residência do 
requerente, constando o nome completo e endereço da associação e declarando a 
observância dos artigos estatutários que fundamentam as alterações (Art. 121 da Lei 
nº 6015/73); 
 
19 
 
 
2 - Anexar a comprovação da condição de inscrito no CNPJ, expedido pela Secretaria 
da Receita Federal, obtida através da página da SRF na Internet 
www.receita.fazenda.gov.br - (Art. 19 da Instrução Normativa nº 200 de 13.09.2002); 
 
3 - Anexar Certificado de Regularidade perante o FGTS, expedido pela Caixa 
Econômica Federal, obtido através da página da CEF na Internet www.caixa.gov.br - 
(Art. 44, inciso V do Decreto 99684/90 e Circular CEF 229 de 21.11.2001), nos casos 
de alteraçãoestatutária; 
 
4 - Documentos originais comprobatórios das alterações, datilografados ou digitados 
(Ata e/ou Alteração Estatutária), em duas vias, devidamente rubricados e assinados, 
e contendo: 
a) indicação do nome, nacionalidade, profissão, estado civil e nº do RG e CPF de 
todos os membros eleitos para cargos de administração (por exemplo: membros da 
Diretoria, do Conselho Fiscal, suplentes e outros); 
b) nas atas de eleições, assinatura e rubricas do presidente e do secretário; 
c) no caso de alteração estatutária, além do estatuto social, já adaptado ao Código 
Civil (artigos 53 a 61 do Código Civil), juntar a ata que aprovou as alterações, assinada 
pelo presidente e secretário; 
d) visto de advogado, com número de inscrição na OAB, para todas as hipóteses de 
alteração estatutária, na ata e no estatuto (Provimento 01/98 da Corregedoria-Geral 
da Justiça e Lei 8906/94, em seu Art. 1º parágrafo segundo). 
 
Observações: 
 
1-Todos os documentos devem ser rubricados e assinados pelo representante legal 
da entidade; 
2- De conformidade com o art. 2.033 do Código Civil, as modificações das associações 
regem-se, desde logo, por esta Lei; 
3- Para os membros solteiros, indicar a maioridade (art. 201, parágrafo primeiro do 
Provimento 01/98 – CGJ); 
4- Cópia autenticada da prova de permanência legal no país para os estrangeiros que 
participem da associação (art. 12 da Constituição Federal e artigos 96 e 99 do Estatuto 
do Estrangeiro); 
20 
 
 
5- Quando houver a participação de pessoa jurídica na associação a ser registrada, 
deverá ser indicado o CNPJ e os dados de registro no órgão competente: Junta 
Comercial ou Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
18. INSCRIÇÃO DE FILIAL 
1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de 
Teresina assinado pelo representante legal da associação, residente em Teresina, 
com a indicação de seu endereço, solicitando a inscrição da filial, conforme art.121 da 
Lei 6.015/75; 
 
2 - Certidão ATUALIZADA de inteiro teor, do último estatuto consolidade em vigor, 
expedida pelo Serviço do Registro de Pessoas Jurídicas da sede; 
 
3 - Vias originais da ata da assembleia geral, referente à criação da filial e eleição da 
diretoria da filial, fornecidas pelo Registro de Pessoas Jurídicas da sede da 
associação, conforme art. 2° do Decreto-Lei 2.148/40 e art. 1.000 e seu parágrafo 
único do Código Civil; 
 
4 - Anexar a comprovação da condição de inscrito no CNPJ, expedido pela Secretária 
da Receita Federal, obtida através da página da SRF na Internet 
www.receita.fazenda.gov.br - (conforme Art. 19 da Instrução Normativa nº 200 de 
13.09.2002). 
 
19. TRANSFERÊNCIA DE SEDE DE ASSOCIAÇÃO DE TERESINA PARA OUTRA 
CIDADE 
 
1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de 
Teresina assinado pelo representante legal, com indicação da residência do 
requerente, constando o nome completo e endereço da associação e solicitando o 
cancelamento da inscrição em virtude da transferência da sede da associação para a 
cidade de (nome da cidade). 
2 - Declarar no requerimento que para a realização da Assembleia, foram cumpridos 
todos os requisitos estatutários vigentes; 
21 
 
 
3 - Ata datilografada ou digitada, em duas vias, devidamente assinada pelo presidente 
e secretário e contendo o visto de um advogado com seu número de inscrição na OAB 
(Lei 8906/94, Art. 1º, parágrafo 2º); 
4 – Anexar a comprovação da condição de inscrito no CNPJ, expedido pela Secretaria 
da Receita Federal, obtida através da página da SRF na Internet 
www.receita.fazenda.gov.br - (Art. 19 da Instrução Normativa nº 200 de 13.09.2002). 
 
20. CANCELAMENTO (BAIXA) DE ASSOCIAÇÃO 
De conformidade com a legislação que regula a matéria, mencionada nos itens 
abaixo relacionados, o cancelamento de registro de associações exige a 
apresentação dos seguintes documentos: 
1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Porto 
Alegre assinado pelo representante legal, com indicação da residência do requerente, 
constando o nome completo e endereço da associação e solicitando o cancelamento 
da inscrição (Art. 121 da Lei nº 6.015/73); 
2 - Ata da Assembleia que dissolveu a associação, devidamente rubricada e assinada 
pelo presidente e secretário, contendo o visto de um advogado com seu número de 
inscrição na OAB (Lei nº 8.906/94, art. 1º, parágrafo segundo); 
3 – Anexar Certidão Negativa de Tributos Federais, expedida pela Secretaria da 
Receita Federal, obtida através da página da SRF na Internet 
www.receita.fazenda.gov.br, conforme art. 1º, inciso V do Decreto-Lei 1.715/79; 
4 – Anexar Certidão Negativa de Débito Salarial, expedida pelo Ministério do Trabalho, 
conforme exigência do Decreto-Lei 368/68 e Portaria 3.025/69 do Ministério do 
Trabalho e Previdência Social; 
5 - Anexar Certificado de Regularidade perante o FGTS, expedido pela Caixa 
Econômica Federal, obtido através da página da CEF na Internet www.caixa.gov.br - 
(Art. 44, inciso V do Decreto 99684/90 e Circular CEF 229 de 21.11.2001); 
 
6 – Anexar Certidão Negativa de Débito do INSS, com finalidade específica, obtido 
através da página do INSS no endereço www.mpas.gov.br, conforme letras "a" e "c" 
do parágrafo único do art. 16 do Decreto 3.56/91 e letra "d", inciso I do art. 47 da Lei 
8.212/91; 
22 
 
 
7 – Anexar Certidão Negativa de Inscrição de Dívida Ativa da União, expedida pela 
Procuradoria da Fazenda Nacional competente no endereço 
www.pgfn.fazenda.gov.br, conforme art. 62, do Decreto-Lei nº 147 de 03/02/1967;
 
8 - Se a associação foi constituída após a entrada em vigor do Novo Código Civil, a 
partir de 11 de janeiro de 2003, anexar publicação da ata de dissolução no Diário 
Oficial e em jornal de grande circulação, conforme art. 51 e parágrafos; art. 1.033 c/c 
1.036, c/c 1.038, § 2° do Código Civil. 
 
21. MODELO DE REQUERIMENTO PARA INSCRIÇÃO 
 
Ao 
Senhor Oficial do 
Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Porto Alegre 
 
 
 Prezado Senhor 
 
 
 (Nome do Presidente), residente nesta Cidade na Rua..................., nº........, 
presidente da (o) ................................. (denominação da associação) com sede na 
Rua.................................nº......., nesta Cidade; vem requerer a VSª a INSCRIÇÃO da 
referida Associação, conforme o Art. 121 da Lei dos Registros Públicos. 
 
Nestes Termos, 
 
Pede deferimento. 
 
 
Teresina, ................................ 
 
Assinatura 
 
PJ-24 
23 
 
 
22. ASSOCIAÇÃO 
23. MODELO DE REQUERIMENTO PARA REGISTRO DE ATA E ALTERAÇÃO 
ESTATUTÁRIA 
 
Ao 
Senhor Oficial do 
Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Teresina 
 
 
 Prezado Senhor 
 
 
 (Nome do Presidente), residente nesta Cidade, na 
Rua....................................., nº............, presidente da (o) (denominação da 
Associação), com sede na Rua ..............................., nº..........., em Teresina, vem 
requerer a VSª o registro ..............(da ATA da Assembleia do dia........ / ou da 
ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA - conforme o caso) da referida Associação, conforme 
Art. 121 da Lei dos Registros Públicos. 
 
 Declaro ainda, que para a realização da Assembleia do 
dia............., foram cumpridos todos os requisitos estatutários vigentes. 
 
 
Nestes Termos, 
 
Pede Deferimento. 
 
 
Teresina, ............................................ 
 
Assinatura do Presidente 
 
 
 
 
PJ-26 
24 
 
 
24. CONCLUSÃO 
 
Portanto, temos a associação como um meio eficaz de exercício da cidadania 
da sociedade civil, especialmente porque não possui fins lucrativos (seus fundadores 
não recebem lucros) sendo os benefícios trazidos para seus associados e, 
consequentemente, para a sociedade em geral.É fundamental que cada associação confeccione um estatuto específico para 
atender aos seus fins, evitando a padronização estatutária das associações e o 
engessamento dessas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
25. REFERÊNCIAS 
 
Venosa, Sílvio de Salvo 
Direito civil: parte geral / Sílvio de Salvo Venosa. - 13. ed. - São 
Paulo: Atlas, 2013. - (Coleção direito civil; v. 1) 
Bibliografia. 
ISBN 978-85-224-7551-3 
elSBN 978-85-224-7659-6 
1. Direito civil 2. Direito civil - Brasil 1. Título. li. Série. 
 
Site: https://www.lefisc.com.br/materias/2007/122007societarios.htm 
 
Site: https://core.ac.uk/download/pdf/19082834.pdf 
Sobre o devido processo de lei, ver Nagib Slaibi Filho, Direito Constitucional, Rio 
de Janeiro, Editora Forense, 2004; Sentença cível – fundamentos e técnica, 6ª 
edição, Rio de Janeiro, Editora Forense, 2004. 
Revista das EMERJ, v. 7, n. 27, 2004 
 
Site: https://rloreto.jusbrasil.com.br/artigos/547485966/associacoes 
Rafael Loreto 
 
 
https://www.lefisc.com.br/materias/2007/122007societarios.htm
https://core.ac.uk/download/pdf/19082834.pdf
https://rloreto.jusbrasil.com.br/artigos/547485966/associacoes

Outros materiais