Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO BACHARELADO EM DIREITO DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFESSOR: ROBERTO MOITA PIEROT CAPÍTULO II DAS ASSOCIAÇÃOES TERESINA 2021 CURSO BACHARELADO EM DIREITO DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFESSOR: ROBERTO MOITA PIEROT GRUPO II DISCENTES: CLAUDIO JOSE SUCUPIRA XIMENES DANILO DE OLIVEIRA SALES EDUARDO ALVES DA SILVA EDVAR SILVA VIEIRA GREYSON HARTMAN DE SOUSA OLIVEIRA LARROSIERE MENDES DA SILVA LUANDA NÁDIA AMARAL IBIAPINA MARIA EDUARDA SILVA MATEUS PACHECO DA SILVA WANESSA CARINE DE SOUSA ALVES TERESINA 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 1.2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 4 1.3 Pessoas Jurídicas de Direito Privado .................................................................... 4 2. EXISTÊNCIA LEGAL .............................................................................................. 6 3. REGISTRO DA ENTIDADE ..................................................................................... 6 4. CONCEITO DE ASSOCIAÇÃO ............................................................................... 6 5. CONTEÚDO DO ESTATUTO ................................................................................. 8 6. DIREITOS DOS ASSOCIADOS .............................................................................. 9 7. INTRANSMISSIBILIDADE DA QUALIDADE DE ASSOCIADO ............................. 10 8. EXCLUSÃO DE ASSOCIADO ............................................................................... 10 9. EXERCICIO DO DIREITO DE ASSOCIADO ......................................................... 10 10. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA ASSEMBLÉIA GERAL .................................... 10 11. CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL ........................................................ 11 12. DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ...................................................................... 11 13. REGULAMENTAÇÃO CONTÁBIL ...................................................................... 11 14. LEI 10.406/2002 (Código Civil Brasileiro) ............................................................ 11 15. PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO DE DOCUMENTOS .............................. 16 16. INSCRIÇÃO ........................................................................................................ 16 17. ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA E REGISTRO DE ATAS ...................................... 18 18. INSCRIÇÃO DE FILIAL ....................................................................................... 20 20. CANCELAMENTO (BAIXA) DE ASSOCIAÇÃO .................................................. 21 21. MODELO DE REQUERIMENTO PARA INSCRIÇÃO ......................................... 22 22. ASSOCIAÇÃO ..................................................................................................... 23 23. MODELO DE REQUERIMENTO PARA REGISTRO DE ATA E ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA .......................................................................................................... 23 24. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 24 4 1. INTRODUÇÃO De acordo com o art. 44 do Novo Código Civil (Lei 10.406 de 2002) são pessoas jurídicas de direito privado: as associações; as sociedades; as fundações; as organizações religiosas; os partidos políticos. Neste trabalho faremos um estudo sobre as associações, baseado em leitura e discussão dos arts. 53 à 61, sempre trazendo à tona comentários de doutrinadores abalizados e reflexões crítica. Estudando o Livro I, Título II do Código Civil brasileiro, referente às Pessoas Jurídicas, podemos verificar que estas se dividem no ramo do Direito Público, que por sua vez se bifurca em interno, circunscrevendo os entes citados no art. 41 do CC, e externo, concernente a todas as pessoas regidas pelo direito internacional público, como esclarece o art. 42 do mesmo código; e a ainda se apresentam no Direito Privado na forma de empresas, sociedades, associações e fundações, de acordo com o art. 44. Neste trabalho, vamos enfocar o incisos I do artigo 44 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002, quanto às associações, faremos um estudo baseado em leitura e discussão dos arts. 53 à 61, sempre trazendo à tona comentários de doutrinadores abalizados e reflexões críticas. 1.2 DESENVOLVIMENTO 1.3 Pessoas Jurídicas de Direito Privado Antes de adentrarmos no estudo específico das associações, é necessário pontuarmos algumas considerações sobre as pessoas jurídicas de direito privado. Segundo Sílvio de Salvo Venosa (2003), as pessoas dessa categoria surgiram quando o homem “percebeu a necessidade de conjugar esforços, de unir-se a outros homens, para realizar determinados empreendimentos, conseguindo, por meio dessa união, uma polarização de atividades em torno de um grupo reunido” (p. 249). Esse conceito, disponibilizado por Venosa, abarca em si uma densidade considerável da essência das pessoas jurídicas. Basta apenas acrescentar que apesar de nominais, ou irreais, como resolveram classificar alguns autores, elas possuem direitos e obrigações abarcados de forma geral no código civil, dentre os https://jus.com.br/tudo/sociedades 5 arts. 40 à 52; a partir dos arts. 53 ao 61, o código trata especificamente das associações, às quais vamos ver com mais detalhes ao logo do trabalho. Por enquanto, detendo-nos às características gerais das pessoas jurídicas, além da divisão entre as de direito público e privado já citada na introdução, podemos falar que a pessoa jurídica é detentora de alguns direitos da personalidade que lhe couberem como, por exemplo, ao nome, a honra, entre outras. No entanto, a ação da pessoa jurídica é determinada por seus gestores internos, portanto é preciso ter um controle cauteloso, pois todos os atos irregulares praticados pela administração recaem sobre o nome da pessoa jurídica. Como esta entidade basicamente existe na letra dos ordenamentos, sua atividade se baseia em estatutos e se finda por ação dos mesmos. É bastante complexo e interessante o estudo sobre a natureza da pessoa jurídica e pretendemos abordá-lo de forma precisa nos assuntos que abordaremos a seguir. Lei 10.406 de 2002 Art. 44 - São pessoas jurídicas de direito privado: (Art. 16 CC Lei 3.071/16) I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; (Acrescentado pelo art. 02, da Lei 10.825/03) V - os partidos políticos. (Acrescentado pelo art. 02, da Lei 10.825/03) § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar- lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Nova redação dada pelo art. 02, da Lei 10.825/03) § 2º. As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Acrescentado pelo art. 02, da Lei 10.825/03) § 3º. Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. (Acrescentado pelo art. 02, da Lei 10.825/03) Em relação pessoas jurídicas de direito privado observa-se que: https://jus.com.br/tudo/direitos-da-personalidade 6 a) ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS - São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento; b) PARTIDOS POLÍTICOS- Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. Assim, estas pessoas jurídicas serão reguladas por legislação própria; c) APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEGISLAÇÃO - As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial do Novo Código Civil. 2. EXISTÊNCIA LEGAL Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro (prazo decadencial). 3. REGISTRO DA ENTIDADE O registro declarará: I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 4. CONCEITO DE ASSOCIAÇÃO Com já antecipado associação é um agrupamento organizado de pessoas, físicas ou jurídica com objetivos não empresários. Não pode, portanto, a associação visar à produção ou à circulação de bens ou de serviços para posterior distribuição 7 dos lucros aos seus sócios, característica essencial às sociedade e estranha ao conceito de associação, também podemos enfatizar como conceito que a associação é uma pessoa jurídica de direito privado tendo por objetivo a realização de atividades culturais, sociais, religiosas, recreativas etc., sem fins lucrativos, ou seja, não visam lucros e dotadas de personalidade distinta de seus componentes. É importante lembrar que são poucas as diferenças estruturais entre as sociedades e as associações, visto que as duas são pessoas jurídicas colegiadas, ou seja, são agrupamentos de pessoas com personalidade conferida por lei. No entanto, as primeiras possuem a finalidade econômica explicitada no art.966. As finalidades das associações são “culturais, sociais, pias, religiosas, recreativas etc.” (DINIZ, 2012). Exemplos são “os clubes recreativos, os sindicatos, os partidos políticos, as entidades religiosas, caritativas, etc.” (FIUZA, 1999). Enfim, a própria Constituição brasileira permite as associações para qualquer sejam os fins contanto que sejam lícitos, não permitindo as de caráter paramilitar (art. 5º, XVII, da CF/88). Com a aquisição da personalidade jurídica a associação passará a ser sujeito de direitos e obrigações. Em decorrência, cada um dos associados constituirá uma individualidade, e a associação uma outra, tendo cada um seus bens, direitos e obrigações, sendo que há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocas. O parágrafo único do artigo comentado é baseado na não existência de atividade econômica que pressupõe a falta de vínculos entre os associados, sujeitos apenas aos direitos e obrigações em face da entidade a qual se afiliam. Ou seja, as associações são pessoas jurídicas de direito privado através da qual pessoas se congregam objetivando realizar determinada atividade fim sem intuito de obter lucro. Porém, mesmo sem ter lucros, as associações possuem patrimônio, que deve ser utilizado para atingir seus fins. Existem requisitos específicos que devem ser atendidos pelas associações para que possam usufruir de isenções fiscais. Tais requisitos se encontram disposto no art. 14 do Código Tributário Nacional. https://jus.com.br/tudo/sindicatos http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10590109/artigo-14-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66 8 5. CONTEÚDO DO ESTATUTO O estatuto associativo constituirá e regerá a associação e nele deverá conter determinados dispositivos (art. 54 do CC): Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção, ou seja, a maneira que os recursos serão captados para que a associação se mantenha, que será, principalmente, pelas contribuições de seus associados; V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos (assembleia geral e conselho deliberativo) e, por não ter fins lucrativos é obrigatório estabelecer também no estatuto que a associação não remunera seus administradores/diretores; VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução; VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. Importante ressaltar que os administradores devem agir dentro dos limites concedidos para sua função, podendo responder pessoalmente pelos atos que ultrapassarem suas atribuições. O estatuto deve ser inscrito no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme orientação da Lei nº 6.015/1973, que regulamenta os Registros Públicos. A constituição pela inscrição do estatuto é anulável no prazo de 3 anos a contar do registro por defeito do respectivo ato, conforme estipulação para a constituição de qualquer pessoa jurídica (art. 45, parágrafo único do CC). Mesmo sendo uma entidade privada, nada impede que a associação estabeleça parcerias com outras entidades privadas e também entidades públicas. Inclusive, o Estado pode fomentar organizações sociais (OS), que são associações cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde (art. 1º da Lei nº 9.637/1998). Entretanto, as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs), possuem uma configuração jurídica diferenciada (Lei nº 9.790/1999). http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726831/artigo-54-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1034888/lei-de-registros-publicos-lei-6015-73 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727523/artigo-45-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727477/par%C3%A1grafo-1-artigo-45-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11536885/artigo-1-da-lei-n-9637-de-15-de-maio-de-1998 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/107122/lei-9637-98 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109501/lei-9790-99 9 Os associados não participam do patrimônio da associação e todas as aquisições feitas por ela serão registradas em seu próprio nome. Ressalte-se que a personalidade jurídica da associação também pode ser desconsiderada nos termos da lei, se responsabilizando seus dirigentes à época do ato ilícito. 6. DIREITOS DOS ASSOCIADOS Os associados são aqueles que, por livre e espontânea vontade, compõem o quadro da associação. Devem ter direitos iguais, porém, o estatuto poderá estabelecer regras que instituam categorias de associados com vantagens especiais (art. 55 do CC). Assim como não há direitos e obrigaçõesentre associados (direitos e obrigações recíprocas) (parágrafo único do art. 53 do CC). A qualidade de associado é intransmissível, ou seja, não poderá passar para outra pessoa. A não ser que o estatuto preveja de forma diferente (art. 56 do CC). No caso de morte do associado titular ou aquisição por terceiro de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência da quota ou fração ideal que possuía não quer dizer que o herdeiro ou adquirente automaticamente receberá a qualidade de associado, salvo se o estatuto prever de forma diversa (parágrafo único do art. 56 do CC). O associado somente poderá ser excluído da associação se houver justa causa para a exclusão. Devendo haver estabelecido no estatuto o procedimento de exclusão com direito à defesa do associado e recurso contra a decisão tomada (art. 57 do CC). Todavia, é importante estabelecer parâmetros que permitam a saída de forma voluntária do associado, sem justa causa. A não ser pelos casos previstos em lei ou no estatuto, nenhum associado poderá ser impedido de exercer seus direitos ou sua função que tenha lhe sido conferida de forma legítima (art. 58 do CC). Os próprios associados ou terceiros poderão ser contratados para trabalhar na associação ou para prestar trabalho voluntário, nos termos da Lei do Voluntariado (Lei nº 9.608/1998). http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726557/artigo-55-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726866/par%C3%A1grafo-1-artigo-53-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726904/artigo-53-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726509/artigo-56-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726474/par%C3%A1grafo-1-artigo-56-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726474/par%C3%A1grafo-1-artigo-56-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726509/artigo-56-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726375/artigo-57-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726348/artigo-58-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109379/lei-9608-98 10 Ademais, os associados não respondem solidaria ou subsidiariamente pelas obrigações assumidas pela associação. 7. INTRANSMISSIBILIDADE DA QUALIDADE DE ASSOCIADO A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, "de per si", na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 8. EXCLUSÃO DE ASSOCIADO A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 9. EXERCICIO DO DIREITO DE ASSOCIADO Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. 10. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA ASSEMBLÉIA GERAL Compete privativamente à assembleia geral: I - destituir os administradores; II - alterar o estatuto. A assembleia geral é órgão deliberativo obrigatório de uma associação e deverá ser convocada periodicamente para a resolução de questões administrativas e institucionais. Além disso, a assembleia geral também pode ser convocada para destituir administradores e alterar o estatuto (art. 59, I e II do CC). Para destituir administradores e alterar o estatuto, é necessária convocação da assembleia especialmente para este fim, sendo o quórum estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores (parágrafo único do art. 59 do CC). http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726207/artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726156/inciso-i-do-artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726119/inciso-ii-do-artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726072/par%C3%A1grafo-1-artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726207/artigo-59-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 11 A assembleia geral deve ao menos ser realizada anualmente, especialmente no que diz respeito à necessidade da aprovação de suas contas. 11. CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL A convocação dos órgãos deliberativos (assembleia geral e conselho deliberativo – sendo esse último facultativo) será feita na forma prevista no estatuto, garantindo a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de a promover (art. 60 do CC). 12. DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56 do Novo Código Civil (Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto), será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes (art. 61 do CC). Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, poderão estes, antes da destinação do remanescente, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação (art. 61, § 1º do CC). Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União (art. 61, § 1º do CC). 13. REGULAMENTAÇÃO CONTÁBIL A matéria relativa às Entidade sem Finalidades de Lucros está regulamentada, do ponto de vista contábil, pela Resolução do Conselho Federal de Contabilidade 926/2001, com a alteração dada pela Resolução do Conselho Federal de Contabilidade 966/2003. 14. LEI 10.406/2002 (Código Civil Brasileiro) http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726028/artigo-60-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725988/artigo-61-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725956/par%C3%A1grafo-1-artigo-61-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725988/artigo-61-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725956/par%C3%A1grafo-1-artigo-61-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 12 Art. 53 - Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizempara fins não econômicos. Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. Art. 54 - Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Acrescentado o item pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) Vimos no art. 45 que a existência da pessoa jurídica de direito privado se dá pela inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. Quando o art. 54 coloca a situação “sob pena de nulidade”, significa que a associação pode ter seu registro e, consequentemente, sua existência impossibilitada nos casos de irregularidades no seu estatuto, que deve conter todas as especificações do artigo. Segundo Venosa, os estatutos são uma espécie de lei orgânica dessas entidades, uma norma obrigatória para os fundadores da associação e futuros participantes; é necessária para que os novos membros venham a participar da associação a partir da adesão desses regulamentos. Art. 55 - Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. Este artigo deve ser analisado em dois momentos, antes e depois da vírgula. No primeiro, ressaltamos o princípio da isonomia associativa, como bem intitula Maria Helena Diniz, no qual se pressupõe que todos os membros possuem direitos iguais, insuscetíveis a violação, com peso no próprio pacto social. Em um segundo momento, no caso concreto, temos a concessão de que a própria entidade pode formar categorias de membros dentro de seu estatuto, o que 13 pressupõe estratificação e, portanto, desigualdade. Segundo Venosa, nesse ponto se encontra uma dificuldade em saber se a atribuição de vantagens especiais a sócios contraria a primeira parte do dispositivo que prevê igualdade de direitos. Art. 56 - A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. O artigo pontua a impossibilidade de sucessão inter vivos ou causa mortis (casos de morte, exclusão ou retirada voluntária do membro) do cargo de associado, sendo de responsabilidade da entidade a regulamentação desse tipo de situação. Segundo a norma geral, expressa no código em questão, a transferência para o herdeiro da quota ou fração do associado será feita sem que isso influencie na transmissão da qualidade que o sucessor detinha. Diniz ainda acrescenta que essa atitude procura evitar o ingresso de pessoas alheias ao interesse da associação. Art. 57 - A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) O artigo trata do princípio individual garantido constitucionalmente pelo art. 5º, LV da CF/88, o direito assegurado da ampla defesa. No caso em questão o associado responde por desobediência ao estatuto que ele próprio aceitou. Em pesquisa sobre o artigo, descobrimos que se trata de um texto bastante recente, editado pela Lei 11.127, de 2005. No texto anterior a revogação, a lei complementava que quando não havia justa causa prevista pelo estatuto, motivos grandes movidos pela maioria absoluta na assembleia geral poderiam abrir o processo de exclusão de um associado, ou seja, neste caso a assembleia funcionava como instância única. Venosa, em sua obra Direito Civil: Parte Geral, datado de 2003, já criticava o posicionamento do legislador externando que “esse dispositivo disse menos que devia: qualquer que seja a dimensão da sociedade ou gravidade da conduta do associado, deve ser-lhe concedido amplo direito de defesa”. Ele faz essa afirmação https://jus.com.br/tudo/direito-civil 14 sob o argumento de que este tipo de processo para a exclusão do associado era sumário e defeituoso, e que certamente não resistiria ao exame do Judiciário, visto que é conveniente que o estatuto preveja o procedimento para a aplicação de penalidades, estabelecendo limites ao exercício dos direitos social, evitando assim a arbitrariedade (p.288-289). Parágrafo único. Revogado pelo Art. 1º, Lei 11.127/05. Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. Como já afirmamos em discussão sobre o art. 55, os direitos dos membros associados, além de dotados de certa isonomia, são insuscetíveis de violação. É exatamente o que retifica este artigo autoexplicativo, ele trata da garantia de direitos oriundos do pacto social fundamentado no estatuto. “Mostra-se, pois, intuitiva a disposição do presente artigo, que assegura ao associado o gozo ou fruição de direitos que o estatuto ou lei lhe atribuam, assim como lhe facultam o exercício de funções que o mesmo estatuto ou a lei lhe conferem”. (LOURES, J.C; LOURES T.M; 2003, p.34). Art. 59 - Compete privativamente à assembleia geral: (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) I - destituir os administradores; (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) II - alterar o estatuto. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) Venosa, caracteriza a competência exercida pela assembleia como similar ao papel do poder legislativo, cabe notar que um órgão extremamente necessário na instituição. Este texto também foi reeditado pela Lei n.11.127 de 2005, já citada anteriormente no art. 57. No texto revogado a assembleia tinha duas competências a mais que eram: eleger administradores, antigamente localizado no inciso primeiro, e aprovar as contas, que era o inciso terceiro. 15 O parágrafo único do texto derrogado exigia dois terços da assembleia especialmente convocada para as deliberações dos incisos II e IV (que correspondem ao I e II da edição em vigor). José Costa Loures e Taís Maria Loures são da posição de que teria sido melhor se o legislador tivesse mantido quórum igual para as deliberações dos quatro incisos da norma revogada, por considerarem os quatro de igual importância. Já Venosa, crê que o legislador agiu assim para evitar os abusos que acontecem com frequência, mas o autor não concorda que tenha sido a melhor opção, pois, mais uma vez prevendo a correção do texto, dizia o dispositivo impedia a autonomia que a associação devia ter para deliberar essas normas. O parágrafo único estabelecido pela Lei n.11.127 de 2005 veio a atender não intencionalmente as expectativas de Venosa, pois concedeu ao estatuto a decisão de qual quórum adotar para os incisos I e II da nova redação. Art. 60 - A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) Nesse artigo a Lei 11.127/05 também promoveu mudanças.A versão anterior do dispositivo continha no lugar de “órgãos deliberativos” a expressão “assembleia geral”. Teoricamente, a assembleia geral é um tipo de órgão deliberativo, que se caracteriza por um grupo de pessoas fazendo deliberações ou discutindo algum assunto visando a um consenso. Então, o que se fez com o dispositivo foi aumentar o seu território de influência, fazendo com que mais situações pudessem ser regidas sob a sua letra. Art. 61 - Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. § 1º. Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. § 2º. Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o 16 que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. Trata do destino do patrimônio acumulado em torno da associação, nos casos de dissolução da mesma. Depois de deduzidas as quotas ou frações ideais dos associados, o restante do patrimônio líquido será destinado a entidades também de fins não econômicos, sendo que esta estará designada pelo estatuto, nos casos em que isso não ocorrer, será escolhida uma entidade pública com fins semelhantes aos da associação através de deliberação dos membros. Os autores José Costa Loures e Taís Maria Loures afirmam que o parágrafo primeiro é fonte de grande confusão. Sendo, transcrevendo suas palavras: “porta escancarada para intermináveis dificuldades e fonte de litígios” (p. 36). Tudo decorre da gama de significados que a expressão genérica “contribuições” pode desencadear, desde doações até o custeio normal das atividades da associação. Os autores ainda concluem que se torna “impraticável” a ação exigida no parágrafo primeiro. O parágrafo segundo ainda complementa ao prever a eventualidade dos casos em que houver impossibilidade de exercer o estabelecido no caput do artigo 61, ou seja, se não houver instituições com as características especificadas para fazer a transferência, far-se-á a devolução do patrimônio restante ao Estado, ao Distrito Federal ou à União. Art. 2.031 - As associações, sociedades e fundações, constituídas na forma das leis anteriores, bem como os empresários, deverão se adaptar às disposições deste Código até 11 de janeiro de 2007. (Nova redação dada pelo Art. 1º, Lei 11.127/05) 15. PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO DE DOCUMENTOS O Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Teresina na Av. Elias João Tajra, 1816 - Jóquei, Teresina - PI, 64049-300, relaciona a documentação a ser anexada quando do registro das Associações e os demais atos. 16. INSCRIÇÃO De conformidade com a legislação que regula a matéria, mencionada nos itens abaixo relacionados, o registro das Associações exige a apresentação dos seguintes documentos: 17 1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Teresina assinado pelo representante legal da entidade, com indicação da residência do requerente, constando o nome completo e endereço da Associação, solicitando a inscrição (Art. 121 da Lei nº 6015/73); 2 - Estatuto Social, em duas vias, devidamente assinado pelo presidente da sociedade, numerando-se as folhas e contendo visto de advogado com respectivo número de inscrição na OAB (Lei nº 8906/94, Art. 1º parágrafo 2º). Deverão constar os seguintes elementos básicos (Art. 46 e 54 do Código Civil, Art. 120 da Lei nº 6015/73 e Provimento 01/98 da CGJ-RS): - denominação; fins; sede da associação; o tempo de duração; fundo social (quando houver); o modo como se administra e representa a Associação ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; se o estatuto é reformável, no tocante à administração, e de que modo; se os associados respondem ou não subsidiariamente pelas obrigações sociais; as condições de extinção da Associação; o destino de seu patrimônio no caso de extinção; os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados; os direitos e deveres dos associados; as fontes de recursos para manutenção da Associação; o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos; condições para a alteração das disposições estatutárias; a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 3 - Ata de Fundação, na qual conste a aprovação do estatuto e a eleição da Diretoria, em duas vias, datilografada ou digitada e assinada pelo presidente e pelo secretário, contendo visto de advogado com respectivo número de inscrição na OAB (Lei nº 8906/94, Art. 1º parágrafo 2º); 4 - Relação dos componentes da Diretoria Atual (Diretoria e Conselhos), em duas vias, assinada pelo presidente, com indicação de nacionalidade, estado civil, profissão e nº do RG e CPF de cada um dos membros; 5 - Relação dos associados fundadores, em duas vias, assinada pelo presidente, com indicação de nacionalidade, estado civil, profissão e nº do RG e CPF de cada um dos membros. Observações: 18 1- Todas as folhas do processo devem ser rubricadas pelo representante legal da Associação. 2- Sugerimos a verificação da regularidade fiscal (perante a Receita Federal) das pessoas físicas componentes da pessoa jurídica ANTES do pedido de inscrição neste Serviço. 3- Em cumprimento ao disposto nos artigos 196 e 197 do Provimento 01/98 CGJ-PI, 01(uma) via dos documentos ficará arquivada no Serviço de Registro. Caso necessite, deverá o apresentante fornecer mais vias para autenticação. 4- Observar os dispositivos relativos às Associações nos artigos 44 à 46 e 53 à 61 do Código Civil. 5- Para os membros solteiros, indicar a maioridade, consoante art. 201, parágrafo primeiro do Provimento 01/98 CGJ-PI. 6- Apresentar prova de permanência legal no país para os estrangeiros que participem da Associação, conforme exigência do art. 12 da Constituição Federal e arts. 96 e 99 do Estatuto do Estrangeiro. 7- Quando houver a participação de pessoa jurídica na Associação a ser registrada, deverá ser indicado o CNPJ e os dados de registro no órgão competente: Junta Comercial ou Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 8- Aprovação da autoridade competente, quando o funcionamento da Associação depender desta (parágrafo único do Art. 119 da Lei nº 6015/73). 17. ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA E REGISTRO DE ATAS De conformidade com a legislação que regula a matéria, mencionada nos itens abaixo relacionados, o registro de alterações estatutárias exige a apresentação dos seguintes documentos: 1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Teresina assinado pelo representante legal, com indicação da residência do requerente, constando o nome completo e endereço da associação e declarando a observância dos artigos estatutários que fundamentam as alterações (Art. 121 da Lei nº 6015/73); 19 2 - Anexar a comprovação da condição de inscrito no CNPJ, expedido pela Secretaria da Receita Federal, obtida através da página da SRF na Internet www.receita.fazenda.gov.br - (Art. 19 da Instrução Normativa nº 200 de 13.09.2002); 3 - Anexar Certificado de Regularidade perante o FGTS, expedido pela Caixa Econômica Federal, obtido através da página da CEF na Internet www.caixa.gov.br - (Art. 44, inciso V do Decreto 99684/90 e Circular CEF 229 de 21.11.2001), nos casos de alteraçãoestatutária; 4 - Documentos originais comprobatórios das alterações, datilografados ou digitados (Ata e/ou Alteração Estatutária), em duas vias, devidamente rubricados e assinados, e contendo: a) indicação do nome, nacionalidade, profissão, estado civil e nº do RG e CPF de todos os membros eleitos para cargos de administração (por exemplo: membros da Diretoria, do Conselho Fiscal, suplentes e outros); b) nas atas de eleições, assinatura e rubricas do presidente e do secretário; c) no caso de alteração estatutária, além do estatuto social, já adaptado ao Código Civil (artigos 53 a 61 do Código Civil), juntar a ata que aprovou as alterações, assinada pelo presidente e secretário; d) visto de advogado, com número de inscrição na OAB, para todas as hipóteses de alteração estatutária, na ata e no estatuto (Provimento 01/98 da Corregedoria-Geral da Justiça e Lei 8906/94, em seu Art. 1º parágrafo segundo). Observações: 1-Todos os documentos devem ser rubricados e assinados pelo representante legal da entidade; 2- De conformidade com o art. 2.033 do Código Civil, as modificações das associações regem-se, desde logo, por esta Lei; 3- Para os membros solteiros, indicar a maioridade (art. 201, parágrafo primeiro do Provimento 01/98 – CGJ); 4- Cópia autenticada da prova de permanência legal no país para os estrangeiros que participem da associação (art. 12 da Constituição Federal e artigos 96 e 99 do Estatuto do Estrangeiro); 20 5- Quando houver a participação de pessoa jurídica na associação a ser registrada, deverá ser indicado o CNPJ e os dados de registro no órgão competente: Junta Comercial ou Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 18. INSCRIÇÃO DE FILIAL 1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Teresina assinado pelo representante legal da associação, residente em Teresina, com a indicação de seu endereço, solicitando a inscrição da filial, conforme art.121 da Lei 6.015/75; 2 - Certidão ATUALIZADA de inteiro teor, do último estatuto consolidade em vigor, expedida pelo Serviço do Registro de Pessoas Jurídicas da sede; 3 - Vias originais da ata da assembleia geral, referente à criação da filial e eleição da diretoria da filial, fornecidas pelo Registro de Pessoas Jurídicas da sede da associação, conforme art. 2° do Decreto-Lei 2.148/40 e art. 1.000 e seu parágrafo único do Código Civil; 4 - Anexar a comprovação da condição de inscrito no CNPJ, expedido pela Secretária da Receita Federal, obtida através da página da SRF na Internet www.receita.fazenda.gov.br - (conforme Art. 19 da Instrução Normativa nº 200 de 13.09.2002). 19. TRANSFERÊNCIA DE SEDE DE ASSOCIAÇÃO DE TERESINA PARA OUTRA CIDADE 1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Teresina assinado pelo representante legal, com indicação da residência do requerente, constando o nome completo e endereço da associação e solicitando o cancelamento da inscrição em virtude da transferência da sede da associação para a cidade de (nome da cidade). 2 - Declarar no requerimento que para a realização da Assembleia, foram cumpridos todos os requisitos estatutários vigentes; 21 3 - Ata datilografada ou digitada, em duas vias, devidamente assinada pelo presidente e secretário e contendo o visto de um advogado com seu número de inscrição na OAB (Lei 8906/94, Art. 1º, parágrafo 2º); 4 – Anexar a comprovação da condição de inscrito no CNPJ, expedido pela Secretaria da Receita Federal, obtida através da página da SRF na Internet www.receita.fazenda.gov.br - (Art. 19 da Instrução Normativa nº 200 de 13.09.2002). 20. CANCELAMENTO (BAIXA) DE ASSOCIAÇÃO De conformidade com a legislação que regula a matéria, mencionada nos itens abaixo relacionados, o cancelamento de registro de associações exige a apresentação dos seguintes documentos: 1 - Requerimento dirigido ao Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Porto Alegre assinado pelo representante legal, com indicação da residência do requerente, constando o nome completo e endereço da associação e solicitando o cancelamento da inscrição (Art. 121 da Lei nº 6.015/73); 2 - Ata da Assembleia que dissolveu a associação, devidamente rubricada e assinada pelo presidente e secretário, contendo o visto de um advogado com seu número de inscrição na OAB (Lei nº 8.906/94, art. 1º, parágrafo segundo); 3 – Anexar Certidão Negativa de Tributos Federais, expedida pela Secretaria da Receita Federal, obtida através da página da SRF na Internet www.receita.fazenda.gov.br, conforme art. 1º, inciso V do Decreto-Lei 1.715/79; 4 – Anexar Certidão Negativa de Débito Salarial, expedida pelo Ministério do Trabalho, conforme exigência do Decreto-Lei 368/68 e Portaria 3.025/69 do Ministério do Trabalho e Previdência Social; 5 - Anexar Certificado de Regularidade perante o FGTS, expedido pela Caixa Econômica Federal, obtido através da página da CEF na Internet www.caixa.gov.br - (Art. 44, inciso V do Decreto 99684/90 e Circular CEF 229 de 21.11.2001); 6 – Anexar Certidão Negativa de Débito do INSS, com finalidade específica, obtido através da página do INSS no endereço www.mpas.gov.br, conforme letras "a" e "c" do parágrafo único do art. 16 do Decreto 3.56/91 e letra "d", inciso I do art. 47 da Lei 8.212/91; 22 7 – Anexar Certidão Negativa de Inscrição de Dívida Ativa da União, expedida pela Procuradoria da Fazenda Nacional competente no endereço www.pgfn.fazenda.gov.br, conforme art. 62, do Decreto-Lei nº 147 de 03/02/1967; 8 - Se a associação foi constituída após a entrada em vigor do Novo Código Civil, a partir de 11 de janeiro de 2003, anexar publicação da ata de dissolução no Diário Oficial e em jornal de grande circulação, conforme art. 51 e parágrafos; art. 1.033 c/c 1.036, c/c 1.038, § 2° do Código Civil. 21. MODELO DE REQUERIMENTO PARA INSCRIÇÃO Ao Senhor Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Porto Alegre Prezado Senhor (Nome do Presidente), residente nesta Cidade na Rua..................., nº........, presidente da (o) ................................. (denominação da associação) com sede na Rua.................................nº......., nesta Cidade; vem requerer a VSª a INSCRIÇÃO da referida Associação, conforme o Art. 121 da Lei dos Registros Públicos. Nestes Termos, Pede deferimento. Teresina, ................................ Assinatura PJ-24 23 22. ASSOCIAÇÃO 23. MODELO DE REQUERIMENTO PARA REGISTRO DE ATA E ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA Ao Senhor Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Teresina Prezado Senhor (Nome do Presidente), residente nesta Cidade, na Rua....................................., nº............, presidente da (o) (denominação da Associação), com sede na Rua ..............................., nº..........., em Teresina, vem requerer a VSª o registro ..............(da ATA da Assembleia do dia........ / ou da ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA - conforme o caso) da referida Associação, conforme Art. 121 da Lei dos Registros Públicos. Declaro ainda, que para a realização da Assembleia do dia............., foram cumpridos todos os requisitos estatutários vigentes. Nestes Termos, Pede Deferimento. Teresina, ............................................ Assinatura do Presidente PJ-26 24 24. CONCLUSÃO Portanto, temos a associação como um meio eficaz de exercício da cidadania da sociedade civil, especialmente porque não possui fins lucrativos (seus fundadores não recebem lucros) sendo os benefícios trazidos para seus associados e, consequentemente, para a sociedade em geral.É fundamental que cada associação confeccione um estatuto específico para atender aos seus fins, evitando a padronização estatutária das associações e o engessamento dessas. 25 25. REFERÊNCIAS Venosa, Sílvio de Salvo Direito civil: parte geral / Sílvio de Salvo Venosa. - 13. ed. - São Paulo: Atlas, 2013. - (Coleção direito civil; v. 1) Bibliografia. ISBN 978-85-224-7551-3 elSBN 978-85-224-7659-6 1. Direito civil 2. Direito civil - Brasil 1. Título. li. Série. Site: https://www.lefisc.com.br/materias/2007/122007societarios.htm Site: https://core.ac.uk/download/pdf/19082834.pdf Sobre o devido processo de lei, ver Nagib Slaibi Filho, Direito Constitucional, Rio de Janeiro, Editora Forense, 2004; Sentença cível – fundamentos e técnica, 6ª edição, Rio de Janeiro, Editora Forense, 2004. Revista das EMERJ, v. 7, n. 27, 2004 Site: https://rloreto.jusbrasil.com.br/artigos/547485966/associacoes Rafael Loreto https://www.lefisc.com.br/materias/2007/122007societarios.htm https://core.ac.uk/download/pdf/19082834.pdf https://rloreto.jusbrasil.com.br/artigos/547485966/associacoes
Compartilhar