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TICS semana 12 - 3° P

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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Rodovia BR 343, Km 16 Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
86 33227314 | WWW.iesvap.edu.br 
TICS semana 12 – SOI III 
Aluno(a): Maria Seiane Farias Barros 
Terceiro período de medicina 
Síndrome de Löffler 
1. O que é a Síndrome de Löffler? 
As enteroparasitoses, como as causadas por helmintos intestinais, estão entre 
os mais prevalentes problemas de saúde pública no mundo e, apesar disso, são 
doenças negligenciadas. Elas estão presentes, geralmente, em países 
subdesenvolvidos, áreas com saneamento básico inadequado, populações com baixa 
instrução e em áreas de clima quente e úmido (regiões tropicais no Brasil), que 
apresentam condições propicias para o desenvolvimento dos ovos do parasita. 
Algumas destas infecções parasitárias podem resultar em comprometimento do trato 
respiratório por eosinofilia pulmonar, caracterizando a síndrome de Loeffler. Essa é 
resultado da infiltração alveolar pelas larvas migratórias, levando há uma resposta 
inflamatória mediada por eosinófilos, os quais liberam citocinas que lesam o tecido 
pulmonar. Dessa maneira, irá repercutir com sintomatologia de febre, tosse (escarro 
com cristais de Charcot-Leyden), dispneia, sibilos, broncospasmo, hemoptise, dor 
retroesternal e edema pulmonar. Na avaliação da radiografia do tórax podem ser 
visíveis opacidades redondas ou ovais que variam de tamanho em ambos os pulmões. 
Essas alterações são “migratórias” e podem se tornar convergentes em áreas 
próximas ao hilo pulmonar, como mostra na Figura 1. 
 
Figura 1: Radiografia do tórax na Síndrome de Loeffler. Fonte: LEDER et al. 
 
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Rodovia BR 343, Km 16 Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
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Em relação ao diagnóstico, pode se contar com a radiografia e a detecção das 
formas parasitárias nas secreções respiratórias. O exame de fezes não é útil no 
diagnóstico da síndrome, pois durante a passagem das larvas pelo pulmão o resultado 
é negativo, já que os parasitas ainda não produzem ovos. 
 
2. Quais os possíveis parasitas relacionados? 
A síndrome é causada principalmente pelo parasita Ascaris lumbricoides, 
porém também ocorre pelos helmintos Necator americanus, Strongyloides stercoralis 
e Ancylostoma duodenale. Vale salientar que as larvas migratórias de Strongyloides e 
ancilóstomos têm menor probabilidade de desencadear eosinofilia pulmonar ou 
sintomas. Esses parasitas provocam a síndrome de Löffler por uma característica 
singular do seu ciclo de vida, que se refere ao deslocamento das larvas infectantes 
através dos pulmões pela corrente sanguínea. Essas irão penetrar nos alvéolos, 
amadurecer e ascender pelas vias aéreas, para após isso serem deglutidas e descer 
pelo trato gastrointestinal até o intestino delgado. Além disso, durante o ciclo de vida 
do A. lumbricoides, forma de infecção mais prevalente da síndrome, o parasita passa 
por outros órgãos durante seu percurso, que é caracterizado pela saída do intestino 
pelo sistema porta, depois chegada ao fígado – pode provocar pequenos focos 
hemorrágicos e necróticos –, veia cava inferior, coração, pulmões, traqueia e faringe, 
como está demonstrado na figura 2. 
 
Figura 2: Ciclo de A. lumbricoides. Fonte: NEVES. 
 
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REFERÊNCIAS: 
 
KLION, Amy D. et al. Overview of pulmonary eosinophilia. UpToDate, 2020. 
 
LEDER, Karin et al. Ascariasis. UpToDate, 2020. 
 
LUZ, Sávio Nixon et al. Síndrome de Loeffler sob prisma da parasitologia, imunologia 
e bioquímica. Anais II CONBRACIS. Campina Grande: Realize Editora, 2017. 
 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13ª ed. São Paulo: Editora 
Atheneu, 2016. 
 
SIQUEIRA-BATISTA, Rodrigo et al. Parasitologia: fundamentos e prática clínica. 
1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.

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