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TCC - Bianca Sodré Carbone (versão final)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO UNISAL – 
CAMPUS LICEU 
 
 
Bianca Sodré Carbone 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexos legais na doença ocupacional e acidente do trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2020 
 
 
Bianca Sodré Carbone 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexos legais na doença ocupacional e acidente do trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência 
parcial para a obtenção do grau de Bacharel no curso de 
Direito no Centro Universitário Salesiano de São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2020 
 
 
 
Bianca Sodré Carbone 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexos legais na doença ocupacional e acidente do trabalho 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência 
parcial para a obtenção do grau de Bacharel no curso de 
Direito no Centro Universitário Salesiano de São Paulo. 
Orientador: Paula Bozzi dfd 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em........................................, pela comissão 
julgadora: 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. 
(Centro Universitário Salesiano de São Paulo) 
 
 
 
 
 
Prof. 
(Centro Universitário Salesiano de São Paulo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho é dedicado a todos que 
colaboraram para que eu chegasse até aqui, 
principalmente a Deus e a minha familia que 
me mantiveram firme durante toda essa 
jornada. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
À minha família, principalmente minha mãe Sandra, meu pai Fábio e meu 
irmão Jean, por todo o incentivo e ensinamentos que a faculdade não pode 
proporcionar. 
Aos meus amigos que são a alegria e o combustível da minha vida, Allan, 
Betina, Gabriela, Lucas, Luis, Paulo, Sálua e Vinicius muito obrigada a todos. 
A minha orientadora Paula, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, 
pelas suas correções e incentivos. 
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que 
oportunizaram a janela que hoje vislumbro. 
E por último e mais importante, à Deus, minha fortaleza, que me 
proporcionou uma vida cheia de alegrias ao lado de pessoas que eu amo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, 
e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada 
sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a 
impotência do direito” 
 (Rudolf von Ihering) 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho de Conclusão de Curso tem a intenção de apresentar o 
acidente de trabalho e a doença ocupacional de forma prática e explicativa, além 
dos direitos dos trabalhadores diante dos fatos desencadeadores dos temas 
apresentados, tomando-se por base principalmente pesquisas bibliográficas, com 
o objetivo de informar o leitor quanto as normas regulamentadoras do ramo do 
Direito do Trabalho, sendo que a partir dos resultados destes, verifica-se a 
necessidade de auxilio dos empregados para entendimento de seus direitos e 
deveres, principalmente no âmbito indenizatório. 
 
Palavras-chave: Acidente. Doença. empregado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This Course Completion work intends to present the work accident and occupational 
disease in a practical and explanatory way, in addition to the workers' rights in the face of 
the triggering facts of the presented themes, based mainly on bibliographic research, with 
the objective of to inform the reader about the regulatory rules in the field of Labor Law, 
and from the results of these, there is a need for assistance from employees to understand 
their rights and duties, especially in the scope of compensation. 
 
Key words: Accident. Disease. Employee. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 8 
2 - CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇA OCUPACIONAL ...................... 9 
2.2 - DIREITOS DOS TRABALHADORES PERANTE O ACIDENTE DE TRABALHO ... 10 
2.3 - DIREITOS DOS TRABALHADORES COM DOENÇA OCUPACIONAL ................... 12 
3 - NÃO CUMPRIMENTO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS ..................................... 14 
3.1 - PERÍCIA TRABALHISTA/JUDICIAL ................................................................................ 16 
4 - DANO MORAL DIANTE DO ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇAS 
OCUPACIONAIS ................................................................................................................................ 18 
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 21 
6 - REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 23 
 
 
 
 
 
8 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A presente pesquisa de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) tem por 
objetivo retratar os reflexos legais na doença ocupacional e acidente do trabalho 
atualmente, também apresentar os direitos dos trabalhadores, que acabaram 
desencadeando tais acontecimentos no decorrer de seu ofício. 
 O acidente de trabalho ou doença ocupacional geralmente provoca 
incapacidade parcial ou total no empregado. Tal fato pode ocorrer por um período 
determinado ou indeterminado, dependendo do princípio desencadeador. Diante 
disso, é possível verificar diversos cenários que propiciam a geração ou não de um 
pedido de indenização. 
 Na sequência será apresentada a correlação entre dano moral, acidente 
de trabalho e doença ocupacional, vislumbrando para a sociedade brasileira uma 
melhoria na saúde do empregado, pois conforme Fraga discorre: 
 
Os acidentes de trabalho desorganizam a sociedade. 
Prejudicam a economia e o funcionamento das empresas. 
Trazem transtornos para a vida dos trabalhadores e, 
dependendo da gravidade, também, para a vida de seus 
familiares (FRAGA, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2. CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇA OCUPACIONAL 
 
A Lei n. 8.213/91 em seu artigo 19° conceitua acidente de trabalho como: 
 
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de 
empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos 
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
 
Sendo assim, refere-se a um evento único que ocasionada alguma 
deficiência ao trabalhador dentro do espaço de trabalho com nexo de causalidade e a 
lesividade. 
Já a doença ocupacional é conceituada pela mesma Lei (8.213/91) no 
artigo 20°, inciso I como: 
 
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, 
as seguintes entidades mórbidas: 
I - Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da 
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência 
Social; 
 
Desse modo a doença ocupacional, diferentemente do acidente de trabalho 
que é gerado por uma situação única, decorre de pequenos traumas cotidianos que 
atingem o trabalhador por efeito cumulativo, os quais prescindem de comprovação do 
nexo de causalidade com o trabalho. 
Diante de suas classificações e apresentações é possível verificar seus 
direitos. É válido ressaltar que a empregadora é a responsável pela integridade de 
seu empregado, qualquer queseja a sua função ou atividade laboral exercida por ele, 
bem como deve ser seguido e cumprido as normas de saúde e segurança do trabalho. 
 
 
10 
 
2.2 DIREITOS DOS TRABALHADORES PERANTE O ACIDENTE DE 
TRABALHO 
 
No que diz respeito ao trabalhador que sofreu o acidente de trabalho, seu 
primeiro direito a ser cumprido, logo após o ocorrido, é a Comunicação de Acidente 
do Trabalho (CAT), a qual deve ser encaminhada à Previdência Social no próximo dia 
útil. Caso o acidente ocasione afastamento inferior à 15 dias, a empresa se 
responsabiliza pelos gastos provocados pelo acidente, contudo, caso o afastamento 
seja superior à 15 dias, o empregado terá direito ao auxílio-doença acidentário, que 
deve ser pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (vale ressaltar, que durante o 
período de afastamento, a empresa é obrigada a recolher o FGTS como se o 
empregado estivesse trabalhando normalmente). 
Nessa situação, o órgão fica responsável pelo pagamento mensal do 
benefício no valor de 91% do salário (não podendo ultrapassar o teto de dez salários 
mínimos) e ainda, nesses casos de afastamento superior à 15 dias, o trabalhador terá 
direito a estabilidade acidentária pelo período de 1 (um) ano. Tal estabilidade é 
prevista no artigo 118° da Lei 8.213/91, bem como na súmula 378 do TST. Em caso 
de dispensa, dentro do período de 12 meses, a empresa é obrigada a indenizar o 
empregado com os salários e reflexos faltantes do período estável. 
Destaca-se a decisão do TST prolatada pelo ministro Ives Gandra Martins 
Filho da 7ª Turma onde relaciona o acidente de trabalho ao dano moral: 
 
DANO MORAL - CONCEITO E AMPLITUDE - ACIDENTE DO TRABALHO E 
DOENÇA PROFISSIONAL - LESÃO COM REPERCUSSÃO NA IMAGEM, 
HONRA, INTIMIDADE E VIDA PRIVADA DO INDIVÍDUO - CF, ART. 5º, X. 
1. O dano moral constitui lesão de caráter não material, ao denominado 
patrimônio moral do indivíduo, integrado por direitos da personalidade. Tanto 
em sede constitucional (CF, art. 5º, "caput" e incisos V, VI, IX, X, XI e XII) 
quanto em sede infraconstitucional (CC, arts. 11-21), os direitos da 
personalidade albergam basicamente os direitos à vida, integridade física, 
liberdade, igualdade, intimidade, vida privada, imagem, honra, segurança e 
propriedade, que, pelo grau de importância de que se revestem, são tidos 
como invioláveis. 
2. Do rol positivado dos direitos da personalidade, alguns têm caráter 
preponderantemente material, ainda que não necessariamente mensurável 
11 
 
economicamente, e outros de caráter preponderantemente não material, 
entre os quais a Constituição enumera taxativamente a intimidade, vida 
privada, imagem e honra (CF, art. 5º, X). Assim, o patrimônio moral, ou seja, 
não material do indivíduo, diz respeito aos bens de natureza espiritual da 
pessoa. Interpretação mais ampla do que seja dano moral, para albergar, por 
um lado, todo e qualquer sofrimento psicológico, careceria de base jurídico-
positiva (CF, art. 5º, X), e, por outro, para incluir bens de natureza material, 
como a vida e a integridade física, careceria de base lógica (conceito de 
patrimônio moral). 
3. Nesse contexto, falar-se em dano moral ocasionado por acidente do 
trabalho ou doença profissional não teria sentido como lesão à vida ou à 
integridade física do indivíduo, uma vez que não integram o patrimônio moral 
e espiritual da pessoa, mas seu patrimônio material. Necessário seria verificar 
a repercussão da lesão na imagem, honra, intimidade e vida privada do 
indivíduo. Com efeito, as sequelas de um acidente ocorrido ou de uma 
doença adquirida no trabalho podem comprometer a imagem da pessoa, 
dificultar-lhe o desenvolvimento em sua vida privada, infligindo lhe um 
sofrimento psicológico ligado a bens constitucionalmente protegidos. Nesse 
caso, e por esse fundamento, a lesão merecerá uma reparação além daquela 
referente ao dano material sofrido. Do contrário, as indenizações se 
confundiriam. 
4. Por outro lado, além do enquadramento no conceito de dano moral, a lesão 
deve ser passível de imputação ao empregador. Trata-se do estabelecimento 
do nexo causal entre lesão e conduta omissiva ou comissiva do empregador, 
sabendo-se que o direito positivo brasileiro alberga tão-somente a teoria da 
responsabilidade subjetiva, derivada de culpa ou dolo do agente da lesão 
(CF, art. 7º, XXVIII). 
5. Finalmente, a indenização deverá atender ao princípio da 
proporcionalidade (CF, art. 5º, V), levando-se em consideração, por um lado, 
a gravidade da lesão, para repará-la convenientemente e desestimular a 
conduta lesiva, e por outro, a capacidade econômica do empregador, para 
não comprometer a própria viabilidade da empresa, como geradora de 
emprego e renda. 
6. "In casu", o Regional salientou, com base na prova produzida nos autos, 
que restou demonstrada a culpabilidade do Reclamado na doença 
profissional adquirida pelo Reclamante (lesão por esforços repetitivos - LER), 
decorrente da prestação de labor em condições inadequadas e habitualmente 
em horário extraordinário. Frisou, ainda, que o Banco Reclamado não 
observa as normas sobre medicina e segurança no trabalho, sendo certo que 
cabia a ele propiciar a seus empregados um ambiente seguro e salubre, 
12 
 
evitando ou minorando o desenvolvimento de doenças profissionais, o que 
não ocorreu no caso. Além disso, conforme registrado no acórdão regional, a 
doença profissional reduziu a capacidade laborativa do Reclamante, que se 
encontra afastado do trabalho, em gozo de benefício previdenciário, desde 
23/09/04, situação que repercute de forma grave em sua vida privada, o que 
justifica a indenização de R$ 100.000,00 imposta pelo Regional, inclusive 
pelo seu caráter pedagógico. (TST, 2018) 
 
Nota-se que é direito do lesado pleitear reparação por danos morais, 
mesmo que também cominado com o pedido de reparação por danos materiais, seja 
pela perda de sua capacidade laborativa, como em qualquer outra hipótese cabível. 
Nos casos de acidentes que geram sequelas, e consequentemente, a 
perda da capacidade laborativa, o empregador é obrigado a integrar o empregado em 
uma atividade laborativa compatível com suas limitações. Caso o trabalhador tenha 
uma perda laboral total, parcial ou psicológica, é possível pleitear indenização por 
danos morais em face da empresa empregadora. 
 
2.3 DIREITOS DOS TRABALHADORES COM DOENÇA OCUPACIONAL 
 
Com exceção da necessidade de criação do CAT, o trabalhador que 
desenvolve uma doença laboral tem todos os direitos que um trabalhador que sofre 
um acidente de trabalho, além da possibilidade de receber uma pensão vitalícia ou 
outro valor em parcela única, conforme determina o artigo 950° do Código Civil (CC). 
Contudo, apesar de todo o exposto, essa realidade está mais próxima de 
uma utopia, ao considerar que mesmo na atualidade, os diversos trabalhadores que 
sofrem acidentes laborais e desenvolvem doenças em virtude disso, acabam por não 
ter o seu direito zelado pelo empregador. Tal situação é mais recorrente em cenários 
em que o dano ao trabalhador é voltado ao seu psicológico, como é possível verificar 
na jurisprudência abaixo: 
 
PROCESSO ANTERIOR À LEI N° 13.167/2017 AGRAVO DE 
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA EM FACE 
DE ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DAS LEIS 18.015/2014 E 
13.105/2015. RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPREGADORA - DANOS 
MORAIS DECORRENTES DE DOENÇAPROFISSIONAL EQUIPARADA A 
13 
 
ACIDENTE DO TRABALHO - NÃO EMISSÃO DA CAT - QUANTUM 
INDENIZATORIO 
 O TRT observou ou o laudo pericial e a documentação médica juntada aos 
autos para concluir que tanto o estresse quanto a ansiedade e a depressão 
reclamante foram desencadeados pela rotina laboral excessiva pelas 
cobranças exageradas e pela ameaça de dispensa a que era submetida a 
trabalhadora. Ante o reconhecimento dos transtornos emocionais e de suas 
repercussões danosas para o patrimônio moral da empregada, condenou aempregadora ao pagamento de RS 50.000,00, acrescentado à importância 
de RS 10.000,00 em razão da não emissão da CAT. Os pressupostos 
subjetivos do dever de indenizar são reconhecidos por meio de um exame 
pormenorizado dos fatos e das provas envolvidas no processo razão pela 
qual não se encontram ao alcance desta instancia extraordinária, a teor da 
Súmula TST n° 126. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3. NÃO CUMPRIMENTO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS 
 
De acordo com exposto no capítulo anterior, verifica-se que os 
trabalhadores são detentores de diversos direitos, contudo, os mesmos muitas vezes 
não são respeitados e acabam sendo burlados. Então, qual deve ser a solução? 
A principal forma de promover o conhecimento dos direitos dos 
trabalhadores é lhes fornecendo meios viáveis para isso. A começar pela 
conscientização do trabalhador acerca de seus direitos, os quais podem e devem ser 
concebidos explicitamente aos mesmos, isso, pois ninguém é compelido a ser o 
detentor do conhecimento jurídico, todavia, são dignos de saber quando estão sendo 
ludibriados. Vale ressaltar que em uma maioria e entre milhares de questionamentos, 
os mais recorrentes são: “Fui mandado embora sem direito nenhum, isso é certo? ”; 
ou até “Eu sofri um acidente e fui mandado embora antes dos 12 meses de 
estabilidade sem nenhum direito, isso está certo? ”. Tais fatos explicitam como o 
conhecimento de um empregador é diferente e superior ao de seu empregado, haja 
vista que o empregado pode buscar maior conhecimento de seus direitos trabalhista 
junto ao Sindicato de sua categoria, no entanto, o primordial seria a existência da 
possibilidade de aquisição do tal conhecimento dentro da empresa na qual atua. 
Quanto às punições pertinentes a cada esfera, a priori, é possível verificar 
a responsabilidade administrativa, que normalmente é representada pela punição de 
aplicação de multas por parte do Ministério do Trabalho (MT), bem como pela 
interdição/embargo de obras e estabelecimentos. 
Já as responsabilidades trabalhistas, são representadas como punições às 
empresas pela estabilidade provisória para acidentado conforme artigo 118 da Lei n° 
8.213/91. O pagamento de adicional de insalubridade e/ou periculosidade, termo de 
ajustamento de conduta (TAC - compromisso firmado perante o Ministério Público do 
Trabalho, no qual o empregador se compromete a cumprir alguma obrigação 
inadimplida ou a deixar de fazer alguma coisa ilícita ou considerada prejudicial à 
coletividade dos trabalhadores), além das ações públicas. 
Na responsabilidade previdenciária é possível verificar as ações 
regressivas acidentárias, conforme artigo 120 da Lei 8.213/91. 
15 
 
No âmbito da responsabilidade Civil, existem diversas punições, como nos 
casos de lesão corporal, os reflexos dos acidentes de trabalho/doenças ocupacionais 
conforme artigo 949 do Código Civil: 
 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 
Institui o Código Civil. 
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o 
ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da 
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver 
sofrido. 
 
Perante o exposto pelo artigo, depreende-se que as despesas 
apresentadas são com tratamento médico, lucros cessantes até alta médica, danos 
estéticos, e por fim, a pensão vitalícia nos casos de óbito do trabalhador em 
decorrência do exercício do trabalho (danos emergentes, danos morais e pensão 
mensal). 
A responsabilidade tributária diante desses casos se apresenta em 
principal pelo aumento da alíquota do SAT/FAT (Seguro de Acidente do Trabalho / 
Fator Acidentário de Prevenção). 
E por fim, no âmbito de responsabilidades criminais, é possível convalidar 
as Infrações penais, sendo o descumprimento das normas de segurança sem que 
haja qualquer resultado lesivo ou risco ao trabalhador, conforme artigo 19, §2º da Lei 
8.213/91; o crime de perigo, com o descumprimento das normas de segurança no 
trabalho que ocasione risco ou perigo de vida ou à saúde do trabalhador, conforme 
artigo 132 do Código Penal; o homicídio, gerado pelo descumprimento das normas de 
segurança no trabalho causando a morte do trabalhador, conforme artigo 121 do 
Código Penal, além da lesão corporal, gerada pelo descumprimento das normas de 
segurança no trabalho, do qual resulta um dano físico ou uma lesão corporal ao 
trabalhador conforme artigo 129, §6º, Código Penal. 
Notabiliza-se que o órgão incumbido da responsabilidade de fiscalização 
do cumprimento das NR’s é a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST). 
 
 
16 
 
3.1 PERÍCIA TRABALHISTA/JUDICIAL 
 
Um ponto de extrema relevância quando se discorre quanto aos acidentes 
de trabalho e doenças ocupacionais é a perícia trabalhista/judicial feita no local do 
acidente. 
A perícia trabalhista/judicial ocorre principalmente quando houve um 
acidente de trabalho e se faz necessário que o local seja vistoriado, para que se 
verifique se o ambiente é realmente adequado ao trabalhador ou se o acidente/doença 
ocorreu por negligência da empregadora. Vale ressaltar que o juiz solicita ao 
advogado do empregado para que informe o local e setores em que seu cliente 
trabalhou, para que não ocorram erros na avaliação do perito. 
Nos casos de ações com pedidos de indenização por acidente de trabalho 
ou doença ocupacional, se o Juiz entender que é necessária perícia no local ou corpo 
do trabalhador mesmo irá solicitar a mesma conforme artigo 464 do Código de 
Processo Civil: 
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. 
 
Diante da apresentação inicial do conceito de perícia, vale ressaltar alguns 
pontos cruciais para realização da mesma, O perito será indicado pelo Juiz e seus 
dados constarão na ata de audiência/despacho, bem como que o próprio perito deverá 
informar (através de publicações do processo) a data, horário e local da perícia, vale 
ressaltar que na perícia médica o comparecimento do autor (empregado) é obrigatório, 
tendo em vista que o objeto de análise é o próprio corpo do empregado, contudo no 
caso da perícia técnica a presença não é obrigatória, contudo, caso a perícia não seja 
acompanhada pelo autor, o mesmo perde a oportunidade de esclarecer como era 
efetuado seu ofício e normalmente a perícia é acompanhada pelos representantes da 
empresa, por fim o perito tem a liberdade de solicitar documentos para ambas as 
partes. 
Feita a perícia, o profissional terá um período determinado pelo Juiz para 
apresentação do laudo contendo fotos, avaliação e anotações pertinentes, bem como 
respostas dos questionamentos das partes (caso existam). 
Contudo, tendo em vista que a perícia é realizada com agendamento 
prévio, acaba gerando a possibilidade de que a empresa modifique o local de trabalho 
17 
 
em tempo viável para a perícia. Vale ressaltar que tal perícia não é feita tão somente 
durante um processo trabalhista, mas também ocorre por solicitação do INSS. 
Existem diversas Jurisprudências onde é possível verificar a ocorrência da 
modificação do local de trabalho antes de feita a perícia, conforme abaixo: 
 
RECURSO ORDINÁRIO EM AÇÃO RESCISÓRIA. ADICIONAL DE 
PERICULOSIDADE. LOCAL DE TRABALHO MODIFICADO. 
IMPOSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. DOCUMENTO 
NOVO. NÃO-CONFIGURAÇÃO. 
Trata-se de Ação Rescisória sob a alegação de que a impossibilidade de 
realização de perícia para a constatação do trabalho em condições de 
periculosidade, em razão da modificação do local de trabalho, permite a 
rescisão do julgado com base em documento novo (laudo pericial produzido 
em outra reclamação trabalhista). Entende-se que, para acolher-se a tese da 
Autora, é necessário primeiramente analisar o laudo pericial enquadrado 
como documento novo. Ocorre que a documentação juntada aos autos como 
meio de prova não serve ao fimcolimado, na medida em que não observa o 
disposto no art. 830 da CLT. Ainda que assim não fosse, a formação inserida 
na petição inicial, no sentido de que à época da elaboração do laudo pericial 
a Autora ainda não exercia nenhuma das funções abrangidas pelo laudo, de 
pronto, afasta a possibilidade de rescisão, portanto insuficiente para 
comprovar a realização de trabalho em condições de perigo no mesmo 
período. IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA NOS AUTOS DA AÇÃO 
RESCISÓRIA. Com relação à ação rescisória que visa rescindir decisão 
proferida em Reclamação Trabalhista julgada parcialmente procedente, 
aplica-se a regra prevista no art. 2°, inciso II, da Instrução Normativa 31 do 
TST, devendo o valor da causa na ação rescisória corresponder ao valor 
arbitrário à condenação. Dessa forma, entende-se incorreto o procedimento 
adotado no acórdão recorrido, que atribuiu à ação rescisória de R$ 11.878,51 
(onze mil, oitocentos e setenta e oito e cinquenta e um centavo), 
correspondente ao valor dado à causa na petição inicial da Reclamação 
Trabalhista. Recurso Ordinário parcialmente provido. 
(TST – ROAR: 15002720075040000 1500-27.2007.5.04.000, 
Relator: José Simpliciano Fontes de F. Fernandes, Data de Julgamento: 
23/09/2008, Subseção II Especializada em Dissídios Individuais,, Data de 
Publicação: DJ 03/10/2008.) 
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4 DANO MORAL DIANTE DO ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇAS 
OCUPACIONAIS 
 
Diversos ramos do Direito brasileiro abordam e asseguram o estrito 
cumprimento do respeito à dignidade da pessoa humana, sua intimidade, inclusive o 
direito à saúde mental. Para o direito do trabalho não poderia ser diferente, uma vez 
que envolve dois polos da relação jurídica, ou seja, empregador e empregado, sendo 
que este dano é caracterizado pela decorrência da relação de emprego “ordem e 
subordinação”, em razão do contrato de trabalho estipulado entre as partes. 
Para que realmente haja o aprofundamento na questão moral, visando o 
estado físico, psicológico e espiritual da pessoa humana, tais como além da dor física, 
olhar para os sentimentos que regem as questões psíquicas do ser humano em 
sociedade (tristeza, angústia, amargura, vergonha, medo, humilhação do indivíduo no 
dia a dia dentro da sociedade, dentre outras formas e sentimentos), há o dever e 
necessidade de analisar a classificação e a mensuração do dano com base no 
caso/fato concreto, ou seja, pela dor moral ou o sofrimento negativo do indivíduo. 
Para muitos autores tal situação se denomina o “terror psicológico”, pois a 
parte mais afetada da vítima é a sua saúde mental, o que na maioria das vezes chega 
a contrair doenças como depressão e estresse, onde se prolongada no tempo (prática 
de condutas ofensivas e humilhantes que se repetem por um determinado tempo e 
não de forma isolada) pode até, infelizmente, chegar a consumação de um possível 
suicídio. 
As mudanças no estado psíquico do agente decorrente do dano moral, não 
constituem propriamente o dano, mas sim os efeitos ou resultados do dano. 
O doutrinador Carlos Roberto Gonçalves, ao conceituar o dano moral 
assevera que: 
 
“Dano moral é o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu 
patrimônio. É lesão de bem que integra os direitos da personalidade, como a 
honra, a dignidade, intimidade, a imagem, o bom nome, etc., como se infere 
dos art. 1º, III, e 5º, V e X, da Constituição Federal, e que acarreta ao lesado 
dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação”. (GONCALVES, 2009, 
p.359). 
 
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Dado aos fatos, vislumbra-se que o dano moral, nada mais é do que a 
ofensa a uma dada categoria de interesses ou direitos, de forma não eventual, nas 
quais as consequências são de valores imensuráveis. 
É possível verificar que no Código Civil brasileiro tem seu art. 932, inciso 
III, a responsabilidade do empregador pela reparação civil de seus empregados, 
quando esta ocorrer no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele. 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçal e prepostos, 
no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; 
Salienta-se que referido código também assegura em seu art. 927 que 
aquele que comete ato ilícito (conforme os arts. 186 e 187 do Código Civil) ficará 
obrigado a repará-lo, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, 
ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem. 
Em relação desse instituto ao direito do trabalho, Clayton Reis no artigo “A 
Reparação do Dano Moral no Direito Trabalhista”, explica que: 
 
“O direito do trabalho é o ramo jurídico em cujo ambiente o estudo do dano 
moral deveria alcançar seu máximo desenvolvimento, em face da dimensão 
que assume na defesa dos valores contidos na pessoa do trabalhador – 
princípio Constitucional da dignidade da pessoa humana (artigo 1º, inciso III 
da CF/88). Nesse caso, se encontram em jogo a sua personalidade, os seus 
bens pessoais, a sua dignidade, privacidade e outros bens de valor que são 
relevantes. Esses valores pessoais se sobrelevam quando aludem ainda à 
dignidade do trabalho, princípio basilar dos direitos sociais prescritos no artigo 
5º, inciso XIII e caput do artigo 6º da Carta Magna”. (REIS, p.03, 2013). 
 
Apesar da reparação por dano moral ser de extrema importância para o 
direito trabalhista, o percentual de empregados que conhecem seus direitos para 
pleiteá-lo é extremamente baixo, isso também ocorre em situação diversa, apesar do 
empregador ter conhecimento do seu direito aos danos morais, o mesmo se sente 
intimidado a pleiteá-lo. 
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O acidente de trabalho ou doença ocupacional, como já apresentado 
anteriormente, nem sempre é expresso de forma clara, além de muitas vezes provocar 
incapacidade parcial ou total no empregado, gerando assim o direito de receber uma 
indenização por isso, tendo em vista que o empregado nunca mais será o mesmo, 
vale ressaltar que tal direito também é válido ao trabalhador que permanece no 
emprego exercendo a mesma função. 
Diante do exposto é possível verificar que a função do dano moral é a 
reparação em caráter compensatório, tendo em vista que o empregado perdeu algo 
durante seus afazeres relacionados ao trabalho e tem o direito a uma indenização 
encima do que perdeu, gerando assim uma redução as consequências geradas a 
vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise 
comparativa entre os direitos dos trabalhadores perante o acidente de trabalho e a 
doença ocupacional, tendo em vista suas diferenças e seus direitos específicos, 
discorrendo principalmente quanto ao fato da diferença de conhecimento entre o 
empregador e empregado, deixando claro por mais uma vez que poderiam ser 
evitadas diversas ações trabalhistas se as empresas, bem como, seus empregados 
conhecessem melhor as leis que regem tanto o contrato de trabalho, quanto seus 
direitos diante do fato gerador de um acidente de trabalho ou doença ocupacional. 
O primeiro passo do presente trabalho foi identificar o conceito de acidente 
de trabalho e doença ocupacional, que por muitas vezes é confundido pelo empregado 
e pelo empregador, também expondo os direitos e deveres de ambas as partes da 
relação de trabalho, possibilitando assim a exposição dos fatos de forma expressiva, 
podendo ser verificado o curso interrompido de um empregado enquanto exerce seu 
labor, pelos acidentes de trabalho e pelas doenças ocupacionais, ressaltando que 
deve haver causalidade para que haja infortúnio do trabalho. Diante disso, a causa do 
acidente ou doença tem que ter ligação com o trabalho, tem que ser sofrido ou 
ocasionado perante o exercício do labor. 
Vale ressaltar que o presente estudo não teve intenção de solucionar 
quaisquercontroversas polêmicas a respeito da relação de trabalho aqui discorrida, 
mas sim, trazer à tona para debate com embasamento na legislação vigente o 
tratamento relevante do tema envolvendo ambas as partes. 
Posteriormente foram apresentadas as punições pelo não cumprimento 
das normas regulamentadoras dentro de uma empresa, expondo assim dentro de um 
âmbito jurídico geral e especifico quais seriam as punições perante cada esfera 
jurídica, valendo ressaltar que, com a entrada das normas regulamentadoras, houve 
uma enorme diminuição dos números de acidentes de trabalho dentro das empresas, 
apesar dos mesmos ainda se apresentarem elevados, devendo ser considerado um 
ponto de atenção dentro das empresas. Por fim discorrendo quanto ao problema da 
perícia trabalhista/judicial, um ponto de alta relevância, diante desse fato que gera 
problemas recorrentes ao empregado, 
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É evidente que este trabalho não esgota o estudo referente ao acidente de 
trabalho e a doença ocupacional, pois as modificações dentro deste âmbito são 
eventualmente aplicadas e implementada por súmulas. 
O que resta claro e evidente são os parâmetros de indenização e o direito 
da pessoa lesada em ter seu sofrimento ao menos amenizado. Deve-se sempre 
lembrar da dignidade da pessoa humana, dos direitos sociais envolvidos, que 
transcendem a pessoa trabalhadora para a vida em sociedade, para que haja uma 
valoração justa e reparadora. 
Perante aos fatos, entende-se que a precaução se torna o melhor remédio 
diante de situações geradoras de acidentes e doenças ocupacionais, bem como, 
devem ser providenciados meios que viabilizem o cumprimento das normas de 
segurança do trabalho e normas regulamentadoras, além do fato de que os institutos 
protetivos passaram por uma série de evoluções, o que desencadeou o engajamento 
destas na esfera jurídica. Entretanto, vale destacar que tendo em vista o 
descumprimento consumado por parte das empresas, a punição não pode ser branda, 
mas sim, obviamente justa. 
O trabalhador em sede da relação laboral, não se separa de sua condição 
humana, razão pela qual, deve ser conferida sua proteção por parte da empresa e do 
sindicato, reconhecendo assim, direitos que contemplem a sua segurança e a sua 
saúde, em principal a psicológica, não se mensurando o trabalhador apenas em 
números. 
Sendo assim é possível concluir que apesar de toda a legislação vigente, 
em meio de súmulas e normas regulamentadoras, o empregado não é totalmente 
protegido e estimado pela empresa na qual atua, gerando assim uma necessidade 
constante de atualizações na legislação para a proteção dos mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
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