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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO UNISAL – CAMPUS LICEU Bianca Sodré Carbone Reflexos legais na doença ocupacional e acidente do trabalho Campinas 2020 Bianca Sodré Carbone Reflexos legais na doença ocupacional e acidente do trabalho Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel no curso de Direito no Centro Universitário Salesiano de São Paulo. Campinas 2020 Bianca Sodré Carbone Reflexos legais na doença ocupacional e acidente do trabalho Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel no curso de Direito no Centro Universitário Salesiano de São Paulo. Orientador: Paula Bozzi dfd Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em........................................, pela comissão julgadora: Prof. (Centro Universitário Salesiano de São Paulo) Prof. (Centro Universitário Salesiano de São Paulo) Este trabalho é dedicado a todos que colaboraram para que eu chegasse até aqui, principalmente a Deus e a minha familia que me mantiveram firme durante toda essa jornada. AGRADECIMENTOS À minha família, principalmente minha mãe Sandra, meu pai Fábio e meu irmão Jean, por todo o incentivo e ensinamentos que a faculdade não pode proporcionar. Aos meus amigos que são a alegria e o combustível da minha vida, Allan, Betina, Gabriela, Lucas, Luis, Paulo, Sálua e Vinicius muito obrigada a todos. A minha orientadora Paula, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro. E por último e mais importante, à Deus, minha fortaleza, que me proporcionou uma vida cheia de alegrias ao lado de pessoas que eu amo. “A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” (Rudolf von Ihering) RESUMO Este trabalho de Conclusão de Curso tem a intenção de apresentar o acidente de trabalho e a doença ocupacional de forma prática e explicativa, além dos direitos dos trabalhadores diante dos fatos desencadeadores dos temas apresentados, tomando-se por base principalmente pesquisas bibliográficas, com o objetivo de informar o leitor quanto as normas regulamentadoras do ramo do Direito do Trabalho, sendo que a partir dos resultados destes, verifica-se a necessidade de auxilio dos empregados para entendimento de seus direitos e deveres, principalmente no âmbito indenizatório. Palavras-chave: Acidente. Doença. empregado. ABSTRACT This Course Completion work intends to present the work accident and occupational disease in a practical and explanatory way, in addition to the workers' rights in the face of the triggering facts of the presented themes, based mainly on bibliographic research, with the objective of to inform the reader about the regulatory rules in the field of Labor Law, and from the results of these, there is a need for assistance from employees to understand their rights and duties, especially in the scope of compensation. Key words: Accident. Disease. Employee. . SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 8 2 - CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇA OCUPACIONAL ...................... 9 2.2 - DIREITOS DOS TRABALHADORES PERANTE O ACIDENTE DE TRABALHO ... 10 2.3 - DIREITOS DOS TRABALHADORES COM DOENÇA OCUPACIONAL ................... 12 3 - NÃO CUMPRIMENTO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS ..................................... 14 3.1 - PERÍCIA TRABALHISTA/JUDICIAL ................................................................................ 16 4 - DANO MORAL DIANTE DO ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS ................................................................................................................................ 18 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 21 6 - REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 23 8 1. INTRODUÇÃO A presente pesquisa de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) tem por objetivo retratar os reflexos legais na doença ocupacional e acidente do trabalho atualmente, também apresentar os direitos dos trabalhadores, que acabaram desencadeando tais acontecimentos no decorrer de seu ofício. O acidente de trabalho ou doença ocupacional geralmente provoca incapacidade parcial ou total no empregado. Tal fato pode ocorrer por um período determinado ou indeterminado, dependendo do princípio desencadeador. Diante disso, é possível verificar diversos cenários que propiciam a geração ou não de um pedido de indenização. Na sequência será apresentada a correlação entre dano moral, acidente de trabalho e doença ocupacional, vislumbrando para a sociedade brasileira uma melhoria na saúde do empregado, pois conforme Fraga discorre: Os acidentes de trabalho desorganizam a sociedade. Prejudicam a economia e o funcionamento das empresas. Trazem transtornos para a vida dos trabalhadores e, dependendo da gravidade, também, para a vida de seus familiares (FRAGA, 2012). 9 2. CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇA OCUPACIONAL A Lei n. 8.213/91 em seu artigo 19° conceitua acidente de trabalho como: Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Sendo assim, refere-se a um evento único que ocasionada alguma deficiência ao trabalhador dentro do espaço de trabalho com nexo de causalidade e a lesividade. Já a doença ocupacional é conceituada pela mesma Lei (8.213/91) no artigo 20°, inciso I como: Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; Desse modo a doença ocupacional, diferentemente do acidente de trabalho que é gerado por uma situação única, decorre de pequenos traumas cotidianos que atingem o trabalhador por efeito cumulativo, os quais prescindem de comprovação do nexo de causalidade com o trabalho. Diante de suas classificações e apresentações é possível verificar seus direitos. É válido ressaltar que a empregadora é a responsável pela integridade de seu empregado, qualquer queseja a sua função ou atividade laboral exercida por ele, bem como deve ser seguido e cumprido as normas de saúde e segurança do trabalho. 10 2.2 DIREITOS DOS TRABALHADORES PERANTE O ACIDENTE DE TRABALHO No que diz respeito ao trabalhador que sofreu o acidente de trabalho, seu primeiro direito a ser cumprido, logo após o ocorrido, é a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), a qual deve ser encaminhada à Previdência Social no próximo dia útil. Caso o acidente ocasione afastamento inferior à 15 dias, a empresa se responsabiliza pelos gastos provocados pelo acidente, contudo, caso o afastamento seja superior à 15 dias, o empregado terá direito ao auxílio-doença acidentário, que deve ser pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (vale ressaltar, que durante o período de afastamento, a empresa é obrigada a recolher o FGTS como se o empregado estivesse trabalhando normalmente). Nessa situação, o órgão fica responsável pelo pagamento mensal do benefício no valor de 91% do salário (não podendo ultrapassar o teto de dez salários mínimos) e ainda, nesses casos de afastamento superior à 15 dias, o trabalhador terá direito a estabilidade acidentária pelo período de 1 (um) ano. Tal estabilidade é prevista no artigo 118° da Lei 8.213/91, bem como na súmula 378 do TST. Em caso de dispensa, dentro do período de 12 meses, a empresa é obrigada a indenizar o empregado com os salários e reflexos faltantes do período estável. Destaca-se a decisão do TST prolatada pelo ministro Ives Gandra Martins Filho da 7ª Turma onde relaciona o acidente de trabalho ao dano moral: DANO MORAL - CONCEITO E AMPLITUDE - ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇA PROFISSIONAL - LESÃO COM REPERCUSSÃO NA IMAGEM, HONRA, INTIMIDADE E VIDA PRIVADA DO INDIVÍDUO - CF, ART. 5º, X. 1. O dano moral constitui lesão de caráter não material, ao denominado patrimônio moral do indivíduo, integrado por direitos da personalidade. Tanto em sede constitucional (CF, art. 5º, "caput" e incisos V, VI, IX, X, XI e XII) quanto em sede infraconstitucional (CC, arts. 11-21), os direitos da personalidade albergam basicamente os direitos à vida, integridade física, liberdade, igualdade, intimidade, vida privada, imagem, honra, segurança e propriedade, que, pelo grau de importância de que se revestem, são tidos como invioláveis. 2. Do rol positivado dos direitos da personalidade, alguns têm caráter preponderantemente material, ainda que não necessariamente mensurável 11 economicamente, e outros de caráter preponderantemente não material, entre os quais a Constituição enumera taxativamente a intimidade, vida privada, imagem e honra (CF, art. 5º, X). Assim, o patrimônio moral, ou seja, não material do indivíduo, diz respeito aos bens de natureza espiritual da pessoa. Interpretação mais ampla do que seja dano moral, para albergar, por um lado, todo e qualquer sofrimento psicológico, careceria de base jurídico- positiva (CF, art. 5º, X), e, por outro, para incluir bens de natureza material, como a vida e a integridade física, careceria de base lógica (conceito de patrimônio moral). 3. Nesse contexto, falar-se em dano moral ocasionado por acidente do trabalho ou doença profissional não teria sentido como lesão à vida ou à integridade física do indivíduo, uma vez que não integram o patrimônio moral e espiritual da pessoa, mas seu patrimônio material. Necessário seria verificar a repercussão da lesão na imagem, honra, intimidade e vida privada do indivíduo. Com efeito, as sequelas de um acidente ocorrido ou de uma doença adquirida no trabalho podem comprometer a imagem da pessoa, dificultar-lhe o desenvolvimento em sua vida privada, infligindo lhe um sofrimento psicológico ligado a bens constitucionalmente protegidos. Nesse caso, e por esse fundamento, a lesão merecerá uma reparação além daquela referente ao dano material sofrido. Do contrário, as indenizações se confundiriam. 4. Por outro lado, além do enquadramento no conceito de dano moral, a lesão deve ser passível de imputação ao empregador. Trata-se do estabelecimento do nexo causal entre lesão e conduta omissiva ou comissiva do empregador, sabendo-se que o direito positivo brasileiro alberga tão-somente a teoria da responsabilidade subjetiva, derivada de culpa ou dolo do agente da lesão (CF, art. 7º, XXVIII). 5. Finalmente, a indenização deverá atender ao princípio da proporcionalidade (CF, art. 5º, V), levando-se em consideração, por um lado, a gravidade da lesão, para repará-la convenientemente e desestimular a conduta lesiva, e por outro, a capacidade econômica do empregador, para não comprometer a própria viabilidade da empresa, como geradora de emprego e renda. 6. "In casu", o Regional salientou, com base na prova produzida nos autos, que restou demonstrada a culpabilidade do Reclamado na doença profissional adquirida pelo Reclamante (lesão por esforços repetitivos - LER), decorrente da prestação de labor em condições inadequadas e habitualmente em horário extraordinário. Frisou, ainda, que o Banco Reclamado não observa as normas sobre medicina e segurança no trabalho, sendo certo que cabia a ele propiciar a seus empregados um ambiente seguro e salubre, 12 evitando ou minorando o desenvolvimento de doenças profissionais, o que não ocorreu no caso. Além disso, conforme registrado no acórdão regional, a doença profissional reduziu a capacidade laborativa do Reclamante, que se encontra afastado do trabalho, em gozo de benefício previdenciário, desde 23/09/04, situação que repercute de forma grave em sua vida privada, o que justifica a indenização de R$ 100.000,00 imposta pelo Regional, inclusive pelo seu caráter pedagógico. (TST, 2018) Nota-se que é direito do lesado pleitear reparação por danos morais, mesmo que também cominado com o pedido de reparação por danos materiais, seja pela perda de sua capacidade laborativa, como em qualquer outra hipótese cabível. Nos casos de acidentes que geram sequelas, e consequentemente, a perda da capacidade laborativa, o empregador é obrigado a integrar o empregado em uma atividade laborativa compatível com suas limitações. Caso o trabalhador tenha uma perda laboral total, parcial ou psicológica, é possível pleitear indenização por danos morais em face da empresa empregadora. 2.3 DIREITOS DOS TRABALHADORES COM DOENÇA OCUPACIONAL Com exceção da necessidade de criação do CAT, o trabalhador que desenvolve uma doença laboral tem todos os direitos que um trabalhador que sofre um acidente de trabalho, além da possibilidade de receber uma pensão vitalícia ou outro valor em parcela única, conforme determina o artigo 950° do Código Civil (CC). Contudo, apesar de todo o exposto, essa realidade está mais próxima de uma utopia, ao considerar que mesmo na atualidade, os diversos trabalhadores que sofrem acidentes laborais e desenvolvem doenças em virtude disso, acabam por não ter o seu direito zelado pelo empregador. Tal situação é mais recorrente em cenários em que o dano ao trabalhador é voltado ao seu psicológico, como é possível verificar na jurisprudência abaixo: PROCESSO ANTERIOR À LEI N° 13.167/2017 AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA EM FACE DE ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DAS LEIS 18.015/2014 E 13.105/2015. RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPREGADORA - DANOS MORAIS DECORRENTES DE DOENÇAPROFISSIONAL EQUIPARADA A 13 ACIDENTE DO TRABALHO - NÃO EMISSÃO DA CAT - QUANTUM INDENIZATORIO O TRT observou ou o laudo pericial e a documentação médica juntada aos autos para concluir que tanto o estresse quanto a ansiedade e a depressão reclamante foram desencadeados pela rotina laboral excessiva pelas cobranças exageradas e pela ameaça de dispensa a que era submetida a trabalhadora. Ante o reconhecimento dos transtornos emocionais e de suas repercussões danosas para o patrimônio moral da empregada, condenou aempregadora ao pagamento de RS 50.000,00, acrescentado à importância de RS 10.000,00 em razão da não emissão da CAT. Os pressupostos subjetivos do dever de indenizar são reconhecidos por meio de um exame pormenorizado dos fatos e das provas envolvidas no processo razão pela qual não se encontram ao alcance desta instancia extraordinária, a teor da Súmula TST n° 126. 14 3. NÃO CUMPRIMENTO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS De acordo com exposto no capítulo anterior, verifica-se que os trabalhadores são detentores de diversos direitos, contudo, os mesmos muitas vezes não são respeitados e acabam sendo burlados. Então, qual deve ser a solução? A principal forma de promover o conhecimento dos direitos dos trabalhadores é lhes fornecendo meios viáveis para isso. A começar pela conscientização do trabalhador acerca de seus direitos, os quais podem e devem ser concebidos explicitamente aos mesmos, isso, pois ninguém é compelido a ser o detentor do conhecimento jurídico, todavia, são dignos de saber quando estão sendo ludibriados. Vale ressaltar que em uma maioria e entre milhares de questionamentos, os mais recorrentes são: “Fui mandado embora sem direito nenhum, isso é certo? ”; ou até “Eu sofri um acidente e fui mandado embora antes dos 12 meses de estabilidade sem nenhum direito, isso está certo? ”. Tais fatos explicitam como o conhecimento de um empregador é diferente e superior ao de seu empregado, haja vista que o empregado pode buscar maior conhecimento de seus direitos trabalhista junto ao Sindicato de sua categoria, no entanto, o primordial seria a existência da possibilidade de aquisição do tal conhecimento dentro da empresa na qual atua. Quanto às punições pertinentes a cada esfera, a priori, é possível verificar a responsabilidade administrativa, que normalmente é representada pela punição de aplicação de multas por parte do Ministério do Trabalho (MT), bem como pela interdição/embargo de obras e estabelecimentos. Já as responsabilidades trabalhistas, são representadas como punições às empresas pela estabilidade provisória para acidentado conforme artigo 118 da Lei n° 8.213/91. O pagamento de adicional de insalubridade e/ou periculosidade, termo de ajustamento de conduta (TAC - compromisso firmado perante o Ministério Público do Trabalho, no qual o empregador se compromete a cumprir alguma obrigação inadimplida ou a deixar de fazer alguma coisa ilícita ou considerada prejudicial à coletividade dos trabalhadores), além das ações públicas. Na responsabilidade previdenciária é possível verificar as ações regressivas acidentárias, conforme artigo 120 da Lei 8.213/91. 15 No âmbito da responsabilidade Civil, existem diversas punições, como nos casos de lesão corporal, os reflexos dos acidentes de trabalho/doenças ocupacionais conforme artigo 949 do Código Civil: CC - Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o Código Civil. Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. Perante o exposto pelo artigo, depreende-se que as despesas apresentadas são com tratamento médico, lucros cessantes até alta médica, danos estéticos, e por fim, a pensão vitalícia nos casos de óbito do trabalhador em decorrência do exercício do trabalho (danos emergentes, danos morais e pensão mensal). A responsabilidade tributária diante desses casos se apresenta em principal pelo aumento da alíquota do SAT/FAT (Seguro de Acidente do Trabalho / Fator Acidentário de Prevenção). E por fim, no âmbito de responsabilidades criminais, é possível convalidar as Infrações penais, sendo o descumprimento das normas de segurança sem que haja qualquer resultado lesivo ou risco ao trabalhador, conforme artigo 19, §2º da Lei 8.213/91; o crime de perigo, com o descumprimento das normas de segurança no trabalho que ocasione risco ou perigo de vida ou à saúde do trabalhador, conforme artigo 132 do Código Penal; o homicídio, gerado pelo descumprimento das normas de segurança no trabalho causando a morte do trabalhador, conforme artigo 121 do Código Penal, além da lesão corporal, gerada pelo descumprimento das normas de segurança no trabalho, do qual resulta um dano físico ou uma lesão corporal ao trabalhador conforme artigo 129, §6º, Código Penal. Notabiliza-se que o órgão incumbido da responsabilidade de fiscalização do cumprimento das NR’s é a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST). 16 3.1 PERÍCIA TRABALHISTA/JUDICIAL Um ponto de extrema relevância quando se discorre quanto aos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais é a perícia trabalhista/judicial feita no local do acidente. A perícia trabalhista/judicial ocorre principalmente quando houve um acidente de trabalho e se faz necessário que o local seja vistoriado, para que se verifique se o ambiente é realmente adequado ao trabalhador ou se o acidente/doença ocorreu por negligência da empregadora. Vale ressaltar que o juiz solicita ao advogado do empregado para que informe o local e setores em que seu cliente trabalhou, para que não ocorram erros na avaliação do perito. Nos casos de ações com pedidos de indenização por acidente de trabalho ou doença ocupacional, se o Juiz entender que é necessária perícia no local ou corpo do trabalhador mesmo irá solicitar a mesma conforme artigo 464 do Código de Processo Civil: Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. Diante da apresentação inicial do conceito de perícia, vale ressaltar alguns pontos cruciais para realização da mesma, O perito será indicado pelo Juiz e seus dados constarão na ata de audiência/despacho, bem como que o próprio perito deverá informar (através de publicações do processo) a data, horário e local da perícia, vale ressaltar que na perícia médica o comparecimento do autor (empregado) é obrigatório, tendo em vista que o objeto de análise é o próprio corpo do empregado, contudo no caso da perícia técnica a presença não é obrigatória, contudo, caso a perícia não seja acompanhada pelo autor, o mesmo perde a oportunidade de esclarecer como era efetuado seu ofício e normalmente a perícia é acompanhada pelos representantes da empresa, por fim o perito tem a liberdade de solicitar documentos para ambas as partes. Feita a perícia, o profissional terá um período determinado pelo Juiz para apresentação do laudo contendo fotos, avaliação e anotações pertinentes, bem como respostas dos questionamentos das partes (caso existam). Contudo, tendo em vista que a perícia é realizada com agendamento prévio, acaba gerando a possibilidade de que a empresa modifique o local de trabalho 17 em tempo viável para a perícia. Vale ressaltar que tal perícia não é feita tão somente durante um processo trabalhista, mas também ocorre por solicitação do INSS. Existem diversas Jurisprudências onde é possível verificar a ocorrência da modificação do local de trabalho antes de feita a perícia, conforme abaixo: RECURSO ORDINÁRIO EM AÇÃO RESCISÓRIA. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. LOCAL DE TRABALHO MODIFICADO. IMPOSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. DOCUMENTO NOVO. NÃO-CONFIGURAÇÃO. Trata-se de Ação Rescisória sob a alegação de que a impossibilidade de realização de perícia para a constatação do trabalho em condições de periculosidade, em razão da modificação do local de trabalho, permite a rescisão do julgado com base em documento novo (laudo pericial produzido em outra reclamação trabalhista). Entende-se que, para acolher-se a tese da Autora, é necessário primeiramente analisar o laudo pericial enquadrado como documento novo. Ocorre que a documentação juntada aos autos como meio de prova não serve ao fimcolimado, na medida em que não observa o disposto no art. 830 da CLT. Ainda que assim não fosse, a formação inserida na petição inicial, no sentido de que à época da elaboração do laudo pericial a Autora ainda não exercia nenhuma das funções abrangidas pelo laudo, de pronto, afasta a possibilidade de rescisão, portanto insuficiente para comprovar a realização de trabalho em condições de perigo no mesmo período. IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA NOS AUTOS DA AÇÃO RESCISÓRIA. Com relação à ação rescisória que visa rescindir decisão proferida em Reclamação Trabalhista julgada parcialmente procedente, aplica-se a regra prevista no art. 2°, inciso II, da Instrução Normativa 31 do TST, devendo o valor da causa na ação rescisória corresponder ao valor arbitrário à condenação. Dessa forma, entende-se incorreto o procedimento adotado no acórdão recorrido, que atribuiu à ação rescisória de R$ 11.878,51 (onze mil, oitocentos e setenta e oito e cinquenta e um centavo), correspondente ao valor dado à causa na petição inicial da Reclamação Trabalhista. Recurso Ordinário parcialmente provido. (TST – ROAR: 15002720075040000 1500-27.2007.5.04.000, Relator: José Simpliciano Fontes de F. Fernandes, Data de Julgamento: 23/09/2008, Subseção II Especializada em Dissídios Individuais,, Data de Publicação: DJ 03/10/2008.) 18 4 DANO MORAL DIANTE DO ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS Diversos ramos do Direito brasileiro abordam e asseguram o estrito cumprimento do respeito à dignidade da pessoa humana, sua intimidade, inclusive o direito à saúde mental. Para o direito do trabalho não poderia ser diferente, uma vez que envolve dois polos da relação jurídica, ou seja, empregador e empregado, sendo que este dano é caracterizado pela decorrência da relação de emprego “ordem e subordinação”, em razão do contrato de trabalho estipulado entre as partes. Para que realmente haja o aprofundamento na questão moral, visando o estado físico, psicológico e espiritual da pessoa humana, tais como além da dor física, olhar para os sentimentos que regem as questões psíquicas do ser humano em sociedade (tristeza, angústia, amargura, vergonha, medo, humilhação do indivíduo no dia a dia dentro da sociedade, dentre outras formas e sentimentos), há o dever e necessidade de analisar a classificação e a mensuração do dano com base no caso/fato concreto, ou seja, pela dor moral ou o sofrimento negativo do indivíduo. Para muitos autores tal situação se denomina o “terror psicológico”, pois a parte mais afetada da vítima é a sua saúde mental, o que na maioria das vezes chega a contrair doenças como depressão e estresse, onde se prolongada no tempo (prática de condutas ofensivas e humilhantes que se repetem por um determinado tempo e não de forma isolada) pode até, infelizmente, chegar a consumação de um possível suicídio. As mudanças no estado psíquico do agente decorrente do dano moral, não constituem propriamente o dano, mas sim os efeitos ou resultados do dano. O doutrinador Carlos Roberto Gonçalves, ao conceituar o dano moral assevera que: “Dano moral é o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu patrimônio. É lesão de bem que integra os direitos da personalidade, como a honra, a dignidade, intimidade, a imagem, o bom nome, etc., como se infere dos art. 1º, III, e 5º, V e X, da Constituição Federal, e que acarreta ao lesado dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação”. (GONCALVES, 2009, p.359). 19 Dado aos fatos, vislumbra-se que o dano moral, nada mais é do que a ofensa a uma dada categoria de interesses ou direitos, de forma não eventual, nas quais as consequências são de valores imensuráveis. É possível verificar que no Código Civil brasileiro tem seu art. 932, inciso III, a responsabilidade do empregador pela reparação civil de seus empregados, quando esta ocorrer no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele. Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçal e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; Salienta-se que referido código também assegura em seu art. 927 que aquele que comete ato ilícito (conforme os arts. 186 e 187 do Código Civil) ficará obrigado a repará-lo, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Em relação desse instituto ao direito do trabalho, Clayton Reis no artigo “A Reparação do Dano Moral no Direito Trabalhista”, explica que: “O direito do trabalho é o ramo jurídico em cujo ambiente o estudo do dano moral deveria alcançar seu máximo desenvolvimento, em face da dimensão que assume na defesa dos valores contidos na pessoa do trabalhador – princípio Constitucional da dignidade da pessoa humana (artigo 1º, inciso III da CF/88). Nesse caso, se encontram em jogo a sua personalidade, os seus bens pessoais, a sua dignidade, privacidade e outros bens de valor que são relevantes. Esses valores pessoais se sobrelevam quando aludem ainda à dignidade do trabalho, princípio basilar dos direitos sociais prescritos no artigo 5º, inciso XIII e caput do artigo 6º da Carta Magna”. (REIS, p.03, 2013). Apesar da reparação por dano moral ser de extrema importância para o direito trabalhista, o percentual de empregados que conhecem seus direitos para pleiteá-lo é extremamente baixo, isso também ocorre em situação diversa, apesar do empregador ter conhecimento do seu direito aos danos morais, o mesmo se sente intimidado a pleiteá-lo. 20 O acidente de trabalho ou doença ocupacional, como já apresentado anteriormente, nem sempre é expresso de forma clara, além de muitas vezes provocar incapacidade parcial ou total no empregado, gerando assim o direito de receber uma indenização por isso, tendo em vista que o empregado nunca mais será o mesmo, vale ressaltar que tal direito também é válido ao trabalhador que permanece no emprego exercendo a mesma função. Diante do exposto é possível verificar que a função do dano moral é a reparação em caráter compensatório, tendo em vista que o empregado perdeu algo durante seus afazeres relacionados ao trabalho e tem o direito a uma indenização encima do que perdeu, gerando assim uma redução as consequências geradas a vítima. 21 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise comparativa entre os direitos dos trabalhadores perante o acidente de trabalho e a doença ocupacional, tendo em vista suas diferenças e seus direitos específicos, discorrendo principalmente quanto ao fato da diferença de conhecimento entre o empregador e empregado, deixando claro por mais uma vez que poderiam ser evitadas diversas ações trabalhistas se as empresas, bem como, seus empregados conhecessem melhor as leis que regem tanto o contrato de trabalho, quanto seus direitos diante do fato gerador de um acidente de trabalho ou doença ocupacional. O primeiro passo do presente trabalho foi identificar o conceito de acidente de trabalho e doença ocupacional, que por muitas vezes é confundido pelo empregado e pelo empregador, também expondo os direitos e deveres de ambas as partes da relação de trabalho, possibilitando assim a exposição dos fatos de forma expressiva, podendo ser verificado o curso interrompido de um empregado enquanto exerce seu labor, pelos acidentes de trabalho e pelas doenças ocupacionais, ressaltando que deve haver causalidade para que haja infortúnio do trabalho. Diante disso, a causa do acidente ou doença tem que ter ligação com o trabalho, tem que ser sofrido ou ocasionado perante o exercício do labor. Vale ressaltar que o presente estudo não teve intenção de solucionar quaisquercontroversas polêmicas a respeito da relação de trabalho aqui discorrida, mas sim, trazer à tona para debate com embasamento na legislação vigente o tratamento relevante do tema envolvendo ambas as partes. Posteriormente foram apresentadas as punições pelo não cumprimento das normas regulamentadoras dentro de uma empresa, expondo assim dentro de um âmbito jurídico geral e especifico quais seriam as punições perante cada esfera jurídica, valendo ressaltar que, com a entrada das normas regulamentadoras, houve uma enorme diminuição dos números de acidentes de trabalho dentro das empresas, apesar dos mesmos ainda se apresentarem elevados, devendo ser considerado um ponto de atenção dentro das empresas. Por fim discorrendo quanto ao problema da perícia trabalhista/judicial, um ponto de alta relevância, diante desse fato que gera problemas recorrentes ao empregado, 22 É evidente que este trabalho não esgota o estudo referente ao acidente de trabalho e a doença ocupacional, pois as modificações dentro deste âmbito são eventualmente aplicadas e implementada por súmulas. O que resta claro e evidente são os parâmetros de indenização e o direito da pessoa lesada em ter seu sofrimento ao menos amenizado. Deve-se sempre lembrar da dignidade da pessoa humana, dos direitos sociais envolvidos, que transcendem a pessoa trabalhadora para a vida em sociedade, para que haja uma valoração justa e reparadora. Perante aos fatos, entende-se que a precaução se torna o melhor remédio diante de situações geradoras de acidentes e doenças ocupacionais, bem como, devem ser providenciados meios que viabilizem o cumprimento das normas de segurança do trabalho e normas regulamentadoras, além do fato de que os institutos protetivos passaram por uma série de evoluções, o que desencadeou o engajamento destas na esfera jurídica. Entretanto, vale destacar que tendo em vista o descumprimento consumado por parte das empresas, a punição não pode ser branda, mas sim, obviamente justa. O trabalhador em sede da relação laboral, não se separa de sua condição humana, razão pela qual, deve ser conferida sua proteção por parte da empresa e do sindicato, reconhecendo assim, direitos que contemplem a sua segurança e a sua saúde, em principal a psicológica, não se mensurando o trabalhador apenas em números. Sendo assim é possível concluir que apesar de toda a legislação vigente, em meio de súmulas e normas regulamentadoras, o empregado não é totalmente protegido e estimado pela empresa na qual atua, gerando assim uma necessidade constante de atualizações na legislação para a proteção dos mesmos. 23 6 REFERÊNCIAS ALVAREZ, M. O que é um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) do MPT? 18 de março de 2019. Disponível em < https://ahgora.com/blog/termo-de-ajuste-de- conduta-tac/> Acesso em 19 de outubro de 2020. BORGES, R, CLT completa 70 anos, e os direitos dos trabalhadores não são respeitados. 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