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Contabilidade intermediária - EBOOK Unidade 3

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Aula 03
Assuntos para 
a Unidade 3
Andréa Cuesta
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Contabilidade 
Intermediária
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
ANDRÉA CUESTA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Olá. Meu nome é Andréia Cuesta. Sou formada em Ciências Contábeis, 
pela Universidade Estadual de Londrina - UEL, e em Pedagogia pela Facul-
dade de Paraíso do Norte (FAPAN), especialista em Controladoria e Finanças 
(PUC/PR), Logística Empresarial (UNOPAR) e Docência no Ensino Superior 
(UNOPAR). Sou estudante especial do curso de Mestrado em Metodologias 
para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias da UNOPAR, com uma ex-
periência técnico-profissional na área de docência do ensino superior, pre-
sencial e EAD de mais de 12 anos. Passei por empresas com a Lorenzetti S.A, 
Elevadores Atlas Schindler e a Construtora Plaenge, na área Contábil e Fiscal. 
Hoje integro o quadro docente do Grupo Kroton Educacional, ao qual faço 
parte desde 2008. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso 
fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito 
estudo e trabalho. Conte comigo!
Autor 
ANDRÉA CUESTA
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto 
gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de apren-
dizagem toda vez que:
Sumário
1. Conhecendo a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL) ........................................................................................................................................... 8
1.1. Conceito, Objetivo e Obrigatoriedade .......................................................................9
1.2. Forma de Apresentação da DMPL ............................................................................11
1.3. Caso Prático ...................................................................................................................................14
2. Conhecendo a Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado 
(DLPA) ..........................................................................................................................................17
2.1. Conceito, Objetivo e Obrigatoriedade ....................................................................17
2.2. Forma de Apresentação da DLPA ..............................................................................18
2.3. Modelo Geral da DMPL e DLPA ...................................................................................19
2.4. Passo a passo das Demonstrações ..........................................................................22
Você sabia que no final do período financeiro, as empresas são obriga-
das a apresentar diversas demonstrações contábeis que contém informa-
ções importantes e pode esclarecer todos os pontos importantes acerca de 
seu patrimônio e sua capacidade financeira, bem como a movimentação do 
seu patrimônio em determinado momento? Como você já sabe, a função das 
demonstrações divulgadas é informar aos usuários da contabilidade (interes-
sados na saúde financeira da entidade) um retrato fidedigno da condição e 
composição de seus ativos e passivos, para que tomem decisões embasadas 
nesses relatórios. As demonstrações trazem uma informação diferenciada, por 
este motivo, precisamos conhecer todas elas, e a partir disso, melhor utiliza-las. 
Nesta Unidade 3 vamos conhecer a DMPL – Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido. Os sócios e acionistas, que são os maiores clientes das 
organizações, necessitam de informações detalhadas do patrimônio da em-
presa a qual fazem parte, de que forma o capital social foi integralizado ou 
será integralizado, de que forma serão feitas as distribuições dos resultados 
positivos, quais reservas serão constituídas e outras informações imprescin-
díveis para que o sócio tenha condições de decidir qual será o próximo passo 
em seu investimento. Na análise das movimentações das contas que integram 
o patrimônio líquido, há atividades que não oferecerão mudança do saldo do 
patrimônio, outras alterarão. 
Então, para iniciar a confecção da DMPL é necessário relacionar todas as 
movimentações realizadas durante o exercício social em contas que compõem 
o patrimônio líquido. Iudícibus Segundo Iudícibus (2010) a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) evidencia a movimentação de diver-
sas (todas) contas do Patrimônio Líquido (PL) ocorrida durante o exercício. 
Assim, todo acréscimo e diminuição do Patrimônio Líquido é evidenciado 
por meio desta demonstração, bem como da formação e utilização das reser-
vas (inclusive aquelas não originadas do lucro). O autor destaca, que a DMPL se 
diferencia da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) que 
fornece a movimentação basicamente, e apenas de uma única conta do Patri-
mônio Líquido (Lucros Acumulados). Entendeu? Ao longo desta unidade letiva 
você vai mergulhar neste universo!
Introdução
Olá. Meu nome é Andréa César. Sou responsável pela direção editorial 
deste livro didático e de todos os demais recursos relacionados com a sua 
trilha de aprendizagem. Temos a Disciplina de Contabilidade Intermediária, 
e seja bem-vindo a nossa Unidade 3, onde nosso objetivo é auxiliar você para 
o desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Conhecer o CPC 26 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL);
2. Aprender sobre o Conceito, Objetivos, Alcance e Forma de apresentação 
da DMPL;
3. Identificar a importância da elaboração da DMPL, identificar as variações 
que as contas do grupo do Patrimônio Líquido sofreram em determinado 
período coincidente com o exercício contábil;
4. Executar procedimentos de composição da DMPL, conforme definições 
e características das informações desse demonstrativo.
Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Trilha de Aprendizagem
Contabilidade Intermediária | 8
Apesar de não obrigatória a todas as empresas pela Lei 6.404/76, a DMPL é 
complementar da DLPA (obrigatória), mas é obrigatória pela CVM, a sua apre-
sentação às companhias de capital aberto, a apresentar, entre outras demons-
trações obrigatórias. 
A DMPL é uma excelente ferramenta de controle para os sócios e acionistas 
tomarem decisões embasadas nos dados do seu Patrimônio Líquido. E então? 
Pronto para mais uma jornada rumo ao conhecimento contábil? Então vamos 
lá. Avante!
A Lei 6.404/1976, também conhecida como Lei das Sociedades Anônimas, 
que direciona as ações e normatiza a contabilidade brasileira. Essa Lei traz a 
apresentação obrigatória das seguintes demonstrações: 
1. O Balanço Patrimonial (BP);
2. A Demonstraçãodo Resultado do Exercício (DRE);
3. A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
4. A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
5. A Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
Apesar de não ser de apresentação obrigatória a todas as empresas pela Lei 
6.404/76, a DMPL é citada no artigo 186, parágrafo 2°, como complementar à 
DLPA. 
A DLPA é obrigatória, como vimos, mas poderá ser apresentada no interior da 
DMPL pela companhia que for obrigada a apresenta-la, sem necessidade de 
apresenta-la em separado.
No entanto, em 1986 a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da 
Instrução CVM n° 59/1986, e alterações, tornou obrigatória às empresas de 
capital aberto.
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona a Demonstração das Mutações do Patrimô-
nio Líquido – DMPL segundo o Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis - CPC 26, e a Lei 6.404/76, seu alcance, concei-
tos e objetivos. Isto será fundamental para o exercício de sua 
profissão.
1. Conhecendo a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL)
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Existem alguns fatos mais comuns que causam alterações nos componentes 
do Patrimônio Líquido, acrescentando aos saldos.
a. Acréscimos:
1. Lucro Líquido do Exercício;
2. Integralização de Capital;
IMPORTANTE:
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC 26 (R1) abor-
da o conteúdo básico a ser apresentado na DMPL. O comitê 
orienta, que além da conciliação entre os valores contábeis 
do início e do final do período, dos componentes do Patri-
mônio Líquido, a demonstração deve apresentar o resultado 
abrangente do período, bem como os efeitos da aplicação 
retrospectiva derivadas de mudanças de políticas contábeis, 
e também eventuais retificações de erros de exercícios an-
teriores.
1.1. Conceito, Objetivo e Obrigatoriedade
A DMPL é uma demonstração que apresenta as movimentações de todas as 
contas do Patrimônio Líquido, por esse motivo, as empresas que apresentam 
a DMPL, ficam desobrigadas a apresentar também a DPLA, pois a DMPL traz 
as mesmas informações, até mais completas. 
Como o próprio nome indica, a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido, tem como objetivo identificar as variações que as contas do grupo 
do Patrimônio Líquido sofreram em determinado período coincidente com o 
exercício contábil. Por “mutações” devemos entender entradas e saídas, ou 
seja, podem aumentar ou diminuir os saldos das contas integrantes do grupo 
do Patrimônio Líquido.
As contas pertencentes ao grupo do Patrimônio Líquido são as seguintes:
1. Capital Social;
2. Ações ou Cotas em Tesouraria;
3. Reservas de Lucros;
4. Reservas de Capital.
5. Ajustes de Avaliação Patrimonial
6. Prejuízos Acumulados
A DMPL evidencia o saldo inicial, as movimentações de cada uma das contas e 
o saldo final individualizado, no fechamento do exercício, para permitir aos pro-
prietários da empresa verificarem as alterações da riqueza líquida da entidade. 
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Ajuste de Exercícios 
Anteriores
Ajustes na Avaliação 
de Elementos 
Patrimoniais
Aquisição de Ações 
Próprias de Tesouraria
Pagamento de Juros 
sobre Capital Próprio
Apuração de Prejuízo 
no Exercício
Distribuição de 
Dividendos
2 - Figura: Fatos que causam reduções nos componentes do Patrimônio Líquido 
Fonte: CARVALHO et al, 2019, pág. 242.
Da mesma forma, existem fatos que são comuns, e que diminuem os saldos 
das contas do grupo do Patrimônio Líquido.
Apuração 
de Exercícios 
Anteriores
Venda 
de Ações 
em Tesouraria
Apuração 
de Lucros 
no Exercício
Subscrição 
e Integralização 
de Capital
Ajuste na Avaliação 
de Elementos 
Patrimoniais 
(Ativos e Passivos)
1 - Figura: Fatos que causam acréscimos nos componentes do Patrimônio Líquido 
Fonte: CARVALHO et al, 2019, pág. 242.
3. Alienação de Partes Beneficiárias e Bônus de Subscrição;
4. Ajustes de Exercícios anteriores;
5. Ajustes de Avaliação Patrimonial Positiva;
6. Outros.
b. Reduções:
1. Prejuízos Líquidos;
2. Pagamentos de Juros sobre o Capital Próprio;
3. Dividendos Pagos ou Creditados;
4. Ajustes de Avaliação Patrimonial Negativa;
5. Ajustes de Exercícios anteriores ;
6. Outros.
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1.2. Forma de Apresentação 
da DMPL
A Lei 6.404/76 não institui um modelo padronizado para a apresentação da 
DMPL. Também não há a divulgação de um modelo especifico, por parte o 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
Convencionalmente, o modelo adotado para apresentação da DMPL pelas 
empresas, consiste em um gráfico de colunas. A primeira coluna descreve a 
natureza das transações que provocam alterações no grupo do PL. 
Cada coluna representará uma das contas integrantes do PL. A última coluna 
será a que indicará os saldos totais das contas após a movimentação. 
Para que a DMPL não fique muito extensa, contas relativas capital social e às 
reservas de lucros e de capital poderão ser apresentadas de forma global, por 
grupos. E, neste caso, deve-se informar por meio de Notas Explicativas, essa 
junção das contas em grupos. Os dados para elaborar a DMPL devem ser ex-
traídos do Livro Razão, pois este demonstra toda a movimentação do período.
O Artigo 176, parágrafo 1 da Lei 6.404/76 estabelece que as Demonstrações 
Financeiras devem ser divulgadas indicando os valores correspondentes às 
demonstrações do exercício anterior. Então, devem ser apresentadas na DMPL 
uma com o exercício anterior e outra com o exercício corrente, que se está 
apurando.
Outros
Redução de Prejuízos 
acumulados com 
Reservas
Redução da Conta de Lucro 
para a formação 
de Outras Reservas
Redução de Lucros 
para a formação de 
Reseva de Lucros
Aumento de Capital Social 
com o uso de Reservas 
de Lucro
3 - Figura: Fatos que causam reduções nos componentes do Patrimônio Líquido 
Fonte: CARVALHO et al, 2019, pág. 242.
Além desses fatos que diminuem ou aumentam os saldos dos componentes 
do Patrimônio Líquido, existem os que não alteram o saldo do PL:
Contabilidade Intermediária | 12
EXPLICANDO MELHOR:
Na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
cada uma das contas do grupo do PL será representada em 
uma coluna da tabela.
A última coluna à direita, chamará TOTAL, contendo a soma 
dos saldos ou das movimentações de todas as contas indi-
vidualmente.
Com a adequação da contabilidade brasileira às Normas Internacionais de 
Contabilidade, os gastos incorridos para fins de aumento de capital, serão clas-
sificados em uma conta redutora do capital, denominada Custo de Emissão de 
Ações, e não mais classificadas como despesas, pois entende-se que esses 
gastos são decorrentes de uma relação entre e entidade e os sócios. 
As mutações do patrimônio líquido ocorrem pelas movi-mentações das diver-
sas contas deste grupo, gerando acréscimos ou reduções no PL.
As Reservas de Capital (reserva de ágio na emissão das ações, por exemplo) 
são aportes de capital efetuados pelos sócios, entretanto não devem ser con-
fundidas com aumento de capital.
As ações de tesouraria devem ser apresentadas como redutoras de uma con-
ta que conste como reserva no PL. Essas ações de tesouraria são as ações 
que foram emitidas pela empresa e adquiridas posteriormente, por ela mesma 
(empresa propriamente dita).
O caso clássico e a recompra (dentro do que a Lei das S.A permite) de ações 
pela empresa, de sócio minoritário dissidente da sociedade.
Se houver venda dessas ações, a diferença a maior (lucro) ou a menor prejuízo, 
deverá ser lançada como conta retificadora da reserva correspondente.
Os funcionários podem comprar ações que serão consi-deradas remunera-
ção pelo esforço adicional, pois essa opção de compra dessas ações somente 
existe nesse caso.
O registro dessa aquisição será no PL, em vista contrapartida de uma despesa.
Também se incluiu o conceito de “resultados abrangentes” que não são des-
pesas ou receitas, e não resultam de transações com os sócios, como Ajustes 
de Conversão Cambial ou Ajuste de Avaliação Patrimonial.
Os registros emresultados abrangentes quando há transação com o Ativo ou o 
Passivo que os originou, deverão ser reclassificados para o resultado, quando 
derivados de ajuste de avaliação patrimonial de ativos financeiros e ajuste de 
conversão cambial, e para prejuízos ou lucros acumulados, quando derivados 
de ajuste de avaliação patrimonial de ativos imobilizados e intangíveis.
Contabilidade Intermediária | 13
Você aprendeu que, apesar de não ser de apresentação obrigatória a todas 
as empresas pela Lei 6.404/76, a DMPL é citada no artigo 186, parágrafo 2°, 
como complementar à DLPA. A DLPA é obrigatória, como vimos, mas poderá 
ser apresentada no interior da DMPL pela companhia que for obrigada a apre-
senta-la, sem necessidade de fazê-lo em separado. 
Reconheceu a importância de outras empresas que não estão obrigadas a 
apresenta-la, em também a confeccionar, prestando assim, informações valio-
sas aos sócios e acionistas, na tomada de decisões.
Na sequência, você aprendeu também, como as contas devem ser prepara-
das e selecionadas para integrarem a DMPL, quais as atividades que causam 
modificações nas contas do Patrimônio Líquido, e devem, portanto, integrar a 
DMPL. Agora nós vamos para o próximo capítulo, no qual você aprenderá mais 
sobre a DPLA?!
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para nós termos mais certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos.
Você deve ter aprendido a importância da apresentação da 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), 
devido às informações destinadas aos sócios e acionistas 
sobre o crescimento do Lucro ou Prejuízo para alguma enti-
dade/empresa.
Você também verificou como são selecionadas as informa-
ções que compõem este demonstrativo, verificou as van-
tagens de apresentar a DMPL, e como ela pode servir de 
instrumento de apoio da gestão administrativa, econômica e 
também financeira.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Acesse: CPC 
26 (R1) – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, 2011, aces-
sível pelo link: http://bit.ly/2Nv6FRJ
Há duas formas de apresentar a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido: a resumida e a detalhada, porém, independente da forma de apresen-
tação, a DMPL deve ter, no mínimo, as informações exigidas para a apresenta-
ção da DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, que vamos 
ver detalhadamente no próximo capítulo.
Contabilidade Intermediária | 14
Demonstração do Resultado do Exercício da Vem Que Tem Ltda. 
(em 28/02/201)
RECEITA BRUTA 270.000
(-) Deduções (48.600)
RECEITA LÍQUIDA 221.400
(-) CMV – Custo das mercadorias vendidas (179.800)
Lucro Operacional Bruto 41.600
(-) Despesas Operacionais (23.000)
Despesas Administrativas
Ordenados, Salários e Gratificações (23.000)
RESULTADO LÍQUIDO 18.300
E Demonstração do Resultado do Exercício da Vem Que Tem Ltda no final do 
mês apurado:
Balanço Patrimonial de Abertura da Vem Que Tem Ltda. (em 01/02/2017)
ATIVO PASSIVO
Circulante 160.000
Caixa 160.000
Patrimônio Líquido 160.000
Capital Social 100.000
Reserva de Lucros 60.000
4 - Figura (Tabela): Fonte: Andréa Cuesta, 2019.
1.3. Caso Prático
Vamos treinar? A seguir, você terá a oportunidade de verificar como a DMPL e 
a DMPL são construídas com embasamento de outros relatórios vindos pelas 
empresas. Esta é uma excelente oportunidade de ampliar os conhecimentos!
Considere que a empresa Vem Que Tem Ltda. possuía, no momento de sua 
abertura, um PL (Patrimônio Líquido) de R$ 160.000. No exercício, a empresa 
obteve um lucro de R$ 18.600. Destinou desse valor de Lucro, R$ 8.600 para 
Reserva Legal.
O Balanço Patrimonial da Vem Que Tem Ltda., nesse momento inicial está 
apresentado como abaixo:
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Observe você que o saldo inicial da Demonstração das Mutações do Patrimô-
nio Líquido apresenta somente o capital social e reservas de lucros, enquanto 
que o lucro líquido do exercício aumenta o total do Patrimônio Líquido. 
No mesmo momento, é possível perceber que o lucro líquido do exercício foi 
desmembrado em reserva legal em torno de R$ 8.600 e em reservas de lucros 
em torno de R$ 9.700,00.
As informações da DMPL são extremamente relevantes para o acionista, que 
pode acompanhar a evolução e as destinações dadas a seu capital.
A Vem Que Tem Ltda. resolveu captar recursos junto ao mercado de ações, e 
para tanto fez uma subscrição de capital de R$ 100.000. Entretanto, o mercado 
pagou pelo lote de ações R$ 110.000, ou seja, o negócio foi feito com um ágio 
de R$ 10.000, já que o mercado entendeu que a empresa é sólida, tendo boas 
perspectivas de rentabilidade (ativos intangíveis).
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da Vem Que Tem Ltda. (em 28/02/2017)
Capital Social Reserva Legal
Reserva de 
Lucros
Total
Saldo Inicial do PL 100.000 - 60.000 160.000
Lucro Líquido 8.600 9.700 18.300
Saldo Final do PL 100.000 8.600 69.700 178.300
6 - Figura (Tabela): Fonte: Andréa Cuesta, 2019.
Agora vamos elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
da Vem Que Tem Ltda.:
Balanço Patrimonial de Abertura da Vem Que Tem Ltda. (em 28/02/2017)
ATIVO PASSIVO
Circulante 178.300
Caixa 178.300
Patrimônio Líquido 178.300
Capital Social 100.000
Reserva Legal 8.600
Reserva de Lucros 69.700
5 - Figura (Tabela): Fonte: Andréa Cuesta, 2019.
Contabilidade Intermediária | 16
Como você pode vir a observar, durante o processo de elaboração da DMPL, 
a origem das transformações ocorridas é sempre nas contas do Patrimônio Lí-
quido, sendo demonstrado quais as contas sofreram transformações. É muito 
importante conhecer essas mutações, pois suas alterações causam impacto 
diretamente na riqueza dos sócios.
Desta forma, a análise da demonstração das mutações do patrimônio Líquido 
é útil para que os sócios saibam qual a sua posição financeira. 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da Vem Que Tem 
Ltda. em 28/02/2017
Capital 
Social
Ágio na Emissão de 
Ações
Reserva 
Legal
Reserva de 
Lucros
Total
Saldo Inicial do PL 100.000 - - 60.000 160.000
Aumento 
de Capita
100.000 10.000 110.000
Lucro Líquido 8.600 9.700 18.300
Saldo Final do PL 200.000 10.000 8.600 69.700 288.300
8 - Figura (Tabela): Fonte: Andréa Cuesta, 2019.
Agora vejamos como ficou a Demonstração das Mutações do Patrimônio Lí-
quido da empresa, após os últimos movimentos:
Balanço Patrimonial de Abertura da Vem Que Tem Ltda. (em 28/02/2017)
ATIVO PASSIVO
Circulante 288.300
Caixa 288.300
Patrimônio Líquido 288.300
Capital Social 200.000
Ágio na Emissão de Ações 10.000
Reserva Legal 8.600
Reserva de Lucros 69.700
TOTAL 288.300 TOTAL 288.300
7 - Figura (Tabela): Fonte: Andréa Cuesta, 2019.
As demonstrações contábeis ficaram dessa forma:
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Se estão mais ricos ou mais pobres, além de saberem com bastante clareza 
onde ocorreram essas mudanças em suas riquezas.
2. Conhecendo a Demonstração do 
Lucro ou Prejuízo Acumulado (DLPA)
2.1. Conceito, Objetivo e Obrigatoriedade
A apresentação da DLPA é obrigatória para as empresas limitadas e outros 
tipos de empresas, e evidencia os saldos da conta de Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados, no grupo do Patrimônio Líquido. 
A Lei 6.404/76, em seu artigo 186 dispõe sobre o que deve apresentar a De-
monstração do Lucro e Prejuízo Acumulado: 
I. o saldo do início do período e os ajustes de exercícios anteriores;
II. as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III. as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros in-
corporada ao capital e o saldo ao fim do período.
A Lei 11.638/2007 alterou a Lei 6.404/76 renomeando a conta de Lucros ou 
Prejuízos Acumulados para apenas Prejuízos Acumulados, e não admitindo, a 
partir de então, saldo positivo. 
Desta forma, todo lucro apurado por uma companhia, deve ser distribuído ou 
destinado a reservas. 
As reservas destinaçõesdadas ao Lucro apurado, são constituídas tanto por 
exigência legal ou pelo estatuto da empresa. Também podem ser constituídas 
reservas por decisão da administração da empresa.
Os dividendos são a parcela do lucro apurado em determinado exercício que 
serão distribuídos aos sócios ou acionistas da companhia, e são previamente 
definidos em estatuto da entidade.
Como já vimos, a DLPA é obrigatória, entretanto pode ser substituída pela 
DMPL, pois esta apresenta a informação mais completa.
Existe uma interdependência entre as demonstrações contábeis, principal-
mente entre Balanço Patrimonial, Demons-tração do Resultado do Exercício 
(DRE) e Demonstração dos Lucros e ou Prejuízos Acumulados (DLPA). 
Na DRE são apurados os Lucros Líquidos de determinado período contábil e 
transferidos para a DLPA. O saldo inicial da DLPA vem de Lucros Acumulados 
de balanço anterior (atualmente não pode haver lucros acumulados, no caso 
as reservas comporão o saldo anterior). 
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Absorveu o que foi 
trabalhado nesse capítulo? Agora, vamos relembrar só para 
termos certeza de que você realmente entendeu o que foi 
estudado neste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido a importância da apresentação 
correta da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumu-
lados, pois ela apresenta informações importantes relacio-
nadas ao grupo do Patrimônio Líquido da empresa e a sua 
movimentação durante o exercício social. Verificou quais são 
as principais atividades que causam modificações no PL, e 
compreendeu como é importante para os sócios e acionis-
tas conhecer o andamento deste grupo, para saber exata-
mente qual é o lucro disponível e que deve ser destina para 
reservas, ou em forma de dividendos a serem distribuídos 
aos sócios e acionistas. Você aprendeu que a DLPA pode ser 
substituída pela DMPL, se a empresa fizer a apresentação, 
pois a DMPL traz as mesmas informações da DLPA e é mais 
detalhada. Vamos conhecer agora os modelos das demons-
trações DMPL e DLPA, na próxima unidade?!
2.2. Forma de Apresentação da DLPA
A DLPA é uma demonstração bastante simples, e de preparação rápida, con-
sistindo basicamente de transcrição dos saldos, de forma ordenada e racional 
da conta razão de Lucros ou Prejuízos Acumulados e deve ser feita apenas 
após todos os saldos serem ajustados.
BP
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
- Lucros Acumulados
DRE
RECEITAS
(-) Custos e Despesas
(+) Lucro Líquido
DLPA / DMPL
Saldo Inicial
(+) Lucro Líquido
(-) Saldo Final
9 - Figura: Interdependência das Demonstrações Contábeis. | Fonte: Andréa Cuesta, 2019.
A DLPA faz as destinações dos Lucros, que são contas originadas no Patrimô-
nio Líquido (Balanço Patrimonial).
Contabilidade Intermediária | 19
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LÍQUIDO (DMPL)
Capital 
Social Inte-
gralizado
Reserva de 
Capital
Reservas de 
Lucro
Lucros ou 
Prejuízos 
Acumulados
Outros 
Resultados 
Abrangentes
Patrimônio 
Líquido
Saldos Iniciais X X X X X X
Aumento de Capital X X
Ágio na Emissão de Ações X X
Custo na Emissão de 
Ações
X
X
Ações de Tesouraria 
Adquiridas
X X
Ações de Tesouraria 
Vendidas
X X
Dividendos X X
Transações de Capital 
com Sócios
Somatório
Lucro Líquido do Período
X
Ajustes Instrumentos 
Financeiros
X X
(Tributos Diferidos s/ 
Ajustes)
X X
Ajustes de Conversão 
Cambial
X X
(Tributos Diferidos s/ 
Ajustes)
X
X
Outros Resultados Abran-
gentes
Somatório
Resultado Abrangente 
Total = Lucro + ORA
X
Constituição de Reservas X X
Saldos Finais X X X X X Somatório
10 - Figura (Tabela): Modelo DMPL. | Fonte: VICECONTI, 2018.
2.3. Modelo Geral da DMPL e DLPA
O modelo da DMPL não é um modelo padrão, desde que apresente os da-
dos mínimos exigidos para a apresentação da DLPA, que tem a apresentação 
obrigatória.
Contabilidade Intermediária | 20
DRE 20X6 20X5
Receita Bruta 72800 65520
(-) Dedução da Receita -14560 -13104
ICMS sobre vendas -14560 -13104
Receita Operacional Líquida 58240 52416
(-) Custo das Mercadorias Vendidas -21840 -19656
Lucro Bruto 36400 32760
(-) Despesas Operacionais -9235 -7501,5
ATIVO 20x6 20x5 PASSIVO + PL 20x6 20x5
Ativo Circulante 47530 36350 Passivo Circulante 18450 40060
Caixa 1730 2150 IR/CS a Pagar 9200 9710
Aplicações 
Financeiras
6300 6000 Salários a Pagar 1450 7850
Clientes 14100 9000 Fornecedores 1300 1500
PECLD -400 -1000
Empréstimos 
Financeiros
2390 15000
Dividendos 
a Receber
8800 4400 Dividendos a Pagar 4110 6000
Despesas 
Antecipadas
900 1800
Estoques 16100 14000
Passivo Não 
Circulante
4600 62000
Empréstimos 
Financeiros
1900 41000
Ativo Não 
Circulante
99300 178150 Provisões 2700 21000
Ativo Realizável 
a Longo Prazo
12950 8150
Aplicações 
Financeiras
5000 5000 Patrimônio Líquido 123780 112440
Duplicatas a Rece-
ber a Longo Prazo
7950 3150 Capital 81800 75000
(-) Ações em Te-
souraria
-4000 -4000
Investimentos 25400 20000 Reserva de Capital 15000 20000
Imobilizado 44650 140000
Ajuste de Avaliação 
Patrimonial
10800 14000
(-) Depreciação 
Acumulada
-10000 -5000 Reservas de Lucros 20180 7440
Intangível 26300 15000
TOTAL 146830 214500 TOTAL 146830 214500
11 - Figura (Tabela): Modelo Balanço Patrimonial. | Fonte: CARVALHO, 2019 (adaptado).
Contabilidade Intermediária | 21
DLPA
SALDO EM 31/12/20X5 0
(+/-) Ajustes de exercícios anteriores 0
Reversão de Reservas 0
(+) Lucro Líquido do Exercício 18.200
Proposta de destinação de Lucros  
(-) Constituição de Reservas 12.740
Reserva Legal 910
Reserva para Investimentos 11.830
(-) Distribuição de Dividendos 5.460
Saldo em 31/12/20X6 0
Dividendo por Ação  
13 - Figura (Tabela): Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados. | Fonte: CARVALHO, 2019 (adaptado).
(-) Despesas de Vendas 0 0
Despesas Administrativas -10435 -9391,5
Despesas com Salários e encargos -8700 -7830
Despesas com Aluguel -1735 -1561,5
Outras Receitas e Despesas 1200 1890
Receita de Equivalência Patrimonial 2100 1890
Perda na venda do Imobilizado -900 0
Resultado antes Resultado Financeiro 27165 25258,5
(=/-) Receitas e Despesas Financeiras 415 373,5
(-) Despesas Financeiras 0 0
(+) Receitas Financeiras 415 373,5
(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL 27580 25632
(-) IR/CSLL -6895 -6134
(-) CSLL -2485 -2306
(=) Lucro Líquido 18200 17192
12 - Figura (Tabela): Demonstração do Resultado do Exercício. | Fonte: CARVALHO, 2019 (adaptado).
Contabilidade Intermediária | 22
2.4. Passo a passo 
das Demonstrações
A seguir, você vai poder perceber como as demonstrações se conversam, e de 
que forma os valores são transferidos.
O primeiro demonstrativo é o “Balanço Patrimonial”, é sobre o demonstrativo 
mais importante para a elaboração da DMPL e da DLPA. 
É de seu grupo do Patrimônio Líquido (na cor em azul ou cinza) que sai a maior 
parte das informações. Vejamos agora como será demonstrada aqui a próxima 
Tabela Ilustrativa, na próxima página, mediante o assunto aqui abordado.
Vejamos então como ocorre essa mesma demonstração.
DMPL
Capital 
Social
Ações em 
Tesouraria
Reservas 
de Capital
Reserva 
de Lucro
Ajuste 
Aval. Patri-
monial
Lucros ou 
Prejuízos 
Acumula-
dos
TOTAL
Saldo em 
31/12/20X5
75000 -4000 20000 7440 14000 - 112440
Aumento de Capital 1800 - - - - - 1800
Aumento de Capital 
com Reservas
5000 - -5000 - - - -
Lucro Líquido do 
Exercício
- - - - - 18200 18200
Outros Resultados 
Abrangentes
- - - - 12800 - 12800
Destinação do Lucro
Reserva Legal - - - 910 - -910 -
Reserva de Investi-
mentos
- - 11830 - - -11830 -
Distribuição de 
Dividendos
- - - - - -5460 -5460
Saldo em 
31/12/20X6
81800 -4000 26830 8350 26800 0 139780
14 - Figura (Tabela): Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 
Fonte: CARVALHO, 2019 (adaptado).
Contabilidade Intermediária | 23
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Exercício findo de 20X7 e 20X8 - Valores em milhares de R$ 
  20X8 20X7
Receita Bruta 72800 65520
(-) Dedução da Receita    
 ICMS sobre vendas -14560-13104
Receita Operacional Líquida 58240 52416
(-) Custo das Mercadorias Vendidas -21840 -19656
Lucro Bruto 36400 32760
(-) Despesas Operacionais -9235 -7501,5
O outro demonstrativo importante utilizado para a confecção da DMPL e da 
DLPA é a Demonstração do Resultado do Exercício, que nos fornece o cálculo 
da apuração do lucro do período.
BALANÇO PATRIMONIAL Exercício findo de 20X7 e 20X8 
Valores em milhares de R$
ATIVO 20X8 20X7 PASSIVO + PL 20X8 20X7
Ativo Circulante 61240 50350 Passivo Circulante 50450 50060
Caixa 9730 12150 IR/CSLL a pagar 9200 9710
Aplicações Financeiras 12010 10000 Salários a Pagar 8450 7850
Clientes 14100 9000 Fornecedores 16300 11500
PECLD -400 -1000 Empréstimos e Financiamentos 12390 15000
Dividendos a Receber 8800 4400 Dividendos a Pagar 4110 6000
Despesas Antecipadas 900 1800      
Estoques 16100 14000 Passivo Não Circulante 70310 66000
      Empréstimos e Financiamentos 47610 45000
Ativo Não Circulante 199300 178150 Provisões 22700 21000
Ativo Real. Longo Prazo 12950 8150      
Aplicações Financeiras 5000 5000 Patrimônio Líquido 139780 112440
Dupl. Receber L. Prazo 7950 3150 Capital 81800 75000
Investimentos 25400 20000 (-) Ações em Tesouraria -4000 -4000
Imobilizado 144650 140000 Reserva de Capital 15000 20000
(-) 
Depreciação Acumulada
-10000 -5000 Ajuste Avaliação Patrimonial 26800 14000
Intangível 26300 15000 Reserva de Lucro 20180 7440
TOTAL 260540 228500 TOTAL 260540 228500
15 - Figura (Tabela): Balanço Patrimonial Cia MCGL. | Fonte: CARVALHO, 2019, pág. 238.
Contabilidade Intermediária | 24
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
Exercício findo 31/12/ 20X8 - Valores em milhares de R$
Capital 
Social
Ações em 
Tesouraria
Reserva 
de Capital
Reserva 
de Lucros
Ajuste de 
Avaliação 
Patrimonial
Lucros ou 
Prejuízos 
Acumulados
TOTAL
Saldo em 31 de 
dezembro de 
20X7
75000 -4000 20000 7440 14000 0 112440
Aumento de 
Capital
1800 0 0 0 0 0 1800
Aumento de 
Capital com 
Reservas
5000 0 -5000 0 0 0 0
Lucro Líquido do 
Exercício
0 0 0 0 0 18200 18200
Outros Resulta-
dos Abrangentes
0 0 0 0 12800 0 12800
Destinação do 
Lucro
0 0 0 0 0 0 0
Reserva Legal 0 0 0 910 0 910 0
Na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido são demonstradas es-
sas alterações ocorridas, separadas por conta para facilitar o entendimento. Na 
parte destacada em verde, na DMPL, demonstra-se as destinações do Lucro 
apurado no período.
Despesas Com Vendas 0 0
Despesas com propaganda 0 0
Despesas Administrativas 10435 9391,5
Despesas com salários e encargos 8700 7830
Despesas com aluguel 1735 1561,5
Outras Receitas e Despesas 1200 1890
Receita de Equivalência Patrimonial 2100 1890
Perda na Venda de Imobilizado -900 0
(=) Resultado antes do Resultado Financeiro 27165 25258,5
(+/-) Receitas e Despesas Financeiras 415 373,5
(-) Despesas Financeiras 0 0
(+) Receitas Financeiras 415 373,5
(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL 27580 25632
(-) IR/CSLL -6895 -6134
(-) CSLL -2485 -2306
(=) Lucro Líquido 18200 17192
16 - Figura (Tabela): Demonstração do Resultado do Exercício da Cia MCGL. | Fonte: CARVALHO, 2019, pág. 239.
Contabilidade Intermediária | 25
Você deve ter aprendido como todos os conceitos acerca da Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e da Demonstração do Lucro ou 
Prejuízo Acumulado (DLPA), a forma de apresentação de cada uma delas. Você 
viu o modelo de apresentação de ambas as demonstrações, e pôde também, 
acompanhar o passo a passo dos dados que são transferidos do Balanço Pa-
trimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício para compor as outras 
demonstrações. Você foi capaz de compreender a importância da apresenta-
ção dessas demonstrações para a orientação dos sócios e acionistas, de forma 
a auxiliá-los no controle de seu patrimônio. Para saber mais, consulte os CPC 
emitidos para esses assuntos, e estude a Lei 6.404/76 (e alterações) ela é a 
base de tudo relacionado a contabilidade das empresas.
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
Exercício findo de 20X7 e 20X8 - Valores em milhares de R$
Saldo em 31 dezembro 20X7 0
(+/-) Ajustes de Exercícios Anteriores 0
Reversão de Reserva 0
(+) Lucro Líquido do Exercício 18200
Proposta de Destinação do Lucro  
(-) Constituição de Reserva 12740
Reserva Legal 910
Reserva para Investimentos 11830
(-) Distribuição de Dividendos 5460
Saldo em 31 dezembro de 20X8 0
Dividendos por ação:  
18 - Figura (Tabela): Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados da Cia MCGL. 
Fonte: CARVALHO, 2019, pág. 241.
A DLPA também evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros 
ou prejuízos acumulados, dentro do grupo do Patrimônio Líquido. Esse de-
monstrativo faz a projeção das reservas, que são destinações que podem ser 
dadas ao montante do resultado apurado em determinado período.
Reserva para 
Investimentos
0 0 11830 0 0 11830 0
Distribuição de 
Dividendos
0 0 0 0 0 5460 -5460
Saldo em 31 de 
dezembro de 
20X8
81800 -4000 26830 8350 26800 0 139780
17 - Figura (Tabela): Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da Cia MCGL. 
Fonte: CARVALHO, 2019, pág. 245.
Contabilidade Intermediária | 26
Consideações Finais
SAIBA MAIS:
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mos o acesso a fontes de consulta e de aprofundamento 
que serão passadas pelo seu professor.
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aprendizagem.
Contabilidade Intermediária | 27
REFERÊNCIAS:
 • CARVALHO, Marcia da Silva. GUIMARÃES, Guilherme Otávio. CRUZ, Cláudia Ferreira da. 
Contabilidade Geral: uma abordagem interativa. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2019.
 • IUDÍCIBUS, Sérgio. Utilização de Informações Contábeis para Finalidades Econômicas. 
Boletim do Contador, São Paulo: Ibracon, no 145, jun. 199.
 • MARTINS, Eliseu; RIBEIRO, Maisa de Souza. A informação como instrumento de contri-
buição da contabilidade para a compatibilização do desenvolvimento econômico e a 
preservação do meio ambiente. Revista Interamericana de Contabilidade, no 60, p. 1-7, 
out./dez. 1995.
 • MISSAGIA, Luiz Roberto. VELTER, Francisco. Contabilidade Avançada. 
5ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. 
 • MAZZIONI, S. Delineamento de um modelo de balanço social para uma fundação uni-
versitária. 2005. 193 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Programa de Pós-
-Graduação em Ciências Contábeis, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau 
- SC.
 • RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Intermediária. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
 • RIOS, Ricardo Pereira. MARION, José Carlos. Contabilidade Avançada: de acordo com 
as normas brasileiras de contabilidade (NBC) e normas internacionais de contabilidade 
(IFRS). 1ª ed. – [ 2. Reimpr.]. – São Paulo: Atlas, 2019. 
 • TINOCO, João E. P. Balanço social: uma abordagem socioeconômica da contabilidade. 
1984. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, 
Universidade de São Paulo, São Paulo.
 • VICECONTI, Silvério das Neves. 18ª ed.São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
 • BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Disponível em: http://bit.ly/2BURtYq | Acesso em: 21 ago. 2019.
 • BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 
no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976. 
Disponível em: http://bit.ly/322NZxM | Acesso em: 21 ago. 2019.
 • BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC no 1.003/04, de 19 de 
agosto de 2004. Aprova a NBC T 15 – Informações de natureza social e ambiental. 
Disponível em: http://bit.ly/34ez5Gb | Acesso em: 08 set. 2019.
 • BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo. Índice de sustentabilidade empresarial (ISE). 
Disponível em: http://bit.ly/2N22Rs1 | Acesso em: 21 ago. 2019.
 • Comissão de Pronunciamentos Contábeis - CPC (2010). 
Disponível em: http://bit.ly/2PuHuB9 | Acesso em: 21 ago. 2019.
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Disponível em: http://bit.ly/2PsHDoS | Acesso em: 21 ago. 2019.
 • IBASE – Instituto de Brasileiro de Análises Econômicas e Sociais. 
Disponível em: www.balancosocial.org.br | Acesso em: 8 set. 2019.
 • INSTITUTO ETHOS. Responsabilidade Social e Empresarial para Micros e para Pequenas 
Empresas, 2003. 70 p. Disponível em: http://bit.ly/31UInpi | Acesso em: 8 set. 2019.

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