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Distúrbio endócrino complexo, caracaterizado por hiperandrogenismo, anormalidades menstruais, ovários policísticos, anovulação crônica e diminuição da fertilidade. ETIOLOGIA Fatores envolvidos na etiopatogenia: − Componentes genéticos (citocromo P450c17 que afeta 17-hidroxilase) − Alterações metabólicas − Distúrbios endócrinos − Diabetes Mellitus tipo II − Fatores ambientais (sedentarismo e dietas) Alteração na produção de GnRH → menor atuação nas células gonadotróficas → redução da produção de FSH e aumento do LH CARACTERÍSTICAS: •hiperandrogenismo (calvície masculina, acne, hirsutismo) •Disfunção ovulatória •Infertilidade. EPIDEMIOLOGIA A síndrome do ovário policístico ocorre em 5 a 10% das mulheres FISIOPATOLOGIA Essa síndrome envolve anovulação ou disfunção ovulatória e excesso de androgênio de etiologia incerta. Entretanto, algumas evidências sugerem que as pacientes têm uma anormalidade funcional do citocromo P450c17 que afeta a 17-hidroxilase (a enzima limitante da taxa de produção de androgênio); como resultado, aumenta a produção de androgênios. COMPLICAÇÕES − Síndrome Metabólica − Hirsutismo − Hiperinsulinemia − Aumento da produção ovariana de androgênios − Doenças cardiovasculares (hipertensão e hiperlipidemia) − Esteatose hepática não alcoólica SINAIS E SINTOMAS Costumam começar durante a puberdade e pioram com o passar do tempo. − Adrenarca precoce − Crescimento precoce dos pelos axilares, odor corporal e acne microcomedonal − Obesidade leve, hirsutismo leve e menstruação irregular ou amenorreia. − Fadiga, baixa energia, problemas relacionados ao sono (incluindo apneia do sono), mudanças de humor, depressão, ansiedade e cefaleias. Em algumas mulheres, a fertilidade é comprometida − Áreas de espessamento e escurecimento da pele (acantose nigricante) podem aparecer MORFOLOGIA Os ovários geralmente possuem duas vezes o tamanho normal, de coloração branco- acinzentados, com córtex exterior liso e repletos de cistos subcorticais de 0,5 a 1,5 cm de diâmetro. O exame histológico mostra uma cápsula ovariana fibrótica e espessada que recobre inúmeros folículos císticos, os quais são revestidos por células da granulosa com uma camada de células da teca interna luteinizada hiperplásica. Há uma ausência notável de corpo lúteo no ovário. DIAGNÓSTICO − Critérios clínicos − Níveis séricos de testosterona, hormônio folículo-estimulante (FSH), prolactina e hormônio estimulador da tireoide (TSH) − Ultrassonografia pélvica TRATAMENTO − Progesterona intermitente ou contraceptivos orais − Controle do hirsutismo e, em mulheres adultas, dos riscos de anormalidades hormonais a longo prazo − Tratamento de infertilidade em mulheres que desejam a gestação − Tratamento das complicações O objetivo do tratamento da síndrome do ovário policístico é • Corrigir as anormalidades hormonais e, assim, reduzir os riscos de excesso de estrogênio (p. ex., hiperplasia endometrial) e excesso de androgênio (p. ex., doenças cardiovasculares) • Aliviar os sintomas e melhorar a fertilidade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Vinay Kumar. Robbins Patologia Básica. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2018. Pinkerton JV. Síndrome do ovário policístico. Manuais MSD edição para profissionais. Published July 25, 2019.
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