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PG&P – G2 pt.1 11/27/2011 2:03:00 PM 1. MORGENTHAU - Realista clássico: fundamenta-se no direito e na erudição; argumentos menos estruturais e mais objetivos. Acredita que o sistema internacional é estatocêntrico: os Estados precisam sobreviver e para isso precisam buscar incessantemente o poder, especialmente o poder político, que é usado para coagir os outros Estados a fazerem o que lhe é favorável. Para Morgenthau, o sistema internacional anárquico é o que leva os Estados à guerra, uma vez que cada Estado busca seus próprios interesses. - Tem como preocupação central a questão da segurança e a política externa, principalmente a política externa norte americana. EUA depois da 2a guerra mundial adotou uma política externa isolacionista e economia interna protecionista - “Duas guerras mundiais no espaço de uma mesma geração e a possibilidade de um conflito nuclear fizeram com que o estabelecimento de uma ordem internacional e a preservação da paz mundial se tornasse a mais importante preocupação da civilização ocidental.” - Tentativas de criar uma ordem internacional estável e pacífica em substituição às ordens imperiais em desaparecimento - Para Morgenthau, não se pode ter iniciativas de desarmamento sem que antes se resolva conflitos políticos. O desarmamento só vai funcionar se o problema político que produziu o conflito for resolvido - Sempre há tentativas, no mundo contemporâneo, de estabelecer uma ordem pacífica. - Iluminismo propagou a teoria liberalista – respeito pela vida humana e bem estar de todos: estabelecimento de leis internacionais e a obediência a essas garantia a vigência da paz - Ideologia nacionalista como problemática para a paz do sistema internacional, já que fortalece ambientes de anarquia e guerra em busca do poder em um sistema hostil. - Solução para a manutenção da paz no sistema internacional: impedir que as tendências destrutivas e anárquicas estabeleçam seus objetivos nas práticas políticas através da racionalidade - Desarmamento: “consiste no processo de redução ou eliminação de alguns ou todos os armamentos, com o propósito de terminar com a corrida armamentista.” - 4 distinções básicas: Desarmamento e controle de armas: desarmamento consiste na redução ou eliminação de armamentos, enquanto o controle da armas diz respeito à regulação da corrida armamentista, com vista à criação de uma certa medida de estabilidade militar. Desarmamento geral e local: desarmamento geral é uma modalidade de desarmamento em que participam todas as nações interessadas, enquanto o local é quando está envolvido apenas um certo número de países. Desarmamento qualitativo e quantitativo: o qualitativo tem como objetivo uma redução global da maioria dos tipos de armas, enquanto o qualitativo visa a redução ou abolição de apenas alguns tipos de armamento. Desarmamento convencional e nuclear: duh! - Morgenthau entende o desarmamento como uma medida de pacificação geral - Tem como ponto central do texto a análise histórica das tentativas de desarmamento. - Tratados tem como objetivo impedir a corrida armamentista: 1a conferência de paz de Haia (1899): “teve como um de seus principais propósitos a eliminação dos armamentos e dos orçamentos militares.” 2a conferência de paz de Haia (1907): confirmou a “resolução adotada na conferência de 1899, com respeito a limitação dos gastos militares.” Tratado de Versailles (1919): “medida de pacificação geral ao estipular a limitação drástica dos armamentos alemães.” Artigo 8 do pacto da liga das nações: “a manutenção da paz requer a redução dos armamentos ao nível mínimo consentâneo com a segurança nacional e com a implementação, mediante ação conjunta, das obrigações internacionais.” PROBLEMA: “consentâneo com a segurança nacional” – não é possível prever o quanto seria necessário para tal - Para Morgenthau, é somente através de tratados e conferências de paz que os Estados mantém comprometimento - Tratados de limitações de armamentos tem sempre que ter salvaguarda principal salvaguarda é o sistema de supervisão, uma vez que sem supervisão, não há sentido no desarmamento – supervisão deve ser feita sempre pelo país antagonista ou por um país neutro - Posse de armas nucleares por 2 atores: dissuasão 2 atores com armas nucleares não entram em guerra armas nucleares cristalizam conflitos (ex.: conflito entre a Índia e o Paquistão) - 4 problemas do desarmamento: quanto a proporção entre os armamentos de diferentes nações quanto ao padrão de acordo com o qual, dentro dessa razão, os diferentes tipos e quantidades de armamentos devem ser alocados em distintas nações quanto ao efeito real das medidas acima em vista da pretendida redução de armamentos quanto ao efeito do desarmamento sobre as questões de ordem e paz internacional 2. C.S.G. – WORLD WAR I - Colin Gray tem como objetivo central do texto desmistificar a guerra - Gary Sheffield: a primeira guerra mundial foi o evento-chave de séc.XX C. Gray afirma que a WWI foi responsável por preparar o palco para importantes eventos políticos e estratégicos do séc.XX, ao mesmo tempo que criava condições para tais - WWI não foi inevitável; potencias tinham fortes motivos para estabelecerem o conflito – objetivos bem definidos: Grã Bretanha lutava pela manutenção do status quo Alemanha era uma potencia revisionista, ou seja, lutava pela revisão do status quo França, Império Austro-Hungaro lutavam pela sobrevivência Rússia lutava pela sobrevivência do seu regime - Motivações para entrar na guerra: Grã Bretanha tinha como preocupação central a questão da segurança quanto ao balanço do poder na Europa Alemanha, mesmo que puxada pela Austria, queria guerra com seus rivais França e Rússia França não teve escolha senão lutar Império Austro-Húngaro já havia esboçado um conflito com a Servia e foi humilhado diplomaticamente; os Russos estavam do lado sérvio Rússia como guardiã dos interesses eslavos - Gray afirma que, diferentemente do que se acredita, os políticos responsáveis pela eclosão da guerra sabiam o que estavam fazendo; eles tinham fortes motivos para fazê-lo, sabiam quais seriam as consequências de suas decisões e sabiam das consequências do curso de ação que tomaram – os governos não perderam controle do instrumento militar - Diz que a WWI não foi uma guerra sem propósito, que como resultado, essa guerra conseguiu conter o crescente poder da Alemanha e diminuir a pressão exercida pela mesma na Europa – a guerra portanto não foi fútil - Defende que os militares foram incumbidos de responsabilidades com as quais eles não seriam capazes de cumprir – os militares não eram incompetentes - Diz que os militares entendiam e tinham noção, por causa da guerra da crimeia, da guerra americana e da guerra franco prussiana, da dimensão do poder de fogo – profissionais militares não tiveram dificuldade em entender a dimensão do poder de fogo - Diz que os soldados mais experientes da Alemanha, da França e da Grã Bretanha não esperavam que uma guerra mundial fosse breve; eles estimavam uma guerra de cerca de 3 anos, isso por causa da quantidade de recursos e homens mobilizados – militares e políticos não tinham a ilusão de que a guerra seria breve 3. C.S.G. – WWII - Foca na estrutura e no curso da guerra - Última guerra planetária: noção de guerra total mobilização de todos os recursos da nação em prol da sustentação dos objetivos de guerra mobilização da retaguarda: mobilização da indústria, da economia, consumo de artigos de 1a necessidade, mobilização da mão de obra – tudo em prol do esforço de guerra vitória na frente de batalha depende das mobilizações de retaguarda- Ao mesmo tempo que a retaguarda ganha tal importância, a mesma também se torna alvo de guerra. Danos causados à retaguarda do inimigo pode resultar na própria superioridade logística - é na WWII que as mulheres passam a participar efetivamente da economia (EUA, GB e US) mulheres passaram a preencher lacunas deixadas pelos homens que foram para a guerra mecanização do trabalho não exige muita força física - Guerras no séc.XX como a maior influência para as relações internacionais remodelou sociedades, reforçou mudanças de regime, criou e deletou Estados e acelerou o processo de descolonização - Baixas civis é maior do que as baixas militares devido à sofisticação das aeronaves e alcance do ataque e porque as retaguardas se transformaram em alvos - Aumento na margem de mortes de civis em detrimento às mortes militares. 3 motivos: crescimento do poder aéreo a guerra foi explicada e conduzida como “a guerra do povo” ideologia da cultura nacional – nacionalismo - Poder aéreo: interdição do terreno (impedir que o inimigo use o espaço aéreo ou se mova em terra) supremacia aérea transporte de soldados, armas e recursos - Bombardeio estratégico: ataque contra fábricas, depósitos. Ferrovias etc. Objetivo de atrapalhar a logística do inimigo e por consequência perder menos soldados em batalha Ataque terrorista à população civil (matar a população para intimidar o governo) Poder aéreo bota retaguarda ao alcance das armas inimigas “artilharia aérea”: poder aéreo como arma de apoio ao poder em terra - À princípio, os principais ataques aéreos eram direcionados a pistas de pouso e torres de radar. A Alemanha porém passou a bombardear a cidade de Londres, o que deu aos britânicos tempo para se recuperarem militarmente, fazendo então com que eles ganhassem a batalha da Inglaterra -> alemães buscavam a supremacia aérea no espaço aéreo britânico - 1933: Nazismo sobre ao poder as considerações do governo nazista eram consideradas políticas, econômicas e raciais: tinham como objetivo expandir a raça ariana para o leste europeu, habitado pelos povos eslavos, visto pelos nazistas como povos racialmente inferiores nazismo queria eliminar: judeus, comunistas, eslavos, ciganos, homossexuais, pessoas com doenças crônicas - 1934: Rearmamento da Alemanha rende emprego aos trabalhadores alemães utiliza todos os recursos econômicos da Alemanha, tornando necessária a utilização dos recursos alheios: invasão militar se faz evidente - WWII como um “segundo round” da WWI: como vingança alemã - Foi uma guerra total – resultado de um grau ideológico muito mais avançado do que na WWI - 4 campos ideológicos: nazi-fascismo: papel de contra ideologia em relação ao movimento comunista; acreditava que o Estado era o único que zelava pelo bem estar comum comunismo: movimento internacionalista liberalismo: em crise por causa da depressão; criticado pelos soviéticos (liberalismo como uma manifestação do capitalismo); criticado pelo nazi-fascismo (liberalismo como elitista, egoísta e individualista) nacionalismo: idealismo intolerante, xenófobo e segregador - Ninguém tinha vantagem tática ou superioridade tecnológica – a vitória caberia a quem tivesse mais recursos (mais soldados e melhor equipamento) - 1936: Alemanha lança o plano de 4 anos de mobilização econômica – com a incumbência de preparar a Alemanha para uma guerra total Alemanha precisava ser economicamente autossuficiente para isso. - Objetivo principal da Alemanha era expandir seu Espaço Vital: Europa Oriental, especialmente aos povos Eslavos Limpeza étnica: povos considerados inferiores eram eliminados, deslocados ou mantidos trabalhando como subespécie para os nazistas - Maior erro da Alemanha na guerra: o que era pra ser uma guerra de apenas um front por vez, acabou se tornando uma guerra de múltiplos fronts, a partir do momentos que a Alemanha não concluiu sua guerra marítima com a Grã Bretanha e ainda assim começou a batalhar contra a União Soviética - Apesar da logística precária, Hitler não poderia retirar suas tropas da Rússia nem político, nem militar nem ideologicamente. - A marcha alemã para o leste como o propósito central de toda a iniciativa nazista - Centro de gravidade do Terceiro Reich (além do próprio Hitler): principal corpo do exército - Objetivo principal dos Japoneses consistia em uma conquista de recursos naturais Eliminar as vulnerabilidades da economia japonesa via expansão militar Principal área de conquista: Manchúria (China em crise – pré comunismo) - Italianos entraram na guerra por oportunismo Mussolini entra na guerra atraído pela facilidade dos alemães em conquistar a França Mussolini acreditava que os italianos eram herdeiros do Império Romano Povo italiano: desanimados e despreparados par a guerra - EUA (em relação ao Pacífico – Japão/China) Potência do Pacífico Interesses na China (religiosos e econômicos) Missionários americanos na China relatavam o que acontecia na guerra contra o Japão - Medidas contra o Japão: Bens japoneses nos EUA congelados EUA pararam de sucata industrial para o Japão EUA pararam de vender petróleo para o Japão - 1939: Início da WWII com a invasão nazista à Polônia França e Inglaterra declaram guerra à Alemanha para “proteger” a Polônia – crescente poder militar alemão como fonte preocupação para as duas nações A resposta a invasão da Polônia é um ultimato anglo-francês: obriga os alemães a criarem uma frente ocidental - 1940: Ocupação nazista na Dinamarca e Noruega Alemanha lança sua ofensiva ao Oeste Rendição da França em 22/06 10/05: Churchill se torna o Primeiro Ministro britânico no lugar de Chamberlain - 1941: Alemanha começa a avançar em direção à União Soviética Guerra entre Rússia e Alemanha como decisiva para os nazistas 22/06: Operação Barbarossa – nazista invadem a União Soviética, rompendo com o pacto Ribbentrop-Molotov (pacto de não agressão) firmado 2 anos antes entre as duas nações A teoria alemã quanto à vitória estratégica era idêntica a de Napoleão em 1812 A única maneira da Alemanha derrotar rapidamente os soviéticos era tomando Moscow Operação Typhoon: ataque centralizado das forças nazistas a Moscow (01/10) Hitler assume o controle do comando do exército A estratégia alemã consistia em ganhar a guerra por prejudicar o exército vermelho em grandes batalhas de cerco próximas à fronteira “the weather did not defeat the germans: their failure to prepare for it did” - 1942: Japão como aliado marítimo da Alemanha 11/12/1941: Alemanha declara guerra aos EUA, 4 dias depois do ataque japonês a Pearl Harbor 20/01/1942: Conferência de Wannsee – solução final da questão judia Presidente Roosevelt havia aderido a um princípio político que já havia sido acordado com a Grã Bretanha quanto a derrota da Alemanha estar em primeiro plano 28/06: Operação Blau – Operação alemã quanto ao avanço para o leste a partir da Ucrânia, com o objetivo de isolar a União Soviética dos campos de petróleo daquela região Alemães com problemas logísticos: derrota alemã como fruto de sua própria incompetência operacional - 1943: Ofensiva de Krusk: a maior batalha entre tanques da história Krusk como a última chance alemã de reverter o andamento da guerra Alemanha sofre perdas irreparáveis na ofensiva de Krusk, em Stalingrado Batalha do Atlântico está vencida: destruição de todos os submarinos alemães Fica evidente a perda do Eixo: na África, os italianos são derrotados e Mussolini é preso; na frente ocidental: dia D; na frente oriental: derrota alemã em Stalingrado + campanha ininterrupta que vai atémaio de 45, acabando em Berlim - 1944: As esperanças de Hitler quanto à vitória se baseava na possibilidade de uma quebra da aliança dos seus adversários momento de crise tanto no leste quando no oeste do Reich o fim da Alemanha nazista era eminente, era apenas uma questão de tempo à medida que os alemães eram “escoltados” de volta à Alemanha, seus problemas diminuíam ao passo que os dos aliados aumentavam Dezembro: Reich estava ameaçado por todas as partes Batalha do Bulge: ofensiva final dos alemães (16/12/44~28/01/45) - 1945: Após a falha da batalha do Bulge, a Alemanha estava quase vazia 20/04: Hitler comete suicídio 29/04: Berlim se rende aos soviéticos Legado do Reich: 10 milhões de prisioneiros de guerra, maior fluo de refugiados da história, destruição econômica e mudanças geoestratégicas na Europa - A guerra só acaba com a rendição incondicional dos governos do Eixo – não haveria acordos que cessassem a guerra levou a uma resistência mais aguerrida, uma vez que os governos do Eixo sabiam que se eles se rendessem, deixariam de existir - Após a rendição da Alemanha: guerra dura por mais cerca de 6 meses - Bomba atômica: muda o ponto de vista estratégico Resumo feito por Paula Lydon IRiscool 2012.1 27/11/2011 14:03:00 27/11/2011 14:03:00
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